Eu corria no escuro, fugia do fogo que se acendia atrás de mim, mas então eu parei, havia um espelho em minha frente, uma Isabella mais velha de cabelos curtos estava-la a olhar-me com tristeza, olhei para trás e vi o fogo se aproximando, um holofote se acendeu para o espelho e pude ver-me mais claramente, toquei o espelho sentindo o vidro gelado, soltei-o rápido, toquei com o dedo e vi rachaduras aparecerem em volta, toquei novamente e o espelho quebrou-se, corri por entre ele e sai no topo de um grande prédio, à minha frente vi Olliver caído, olhei para minhas mão e havia uma arma em uma delas larguei a arma, corri para Olliver e vi a vida escapar de seus olhos.

— Olliver.- Gritei desesperada , acordando de meus sonhos, Olliver estava ao meu lado acordado.

— Estou aqui. - Ele disse tocando em minha testa.

— Eu sonhei, eu te matei.- Gaguejei ao falar então senti meu corpo tremer.

— Hey eu estou aqui, tudo vai ficar bem.

O advogado de Ollie entrou no quarto e só balançou a cabeça, Olliver abaixou a cabeça e começou a chorar.

— Nenhum médico que nos ajudar.

— Porque? - Eu perguntei confusa.

— estamos na teve, eu e você somos procurados.

— Mas eu vou ficar bem essa febre vai passar, já tive outras.- Ele me olhou nos olhos.

— Não com uma bala alojada em seu ombro. - A noticia me caiu como uma bomba, a bala estava ainda lá.

Olliver olhou pra Brian e ele balanço a cabeça em desespero.

— Eu não posso.

— Você já fez isso em mim quando fomos pro Oriente médio, você pode fazer novamente.

— O que aconteceu foi muita sorte.

— Nas eu preciso que você faça. - Ele disse se levantando e olhando nos olhos do velho amigo.

— Fazer o que?

— É arriscado Olliver, ela pode perder muito sangue.

— Fazer o que? - Perguntei irritada com o fato de estar sendo ignorada por eles.

— Eu não posso perder ela.

— Fazer o que Olliver? - Olliver me olhou e vi o medo em seus olhos.

— Eu e o Olliver já fomos para a cidade de Teerã é a capital do Irã, fomos fazer uma entrega. - Brian começou limpando a garganta, mas eu sabia do que ele estava falando. - Mas acabamos ficando em meio a um conflito armado, Olliver levou um tiro e eu retirei a bala em casa, ele quase morreu, eu não posso fazer isso com você.

— E o médico.

— Nenhum médico da cidade que atente o meu tipo de gente, pode, a policia está vigiando. - Entendi o que ele queria dizer, os médicos que atendem ocorrências criminosas estavam sobre custódia da policia.

— Eu quero que vocês façam. - Respondi fechando os olhos.

— O que? - Brian gritou.

— Vamos fazer cara.

— Se matarmos ela, vamos presos. - Ele falou alterando o Olhar de Ollie para mim.

— Então não me matem.

Brian saiu do quarto com uma expressão irritada,mas logo voltou com a caixa de emergência, e com algumas coisas afiadas em um pode com álcool. Olliver pegou uma caixa de pilulas para a dor, mas ao contrário de da-las para mim, ele abriu quatro e desfez em um copo com água, Olliver puxou o vestido até que o ombro estivesse descoberto, Brian trouxe perto uma faca, e sem nenhum aviso senti uma dor aguda, Brian estava abrindo mais o ferimento, então olliver jogou a água com analgésico no machucado enquanto eu começava a gritar, senti o liquido amortecer aos poucos a dor, então Olliver me fez tomar um comprimido, então eu dormi. Só alguns flaches de dor, acordava mas desmaiava novamente e então parou.

Tentei abrir os olhos mas eles estavam pesados demais para isso, eu só conseguia ouvir a respiração de Ollie em meu pescoço, ele estava dormindo isso eu sabia, então fiquei ali pelo que pareceram horas, tentei abrir os olhos novamente, desta vez uma luz fraca vindo da janela me invadiu, olhei e vi o quarto escuro ao me redor, olhei para meu Olliver qui alcança-lo e traze-lo mais pra perto, mas urrei de do.

— Bella, você acordou. - Olliver respondeu após ter pulado de susto ao me ouvir.

— Sim. 

— Está doendo? 

— Não é que eu tentei esticar o braço.

— Você queria puxar alguma coisa da mesinha?

— Eu queria puxar você. - Eu falei, vendo-o abrir um sorriso, mesmo no escuro eu podia ver o brilho em seus olhos. Olliver deitou-se mais perto de mim, pegou minha mãos e massageou a a palma.

— Desculpa Bella, eu não devia ter deixado fosse andar pelo esgoto com um machucado aberto, e nem pensei em você, fui egoísta. - Ele disse acariciando meu rosto.

— Não importa, eu quis matar seu melhor amigo. - Falei chorando, vendo-o chorar.

— É minha culpa, eu te trouxe pro meu mundo, eu te fiz ser alguém ruim.

— Eu quia ficar, eu decidi ficar por você. - Ainda olhava pra ele, os dois chorando, não pude evitar de em meio aos meus prantos sorrir pela nossa situação.

— Porque está rindo? - Ele perguntou limpando o meu rosto.

— Olha pra gente, nós somos um péssimo casal. - Falei vendo-o sorrir também.

— Ainda somos um casal?

— Sempre fomos, só demoramos pra perceber.

— Somos uma bagunça.

— Sim. - Concordei sentindo o cansaço tomar meu corpo. adormeci de mãos dadas com o homem que amava, eu já não era uma simples garota, eu era mulher, começado finalmente a vida com um amor.

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— Bom dia casal. - Brian disse ao nos encontrar sentados na mesa tomando nosso café da manhã.

— Bom dia cara. Olliver saiu.

— Bom dia, meu nome é Isabella, mas já que você salvou minha vida pode me chamar de Bella. - Falei me apresentando, ao ver o Brian percebi que não fomos apresentados formalmente, só sabia seu nome por ouvir Ollie dize-lo.

— Meu nome é Brian, e agora estamos oficialmente apresentados. - Ele disse sorrindo.

Tomamos nosso café da manhã em silencio, enquanto ouvíamos as noticias da televisão, já fazia dois dias que fiz a cirurgia improvisada, me sentia bem. Após o almoço Olliver e Brian foram ter uma conversa de advogados na sala, eu fui para o quarto e sentei pegando um livro que ganhei de Olliver na noite passada. Comecei a ler, ouvi a campainha tocar, logo depois ouve silencio na sala, foi muito estranho, fechei o livro e abri a porta, e espiei pelo corredor, e me assustei com o que vi. 

Olliver e Brian estavam com as mãos pro alto, sendo reféns de dois homens, logo entrou pela porta uma mulher muito bem vestida, eu reconheceria sua postura a metros de distancia.

Fechei a porta atrás de mim devagar e corri para o banheiro me trancando,  eu precisava pensar no que fazer, porque uma coisa era certa Lizzie estava de volta, e estava a comandar homens armados. Fechei os olhos imaginando quando finalmente teríamos paz.