POV EDWARD:

— Por que será que eu não acredito em uma palavra que você diz? — Jacob ironizou se tacando no divã do meu escritório.

— Talvez porque você é um babaca. — Respondi sem tirar os olhos do meu notebook, o fazendo rir.

— Fala sério! Eu sou seu melhor amigo tem anos e não entra na minha cabeça que com a volta da única mulher que você amou não reacendeu nada dentro desse seu coraçãozinho. — Ele disse fazendo um bico ridículo e eu ri jogando minha cabeça para trás.

— Você sabe que “reacendeu” mas é melhor assim. Talvez seja mais saudável acabar com tudo isso.

— Então esse é seu plano mirabolante? Fugir com as crianças para que a mãe não mantenha mais contato com eles?

— Eu não quero “fugir” e sim voltar para minha casa. Ela, você, as crianças e o resto do mundo sabiam que eu não ia ficar aqui para sempre. Só vou adiantar.

— Edward, você ta sendo covarde! É uma mulher, desde quando você foge de mulher? Encara essa, amigão. — Ele disse me fazendo gargalhar. Me levantei e ele também.

— Olha, acho que dessa vez serei covarde. — Disse e saímos para almoçar.

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— Mas eu to te falando, cara! Ninguém nunca jogou como... — Jacob foi interrompido por uma bandeja que fez barulho ao ser colocada em cima da mesa. Nós dois olhamos para o dono dela e vimos Irina.

— Hey, meninos! Posso me sentar? — Ela pediu. Olhei para Jake que deu os ombros, tirando o plástico do seu canudo.

— Senta aí. — Respondi levando um pouco de salada até minha boca. Ela sorriu abertamente e se sentou na ponta.

— Eu tava pensando, Edward... Nós podíamos nos conhecer mais, quer dizer, eu vou me mudar para Londres já que minha irmã, Kate, vai se casar. Então poderíamos nos ver mais. — Ela comentou timidamente e eu sorri fraco. Olhei Jake e ele revirou os olhos disfarçadamente.

— Seria ótimo. Podemos ver isso. — Comentei. Ela ia responder mas foi interrompida por um arrastar de cadeiras. Olhamos confusos para Jacob que saia com sua bandeja na mão.

— Jacob! O que foi? — Perguntei antes que ele saísse do refeitório. Ele se virou para mim.

— Perdi a fome. Me avise quando você resolver parar de bancar o adolescente e decidir de quem gosta. — Disse delicadamente e saiu, me deixando com cara de idiota.

— Como assim decidir de quem gosta? — Irina perguntou se levantando para sentar no lugar que Jacob estava, consequentemente, na minha frente.

— Ah, é você e a mãe dos meus filhos. — Fui sincero e ela sorriu abertamente quando eu falei dela. A loira se empoleirou na mesa, aproximando nossos rostos.

—Bom, Edie.... — A interrompi assim que escutei o apelido.

— Nunca mais me chame assim! — Gritei me lembrando de Isabella. Olhei seu rosto assustado e percebi que estava um silêncio. Olhei em volta e todos me encaravam. Sorri envergonhado, me sentado novamente já que tinha levantado sem perceber. — Por favor. Não gosto desse apelido. Pode ser qualquer um, menos esse — Falei controlado e ela sorriu, se esquecendo do ocorrido.

— Continuando, amor... — Logo me arrependi do que tinha dito mas não reclamei. — Eu não quero decidir algo por você ou me colocar na frente desta mulher mas você não pode negar que ela te magoou! E magoou teus filhos. Eu jamais faria isso. — Fui interrompe-la mais ela foi mais rápida. — Eu to pedindo apenas uma chance! E não precisa ser agora, eu espero o tempo que for preciso. Prometo amar você e as crianças mais do que tudo, irei ser sua companheira e a mãe que eles precisam. — Fui pego de surpresa então não sabia o que responder mais nem precisei pensar.

— Nem por cima do meu cadáver, amorzinho. Eles já tem tudo que precisam aqui. — Travei assim que escutei aquela voz. PUTA MERDA! Olhei para trás e vi Isabella, que estava linda como sempre. Minha morena olhava Irina com uma mão na cintura, o peso em uma perna e um olhar de ódio. Ela estava muito sexy! Um barulho me chamou a atenção e vi Irina se levantar com um olhar desafiador.

— Quem é você? Para mim não é ninguém. — Ela disse e eu vi Isabella puxar o ar e ficar vermelha. Minha única certeza no momento era: Vai dar merda.

— Vou te dizer então, loira azeda, e você nunca mais vai esquecer de mim — Isabella ironizou e Irina arqueou a sobrancelha. Nisso, todo o refeitório observava sem piscar os olhos.

— Diga! Não tenho medo de uma ridícula como você. — Irina provocou minha boneca. Eu não gostei nenhum pouco.

— Se insiste... Eu sou o amor da vida de Edward e a mulher que vai virar sua cara do avesso, puta desgraçada! — Ela gritou e então partiu para cima de Irina. Escutei gritos incentivando e outros querendo separar a briga mas eu não via nada, tudo que se passava na minha cabeça era “Eu sou o amor da vida de Edward”. Porra, até ela sabia!

— Edward! Ta maluco? Me ajuda aqui, elas vão se matar! — Escutei a voz de Jacob e vi ele com as mãos na cintura de Bella, que estava em cima de Irina puxando seu cabelo e batendo a cabeça da mesma no azulejo branco enquanto xingava a loira. Irina tentava revidar, mas sem muito sucesso.

— Não se preocupe. A Bells ta indo bem. — Falei despreocupado e vi Isabella sorrir em minha direção, retribui escutando protestos de Jacob até que Irina se aproveitou para trocar as posições. Vi tudo vermelho quando Irina ergueu uma mão para bater em Isabella.

Me levantei em velocidade sobre – humana e empurrei Irina para o lado, que atropeçou e só não caiu pois alguém a segurou. Ela me xingou mas não dei ouvidos. Puxei Isabella pela mão delicadamente e diferente de Irina, a safada estava sem nenhum arranhão.

— Eu não preciso de você para me levantar. — Ela disse emburrada e eu ri levantando as mãos. Ela se soltou de mim e andou graciosamente até a Irina. As duas se encararam, e de repente, um barulho se fez presente no ambiente. Isabella tinha acabado de dar um tapa na cara de Irina, que estava vermelha e os olhos escuros de raiva, mas isso não abalou Isabella já que saiu fazendo barulho com seus saltos.

— Bora, estou morta de fome! — Ela disse como se nada estivesse acontecido ao passar por mim enquanto todos a encaravam de boca aberta.