The Four Players escrita por Rayssa


Capítulo 6
Dreams


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado a Thais Gaya Valdez, obrigada por favoritar :3
Eu demorei a publicar, porque fiquei presa na LANNA, não conseguia fazer a parte dela D: Maaaaaaas, consegui, espero que gostem ;*



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O hino da grifinória soava com uma suavidade irritante, estava escuro de mais para que eu enxergasse algo. Quando uma luz surgiu, deixando que toda a sala acendesse, eu pude ver que estava no meio da sala e ela era oval. Estava totalmente vazia, a não ser pela cadeira que eu estava sentado, e por uma mulher, que estava de costas para mim. Ela possuía um cabelo curtos e castanho, usava um vestido negro, e parecia brilhar.

– Olá Albus. – a sua voz era desconhecida, nunca a ouvirá antes, quem seria essa mulher? – Vejo que não está assustado... – a mulher se virou devagar, mas eu não conseguia ver o seu rosto, a única coisa que se via de sua face, eram seus olhos escuros, eles brilhavam com muita intensidade. – Gostaria de saber mais sobre você, entretanto, vou ter que cumprir minha obrigação, não posso simplesmente sentar e conversar, não é mesmo? – parecia ser uma mulher simpática.

– Por que não? – seus cabelos balançaram com a formar que ela negou.

– Tenho um trabalho muito importante a cumprir, então, você poderia responder algumas perguntas? – eu estava realmente confuso, não fazia ideia do que estava acontecendo, mas algo me dizia que eu podia confiar nela.

– Claro. – apesar de não conseguir ver seu rosto, sabia que ela estava sorrindo, e perceber isso, apenas me deixou mais confortável com a situação.

– Vejamos, vejamos... – ela girou no ar, como se pudesse voar e depois, moveu-se para trás de minha cadeira. – O que você acha da pequena Rose? – um sorriso surgiu em meu rosto, Rose sempre foi como uma irmã para mim, e eu a amava de todo o meu coração.

– Ela é genial, a melhor prima de todas. – pude sentir um calor em meu ombro, quando olhei, a mão brilhante, da mulher, estava lá, só que, não havia a sensação de uma mão em meu ombro. – E sei que ela precisa de mim, por isso, sempre estarei ao lado dela. – o calor sumiu e a mulher voltou a minha frente, parecia contrariada, como se não quisesse fazer o que estava fazendo.

– Muito bem. – suas mãos de fecharam em punhos. – Vamos crescer, você agora tem 17 anos e foi chamado para trabalha em uma função qualquer, um emprego que você não quer, e tivesse a oportunidade de seguir o seu sonho, mas não foi algo concreto, o que você faria? – eu não entendi exatamente o que ela queria dizer, ela falara muita coisa, em pouco tempo, contudo, percebi que tudo fez sentido rapidamente.

– Eu ficaria na função que eu não queria. – senti a mulher bufa, e se afastar, ela estava cansada, além de contrariada, e levemente irritada.

– Qual foi o feitiço que Rose usou para fazer suas orelhas de gato? – sua voz soou ríspida, e rápida. A resposta veio logo a seguir.

– Eu não ouvi o feitiço, mas era um feitiço transfigurador, já que minha orelhas se transformaram em outro tipo de orelhas, e sei que era um feitiço temporário, além do fato de Rose me dizer, ele demorou para sair, não havia contra feitiço. – a mulher se aproximou rapidamente, e algo quente fez pressão em minha testa, mas não dava para sentir nada, somente o calor.

– Pode acordar Albus Severus Potter, tudo ficará bem. – sua voz soou doce, e senti um peso sair de meus ombros, fazendo com que eu acordasse. Assim que meus olhos se abriram, notei que algo brilhava, era o pergaminho, corri para pegá-lo e algo estava escrito nele.

X

O hino de corvinal tocava com graça pelo grande salão, entretanto, algo estava diferente, tudo estava vazio e enegrecido, com um tom assombroso. Havia apenas uma pessoa ali, não sabia ao certo se era um homem ou uma mulher, possuía cabelos curtos e pretos, absolutamente lisos. O homem usava um manto preto, tão preto quanto seus olhos, que me encaravam em desafio, aquilo era inquietante e, ao mesmo tempo, assustador. Contudo, apesar de eu estar tremendo de medo, caminhei hesitante até o homem, ao mesmo tempo que o hino começava a soar de maneira fúnebre.

– Quem é você? – gritei o mais alto que pude, fazendo a minha voz ecoar pelas paredes.

– Alguém que você não tem medo, não é mesmo, Rose? – sua voz era sonora demais, masculina, presunçosa, não havia nenhum tipo de vacilo ou hesitação.

– O você quer? – franzi o nariz, enquanto encarava os seus olhos com raiva.

– Somente observar. – um sorriso malicioso saiu de seus lábios, como se eu fosse um tipo de experimento. Foi então, que notei que, quanto mais eu andava, mais longe eu ficava, então, parei de andar, seria burrice continuar. Ele levantou uma sobrancelha e cruzou as mãos sobre o colo. – O que houve? Já desistiu? – levantei as sobrancelhas, observando o local, procurando um modo de chegar até ele.

– Eu não desisto de meu objetivos tão facilmente, só não vou ficar fazendo algo que não vai dar jeito. – encarei o teto, será que havia a chance de... Antes que eu completasse meu raciocínio, meu corpo foi puxado para frente rapidamente, a uma proximidade maior do que o normal, a primeira coisa que fiz, foi analisa-lo, entretanto, não conseguia ver o seu rosto, isso era irritante.

– Ops... – ele falou sarcasticamente e quando virei, percebi que uma casa estava pegando fogo, mas não era qualquer casa, era A’Toca. Prendi a respiração, o que estava acontecendo? Merlin, eu podia ouvir os gritos. – Não vai salvá-los? – ouvi a voz do homem, e sabia muito bem o que eu deveria fazer. Saquei minha varinha rapidamente e corri para a entrada, entretanto, fui barrada em frente a tudo.

– O que está acontecendo? – perguntei assustada, eu estava começando a reconhecer os gritos, eles eram familiares demais.

– Pobre criança... – sua voz não demonstrava pena. – Só pode salvar dois... – foi então, que notei que haviam quatro pessoas lá dentro, meus pais, meu irmão e Albus.

– Oh... – senti meu corpo fraquejar, eu teria que escolher dois, eu sabia que deveria escolher Hugo, afinal, se eu não o salvasse, nenhum de meus pais me perdoaria, respirei fundo e decidir usar a lógica, eram meus pais e, apesar de eu os amar, eles viveram muito mais do que os outros poderiam viver. – Hugo e Albus. – pronunciei em alto e bom som.

– Certeza? – assenti e pude ver os dois garotos sendo liberados. – Tanto para aprender criança, tanto. – senti algo quente envolver a minha testar. – Acorde... – aquela voz esquisita soou em meu ouvido, e pude sentir meu corpo ficando cada vez mais leve até eu abrir os olhos.

Quando olhei para minha mão, meu pergaminho brilhava com intensidade, o abri rapidamente, na esperança de entender o que estava acontecendo. Havia uma frase escrita lá, ou seria um enigma?

X

Encarei o meu próprio reflexo, enquanto decifrava qual era a música que estava tocando, não demorei para perceber que era o hino da lufa-lufa. Estava em uma sala coberta por espelhos, como se fosse uma daquelas salas de dança trouxa.

Meus cabelos estão bem cortados, mais claros que o habitual, contudo, não eram loiros como o de minha irmã. Havia algo de macabro no ar, como se algo ruim estivesse para acontecer.

Uma sombra, havia uma sombra atrás de mim, e esta se aproximava. A baixa claridade não me permitia ver o que era, mas, com o tempo, foi tomando forma, recebendo características humanas, o que foi, em absoluto, um alívio.

– Não precisa ter medo! – anunciou uma voz masculina e esquisita.

– Não estou com medo. – afirmei e sorri. – Como se chama? – completei logo em seguida.

– Alice Longbottom. – ele ignorou minha pergunta. – Estou aqui para ajudar... – mesmo não podendo ver o seu rosto, pelo tom de sua voz, soube que ele sorria.

– Me ajudar? – perguntei, em dúvida. Ele assentiu e tocou meus ombros, não senti seu toque, mas, uma sensação quente, e essa sensação me guiou até o meio da sala.

– Faça uma escolha. – exclamou.

Haviam dois espelhos a minha frente, em cada um deles, havia uma imagem, nenhuma delas era o meu reflexo. O da direita, estava Albus, acenando e sorrindo para mim, e, o da esquerda, estava uma Rose sorridente e saltitante. Não precisei pensar muito, eu escolheria Albus.

– Como eu faço isso? – franzi o cenho e encarei o homem sem rosto, que, como agora eu podia ver, possuía olhos de cor âmbar.

– É só adentrar o espelho... – isso era totalmente confuso, mas fiz o que ele falou, caminhei até o espelho da direita, e, hesitante, tentei entrar no espelho, com êxito. Logo eu estava em pé, em frente a dois outros espelhos. O de Rose estava lá de novo, e agora, o da direita estava ocupado pela imagem de Scorpius.

– Cadê o Albus? – o homem tocou os meus ombros com aquela sensação quente.

– Você tem que fazer mais uma escolha antes de os encontrar. – anunciou. Encarei as duas imagens, essa era um tanto mais difícil, ainda assim, eu tinha muito mais contato com Scorpius que com Rose, então, fui em direção ao espelho da direita. – Boa sorte... – ouvi a voz do homem, enquanto eu entrava, quando estava quase do outro lado, escutei um: - Acorde.

Parecia que eu estava caindo de um penhasco, levantei-me de súbito na cama, e notei que havia uma luz atrás de mim, quando virei, o meu travesseiro brilhara, ou melhor, o pergaminho dentro dele, brilhava. Puxei-o rapidamente, e o abri. O QUE DIABOS SIGNIFICAVA AQUILO?

X

Oh merda, que escuridão é essa? E por que o hino da sonserina estava tocando? Algo muito errado estava acontecendo. Eu não conseguia ver nada, e aquela droga de música parecia o toque de um enterro ou algo assim.

– Não precisa ter medo garotão, não vou morder, prometo. – as luzes se acenderam e um homem ruivo, o qual, mesmo na claridade, eu não conseguia ver o rosto, apenas os olhos, castanhos e muito brilhantes.

– Quem é você? – ele deu de ombros.

– Ninguém que vá te machucar, prometo. – uma sensação de calma me invadiu, como se algo estivesse controlando as minha sensações.

– O que você quer de mim? – perguntei, enquanto me encostava na parede.

– Você vê aquela mesa? – ele apontou para uma mesa que estava no meio da sala. – Escolha dois objetos dali, apenas isso. – assenti, e caminhei até lá, hesitante, e encontrei uma diversidade de objetos. Diversos livros, pergaminhos, penas, doces, facas, casacos, botas, até mesmo mapas e poções. Havia um livro de poções, que parecia extremamente bom, então, decidi que ele seria minha primeira escolha. E haviam umas varinhas de alcaçuz que pareciam deliciosas, assim que toquei as varinhas, senti algo quente tocar meu braço, e quando olhei para o homem, seu rosto apareceu, rápido demais para que eu reconhecesse, mas, eu já o havia visto em algum lugar. – Até mais.

Senti uma sensação reconfortante ao abrir os olhos e perceber que tudo havia sido um sonho, ou quase isso, o livro e as varinhas estavam sobre a minha casa. Corri até os meus cachecóis, e percebi que o cachecol que eu havia escondido meu pergaminho, estava brilhando, o abri rapidamente, haviam palavras gravadas ali, o que elas significavam, eu não fazia ideia? É, parece que o jogo começou.

*


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?