Uncontrolled escrita por Holly


Capítulo 4
4.


Notas iniciais do capítulo

Hey, desculpem pela demora para postar! Espero que gostem. ;)



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Now is your time and you know where you stand
With a gun in your hand, with a gun in your hand
Now I'm no longer an ordinary man
Was this your big plan, your gun in your hand
And I say you can't get enough
No you can't get enough

Letícia recostou-se na cadeira sentindo sua cabeça doer novamente, passavam-se das duas horas da madrugada e ainda continuava analisando as imagens do circuito das redondezas ao posto que seu pai e irmã fossem vistos pela última vez. Havia quase três semanas e mais nenhum sinal sequer de ambos, os três estavam nas redondezas de Portland especificamente em Beaverton. Sam encontrara um caso suspeito de acidentes em uma estrada.

Ela definitivamente não tinha dormido nenhuma noite inteira, mesmo estando beirando o limite do cansaço físico e psicológico, precisava descobrir mais alguma coisa sobre o paradeiro de Madison e suposto homem que poderia ser seu pai ao lado da irmã. Existia a possibilidade um mero detalhe importantíssimo passara em branco.

Através da luminosidade da tela do notebook em cima da mesa, que iluminava praticamente o quarto todo, pode ver a silhueta do Winchester mais novo sentar na cama assustado, com as mãos tampando o rosto. Letícia não era a única que não dormia direito há dias, Sam ainda continuava sonhando com a imagem de sua ex-namorada desaparecendo entre as chamas naquela noite fatídica.

Letícia não sabia exatamente como ele se sentia, mas poderia comparar a agonia que ambos passavam. Sam caminhou até a cadeira próxima à morena, estreitando os olhos pela claridade.

— Você deveria dormir um pouco. — murmurou cansado, apoiando uma de suas mãos na mesa e sustentando o olhar contra o dela.

— Acho que posso dizer o mesmo para você. — disse em tom baixo e sonolento. — Mais pesadelos? — o olhou e ele assentiu, soltando um suspiro profundo.

— Não consigo esquecer... — Ele confessou novamente passando as mãos pelo rosto e cabelos, tentando espantar os requisitos de sono.

A morena permaneceu quieta, poderia dizer palavras de conforto ao Winchester mais novo, mas não o faria. Ela nunca acabou apaixonando-se por outro alguém intensamente, capaz de fazer qualquer coisa para protegesse essa pessoa e pretendia não deixar acontecer. Era clichê demais entre os caçadores, mas acabara tornando-se umas das regras mais importantes: Nunca deixar-se apegar a nada e ninguém, porque consequentemente seria uma fraqueza.

E ela literalmente não era a pessoa mais indicada para dizer palavras reconfortantes para outro alguém.

Remexeu-se inquieta na cadeira, e olhou para o jornal ao lado do notebook e lembrou-se do caso que havia separado para mostrar aos dois, mas como Sam estava acordado e não iria dormir tão cedo, não incomodaria em nada.

— Encontrei isso. — estendeu o jornal para ele, Sam pegou o mesmo, franzindo cenho. — Uma sequencia de assassinatos aconteceu em um bairro, ambos eram vizinhos e o mesmo homem foi visto em todas as cenas dos crimes, mesmo estando sobre custódia da polícia.

— Acha que pode ser? — Sam arriscou-se a opinar, Letícia concordou fazendo um gesto com a cabeça.

— Eu realmente não sei e se for com certeza pode ter ligação com meu pai e minha irmã.

...

Letícia olhou-se pela última vez no espelho, finalizando a maquiagem com um batom claro. Ela usava uma camiseta social branca, uma saia de cintura alta preta e par de scarpins também pretos. Era impossível desconfiarem que não fosse realmente uma agente do FBI.

Colocou o casaco e pegou as chaves do carro e abriu a porta do quarto. Sam e Dean haviam saído minutos antes, responsáveis por procurarem as famílias das vítimas e descobrirem algo de errado e a caçadora interrogaria o homem acusado pelos assassinatos.

Não demorou mais que quinze minutos para que chegasse a sede da delegacia principal da cidade – que não era muito grande –, estacionou o carro e desceu caminhando rapidamente para a entrada principal, passou pelas portas rotatórias e encontrou o espeço mediano, nada demais para uma base policial, muitos funcionários conversavam e outros se concentravam trabalhando nos computadores. Procurou com o olhar com quem precisava falar, encontrando-o atrás do balcão.

Apresentou-se como agente do FBI, o delegado mesmo desconfiado por uma mulher tão jovem ser designada sozinha para um caso delicado como aquele, guiou-a para a sala de interrogatórios. Letícia suspirou pesadamente, mesmo com tantos anos fazendo coisas foras das leis, ainda continuava tendo a sensação que algum dia iria ser descoberta.

A vítima acusada dos assassinatos chamava-se Theodor Evans, tinha trinta e cinco anos e era professor de história em uma escola municipal, casado e dois filhos pequenos. Jamais aparentaria ser uma pessoa de risco para a sociedade, mas aparência sempre enganava e ela precisaria ser firme. A porta da sala foi aberta e o acusado foi sentando na cadeira a sua frente, com as mãos presas.

— Sou a agente Thompson.

— Podemos ir direto ao ponto? — Ele perguntou impaciente.

— O que aconteceu naquela noite que sua esposa foi morta, Evans? — Letícia questionou, estreitando os olhos analisando detalhadamente seus movimentos.

— Quando cheguei em casa era por volta de nove horas da noite, entrei em casa e achei algumas marcas de sangue no chão da sala, fiquei assustado e corro na direção do nosso quarto e ao entrar encontrei a minha mulher amarrada na cadeira, completamente coberta do próprio sangue. — respirou fundo, olhando para um ponto fixo da mesa. — Acabei ficando assustado, tentei checar a pulsação dela, mas não havia nenhum sinal, me desesperei e cometi o erro de chamar a polícia. Eles simplesmente prenderam sem dar-me a chance de defender.

— E quanto aos outros assassinatos? — indagou intimidadora. — Por que todas as suas vítimas eram torturadas antes de mata-las?

— Eu já disse para todos que não tenho nenhuma ligação, durante todo esse tempo estive preso aqui. — disse exasperado, era visível para qualquer um que o homem não sabia absolutamente de nada e sentia-se desesperado.

Letícia não precisou fazer mais nenhuma pergunta, precisava somente voltar a cena do crime para concluir seus pensamentos. Conseguiu permissão acompanhada de um policial até a casa dos Evans, ainda interditada preservando a cena do primeiro assassinato. Entrou no local silencioso, vendo as marcas de sangue mencionava pelo suspeito, seguiu até o quarto no final do corredor, seguiu um rastro estranho que ligava até as portas do fundo da residência ao jardim, próximo a cerca que remediava o terreno.

Encontrou uma espécie de pele misturada a uma secreção esverdeada o cheiro terrível. Com certeza estariam lidando com um metamorfo naquele caso e precisariam agir rápido se quisessem salvar mais pessoas. Letícia retornou para sala, através do reflexo do sol onde o policial estava próximo, teve a impressão de ver seus olhos em tom acinzentados quase azuis.

Prendeu a respiração involuntariamente ao lembrar-se da última vez que vira os olhos de alguém daquela maneira foi quando matou um metamorfo em Nova Jersey. Odiou-se mentalmente não estar carregando sua arma com balas de prata, a única bala especifica para matar aquelas criaturas.

— Algum problema, agente Thompson? — O policial perguntou usando um tom estranho na voz.

— Não, eu só preciso fazer uma ligação para o meu parceiro. — mentiu um pouco atrapalhada, recuando alguns passos.

Virou-se rapidamente tentando ligar achar o número de Dean ou Sam, mas antes que pudesse conseguir faze-lo, sentiu o aperto forte no braço e em seguida seu rosto chocando-se contra a parede mais próxima, fazendo com ela perdesse por completo a consciência.


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Notas finais do capítulo

Tradução do trecho da música:
"Agora é sua vez e você sabe onde você está
Com uma arma na mão, com uma arma na mão
Agora eu já não sou um homem comum
Foi esse o seu grande plano, a sua arma na mão
E eu digo que você não pode ter o suficiente
Não você não pode ter o suficiente..." - Be Somebody, Kings Of Leon



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