UM FINAL ALTERNATIVO ESCRITO POR: KATHERINE WINCHESTER JACKSON.

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Ele baixou a cabeça e disse que não teve tempo, mas eu não quis escutar. Saí de lá correndo, embora ouvisse os gritos de meu pai. Eu já sabia o que fazer, só esperava que houvesse tempo suficiente. Pus-me a correr.
Com a carta em mãos, juntamente com o endereço de minha Zoey, corri até o ponto de táxi mais próximo e pedi para que me levasse até o endereço. Roia as unhas de desespero, esperando que o pior não houvesse acontecido. Eu não poderia viver com essa culpa.
Desci do táxi rapidamente e mandei o motorista esperar lá, corri até a entrada da enorme casa que não reparei muito na construção e bati na porta de modo ansioso.
– Sim? - Um funcionário atendeu
– Preciso ver Zoey - Falei - Agora
– Ela está no quarto - Respondeu com descaso - Pode entrar
Coloquei novamente minhas pernas em ação, correndo até as escadas e só parei na frente de uma porta com as escritas "Keep Out" e algumas coisas de banda, apostando que era o quarto da garota.
– Zoey! - Exclamei, batendo na porta. Girei a maçaneta e estava trancada - Zoey por favor, abre essa porta!
Silêncio.
– Zoey, você não me conhece, mas eu te conheço. É para mim que vêm mandando seus vídeos. Eu juro que respondi, mas meu pai não colocou a carta no correio! Pelo amor de Deus abre essa porta, eu não posso deixar você fazer isso.
– Vai embora - Ouvi um sussurro lá dentro - você não tem que fazer isso só porque se sente culpado ou com pena de mim.
– Zoey - Eu gostava do som de seu nome - e-eu não estou fazendo isso porque me sinto culpado, eu estou fazendo isso porque me importo com você. Depois de ver seus vídeos percebi que você é uma garota corajosa, esperta... bem, na maior parte do tempo, e... bonita. Não faça isso consigo mesma...
Ouvi a porta se destrancar, a garota girou a maçaneta e espiou pela fechadura. Eu não esperei que ela fizesse mais nada, eu somente levantei a cabeça, deixando à mostra meu rosto manchado de lágrimas que caíam enquanto eu falava.
– Por favor - Pedi novamente
– Tarde demais - Ela abriu a porta completamente e me mostrou a caixinha vazia de remédios tarja preta, eu a encarei por um minuto, até correr em seu encontro enquanto ela desmaiava.
Mais desesperado, agora correndo com a garota em meus braços, fui rápido até o táxi e mandei nos levar para o hospital mais próximo o mais rápido que ele conseguisse.
Olhei para a menina acomodada no banco com a cabeça em meu colo, tão frágil e pequena, ela não merecia o que o destino fez com sua vida.
Eu não me lembro de muito, depois que cheguei ao hospital levaram ela e não me deixaram entrar, eu fiquei na portaria e esperei.
Minutos se arrastavam como horas até que ouvi chamarem meu nome.
– Como ela está? - Perguntei me preparando para o pior, sem conseguir.
– Está fraca, não muito estável, mas vai sobreviver - A enfermeira respondeu, eu suspirei de alivio só agora notando que havia prendido a respiração.
– Posso vê-la? - Pedi
– Ainda não - Ela disse - Só daqui algumas horas. Ela está descansando.
Tive de acatar a ordem e me sentar novamente, e nada confortável, na cadeira da recepção.
eram 19:24, eu ainda estava "pescando" na cadeira da recepção, meu celular com várias chamadas não atendidas e um aperto no pé do estômago me incomodando.
– Adam - Chamaram
– Eu - Fui até o homem que pronunciou meu nome
– Já pode visitá-la - Ele informou e me guiou até o quarto. A olhei na cama, dormindo, a cor de sua pele já parecia mais rosada - A sorte é que ela não ingeriu muitos remédios. Ela está um pouco desnutrida e desidratada, mas logo estará melhor.
Pensei que ela deve ter levado um tempo para tomar coragem, porque cartas não são o meio de comunicação mais rápido. Ela poderia saber que eu iria? Não, claro que não. Ela nem recebeu a carta, nem ao menos me conhecia.
– Ei - Eu sorri para a garota que piscou fracamente, os olhos se ajustando na luz. O médico saiu do recinto - Zoey
– Por que você fez isso? - Ela me perguntou com a voz fraca
– Porque me importo com você. Eu já falei - Respondi
– Por quê?
– Porque, Zoey - Sorri para ela - Seus DVDs me faziam ir em frente, porque eu percebia que não podia reclamar de minha vida quando alguém está passando pelo que você passou, isso seria muito egoísta - Ela parecia surpresa - E porque você não merece esse final, você é corajosa, forte e determinada. A vida ainda pode te reservar muitas coisas.
Me surpreendi ao ver que uma lágrima rolou pelo rosto da garota, logo seguida de muitas mais.
Ela se sentou com dificuldade na maca e abraçou os joelhos. Eu, sem saber o que fazer ou se havia dito algo errado, simplesmente a abracei. Pareceram horas, mesmo sendo alguns minutos, e eu não queria soltá-la. Não queria deixar que se machucasse nunca mais.
Ouvi ela sussurrar algo, mas não entendi. A soltei de meu abraço, ela levantou o rosto para mim e notei que ela sorria fracamente, com um brilho diferente nos olhos.
– Obrigada - Ela limpou o rosto desajeitadamente
– Não aceito seu agradecimento - Falei, ela se surpreendeu - Somente com uma condição.
– O quê? - Ela perguntou
– Você tenta, ok? - Pedi
– Eu não sei... - Ela parecia pensativa - Nem ao menos sei o seu nome.
– É Adam - Falei
– Adam - Repetiu como se gravasse o nome
– E eu posso lhe dizer mais - Falei - Conto-lhe tudo que quiser, só preciso que me prometa.
– Está bem - Ela disse - Mas se você também tentar
– Você tenta, por mim, e eu tento, por você - Eu sorri e incrivelmente ela me puxou para perto. Eu a envolvi novamente em um abraço.