Bring Me Back To Life escrita por Elizabeth Watson


Capítulo 18
Capítulo 18.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sei que esse caoítulo demorou muito mas vocês sabem que a inspiração vem e vai e que o Nyah estava com problemas então...



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Então era isso. O plano deveria ser executado amanhã ou Helena não aguentaria mais. O tempo escorria por entre meus dedos e eu não conseguia mantê-lo num fluxo constante para que tudo fosse feito na sua devida hora. Mas afinal, quem pode controlar algo tão intenso como o mar e as horas?

– Sarah. Você está bem?

Eu fitava o bilhete em silêncio. Amassei o papel fechando o punho e o joguei para longe. Eu tremia de modo incontrolável e tive que me sentar para não cair. Lágrimas queimavam os meus olhos e eu fazia tanta força para que elas não caíssem que senti um nó horrível em minha garganta.

Oliver me amparou num abraço e afagou minhas costas. Eu tremia em demasia e eu sabia que aquilo estava o preocupando. Ele me abraçou mais forte e sussurrou no meu ouvido algo que eu não entendera, pois tamanha era a bagunça em minha mente. Deitei a cabeça em seu colo e fiquei fitando o piso de madeira. Deixei as lágrimas escorrerem pela minha face e logo sua calça estava empapada. Ele me ajeitou de modo confortável na cama e se deitou comigo. Ele mantinha um olhar preocupado e ao mesmo tempo carinhoso.

– Ela vai morrer, eu sinto isso. – solucei.

– Shh, não pense assim. Nós vamos naquela clínica amanhã nem que tenhamos que explodir os portões daquele inferno. Não se preocupe, vai dar tudo certo. – ele disse e me deu um beijo na testa. Concordei com a cabeça, embora eu não estivesse com tanta fé.

– Quer ficar aqui? Eu digo que você está passando mal.

Neguei freneticamente. A última coisa que eu queria naquele momento era ficar sozinha com a minha mente doentia, embora ficar no meio de uma multidão também não me agradasse.

– Tem certeza que não quer ficar aqui? Eu fico com você.

Pensei melhor e concordei com sua proposta. Ficar no meio de todos me faria pior ainda. Resolvi mudar de roupa enquanto ele descia para informar os avós. Coloquei minha camisola de mangas compridas e minhas meias 7/8 de lã e me deitei com o cobertor.

Ele voltou três minutos depois, tempo o suficiente para que a voz em minha cabeça começasse á gritar insultos e provocações. Eu estava deitada, coberta até a boca e chorando quase como um bebê. Não foi preciso nem de um convite para que ele se deitasse ao meu lado e começasse á acariciar meu rosto. Ele secou algumas das minhas lágrimas e me deu um beijo suave.

– Durma bella raggaza. Durma um pouco. É o melhor que você pode fazer agora.

Abracei-o e recostei minha cabeça em seu peito, fechando os olhos. Ele acariciou meus cabelos enquanto eu tentava dormir, mas imagens de Helena pendurada pelos pulsos por uma corrente me invadiram a mente e meus sonhos não foram nada tranquilos.

Helena corria pelas instalações da clínica. Caía uma tempestade e Helena estava completamente encharcada. Quando foi fazer uma curva acabou escorregando e caindo. Uma figura encapuzada apareceu com um canivete. Os olhos de Helena se arregalaram de pavor.

– Não, por favor. Deixe-me ir! Deixe-me sair daqui! Por favor! – ela implorava.

A figura de capuz negro continuou avançando para a minha prima e ela estremeceu no chão enquanto se arrastava. Ela parou. A figura observou-a por um momento e depois a atacou.

Então eu acordei gritando com Oliver me chacoalhando.

– Sarah! Está tudo bem?!

Eram 02h00min am. A festa não havia acabado ainda. O choro veio seguido de um soluço e então eu percebi que nada era estável, nem mesmo a doença. Eu tinha picos em que me sentia depressiva, morta, mórbida, feliz e mais um monte de emoções. Era uma grande bagunça que eu nunca entendia e talvez nunca entendesse.

Ouvi Oliver me chamando de novo. Apenas assenti aos prantos e o abracei.

– Faz isso parar, Oliver! – eu implorei.

– Se eu soubesse como...

Mas eu não me importava se ele sabia ou não, eu queria que aquilo parasse, queria que alguém fizesse aquilo parar, queria que alguém me acordasse e me dissesse que era tudo mentira.

Porém obviamente ninguém me acordou, pois a mais pura verdade estava na minha frente: Helena estava á beira da morte, eu sentia isso. E também sentia que meu plano maluco de eu e Oliver sermos internados na clínica para achar o Anjo não iria dar muito certo. Na melhor das hipóteses seríamos internados por mais tempo que o desejado e na pior seríamos mortos. Ou talvez as duas fossem igualmente ruins demais. Passei a pensar se tudo isso valia a pena. Se arriscar nossa liberdade valeria a pena. Mas nós não sabíamos se o Anjo estava lá ou não e chamar a polícia para um alarme falso seria muito mal. Com certeza, chamar a polícia sem ter nada concreto não era uma das hipóteses.

Mas, e se não conseguíssemos sair? Nós éramos tão burros ao ponto de arriscar nossa liberdade? Acho que a resposta era sim.

– Bella raggaza, me ouça: Não pense mais nisso agora. Entendeu? Não pense nisso agora, isso não está te fazendo bem! Só pense nisso amanhã, ok?

Assenti e fui lavar o rosto. Não ousei olhar para o espelho, não queria ver minha face inchada. Não era uma boa hora, já que eu estava tão frágil a ponto de que com a mais leve brisa eu me desfaria.

Voltei para cama com Oliver e me deitei. Tentei dormir, mas o sono não vinha então saí dos braços de Oliver suavemente enquanto ele dormia e fui para o andar de baixo.

A festa já havia acabado e os avós de Oliver dormiam tranquilamente em seu quarto. Com o menor barulho saí para o quintal e arrastei uma cadeira até a grama. Fiquei observando o céu e sua infinidade até que ouvi um barulho na grama ao lado. Oliver estava deitado numa colcha.

– Acordou? – perguntei.

– Percebi que você tinha saído. Não conseguiu dormir?

– Não.

– Deixe essa cadeira lá e deite aqui.

Fiz o que ele disse. Claro que estava um pouco frio para ficar de madrugada no quintal observando as estrelas, mas Oliver trouxera um cobertor também. Deitei-me com ele e deitei a cabeça em seu ombro, observando as estrelas novamente.

– Por que você quis vir aqui fora? – ele perguntou.

– Olhar o céu me acalma, principalmente aqui.

– Entendo...

– Você tem vontade de fumar, Ollie?

– Sim. Muito.

– E por que não fuma?

– Porque eu não quero te assustar de novo. Não quero ficar à beira da morte outra vez.

– Ah. – eu não entendia isso, eu sempre quis morrer, então...

Ficamos no profundo silêncio. O único barulho era por conta do vento. Abracei Oliver com o intuito de esquentar-me mais. Ele me abraçou também e eu fechei os olhos tentando sentir seu cheiro. Naquela hora, me esquentar nele era tudo que eu queria.

...

Acordei deitada na cama quentinha. Oliver estava deitado do meu lado acariciando meus cabelos.

Cobri-me com o cobertor até o queixo. Oliver deu uma risada fraca.

– Só agora você tomou consciência do frio? Nós ficamos tempo suficiente na madrugada gelada para que você tremesse, entretanto...

– Você me esquentou. – eu disse. – Não senti frio naquela hora porque estava abraçada á você.

Deu um sorriso fraco e beijou minha testa.

– É o suficiente.

Levantei-me devagar. Primeiro o tronco, depois endireitei a cabeça e apoiei-me em meus cotovelos. Girei a cabeça, estralando o pescoço. O processo de acordar terminou quando me sentei na cama e estiquei os braços para o alto. Levantei-me e fui até o banheiro. Fiz a higiene matinal e arranquei a camisola e então lembrei que Oliver estava no quarto, mas era tarde demais. Ele me fitou despreocupado, deu de ombros e virou a cabeça para a janela. Mas afinal, qual era o problema? Ele era o meu namorado, certo?

Vesti uma meia-calça rendada e calças jeans rasgadas. Coloquei meus inseparáveis coturnos e por último um suéter cinza com uma cruz bordada. Oliver virou a cabeça de volta e me olhou com os olhos indecifráveis. Ele se levantou lentamente, retesando os músculos e depois saiu da cama, me deu um beijo demorado e foi embora do quarto.

Dei de ombros e desci para a cozinha. Havia um bilhete encima da mesa, Elizabeth e Peter dizendo que haviam saído e só voltariam de tarde. Eu e Oliver estávamos sozinhos até de tarde, isso significava que teríamos certo tempo antes de ter que enlouquecer.

Oliver me abraçou por trás e depositou um beijo no meu pescoço. Leu o bilhete por cima do meu ombro e me virou, sorrindo malicioso.

– Teremos a manhã inteira sozinhos? Interessante...

Beijou-me de um jeito voraz, com intensidade e fervor e me pegou no colo. Deitou-me no sofá sem parar de me beijar e sussurrou no meu ouvido em sua língua nativa:

– Tu sei la persona migliore che abbia mai incontrato, bella ragazza. Você é a melhor pessoa que eu já conheci. – e voltou com a série de beijos.

Suspirei de prazer e nem pude refletir com o que ele acabara de dizer, mas certamente eu não esperava por isso. Eu nunca fui uma pessoa tão boa, ser a melhor que alguém já conheceu era inacreditável.

Ficamos naquilo por duas horas de puro êxtase, depois resolvemos fazer o almoço. Ele se dedicou pacientemente à tarefa de me ensinar a cozinhar carpaccio. Não era tão difícil, mas eu era muito fraca - ou sempre me senti assim- para misturar o molho, então isso tomou um pouco de tempo.

Almoçamos ao meio-dia e deixamos o carpaccio na geladeira para os avós de Oliver. Descobri que a cozinha italiana me atraía muito, ou, bem, o cozinheiro pelo menos.

– Quer um pouco de gelatto? – ele perguntou quando terminei de comer.

– Gelatto?

– É. Gelatto. Por favor, me diga que você sabe o que é porque mesmo depois de oito anos morando aqui eu ainda não consigo falar isso em inglês. Pelo menos nunca tentei, porque eu não tomo.

– Desculpe, não sei. Mostre-me.

Ele abriu o freezer e pegou o pote de sorvete de flocos. Gargalhei com aquilo.

– O que foi? – perguntou.

– Você não sabe falar “sorvete”, Oliver?

– Ah! É esse o nome então!

Comecei a rir mais ainda e logo eu estava no chão. Ele começou a rir da minha situação.

– Então você está rindo que nem uma doida porque eu não sei falar gelatto em inglês? – controlou-se um pouco, entretanto eu ainda estava no chão.

Aos poucos fui me controlando. A gargalhada se transformou numa risada, que se transformou em um riso e logo o que sobrara era o silêncio. Ele me abraçou pela cintura e me puxou para mais perto, roçando os lábios da minha orelha até o meu queixo. Sussurrou:

– Acalmou-se, bella ragazza? Ou eu vou ter que te dar um “calmante”?

– O que você diz com calmante?

Ele começou a fazer um caminho de beijos do meu pescoço até a minha boca. Talvez aquilo fosse um calmante, mas naquela hora, não.

– Não, Oliver. Agora não.

– Sarah, nós vamos ficar trancados numa clínica psiquiátrica. É praticamente o meu último desejo!

– Oliver...

Ele suspirou e me soltou, levantando as mãos para o alto.

– Tudo bem. Nada disso agora.

– Obrigada.

– Então vamos lavar a droga da louça. – ele parecia frustrado.

– Vamos.

Pegou um pen drive e colocou-o na caixa de som. Cherry Pie do Warrant começou á tocar.

– É sério, Oliver? Nem um pouco sugestivo! – bufei.

– É só uma música, Sarah! Não posso ouvir uma música que fale sobre sexo, também?!

– Ei, calma!

Ele bufou, depois largou a louça e me deu um selinho.

– Desculpa, embora eu ainda não saiba o que eu fiz de errado.

Suspirei.

– Não, esquece. Eu estou estressada e estou descontando em você.

– Por que você está estressada?

– Talvez porque eu vou ser internada numa clínica psiquiátrica?

Ele me beijou.

– Eu prometo que vão ser só alguns dias, ok?

– Ok.

– Agora, vamos lavar essa droga de louça ou não?

– Vamos.

Comecei a cantar a música. Oliver me olhou com a sobrancelha levantada. Dei de ombros.

– Eu gosto dessa música, mas naquele momento foi um pouco incomodo.

Ele limitou-se á uma confirmação com a cabeça. Ele estava estranho e eu já havia percebido isso.

– Oliver, o que aconteceu?

Acenou com a cabeça negativamente.

– Oliver, você é um péssimo ator. Diga-me o que aconteceu.

Inspirou e suspirou duas vezes bem lentamente e depois me olhou com um olhar triste.

– Meus pais. Eles vão voltar mês que vem e eu não estou muito preparado para isso.

– Ah... Você nunca me disse o que eles fizeram.

Ele suspirou e olhou para o alto depois voltou os olhos para mim e sorriu. O tipo de sorriso duro que você dá para tentar não transparecer o quão você está sentindo mal.

– Eles me batiam. Sempre me bateram, mas chegou num ponto que eu não podia mais sair de casa. Eles não gostavam de mim, não queriam ter tido um bebê tão cedo. Eles me abandonaram e me emanciparam e eu pensei que o inferno tinha acabado. Mas aí eles voltaram e tudo voltou de novo e como eu não podia apanhar eles atiravam coisas em mim. Qualquer coisa que estivesse na frente. A cicatriz na minha bochecha foi feita por um copo. Nós sempre discutimos e eu já fugi de casa, mas a polícia me encontrou. Eu tentei denunciar eles, mas não deu em nada. Não quero que eles voltem porque isso vai voltar de novo.

– Oliver. Viva o agora. Você fica remoendo as coisas do passado e fica com medo do futuro e isso faz você deixar de viver. Você não pode fazer nada com o passado se não aprender e o futuro é uma incerteza. Você vai denunciar eles quando eles voltarem e vai dar certo, ok?

Ele sorriu sincero.

– Obrigado, bella ragazza. Eu amo você.

– Eu também te amo.

Senti minha angustia se atenuar um pouco. Ele me tiraria da clínica. Nós sairíamos juntos, assim como entramos. Mas o pouco de sanidade que me restava me dizia que essa brincadeira de detetive estava indo longe demais. Talvez estivesse, mas eu praticamente nunca percebera a parte sã da minha mente então eu não dava à mínima. Arriscar minha liberdade parecia-me quase como insignificante porque, talvez – apenas talvez – o meu lugar fosse mesmo lá.

Ouvimos um rugido de motor. Era hora do show.

Derrubei o copo que eu estava segurando no chão e recolhi um caco para reabrir um dos cortes. Baguncei o cabelo e me lancei ao chão da cozinha chorando. Oliver quebrou um prato na parede e se sentou num canto, abraçando os joelhos e se balançando.

– Oliver?! Sarah?! – a Sra. Elizabeth gritou.

Eles entraram na cozinha e viram a cena. O choque tomou conta de suas faces.

– O que aconteceu?!

– Ele não para de gritar. Não para. – Oliver soluçou.

– Sarah! Seu pulso!

–Eles não param de sussurrar, Elizabeth. Eles nunca param. – forcei mais o choro. Aquilo estava fazendo minha garganta doer.

– Ah meu Deus! Peter ligue para a ambulância!

– Não! – segurei suas mãos nas minhas, meu pulso ainda sangrando. - Você não pode! Não pode!- gritei segurando suas mãos com força, isso fez o meu pulso jorrar mais sangue.

– Sarah! Por que não?!

– Eles vão me atormentar lá. O hospital não, por favor. – fiquei de joelhos, aumentando o drama. – Pode fazer qualquer coisa comigo! Pode até me internar numa clínica, mas por favor, o hospital não!

– Ele está gritando demais. Ele... Ele... –Oliver disse e olhou para a porta da cozinha com espanto. – Ele está aí!

–Oliver, não tem ninguém aqui!

– Aí! Ele está aí com a língua nos joelhos e com um laço de forca amarrado no pescoço! Ele não morreu! Ele está aqui!

– Peter, ligue para a ambulância agora!

Oliver dirigiu-a um olhar intrigado. Eu tinha certeza que isso estava machucando-o.

– Ligar para a ambulância por quê? Ele não está morto! É só tirar o laço de forca e pronto. A Sarah está vendo ele!

– Ele está feliz por te ver, Oliver. É visível. – eu disse.

Gemi.

– Façam eles pararem, por favor! – retornei á chorar.

Oliver me abraçou.

– Está tudo bem, amor. Mike vai ajudar a gente. Ele está bem ali, olha. – apontou para o nada e acenou para que o Mike inexistente viesse até nós.

– Querido, não há ninguém ali.

Elizabeth pousou a mão no ombro de Oliver, porém ele fingiu enfurecer.

– Não fale assim do Mike!

Encolhi-me um pouco. A reação de Oliver me fez arrepiar de medo. Ele estava fingindo fúria tão bem que era convincente demais. Elizabeth também ficou com medo e Peter segurou Oliver.

– Solta ele agora! Ele só está defendendo o amigo! – eu disse e dei um empurrão em Peter. Abracei Oliver. Peter estava incrédulo.

– Eu liguei para a ambulância. – Elizabeth informou.

Abracei Oliver mais forte a fim de sentir seu cheiro e ter somente consciência dele. A hora estava chegando.

Demorou uns trinta minutos. Primeiro ouvi a sirene. Era estridente e enlouquecedora. Depois ouvi o motor do carro lá fora e vários homens irrompendo pela sala. Eles me arrancaram dos braços de Oliver. Comecei a chorar muito e Oliver derramou algumas lágrimas. Lutei para encontrá-lo de novo, mas fui presa por uma camisa de força. Fui jogada numa ambulância e Oliver em outra. Minha última lembrança foi seu sorriso e seu cheiro e então apaguei.


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Notas finais do capítulo

Eaí, gostaram? Espero que sim. Comentem aí e beijão.



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