S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 2
Aquecimento global.


Notas iniciais do capítulo

Hey ô, suas pessoas lindjas! Eu amei de verdade as reviews e a boa recepção da fic. Agradeço a todos os comentários, e, por isso, estou adiantando o próximo capítulo procês.
Boa leitura o/



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– MEU MARIDO VAI CASAR! – Gritei e Edward deu um pulo.

– Por um acaso você andou bebendo, Isabella?

– Bebendo? Bem que eu queria. – Murmurei – Não acredito que ele vai casar e me mandou o convite para o casamento, que cara de pau... Como ele pode fazer isso?

– Você é casada? – Edward perguntou pegando o convite das minhas mãos – E ele vai casar de novo? Bigamia é crime aqui, será que você pode avisar a ele?

– Eu não vou mesmo nesse casamento. – Dei de ombros, então levantei arranquei o convite das mãos de Edward e joguei no lixo.

– Será que você pode me explicar essa história? Eu fiquei realmente confuso.

Expliquei tudo a ele. Minha trágica história de menininha sem graça, que viveu à sombra de duas irmãs. A menina que perdeu a mãe cedo, e que teve o pai mais carinho do mundo – essa parte da história era boa. Também contei da menina que ficou deslumbrada pelo cara mais gato do colégio, e que ficou ainda mais deslumbrada quando esse cara a pediu em namoro. A sonhadora que planejou o casamento e uma vida a dois. E, por último, mas não menos importante, falei sobre a idiota que foi deixada no altar.

– Você deveria ir nesse casamento. – A esta altura, estávamos em seu carro. Um Volvo prata, do tipo “caro de mais pra alguém pobre como eu”. Enquanto eu contava sobre minha vida ele me oferecera uma carona, e lá estávamos nós, indo para minha casa. A situação poderia ser considerada propícia, se eu não estivesse “chorando” pelo meu ex-noivo.

– Vou nesse casamento provar a todos que eles têm razão? – Bufei- Tudo o que eu fiz nessa vida foi ser madrinha de casamentos. Fui madrinha do casamento da Bárbara, da Annie, do Henri, da Car...

– Eu entendi você foi madrinha do casamento de todos os seus amigos. Agora todos pensam que você vai ficar pra titia.

– É, e pra piorar, acredita que ninguém da minha família, a não ser meu pai, acreditou que eu estava trabalhando pra você? Aparentemente eles me acham sem talento de mais pra conseguir um emprego tão bom...

Edward me olhou com uma expressão descrente. Eu não poderia culpa-lo, afinal se eu encontrasse alguém na rua, que me contasse que nem a própria família acreditava nele, eu pensaria que a criatura é maluca, ou sentiria uma pena absurda dele. Talvez ele estivesse sentindo pena de mim.

– E se eu for com você? – Propôs.

– O quê? – Não consegui esconder a surpresa.

– Eu tenho mesmo que resolver umas coisas lá por perto. Podíamos ir esse fim de semana, a negócios. Então passamos na casa da sua família e você me apresenta como seu chefe, assim ninguém mais vai desconfiar de você.

– Tem certeza, Senhor Cullen? Quer dizer, o senhor tem a sua vida, e acho que eu posso atrapalhar...

– Como eu disse, eu tenho mesmo que fazer algo por lá. E vai ser só pra eles terem certeza de que eu sou seu patrão.

– Então obrigada, senhor. – Disse quando ele estacionou e abri a porta para sair do carro.

– Vejo você no fim de semana, Isabella.

– Mas eu trabalho amanhã...

– Não – Ele interrompeu meu protesto – Você tira amanhã de folga. E nos vemos no fim de semana, são ordens do seu chefe. – E então sorriu antes de dar partida no carro.

E eu quase me derreti que nem sorvete no calor, ali mesmo. Chefe gostoso? Confere. Atencioso? Confere. Tinha como melhorar? Acho que não. Caminhei até dentro de casa, como se estivesse pisando em nuvens. Esse, o derretimento fácil por homens bonitos, era um grande problema na minha vida. E essa história toda de aquecimento global só contribuiu ainda mais para o derretimento das minhas calotas polares.

– Pai?! – Atendi ao telefone que já tinha doze chamadas perdidas do Senhor Swan. Esse era outro efeito que os homens bonitos causavam em mim, eu perdia a noção de percepção completamente.

– Isabella! – Exclamou aliviado – Pensei que tivesse se afogado na privada.

– Pai, quando isso aconteceu eu tinha quatro anos. – Bufei – Agora eu já consigo sentar no vaso sem cair.

– Consegue mesmo?

– Tudo bem, às vezes eu caio. Mas não foi pra falar disso que o senhor ligou, foi?

– Não. – Sua voz ficou tensa de repente – Acho que você já recebeu... O convite, sabe. Do casamento de Mike – Ah! Era isso, legal. – Filha, você não precisa vir se não quiser realmente. E eu sei que não quer. Porque eu te conheço, Isabella. Você quer provar ao mundo que superou o Mike, mas, às vezes, não temos que provar nada a ninguém.

– Como você disse pai, às vezes. Neste caso é sim necessário. Seu Charlie, a sua cunhada Irina é um porre, e desde que a mamãe morreu ela tentou me transformar em alguém como ela. E, por eu não ser que nem ela, ela acha que eu não sou ninguém que preste.

– Mas Bells...

– Não, pai. – Interrompi-o, ele era sempre mito preocupado comigo. Mas já estava na hora de eu enfrentar minha tia e tudo mais que fosse – Eu preciso fazer isso.

– Tudo bem. – Concordou depois de um tempo em silêncio. – Vou te apoiar no que for. Saiba que sempre estarei aqui. Te amo, Bells.

– Te amo, pai. – Depois disso, ele desligou.

O meu dia de folga passou rápido, e o fim de semana chegou voando. De manhã cedo lá estava meu chefe, lindo, gostoso, deus grego, em seu carro, buzinando a minha porta. Controlei-me para não gritar de excitação. Eu passaria um fim de semana com aquele homem! Mas, eram só negócios, eu tinha que entender isso. Trabalhava pouco mais de seis meses na Cullen Enterprises, e o Senhor Cullen, como era chamado pelos funcionários quando estava por perto, porque quando ele virava as costas os apelidos eram outros: Chefe fatal, Senhor gostoso, deus grego e, o meu favorito, aquecimento global. Enfim, ele nunca, em situação alguma, apesar de ser muito atencioso, deu a entender que queria algo mais que relação profissional.

Eu sabia disso, e aceitava bem. Esse era o lado bom de ter sido criada na minha família, eu havia aprendido a lidar bem com as perdas e com os nãos, pelo menos com a maioria deles. Entretanto, ninguém podia me impedir de sonhar com aquele homem. Sonhar não me custava nada. E, eu não estava fazendo nada diferente de qualquer outra mulher daquela empresa.

Pouco conversamos no caminho até Forks. Ele colocou uma música suave no carro, algo como POP, mas eu não sabia identificar muito bem. Não que eu não gostasse de música. Mas é que a música parecia algo tão irrelevante quando ele estava ali ao meu lado, dirigindo, cantando a música como se estivesse em um karaokê. Tão extrovertido, sem sua gravata e terno habituais. Era como se eu estivesse diante de outro Cullen, o que ele era de verdade.

– Pronta pra apresentar seu chefe bonitão à família? – Perguntou estacionando em frente a minha antiga casa. Ela estava igual à sempre.

– Chefe bonitão? – Indaguei irônica – Bem, eu também quero ser apresentada a ele.

– Muito engraçada, Isabella. Até parece que não tem medo de perder o emprego.

– Que é isso, senhor Cullen?! – Fiz-me de assustada – O Senhor é a reencarnação de Afrodite, numa versão masculina é claro.

– Obrigada por mentir tão bem. – Eu não estava mentindo. Mas limitei-me a sorrir, ele não precisava saber que eu, assim como toda a empresa, babávamos nele todas as vezes que ele passava por nós. Talvez ele soubesse.

– BELLS! – Meu pai exclamou e correu para me abraçar, ele estava um pouco mais magro, e isso me preocupou um pouco. – Como você cresceu.

– Como você emagreceu pai. – Sussurrei em seu ouvido e ele deu de ombros.

– Isabella, que saudadinhas. – Escutei a voz de Ângela, e me virei para dar-lhe um sorriso falso.

Saudadinhas. – Repeti com desdém, tinha cumprimento mais falso?

– Imagino que, seja muito duro pra você que seu ex-noivo vá se casar. Enquanto você ainda está tentando superar a perda.

– Eu não estou tentando superar nada. – Protestei – Eu já superei.

– É? Não parece, Bells. – Ela fez aquela cara que as pessoas faziam quando olhavam pra mim, “Oh, pobre e abandonada Bella”. – Por acaso você conseguiu namorar depois de tomar um pé na bunda?

– Claro que sim! – Menti.

– É? E cadê esse sortudo? – Sua voz era sarcasmo puro. Ela sabia que eu estava mentindo. E eu estava encrencada. Eu podia dizê-la que terminei com o meu namorado, mas isso só atestaria meu certificado de fracassada. “Oh, pobre e abandonada Bella”. Eu conseguia ver suas expressões olhando pra mim.

– Ele está... Ele está... – Pensa droga, pensa Isabella.

– Eu estou aqui. – Olhei para o dono da voz e quase caí dura quando percebi que ela não vinha da minha cabeça. – Prazer, eu sou Edward Cullen, noivo da Bella.


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Notas finais do capítulo

Respondendo uma perguntinha que me fizeram: Vou postar geralmente aos domingos, okay? Mas, se vocês quiserem muito um capítulo durante a semana, eu vejo o que eu faço por vocês. Então, o que acharam, ein? Sr. Aquecimento Global calando a boca da Ângela Bitch u.U Quero opiniões, quero opiniões o/