Mas e Agora?! Você é Mamãe e Ele Papai escrita por ELa


Capítulo 43
Hormônios femininos em ação




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12 ANOS DE IDADE


 

Desconfortada com alguma coisa me remexi novamente na cama. Suspirei.

Tateei o criado mudo à procura do meu celular. Achei.

- 4:00? Ah fala serio.

Joguei meu celular ao me lado na cama e puxei o edredom cobrindo meu rosto.

Passei mais algum tempo assim ate que senti algo molhado.

-Eu fiz xixi sem perceber?

Sentei-me na cama. Eu nunca fiz xixi na cama que estranho. Levantei e fui em direção ao interruptor. Assim que a luz acendeu olhei para minha cama.

-Mas...o...qu...quê?

Gaguejei.

Fui ate o espelho de corpo e então me virei de costas ainda entorpecida.

-AAAAH! EU TO SANGRANDO!

Gritei indo em direção ao quarto dos meus pais.

Eles nunca fechavam a porta e então a abri em um baque.

-EU TO SANGRANDO!

Comecei a gritar.

Meu pai com o susto caiu da cama e minha mãe levantou rapidamente.

-Você ta o que?

Perguntou sonolenta e então eu me virei de costas.

-Sangrando.

Falei desesperada

Papai levantou coçando a cabeça e começou a rir. Depois a mamãe o seguiu.

-AH QUALÉ A FILHA DE VOCÊS ESTA TENDO UMA HEMORRAGIA!

Gritei pulando.

-Cameron, pare.

Papai falou se aproximando de mim.

-O QUE? EU VOU MORRER?

Papai começou a rir. Como ele pode rir das desgraças dos outros? Que vergonha!

AAAAH EU NÃO QUER MORRER!

-PAI!

Chamei a sua atenção. Qual é ele não se preocupada se a filha dele vai morrer?

-Cameron você não vai morrer.

Ele disse e então olhou para a mamãe que agora tinha um sorriso nos lábios. Coloquei a mão no coração. Alivio!

-Bella?

Papai apontou para mim.

-Sua vez.

Ele terminou

-O que?

E foi então que eu me toquei de tudo.

Eu não estava tendo uma hemorragia. Eu mestruei. Que tonta eu sou. Mas isto nunca passou pela minha cabeça, afinal como você iria reagir se visse sangue em sua cama? Espera. Eu mestruei?  

OOOH! EU MESTRUEI!

-AAAAH!  EU MESTRUIE!

E então comecei a pular agora de felicidade.

Lembro-me que minhas avós viviam falando de quando eu virasse moça.

-AGORA EU SOU MOÇA!

Mamãe riu e papai emburrou a cara.

-Maddie tudo bem. Ninguém precisa escutar isto amor.

Ela falou se levantando da cama e indo ate o seu closet. Papai se sentou na cama.

Mamãe voltou com um pacote azul na mão.

-Vamos!

Ela falou seguindo para o meu quarto.

-Olhe Cameron aqui diz como coloca tudo bem? Pegue uma calcinha e vá para o banheiro eu vou recolher a sua roupa de cama. Aproveite e me entregue logo se hobby.

Ela falou puxando meu edredom. Meu celular caiu.

Tirei minha roupa e joguei para ela.

-Tome.

Fui ate meu closet e peguei uma calcinha e depois segui ate o banheiro.

Troquei-me no banheiro.

Assim que sai encontrei a mamãe com um remédio em mãos.

-O que é isso?

Perguntei

-Para você não sentir cólica.

Ela falou.

Ah é mesmo. Mamãe às vezes reclamava dessa dor.

Peguei o comprimido e engoli. Dei uma olhada em minha cama e ela já estava arrumada.

-Bem, minha filha já é uma moça.

Ela disse sorrindo e me abraçando.

Gargalhei

-Acho que tem uma pessoa que não gostou disso.

Sorri

Mamãe olhou para a porta do quarto dela.

-É.

Ela sorriu e então saiu do meu quarto.

-Boa Noite.

-Boa Noite mãe.

Fui ate a porta e a tranquei. Depois fui ate a cama e tentei dormir.

-CAMERON! ACORDA!

Era a milésima vez que meu pai batia na porta do meu quarto. Que maneira sutil de me acordar.

-EU JÁ DISSE PARA NA FECHAR ESSA PORTA!

Ele gritou novamente.

Era uma regra aqui uma casa (uma das muitas e todas em relação a mim).

Eu não podia trancar a porta do meu quarto. Por que? Eles não responderam.

Bufei e então me sentei na cama.

-Qual é pai? Eu quero dormir.

-Escola.

Ele falou do outro lado.

-Abra a porta.

Ele disse por fim e então escutei seus passos se distanciarem.

Suspirei e deitei novamente.

Não estava a fim de ir para a escola hoje.

Não sei quanto tempo passei com os olhos fechados. Mas escutei novamente os passos. Agora mais sutis.

Minha mãe.

-Cameron. Levante agora. E abra esta porta.

Mamãe nunca foi de brigar muito comigo, mas eu lhe dou uma dica. Se você tem uma mãe calma (como a minha), e ela de maneira educada mandar você fazer algo. NUNCA DESOBEDEÇA! Pois essas são as piores! E quando ela perder aquela serenidade é pior do que o diabo fugindo da cruz.

Levantei da cama desistindo e indo em direção a porta para abri-la.

Minha mãe já estava vestida a caráter para ir trabalhar.

-Banho.

Ela disse apontando para o banheiro.

Suspirei e fui tomar meu banho.

Assim que me livrei das roupas eu lembrei de ontem.

-Ops!

Falei sorrindo.

A água quente batia em meu rosto e era refrescante. Por mim eu ficaria ali pra sempre.

-A água do mundo esta para acabar. Não contribua ainda mais.

Ouvi minha mãe bater na porta.

É eu poderia ficar aqui para sempre, só que INFELIZMENTE, tenho que ir para um lugar cheio de gente, diversos tipos de gente na verdade, acredite você encontra de tudo nesse lugar e com adultos que se acham intelectuais, mas que são comandando por um velho gordo reumático que precisa é ser internado.

Isto é, a escola. Para os outros, pois pra mim é o meu playground.

(sorriso maléfico)

-Cameron.

Mamãe resmungou.

-Estou indo.

Fechei a ducha e peguei uma toalha.

Papai já não estava mais em casa quando eu desci para tomar café. Este é o preço de ter um pai medico. Tinha vezes que ele me levava pra escola e outras que quando eu acordava ele já não estava mais aqui. Tinha vezes que eu ia dormir sabendo que ele estava para chegar ou assim que ele me dava um beijo de boa noite. E tinha vezes que ele não dormia em casa. Era chato. Sempre meio-termo.

Mas todos falavam que ele sempre esteve presente em todos os momentos importantes da minha vida. Tudo bem eu nem lembro mesmo de quando eu era pequena. Vagamente para ser sincera.

Tomei meu café com a mamãe ao meu lado.

-A senhora já tomou café?

Perguntei enquanto mordia uma torrada.

-Sim.

-Hum.

Enquanto eu comia minha mãe me observava.

-Mãe o que foi?

Perguntei já incomodada.

-Nada. É só que ate parece que foi ontem que eu tinha você pequena em meus braços. Depois que você nasceu.

Ela falou emocionada. Sorri.

Eu já tinha visto também o DVD do meu nascimento e é nojento.

Minha vida na verdade foi toda documentada.

-Tão parecida com seu pai. Pequena e gordinha. Ai meu Deus tão linda. Foi o momento mais lindo da minha vida sabe. Ter-te em meus braços. Um pedacinho meu e do Edward. O fruto do nosso amor.

Meu Deus o que deu nela? Esta tão melosa hoje. Mas eu não deixava de prestar atenção no que ela falava. Exalando amor. Eu tinha que confessar minha mãe era indescritível. Eu tinha tanto orgulho dela.

-É difícil de acreditar que você esta aqui. Que eu te tive e que você esta aqui saudável, linda, com uma personalidade forte, mas ainda assim esta aqui. Nos meus braços e me chamando de mãe. E agora é uma mocinha. Ai meu Deus.

Mamãe agora me abraçava forte.

Eu nunca entendi o porque dos abraços dos meus pais serem sempre... Quentes, aconchegantes. O dos outros eram...Normais. O deles sobressai. Se me vendassem eu conseguiria identificar meus pais só pelo abraço e pelo aroma.

Mamãe tinha cheiro de freesia e papai um cheiro refrescante.

Retribui seu abraço.

-Cameron nunca duvide do quanto eu e seu pai a amamos. Não existe amor maior do que o dos pais, amor.

Ela dizia. Eu sempre me perguntei o tamanho do amor que os pais sentem pelos filhos. A maioria fala que não é possível explicar. Que só se sabe quando são pais. Mas e os pais que abandonam? Ou abordam? Ou abusam do filho? Esse mundo é muito estranho viu!

-Eu te amo viu? Muito. Muito mesmo.

Ela continuava.

Achei estranha essa melação toda. Mas recebi de bom grado afinal não era todo dia que eu ganhava um abraço ou um beijo deles. Ou ate uma declaração de EU TE AMO! Ah tudo bem é mentira, meus pais me abraçam direto e também me beijam e vivem dizendo que me amam.

Mas eu não reclamo acho é bom. HAHA!

Mas, eles não podem saber disso. Afinal eu sou Cameron Maddelaine e eu não sou sentimental. Pelo menos é assim que os outros me vêm. Ainda bem que ninguém consegue ler meus pensamentos!

Ri mentalmente

-Mãe eu vou me atrasar.

Falei a afastando antes que eu começasse a chorar.

-Oh! Não acredito você não querendo chegar atrasada na escola?

Ela disse perplexa.

-Claro que não. Já passou.

Falei me levantando e rindo. Ela me seguiu.

 


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