Manual da Família Weasley escrita por The Corsarian


Capítulo 30
Nos Bastidores-A Família Só Cresce-Um Bebê Não Escolhe a Hora de Nascer-Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas aqui estou eu, com os bebês finalmente aqui!
Enjoy ;)



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Lá estava eu, em casa, linda e maravilhosa, com uma barriga maior que o mundo, no nono mês de gestação, comendo um purê de batata com caramelo, quando Nicky entra na cozinha. Ela estava agitada e nervosa, torcendo as mãos. O purê estava uma delícia, mas sabe como é, o mundo diz que você tem que ser legal com as outras pessoas, então você tem que fazer isso.

– O que foi Nicky? - Perguntei. Ela me olhou preocupada.

– Rose, meu pai vai me matar! - Ela disse com medo. Franzi a testa.

– A menos que você tenha quebrado um dos dragões de porcelana do tio Gui, não vejo alguma coisa que o faça querer te matar... - Comento. Então arregalo os olhos. - Não me diz que você quebrou o Rabo Córneo Húngaro! Ele vai te esfolar viva e...

– Não! Não Rose, é pior que isso! - Dominique exclama cansada. Então ela se senta ao meu lado. - Que droga, eu sou muito burra!

– O que aconteceu? - Indago, porque aquilo era sério.

Nicky nunca se chamaria de burra. Nem no dia em que ela tirou um T em DCAT no primeiro ano, ela se achou burra. Nem mesmo no dia em que ela disse que 1+1=4 ela se chamou de burra. Nicky é muito orgulhosa para isso, então se ela se acha burra, o negócio é sério.

– Bom, como sabe, eu já anunciei para todo mundo que estou namorando o Al, assim como Lily está ficando com o Hugo, mas... - Dominique mordeu o lábio. - Eu sou muito burra!

– Meu Merlin, assim você me deixa assustada! - Exclamo irritada. - Diga logo o que é garota!

Nicky mordeu o lábio de novo, se aproximou de mim, e baixou o tom de voz.

– Rose, eu estou... estou... grávida... - Ela disse a última parte tão baixinho que tive que me esforçar para ouvir, mas assim que entendi, arregalei os olhos.

– COMO É DOMINIQUE DELACOUR WEASLEY?! - Grito exasperada.

– SHHHHHHHHHH!! - Ela meio que gritou. - Cala a boca! Quer que todo mundo descubra?

– Não! Tio Gui vai te comer viva! - Digo surpresa. Então soltei um grito de dor.

Nicky ficou tão assustada que caiu da cadeira. Gritei mais uma vez, sentindo uma dor absurda no baixo ventre. Apertei a barriga.

– SCORPIUS!! SCORPIUS HYPERION MALFOY!! VENHA AQUI!! SEU FILHO QUER NASCER!! - Berrei, então gemi de dor, era como se minha barriga estivesse explodindo.

De repente Scorpius apareceu pelado na cozinha, os cabelos ensaboados, assim como o corpo. Ele me olhou e soltou um gritinho, correndo de um lado para o outro.

– O QUE EU FAÇO MEU MERLIN AMADO?! - Ele gritou, estava tendo um surto. Nicky se levantou.

– QUE TAL LEVAR ELA PARA O ST. MUNGUS RETARDADO?! - Berrou Nicky irônica.

– OK! VOU POR UMA ROUPA! - Ele berrou subindo as escadas, enquanto cobria a bunda ensaboada com a mão.

– NÃO DEMO.... AAAAAAAAAAAAAAAAH!!! - Gritei de novo, apertando a barriga com mais força. Desse jeito aquela peste ia nascer na cozinha de casa.

Olhei para as escadas e vi Scorpius correndo e vestindo a cueca ao mesmo tempo. Ele trombou no corrimão e caiu escada a baixo, a cueca nos joelhos, como um velho caquético tentando fazer xixi sem a ajuda da enfermeira.

Scorpius levantou a cueca e começou a vestir a calça. Seu cabelo ainda estava ensaboado. Nicky correu até ele e o ajudou a abotoar a blusa ( ficou tudo errado, com botões abertos ou abotoados no lugar errado mas tudo bem).

– Vamos! - Ele disse, agarrando meu braço e pegando a varinha. Logo eu estava no St. Mungus, no meio de um monte de gente doente, e eu estava morrendo de dor.

Ouvi Scorpius gritar alguma coisa, mas eu gritei junto com ele. Maldito bebe gordo que não conseguia esperar eu chegar no quarto!

Fui carregada no colo até o quarto. Gente gritava e eu gritava que eu não estava escutando ninguém. Eu gritava de todas as formas possíveis, ouvindo algumas coisa de vez em quando, como "chame alguém!", ou "ele precisa estar aqui!" e coisas do tipo.

Logo eu estava numa cama, um cara estranho tirava minhas roupas e eu chutava a cara dele, dizendo que eu tinha um marido. Então o cara dizia alguma coisa que eu não entendia, e voltava a tentar tirar minhas roupas. Em segundos eu estava nua, e ele meio que jogou uma camisola em cima de mim, como se aquilo ajudasse o fato de eu ter sido praticamente violentada.

Um outro cara me deu algumas poções que me fizeram ficar tonta, e eu não sentia mais dor. Era como se eu estivesse bêbada, eu estava meio retardada e via tudo embaçado. Sentia mãos em mim, gente me apertando e falando coisas, mas eu não escutava nada, estava ocupada batendo palmas e cantando alguma música antiga de roda.

Uma mulher acariciava meus cabelos e eu estava rindo. Tinha coisas saindo de mim, mas eu achei que estava fazendo xixi na cama, e aquela não seria a primeira vez durante a gestação. Então eu apaguei.

...

Scorpius' POV

– AI MEU MERLIN! - Berrei quando o curandeiro fechou a porta na minha cara e não me deixou ver o parto.

Dominique tocou meu ombro.

– Acalme-se Scorpius! Termine seu banho, fique decente e depois volte aqui. Prometo que não saio daqui, sério - Diz Nicky olhando para mim. - Além do mais, você está muito nervoso, precisa relaxar!

– É minha mulher que está ali dentro, e meu filho está dentro dela! Os dois são meus, porque eu não posso ver?! - Perguntei como uma criança. Nicky acariciou meus cabelos ensaboados.

– Vá para casa, termine seu banho e volte aqui - Ela disse com suavidade. - Quando você voltar, sua esposa vai estar aqui, em pé, te xingando porque você deixou ela sozinha!

Ri um pouco, mas concordei, e aparatei para casa, terminei meu banho, enviei uma coruja para o Sr. Weasley e voltei para St. Mungus.

Nicky estava parada na frente da porta, tentando enxergar pela maçaneta, mas acho que ela não conseguia ver nada. Eu não ouvia os gritos de Rose, mas os do bebê sim, e aquilo era música para os meus ouvidos.

– Olá! - Cumprimento Nicky. Ela abanou a mão.

– Shh! Rose está cantando Jingle bel enquanto está drogada pelas poções! Isso é muito engraçado! - Riu-se Nicky.

– Saí daqui, deixa eu ver! - Exclamei chutando Nicky que caiu no chão resmungando. Olhei pela fechadura e vi Rose, numa camisola grande demais para ela, com as pernas abertas e um curandeiro cutucando ela.

Rose realmente estava meio drogada. Ela batia palmas como uma criancinha e cantava Jingle bel numa voz tonta, e estranha. Tinha uma enfermeira ao seu lado, que acariciava seus cabelos. Rose interrompeu a canção e soltou uma risada. Então ela exclamou:

– Eu soltei um pum!

E então ela caiu na gargalhada, como se aquela fosse a piada mais engraçada do mundo. Ri e me afastei.

– É realmente hilário.

Nicky riu.

– E não é? - Ela riu de novo. - Rose já meio tonta normalmente, agora ela parece que tem três anos!

Suspirei e me joguei no sofá da sala de espera. Quanto tempo aquilo iria demorar?


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