S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 4
Em família.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe não ter postado ontem, a internet foi pro espaço asuahsuahs
Hey, obrigada pelas reviews lindas
Boa leitura o/



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– Então – Tia Eunice começou, era uma tia que morava distante e que quase nunca aparecia. Nem na ação de graças. – Desde quando vocês estão juntos?

– Há três meses.

– Há um dia.

Olhei para Edward e senti vontade de soca-lo. Nós tínhamos nos esquecido de combinar algumas respostas, para as perguntas que obviamente surgiriam. Ele havia me metido naquela confusão, e estava se divertindo com aquilo tudo. Claro que, quando não é você que corre o risco de ser chamada de maluca carente, tudo fica mais fácil.

– Nós estamos namorando há três meses, mas moramos juntos há um dia. – Maldito ninja inteligente, mal posso acompanhar seus pensamentos.

– Ah! Que fabuloso. – Exclamou Doroteia, uma prima de um lugar mais distante ainda. Talvez fosse da Sibéria? Não sabia dizer. – E onde estão morando?

– No meu apartamento.

– Na minha casa.

Bufei e chutei a perna de Edward por baixo da mesa. Se doeu, ele não demonstrou, pois sorriu largamente. De modo que todos foram hipnotizados por seus dentes incrivelmente brancos. E lá estava minha família, derretendo, derretendo. Passaram-se alguns segundos de silêncio, e eu podia sentir o cheiro de fumaça que vinha da minha cabeça, eu estava pensando em uma maneira de explicar tudo àquilo para eles. Já que depois dessa resposta, era óbvio que estavam desconfiando. Então, como eu diria que era uma farsa?

– Somos um casal aberto a adaptações – Edward deu ombros – Eu não quero abrir mão do meu apartamento, nem ela da casa. Então decidimos o seguinte: Ficamos um dia em cada lugar, alternadamente. Até o dia do casamento, aí vemos qual é o lugar melhor. Mas cá entre nós, é óbvio que eu vou ganhar essa. – Piscou, e Ângela sorriu abobadamente, balançando a cabeça em concordância, sem realmente concordar, ela não estava nem ouvindo o que ele falava.

– E quando pretendem se casar? – Foi a vez de meu pai perguntar.

– Ainda não decidimos. – Respondi antes que meu doce noivo abrisse a boca.

– Eu não quero esperar muito, mas Bella acha que temos que aproveitar ao máximo o tempo que temos nas duas residências. Explorar cada canto, antes de optarmos por uma delas. Se é que me entendem. – As pessoas riram e eu corei. Que merda aquele homem tinha na cabeça?

– Então a Bella é do tipo fogosa? – Uma voz rompeu no meio da sala de jantar e todos se voltaram para o dono dela. – Cunhadinha perigosa essa daí, ein? – Cunhadinha? Ah merda, acho que vou desmaiar.

– Emmett! – Edward levantou-se da cadeira e caminhou até o outro homem, que era lindo de morrer também. – Quando eu te liguei, pensei que não fosse vir.

– Achou que eu ia deixar meu irmão na mão? – Irmão? Mas é claro, se eu era a cunhada dele, ele só podia ser irmão de Edward. – Então, família da Bella. Eu vim representando a família do Edward. – Sorriu para todos. Um sorriso que parecia ter o mesmo efeito do sorriso de meu noivo. Que família abençoada! – Eu sou Emett Cullen, cunhado da Bella.

Noivo da Bella e cunhado da Bella. Eu podia me acostumar com aquilo facilmente.

– Bellinha, cunhadinha! – Ele caminhou até mim e puxou-me para um abraço. Fiquei uns segundos em choque. Não só por ele ser grande, maior que Edward, largura x altura, mas também por eu não conhecê-lo. Aquela era a primeira vez que eu o via. – Quanto tempo! – Exclamou. Então como num clique retribui o abraço com igual intensidade. Eu já o conhecia, não realmente, é claro, mas para minha família eu tinha de conhecê-lo. – Rose e as crianças sentem sua falta. – Cutucou-me com o cotovelo. Rose e as crianças? Ah sim, super conhecia. – Aninha adorou o presente de aniversário que você mandou.

– Não foi ela quem mandou o presente, Emmett. Fui eu. – Edward intromete-se entre nós dois. – Você não sabe ler? Estava assim no cartão: Com amor, tio Edward.

– Mas foi a Bella que comprou, você pensa que eu não sei!? Você só fez assinar o cartão. – Ambos gargalharam.

Tudo o que passava na minha cabeça era: Que porcaria toda é essa? Cunhado? Rose? Aninha? Presentes? Vida feliz? Eu estou mesmo vivendo isso tudo, ou é só um pesadelo? Que seja um pesadelo, por favor. Entretanto era tudo bem real, real na medida do possível. Eu estava me afogando cada vez mais naquelas mentiras. E não haveria como sair ilesa delas. Eu não ia casar com Edward, eu não conheceria Rose e as crianças, ou mandaria presentes para Aninha.

– Então, quem é o sortudão pai da Bella? – Meu pai levantou a mão e Emmett o cumprimentou com um soquinho no ombro – Filha bonitona ein!? Se eu tivesse visto antes do Edward, já era. Mas, ela tem mau gosto. – Deu de ombros – Fazer o que?

– Eu acho que meu pai teve filhas mais bonitas. – Jenn disse jogando o cabelo.

– Concordo. – Ângela apontou para ela e Jenn.- Melhores.- Irmãs nojentas.

– Vocês são irmãs da Bella? – Indagou meu cunhado – Ergue as mãos para o céu, Bellinha! – ergueu meus braços. – Você não parece nem um pouco com elas!

Todos gargalharam inclusive eu. Conhecia Emmett há pouco tempo, mas já tinha um apreço enorme por ele. O resto do jantar correu com provocações de irmãos, não minhas com Ângela e Jenn, mas sim de Edward e Emmett . Eles pareciam ter uma boa relação, e, por um momento, passou-se na minha cabeça um sonho de viver aquilo todos os dias. De verdade.

– Ei, Bella – Edward começou, quando estávamos sozinhos no quarto novamente – Desculpe-se pelo meu irmão. Eu sempre contei tudo a ele, e conversamos ao telefone mais cedo antes do jantar, enquanto você tomava banho. E ele disse que ia ajudar.

– Eu odeio vocês dois. – Murmurei jogando-se na cama, e ignorando o fato de que precisava pentear os cabelos molhados.

– Sério? – Fez cara de magoado. Desgraçado, filho da puta, por que tão lindo?

– Não. – Admiti e joguei um dos travesseiros nele – Agora vai lá tomar teu banho que eu não vou dormir do lado de homem sujo.

– Dormir, Isabella? De acordo com o histórico da nossa relação, não é para isso que usamos as camas.

– Edward! – Exclamei em meio gargalhadas – Acho que você entrou mesmo no personagem. – Sorriu para mim e jogou o travesseiro de volta, entrando no banheiro logo em seguida.

Aproveitei o momento em que estava sozinha e penteei os cabelos. Tirei a roupa com que estava e coloquei uma camisola que achei na minha gaveta. Era uma camisola preta, na verdade, um blusão. Comprei quando eu tinha 16 anos, e pelo visto, meu corpo não mudara muito desde então. Continuava larga como antes.

– Eu tenho um talento especial para o teatro. – Edward retomou o assunto ao sair do banheiro, então se jogou na cama, ao meu lado. Ele estava apenas de toalha, e gotas d’água caiam sobre seu corpo, não pude desviar o olhar. Noivo da Bella, as palavras repetiram-se em minha cabeça.

– Você tem belos atributos. – Murmurei e ele ergueu a sobrancelha. – Atributos teatrais, claro.

– Claro – Piscou para mim. Tive que me esforçar para não corar.

– Vamos combinar algumas respostas, está bem? – Mudei de assunto rapidamente. Ele fez que sim com a cabeça. – Como você descobriu que estava apaixonado por mim?

– Bem... – Mordeu o lábio inferior. Socorro, socorro, eu vou morrer. Que homem! – Desde que você entrou no meu escritório, com o seu jeito maluquinho e desastrado eu me senti atraído por você. Então eu ficava obervando pela janela aberta entre a minha sala e a sua. E sorria quando você praguejava ao derrubar algo no chão, ou ao se confundir com o café. Passei a amar o modo como bagunçava seus cabelos quando estava atordoada e como mascava o chiclete. Conseguindo sempre se engasgar com tudo aquilo. Então, eu reuni coragem, e disse-lhe tudo isso em uma bela noite em que estávamos sozinhos. Depois de termos jantado. E perguntei: Isabella Swan, aceita namorar comigo? – Ele olhava no fundo dos meus olhos e não pude deixar de sorrir com aquilo. Ele havia acertado absolutamente tudo que falara sobre mim. Suspirei, olhando para ele, e escutando o pedido ecoar em minha cabeça. Eu não estava derretendo, estava ficando mais forte e mais sólida. – E quando você descobriu que estava apaixonada por mim?

– Quando você olhou nos meus olhos, e me pediu em namoro. – Disse-lhe e aquilo não era uma mentira.


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Notas finais do capítulo

Só pra avisar, vem uma baita de uma confusão por aí!
E esse fim, ein? Bella se apaixonando pelo Edward AUSHAUSHAUHS
Aguardem altos paranauês, um beijo.