She is mine! escrita por HQueenElla


Capítulo 1
Minha!




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E mais uma vez Chopper observava o espadashin, sabia que algo estava errado com ele. Desde que Law se juntou aos Mugiwaras, Zoro tem agido de forma estranha, mas o pior de tudo era quando se referia a Robin.

Ele explodia de raiva quando Law a abraçava repentinamente, ás vezes o via carregando pilhas e pilhas de livros para ela e, em sua maioria do tempo, estava numa super conversa sobre a história.

O modo que ele falava e contava sobre o que sabia da história era empolgante para a arqueóloga, dava para perceber seus olhos dilatando em animação;

Animação que Chopper não estava vendo em Zoro, animação que se esvaiu desde que aquele maldito cirurgião pôs os pés no Sunny.

E novamente, por mais um dia, Law estava lá, de conversa com a morena, o assunto dessa vez eram as primeiras rotas marítimas, aff...

Foi isso que Zoro pensou quando viu Law grudar sua cadeira ao lado de Robin, por um segundo queria mata-lo.

Seu rosto fechou completamente e assim foi para o ninho de corvo, os olhinhos castanhos da rena de nariz azul estavam atentos. Chopper adora o nakama Zoro, tem tamanha admiração pelo mesmo, é o melhor amigo para confissões além da devoradora de livros do bando, aquelas reações esquisitas estavam fazendo o pequeno se preocupar e ninguém melhor do que Robin para entender o que se passa;

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O baixinho Chopper se aproximou da mesa onde Robin lia um livro muito grosso e complicado. As patinhas deram impulso na cadeira e assim o peludo ficou de pé em cima da mesma, podendo visualizar o conteúdo em cima do objeto;

–Yoo Chopper-kun! –saudou Robin.

–Yoo Robin-chan!

–Hum, pela sua cara vejo que algo está errado.

–E está, Zoro não anda muito bem.

Aquela frase fez um eco na cabeça da maior, Zoro não está bem? Ele não é de ficar doente, apesar que de ele não parece estar doente.

–O que ele tem?

–Esse é o problema, eu não sei, ontem ele parecia ter passado a noite com febre, e murmurava algo com bastante raiva, acho que está ficando doente. –Chopper ainda pensativo, encarou a amiga com um olhar tristonho, não gosta quando seus nakamas adoecem, principalmente Zoro.

–Onde ele está? –indagou a jovem se dando mais preocupada em relação ao espadashin.

–Talvez no ninho de corvo, ele só fica lá agora e se recusa a comer.

Aquela bendita teimosia dele...

Sem mais palavras, Robin se levantou e foi procura-lo no ninho.

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E para sua grande decepção ele não estava lá, teve que procurar no quarto, também não estava, na cozinha também não, na sala de observação, na enfermaria, na biblioteca, no banheiro, embaixo da laranjeira... Não estava em lugar nenhum!

Maldito! Onde se escondera?!

As orbes azuis franziram, Robin estava começando a se aborrecer, Zoro não é de sumir assim; então teve uma ideia:

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*

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Também não estava no porão, já não sabia mais onde procurar, dando sinais de preocupação maior foi atrás de Chopper para ver se o encontrava.

E nisso esbarrou em Law;

–Está tudo bem? –ele perguntou percebendo o estado de agitação da mesma.

–Sim, só preciso falar com Chopper. –ela sorriu nervosa e voltou a pisar firme no chão, segundos depois sentiu o braço sendo puxado;

A força não foi tanta, mas fora suficiente para fazê-la ficar prensada contra a parede do corredor e Law se colocar a frente dela. Não, Robin não tinha tempo para isso, estava preocupada com Zoro e precisava saber onde ele se meteu.

–Nico-ya, o que você tem?

–Preciso fazer uma coisa.

–Algo está te perturbando, o que é?

–Law...

–Você gosta dele?

Ela via aonde aquela conversa daria, no que chegaria, de fato, Robin sabe o que sente por Zoro o problema é não dizer.

E ela também sabia que Trafalgar Law conseguia ler seus olhos, não tanto quanto aquele espadashin consegue.

E ele via naqueles olhos azuis a aflição de encontra-lo. As mãos mais fortes foram de encontro as costas alvas da nakama, lhe dando um curto abraço porque, em questão de segundos Law tivera que desviar de uma katana que por um fio não o decepa.

–Finalmente apareceu... –começou o cirurgião com calma- Já estava me perguntando quando faria alguma coisa sobre isso.

–Cala a boca, você me irrita! -Robin reconhecera a voz de imediato, Zoro foi transparecendo ao fundo do corredor, com uma das katanas tiradas da bainha, a cara séria dizia que não era brincadeira (avá), mas por outro lado ela não sentia aquela seriedade toda, como se... aquilo fosse pirraça da parte dele.

De fato era, mas também não era.

Assim os dois começaram a cortar o piso, as paredes, os vidros, algumas portas... Chopper ouvia o tilintar das laminas, saiu depressa do convés para seguir o barulho;

*

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E no final das contas, os dois saíram arrebentados... Pela Nami.

–Mas será possível... –começou ela- Quantas vezes vou ter que falar para não brigarem dentro no navio usando as katanas, querem fatiar alguma coisa? Vão fatiar os pães na cozinha!

–Zoro você tá bem? –Chopper falava preocupado vendo o tamanho dos ferimentos pelos ombros e pelo rosto do maior- Cara, o que foi que te deu?!

–Law-san, você está bem? –Robin indagou o moreno que assentiu com a cabeça. Bem, para Zoro chega!

Agora já estava em seu limite! Sem dirigir a palavra para mais ninguém, se levantou e foi para o ninho de corvo.

*

*

*

A noite estava normal para todos eles, bem, quase todos... Para Chopper estava meio triste porque Zoro não desceu para jantar e Robin continuava com uma agitação fora do comum.

Vez ou outra batia levemente os talheres no prato, nem chegou a tocar na comida, aquilo sim deixou Sanji preocupado;

–Mellorine o que foi? Não está bom? –o loiro indagou com uma cara de choro.

–Não é isso Sanji-san, é que... eu não estou com fome. –sorriu amena.

–Robin, o Zoro não desceu. –Chopper falou suspirando.

–Vou chama-lo então...

A morena se levantou e logo sua mão fora agarrada pela de Law, mais uma vez.

–Não esqueça de falar, sobre “aquilo”... –ele a encarou, a arqueóloga entendia o que era, só estava com medo da reação do espadashin.

Soltou-se do nakama e foi até o ninho de corvo.

*

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Zoro estava muito pensativo, agora se dando conta de que caiu no pior dos feitiços... Se apaixonou por Robin e não consegue admitir.

Engraçado como sua vida passou a ser resumida nela, as briguinhas, encrencas, lutas, vitórias e até festas no navio. Tudo, exatamente tudo se relacionava a Nico Robin.

Aquela devoradora de livros maldita!

E então uma pergunta surgira na cabeça do espadashin: Deus não existe. Ok, ele se considera um Deus, certo? Certo... Mas, se Deus é perfeito, então ele também ama, né? Bem, de certa forma sim...

Então, ser um Deus que ama uma mortal como Nico Robin, não é errado, é?...

Ahn, não, provável que não.

O que significa, afinal, que Zoro está...

–Amando algo, Kenshi-san?... –uma voz respondera por si, seus olhos se endireitaram a procurar as orbes azuis dela. Zoro estava sentado no sofá, encarando o céu aveludado com constelações e uma lua cheia muito linda...

–O quê?

–A noite... –ela apontou com a cabeça para a visão da janela- O que ela lhe diz?

–Que você tem razão.

Um silêncio monótono... Minutos depois Robin quebrou-o;

–Razão em quê, Kenshin-san?

–Sobre eu estar amando.

–Talvez, você não seja o único.

Dúvida. Aquela dúvida que pairou em sua mente, ele decifrava cada movimento dos olhos da arqueóloga, cada mínimo resíduo de mistério.

E eles estavam brilhando tanto... Como se a Lua quisesse dar uma nova cor para eles, o tom de azul se tornou meio escuro, como a noite.

Robin estava de pé, curvada de frente para Zoro, encarando os olhos castanhos puxados...

–Chopper me disse. –recomeçou ele- Tudo o que eu não esperava ouvir, ainda mais vindo de você.

Um susto. O coração da morena queria atravessar seu pulmão.

–Se isso foi des-

–Mas eu disse o mesmo para ele.

Paralisia. O corpo da mais velha estremeceu, o que parecia ser de frio, mas não, era um grande susto.

–Então você...

–É, por aí...

Um sorriso. Aquele sorriso terno que derrete o espadashin por dentro... Robin subiu em seu colo e lhe beijou com calma, tirando a sanidade do mesmo.

Involuntariamente as mãos dele seguiram para dentro do vestido rosado, sentindo a maciez da pele branca de sua, sim, eu repito, sua Robin.

–O que quer perguntar? –Zoro fez menção de encara-la já sabendo o que aqueles olhinhos curiosos diziam.

–Por que brigou com o Law?

–Porque não vou com a cara dele.

–Você é fofo quando está com ciúmes! –a arqueóloga riu de canto- Na verdade você é fofo de qualquer maneira.

–Primeiro, eu não sou fofo e segundo, não é ciúme!

–Zoro... –ela lhe chamou a atenção usando o nome, o nome... Coisa rara de sair da boca dela.

–Me chamou pelo nome?

–Chamei, por quê?

–Faz isso de novo.

–Zoro... –ela riu- Aishiteru.

E seu nome é tão certo quando ela o pronuncia, é tão bom quando a ouve chama-lo pelo nome... Porque Nico Robin é tão errada quanto certa, eroticamente falando.

–Aishiteru... –ele respondeu num raro sorriso, tomou os lábios finos mais uma vez, transpassando suas mãos para as costas delicadas, sentia seus fios esverdeados servirem de brinquedo para os dedos de Robin, o acariciava levemente na nuca, fazendo o beijo ser mais profundo.

Depois de um bom tempo assim é que o ar foi preciso, maldito ar...

–Estão esperando lá em baixo... –a maior disse com tédio, queria ficar mais tempo com Zoro sem ouvir gritos, broncas, discussões...

–Tá bem... –ele se deu por vencido ao estômago, não comia direito fazia uns dias.

*

*

*

–Zoro! –Chopper disse mais animado vendo a careta carrancuda do amigo desapareceu, o espadashin dera um meio sorriso para espanto de todo mundo;

–O que você tem?! –Nami perguntou histérica- Tá doente?!

–Acho que sim. –Zoro deu de ombros enquanto dava atenção para Chopper.

Robin se sentou para comer e o moreno sentou a sua frente. Ela dera um sorriso meigo;

–Vejo que você disse, Nico-ya.

–Disse. –respondeu a mesma com mais alívio.

É, Zoro ainda teria que se adaptar com algumas coisas...

*

*

*

*

No dia seguinte, Robin já estava de cara com um livro, era maior do que o último e parecia ser algo engraçado.

Law foi na direção dela, porém se interrompeu quando percebeu coisas a mais; Zoro estava deitado no colo da arqueóloga, Chopper a acompanhava na leitura e ria junto com ela a cada página que se virava.

Vez ou outra uma das mãos de Robin acariciavam os fios curtos do espadashin, ele parecia uma criança dormindo ali.

Law deu um sorriso torto: finalmente aquele idiota admitiu a si mesmo que está amando uma pessoa muito impossível de se achar por aí.

Aquele pé de laranja nunca mais será o mesmo...

*

*

*

E no almoço, Sanji fizera lasanha, muita lasanha pois sabe o quanto Luffy come, a questão foi que Robin estava sentada no meio, Chopper em seu colo, Zoro de um lado e Law do outro.

A briga tava feia.

E quando o cirurgião foi dar um abraço na nakama:

–Ela é minha! Não toque! –Zoro acabou puxando-a para seu colo sem nem mesmo pedir licença.


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