Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 30
Barreira quebrada


Notas iniciais do capítulo

Queridos! Aqui estamos nós com mais um capítulo. Surpresas a parte e esperamos que gostem.
Beijos e ate logo.



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Vi Eliza contrair o maxilar. Fechei as mãos em punho e encarei a figura pálida.

– O que está fazendo aqui? - perguntei andando em sua direção.

Ele suspirou e caminhou alguns passos sem rumo.

– Estoy apenas de passagem lobito. - falou puxando seu sotaque espanhol. - Yo é que pergunto: Qué estão fazendo aqui?

– Isso não é da sua conta, sugador de vida. - falou Lizy.

– Es sí ruivinha. - falou dando um sorriso torto. - Tecnicamente, estão en mí area de caça.

– Nos obrigue a sair então. - retrucou Eliza.

Senti o cheiro de morto se aproximar. Virei-me encarando mais três criaturas pálidas. Uma mulher e mais dois homens. Eles abriram sorrisos. Fileiras de dentes brancos onde as presas pontudas se destacavam. Saíram sons ásperos de suas gargantas e eles tomaram posições de ataque. Olhei para trás.

– Alex. - balancei a cabeça para o espanhol.

– Discúlpeme. - ele deu de ombros. - Mas essa passagem já é nossa, lobito.

Os três me atacaram no momento em que senti as roupas do meu corpo se rasgarem e minha outra forma peluda e negra surgir. Rolei para o lado escapando do ataque da mulher. Fiquei de pé mostrando os dentes para o cara mais alto. Ele rosnou de volta e me atacou. Seu corpo gélido caiu por cima de mim e tentei afasta-lo com as patas traseiras, mas suas presas estavam expostas, os olhos tomados pela escuridão. Já não se distinguia as pupilas do resto.

Com dificuldade o afastei de mim e na primeira oportunidade girei o corpo vendo Eliza como humana em um combate com a mulher. Olhei em volta a procura de Alex. Trinquei os dentes e segurei a raiva na garganta. Virei-me para Eliza e rosnei. Minha garganta arranhou saindo quase um rugido, alto e forte. As três figuras me encararam perplexas e não esperaram muito para sumir entre a escuridão.

Relaxei as orelhas e olhei Eliza rapidamente antes de minhas patas saírem do chão. Senti o vento frio na barriga e por fim desabei batendo numa pedra. Estremeci e ergui os olhos a procura do meu agressor.

Encontrei um par de olhos raros âmbar e um sorriso travesso.

– Vá embora Lucas. - ele falou se abaixando perto de mim. - Usted no pertence más a este lugar.

Rosnei tentando dizer que ele também não.

Fiquei de pé e estufei o peito. Ele sorriu percebendo que eu não me renderia e vi suas presas surgirem lentamente. Os olhos ficando negros e seu cheiro de carne morta aparecer.

Contrai os músculos, pronto para uma luta.

***

Pulei alguns arbustos e fui puxada bruscamente para trás.

– Kate volta aqui! - gritou Daniel me pegando pelo braço. - Onde você está indo, sua maluca?

Respirei fundo para não xinga-lo.

– Me desculpe Dan. - falei soltando meu braço - Prometo que explico a noite.

Ele me encarou por um longo momento, mas não demorei muito e me desvencilhei de sua mão.

Voltei a correr deixando-o para trás.

A noite estava fria. Enquanto corria, senti o vento bater em meu rosto. Eu me sentia extremamente mal. Como pude esquecer meu encontro com Lucas?

O frio me repreendia e assim que cheguei próximo à barreira da noite anterior, ouvi um ruidoso uivo de dor. Desesperada, aproximei-me o suficiente para ver meu lobo negro ao chão, uivando. Acompanhei o olhar a tempo de vê-la. Uma menina com lindos cabelos castanho-avermelhados que se espalhavam pelo rosto por causa do vento, os olhos castanhos esverdeados expressando um claro terror. Era tão magra que parecia uma criancinha. Imediatamente a reconheci.

– Eliza! - gritei subitamente. A menina me olhou com expressão indecifrável no rosto. Seguida pelo seu agressor, que sorriu em êxtase. Largando-a por um minuto, o homem se virou incrivelmente interessado.

Tive que admitir que o mesmo estava muito perto da perfeição, parecendo algo como um anjo endiabrado. Era pálido como a neve, alto e ligeiramente musculoso, os olhos âmbar me encaravam com um interesse mutuo, o cabelo cor de areia balança sensualmente com o vento.

– Quem diria. - falou. Sua voz de sino penetrando como gelo em minha pele. - Uma guardiã com pena de uma Amaldiçoada. O triste é que usted será obrigada a assistir enquanto eu a destruo.

– Larga a minha irmã - guinchei.

– Outra Mozart? Eu amo essa família. - falou sem emoção na voz. - Seu poder idiota no me afecta se usted no estiver aquí con mí do lado de fora.

Ele sorriu brevemente e pude notar seus dentes afiados brilhando e seus olhos ficarem escuros de repente. Fechei as mãos em punho e mais uma vez à sensação de calafrio subiu pelo meu corpo.

Ele segurou o pescoço de Eliza, tirando seus pés do chão, enquanto ela se debatia.

Meu sangue borbulhava e minha mente estava ficando pesada. Antes que eu me desse conta meu corpo todo se encontrava em chamas. Aproximei-me esticando a mão e sentindo a barreira invisível. Fiz força e nada. Tentei de novo, mas não consegui me concentrar. Minha boca tinha gosto de sangue e me senti nostálgica, como se o tempo tivesse parado. Fechei os olhos me sentindo tonta e pude notar as folhas passarem por mim lentamente no ar.

Quando abri os olhos novamente, eu estava a dois centímetros do cara pálido. Exatamente fora da barreira que deveria ter me contido.

O homem cambaleou para trás soltando o pescoço de Eliza. Ele me encarou e notei que seus olhos só possuíam as pupilas e que ele tinha presas como de um... Vampiro?

Ele se afastou e quando pisquei de novo havia sumido nas sombras me deixando atordoada. Meu coração batia acelerado como se pudesse sair do meu peito. Respirei fundo tentando me acalmar e em pouco tempo o fogo se conteve abandonando minha pele.

– Eliza, você está bem? - perguntei me aproximando da menina que me encarava apavorada. Ela tremia violentamente e percebi que tentava conter o choro. - Eliza eu não vou te ferir.

Ela me encarou por um longo segundo claramente em duvida.

– Obri... Obrigada. - falou engolindo em seco. - Eu vou ficar bem, me recupero mais rápido que os seres humanos.

Ela se levantou ainda me olhando desconfiada e sacudiu a cabeça. Virei-me olhando o lobo negro.

– Lucas. - falei baixinho. O lobo me encarou um pouco magoado. - Me perdoe, por favor, eu nunca te abandonaria. É só que Daniel me prendeu.

Ele me encarou por mais um segundo e se afastou em direção a floresta.

– Lucas. - gemi colocando o cabelo atrás da orelha.

– Fica calma. - resmungou Eliza me olhando encostada casualmente em uma árvore. - Ele deve ter ido se vestir.

– Ah. - respondi desconfortável. - Aquele cara era um...

– Vampiro? Sim. - respondeu. - Ou sugar de vidas como costumo chama-los... Seres desprezíveis!

– Ele machucou você?

– Não. Só deslocou meu pulso, mas logo vai se curar. - deu de ombros.

– Eliza... Eu...

– Da um tempo, ok? Fica com o seu namorado. - ela suspirou olhando na direção que Lucas havia ido. - Porque pelo que parece você é especial demais a ponto de conseguir quebrar a barreira. - balançou a cabeça. - Só espero que isso não prejudique os que estão lá dentro. - resmungou.

– Eu não sei como fiz isso e...

– Não importa. - me silenciou. - Apenas não morra aqui fora.

Ela se virou e seu corpo se contorceu. Segundos depois, no seu lugar estava o lobo cor de café que ate então eu não sabia que era ela. O lobo dos meus sonhos.

Suspirei e observei a Eliza loba sumir em meio à paisagem. Cruzei os braços sentindo frio e engoli o gosto ruim da boca.

– Não ligue pra ela. - falou uma voz que eu já havia decorado. - Só está... Confusa.

Virei-me ansiosa para vê-lo. Um sorriso se espalhou pelo meu rosto.

– Lucas eu nem sei o que fa...

Ele não me deixou terminar. Se aproximou e com um puxão ele me agarrou, me beijando.

Meus pensamentos voaram para o nada. Fiquei imóvel e só correspondi de verdade quando ele mordeu meu lábio inferior afim de me acordar. Meu corpo se esquentou imediatamente e ergui os braços agarrando seu pescoço e o puxando para mais perto. Ele apertou minha cintura e sua língua invadiu minha boca sem permissão.

Entrelacei os dedos no seu cabelo e me deixei ser levada pelo embalo do beijo. Meu corpo se aquecia a cada nova passagem da sua língua ou quando eu mesma mordia seus lábios. Não senti meus pés saírem do lugar, mas quando dei por mim, minhas costas estavam na arvore.

Suas mãos já deslizavam pela lateral do meu corpo subindo meu vestido. Senti um arrepio completo quando seus dedos tocaram minha coxa exposta. Desci a mão direita ate sua nuca e arranhei. Estava ficando sem ar quando por fim ele largou minha boca, deslizando os lábios pelo meu pescoço.

Fechei os olhos e os abri por um instante a tempo de ver uma coruja passar voando acima de nós. Um gemido escapou dos meus lábios quando sua boca alcançou meu decote. Meus pensamentos voltaram e desci as mãos puxando-o pelo cabelo ate ele me encarar com os olhos cintilando algo novo que identifiquei como excitação.

Ofeguei e mordi os lábios. Ele engoliu em seco e sorriu.

– Desculpa, eu...

– Tudo bem. - coloquei dois dedos na sua boca. - É muito bom.

Ele sorriu maliciosamente e se aproximou juntando nossos lábios mais uma vez.

***

Rosnei cruzando os braços para conter o vento frio. Ouvi alguém se aproximar, mas não me virei.

– Onde ela foi? - perguntou uma voz feminina que eu já conhecia.

Balancei a cabeça. Não queria conversar... não agora.

Ela se aproximou e encostou a mão no meu braço fazendo um choque surgir.

– Ela é assim mesmo. Talvez precise ficar um pouco sozinha. - falou.

Olhei sua mão no meu braço e depois a encarei. Ela olhou para o chão e se afastou.

– Acho que ela não está a vontade vendo o Nick e a Sarah juntos. Não sei.

– Acha que ela gosta do seu irmão? - perguntei.

Seria muita sorte nos Mozart!

– Não tenho certeza, mas... é provável que sim.

Respirei fundo, mas não pude conter uma risada. Ela ergueu os olhos me encarando. Segurei o riso.

– O que é engraçado, Mozart?

Limpei a garganta e me virei pra ela. Seus cabelos cacheados se movimentavam com o vento e me contive em não me focar na sua boca.

– Os Heenk's tem essa mania, não é?

– Que mania? - ela perguntou olhando para minhas mãos.

– A mania de foder com a vida dos Mozart's. - sorri. - É incrível.

Ela me fitou intensamente e meu sorriso desapareceu. Seus olhos azuis eram frios e calculistas. Quase pude deduzir que sua vontade era me esquartejar.

– Está se referindo a Eliza? - perguntou indiferente. - Pois saiba que o Lucas não pediu que ela o seguisse. Ela foi porque quis e porque tinha uma paixão obsessiva por ele.

– Foi uma brincadeira Maggie. - falei sem divertimento.

– Você perdeu sua irmã Daniel, mas eu também perdi meu irmão. - agora ela estava seria.

– Desculpe.

– Se a Kate gosta do Nick eu não sei, mas... era a Eliza que amava o Lucas e não o contrário. Então seria os Mozart's os obsessivos e isso não é culpa nossa.

Nesse ponto ela estava certa. Engoli em seco e tenho quase certeza que meu rosto ficou vermelho. Ficamos nos encarando, ate que perdi a coragem e olhei para os meus pés.

– Vou atras dela. - falei me referindo a Kate.

Maggie assentiu.

Me virei seguindo para o leste, onde Kate havia ido.

– Mozart? - chamou Maggie.

Me virei e ela sorriu. O sorriso diabólico mais lindo que já vi. Então ela falou com algo oculto na voz:

– Pense pelo lado bom. Pelo menos nós dois estamos livres da obsessão.

Isso era o que ela pensava. Sorri e passei a mão pelo cabelo.

– Grande sorte a nossa Margareth.

Vi pelo canto do olho ela fazer uma careta, enquanto eu me virava sem esperar seu xingamento.

***

Nos sentamos em uma pedra redonda e comecei a responder a seu interrogatório sobre mil coisas. Como: " Já está treinando?" "Estava só com o Daniel?" "O que fez para pegar fogo por completo?" "Aprendeu feitiço?".

Suspirei cansada de responder "não" "sim" "aham!".

– Como você fez aquilo? – perguntou pela trigésima vez se referindo a barreira que eu quebrei e agora não sabia se podia entrar de volta.

– Não sei. – falei novamente.

– Foi incrível – falou com os olhos brilhando.

– Foi bizarro - respondi distraída.

Ficamos em silencio.

– Está tudo bem?

– Acho que sim. – respondi – Por quê?

– Você parece distante.

– Não é nada - tranquilizei-o.

– Tem certeza?

Assenti vendo ele me fitar esperando achar algo. Por fim deu de ombros.

– Quer ir ao acampamento comigo? – Lucas perguntou depois de uns minutos. – Você pode conhecer a matilha... eles são bem legais.

– Desculpa Lucas, mas eu prometi voltar antes das 23h00min. – falei e vi sua carinha murchar. Com meu coração apertado beijei levemente seus lábios. – Amanhã eu volto. Prometo. E quem sabe eu não conheço seus amigos.

Com um suspiro pesado ele me lançou um sorrisinho de canto.

– Tudo bem. – concordou e com um rápido beijo me deixou sair de minha prisão improvisada pelo seu abraço.

– Vai contar ao Daniel? Você sabe que...

– Não vou. - o interrompi. - Não se preocupe.

– Sinto muito ter que fazer você mentir para o seu irmão e...

– Lucas. - o silenciei. - Tudo bem.

Ela suspirou passando a língua pelos lábios. Olhou para o chão depois voltou a me encarar. Esticou a mão direita e acariciou minha bochecha. Me estiquei e o beijei vasculhando cada canto da sua boca e guardando cada bom gosto do beijo.

– Tchau. –falei acenando uma ultima vez antes de passar pela barreira. Andei uns dois metros ate que esbarrei em alguém muito alto. Assim que olhei quem estava na minha frente perdi minha voz.

– Da-Daniel? – gaguejei – C-como? O qu-que?

– Katherine. – falou. Meu nome me atingiu como um tapa. – Você achou mesmo que eu te deixaria sair por ai sozinha sem ir atrás? Acho que se enganou sobre mim. Assim como eu sobre você.

– Dani me escuta...

– Escutar o que Kate? – perguntou. Vi que os seus olhos eram magoa pura. - Que você estava saindo para vir se pegar com o Heenk?

– Por favor, entenda. – gemi.

– O que? Que você transgrediu um bilhão de regras pondo toda a nossa sociedade em perigo? – perguntou friamente. O que me pegou de surpresa fazendo com que meu corpo se contorcesse – Ou que você esteve esse tempo todo em comunicação com minha irmã, que eu sinto a maior falta e não teve a decência de me comunicar! Eu confiei em você. Eu teria te acobertado, eunão teria dito nada a ninguém! Você podia confiar em mim, mas você não o fez! Você me traiu Katherine!

– Mas Dani...

– Não tem mais Daniel ou menos Daniel. Não vem com essa! – falou orgulhosamente – Eu estou...

Decepcionado. Ele não precisava dizer, estava simplesmente estampado em sua cara.

– Eu sinto muito. - falei.

– Uma merda. - ele gritou. - Sente uma merda!

Encarei seus olhos e pude vê-los marejados. Tentei engolir o choro, mas era impossível.

– Se sentisse. - falou quase num sussurro. - Não teria mentido... não teria mentido pra mim.

Solucei.

– Vamos pra casa antes que a situação piore.

– Por favor, Daniel me escuta! – implorei sentindo as lágrimas jorrarem contra minha vontade.

– Fique tranquila irmãzinha. Não contarei nada sobre sua escapadinha. Se é que eles já não descobriram. – falou ácido.

Minha garganta inchou e minha cabeça doía. Daniel agora me odiava... Ele nunca mais me perdoará. Ainda chorando desesperada como uma criança segui Daniel ate chegarmos a casa.

Ele entrou indo direto para o quarto sem me esperar. Simplesmente se esgueirou pelo escuro me abandonando na entrada.

Ainda chorando vaguei ate o quarto que estava aceso. Ele separava algumas roupas e com um empurrão saiu pela porta entrando no banheiro.

Entrei no quarto secando meu rosto e peguei um simples baby-doll me arrastando para o banheiro. Tomei um banho correndo e me enrosquei debaixo das cobertas.

Uma nuvem preta cobria todo o ambiente exalando um cheiro de enxofre e vinagre. Senti minha pele pinicar com o contato da nevoa. Tentei me localizar, mas a nevoa e a dor latejante em minha cabeça dificultavam. Minha respiração falhava e a tontura começou a me dominar por completo. Ate que um burburinho chamou minha atenção.

Vagueei sem rumo e cada vez que eu me aproximava, mais forte e densa a nuvem ficava atrapalhando em massa minha concentração.

Quanto mais perto chegava do que quer que era aquilo, percebi que o chão começava a afundar e uma luz macabra estava surgindo.

Ate que tudo clareou repentinamente e a nevoa se desfez. Pude finalmente identificar o ambiente. Era um salão completamente de marfim negro com altas colunas gregas. O chão era uma espécie de terreno vulcânico com pequenas crateras que ao invés de excretar lava, exalava a nevoa preta. O terreno se estendia por longos metros e depois mudava para um chão circular polido de marfim xadrez. E no centro encontrava-se um trono macabro. Era feito de ossos e acolchoado de um couro negro assustador. Mas nada comparada a figura que se encontrava sentada nele.

– Oi lindinha! – falou aquele ser desprezível me olhando venenosamente, e por um segundo cogitei a hipótese de morrer com aquele olhar.

– Kora. – cuspi o nome com nojo.

– Vejo que encontrou meu lar. – falou erguendo os braços mostrando o lugar.

– O que deseja?

– Sua resposta. - deu de ombros.

– Eu já lhe disse.

– Você não seria tão tola de me desafiar sua bastarda imunda! – falou desdenhosa. – Ingrata!

– EU NUNCA SERVIRIA A VOCÊ. – gritei cerrando os punhos – Sua vaca! – cuspi e Kora me olhou odiosa. Imediatamente meus músculos se contraíram e eu perdi o controle de meus membros. Eu estava completamente paralisada. Seus olhos negros brilhando intensamente. Ela ergueu-se de seu trono e caminhou teatralmente ate onde eu estava sem comentar nada.

Ergueu sua mão e meus joelhos cederam fazendo com que eu me curvasse diante dela. Seus dedos se moveram e minha cabeça se ergueu para olha-la. Seus olhar era frio e impiedoso.

Com um movimento rápido ela enterrou a mão em meu peito.

A dor foi instantânea. O ar foi tirado de mim, minha visão girou e com um grito de dor absoluta ela arrancou meu coração pondo-o em frente aos meus olhos. O sangue pingando no chão.

– Você vai se arrepender eternamente por ter me desafiado sua pirralha cretina. – falou e o espremeu.

Com um ultimo arquejo de dor, meus olhos se fecharam.


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Notas finais do capítulo

P.S.: foto de hoje... Alex



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