OTH - Dias de Luta escrita por Carol S


Capítulo 17
Despedida de Solteiro


Notas iniciais do capítulo

Essa é a continuação do ultimo capitulo. É a noite dos rapazes...



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#Meninos

Eles não sabiam exatamente como haviam aceitado aquilo, mas Kevin os carregou até aquela boate de stripper do outro lado da cidade e havia reservado um canto que ele chamava de camarote, aonde eles recebiam uma dança sensual das meninas que subiam no palco.

Porque toda despedida de solteiro tem que envolver mulher pelada? Não se sabe. O que se sabe é que bebida e mulher pelada não combina, ou combina, mas é uma combinação explosiva.

Quando a primeira garota foi até eles e começou a dançar, com aquela calcinha tão pequena que Logan jamais diria que ali havia alguma coisa, ele viu um sorriso brotar nos lábios de Kevin, de Davis, até mesmo do doutor certinho que havia salvado sua vida, Jason Stanfield, mas Thomas, assim como ele, se sentia verdadeiramente desconcertado por ser obrigado a assistir aquela performance.

– Quer ir beber algo? - perguntou ao delegado, que fez que sim com a cabeça - Vamos!

Eles foram até o bar, se esquivando da menina que empinava a bunda para o alto e pedia para que os rapazes dessem um tapa. Ele fez que não com a cabeça, se sentindo envergonhado pela humilhação que a garota se auto aplicava por dinheiro.

– Não me leve a mal, eu amo mulheres, mas as fáceis me deixam... desconcertado - Thomas comentou, depois de pedir uma marguerita a barman, que era a única mulher vestida, mais ou menos, naquela boate.

– Sabe, se fosse antes, eu até gostaria, mas agora, sabendo que tenho a Ellie, não me animo vendo essas garotas - Logan comentou também. Isso era estranho, realmente, mas era a mais pura verdade.

– Vocês são os únicos então - a barman disse, ouvindo a conversa deles - Todos que vem aqui, ficam doidos por essas meninas.

– Acredito, mas eu não - Logan respondeu e ela deu um largo sorriso - Sou Logan, a propósito.

– Querido, nunca diga seu nome em um lugar como esse - ela jogou para eles seus copos de martíni e marguerita, que deslizaram até suas mãos pela bancada - Mas já que disse, me chamo Reagan.

– Meddley? - disse ele, se lembrando perfeitamente de seu sonho, quando estava em coma, de conhecer uma menina cujo nome era Reagan Meddley - Escritora?

– Como sabe? - disse Reagan, espantada, depois pegou uma garrafa de vodca e despejou, pela boca da garrafa, uma grande quantidade em sua boca - Não importa. Meu livro nunca, jamais, será publicado.

– Porque não? Deve ser uma ótima história. Conte-nos sobre - disse ele, querendo saber se era apenas coincidência ou se ele havia, de algum modo, previsto do futuro.

– Chamas de desejo é o nome. Conta a história de uma adolescente de 18 anos que vem de Kansas e se torna barman de m bar de stripper - Reagan estalou os dedos das mãos, como se fossem fogos de artificio e apontou para si mesma em seguida, sorrindo - Traduzindo, é sobre mim.

– Interessante - Thomas disse, depois de um tempo calado - E o que acontece no final?

– Ela conhece um cara rico e se casa. Eles vão morar em uma mansão e ele se torna o único cliente que ela já teve, apesar de trabalhar em um lugar desses - Reagan sorriu novamente - Quando eu conhecer o cara, vamos ver se ele é tudo o que eu escrevi.

– Torcendo por você - Thomas cruzou os dedos e deu uma golada em sua marguerita.

– Você é linda demais para não encontrar alguém, Reagan - Logan disse, também bebendo seu drinque.

Depois de muito e muito álcool, Logan já nem conseguia ficar de pé sem apoiar ambos os braços na bancada do bar.

– Nossa! Parece que estamos bebendo aqui desde ontem - disse ele, dando uma gargalhada embriagada em seguida.

– Você está bebendo. Eu já parei faz tempo - Thomas reclamou - Como você aguenta bêbados toda noite, Reagan?

– Quando você faz isso a um ano e dois meses, você se acostuma - respondeu ela, mas, quando Logan cambaleou, ela subiu na bancada, pulou para o outro lado e apoiou o cotovelo dele com as mãos - Acho que já deu para vocês, não é?

– Acredito que sim. Avisarei aos meninos - disse Thomas.

– Encontre-nos no quarto 12, ali nos fundos. É melhor ele se recompor em algum lugar, certo? - Reagan ofereceu.

Quando Thomas desapareceu, ela apoiou os dois cotovelos do bêbado e o empurrou em direção ao corredor de quartos nos fundos. Os clientes que queriam uma dança particular pagavam por um quarto daquele, aonde as meninas faziam o que eles queriam só para eles. Custava mais caro, mas, para ver uma mulher nua, os homens costumavam não medir esforços. Mas Logan era diferente. Ele foi ali, encheu a cara, mas não direcionou seu olhar para garota alguma e isso era impressionante. Meio que deixava Reagan com um sentimento diferente sobre ele. Algo bom que ela não sentia por nenhum outro cliente.

– Sente-se aqui - ela colocou-o em um grande sofá preto com almofadas vermelhas que preenchiam todo o cubículo que ela havia tido a ousadia de chamar de quarto. Ele sorriu, quando ela disse.

– Você é mandona. É igualzinha a minha noiva - disse ele, cambaleando até cair torto no sofá - Eu sou louco por ela.

– Percebi, Logan. Você tem certeza de que quer casar com ela? Quer dizer, você percebeu suas outras opções? Existem garotas lindas por ai que você ainda não experimentou - disse ela, se sentando no espaço que Logan havia deixado vazio no sofá ao lado dele. Logan soltou um ronco e ela percebeu que ele havia pego no sono - Garotas como eu, por exemplo.

Reagan acariciou seu rosto. A respiração dele era agitada, provavelmente por causa da bebida, mas os pequenos sorrisos que ele soltava involuntariamente a fez se inclinar sobre ele e dar-lhe um beijo. Logan agarrou sua nuca e a puxou para cima dele, beijando-a mais intensamente. As mãos dele percorreram seus braços frios, mas suados, enquanto ela deixava que ele a beijasse com desejo.

– Ellie... - Logan sussurrou, então ela o afastou e os dois se encararam por um longo instante - Eu... - ele pensou em pedir perdão ou dizer qualquer outra coisa, mas Reagan se jogou de volta para o lado do sofá, enquanto passos do lado de fora do quarto o fizeram paralisar.

– Fica tranquilo. Não significou nada, absolutamente - disse Reagan, quando a porta se abriu. Logan olhou para os amigos e disfarçou, dando uma forte gargalhada.

– Ele está mesmo bêbado - disse Jude, jogando um braço dele em volta de seu pescoço, enquanto Kevin jogou o outro - Valeu por ficar de olho nele.

– Sem problema - disse Reagan.

Os dois se encararam rapidamente, enquanto Logan passava, sendo carregado, pela porta, sem perceberem que Thomas havia capturado aquele olhar.

Quando Logan se recuperou da ressaca, devia ser quatro ou cinco da manhã. Ele pegou o celular e pediu para encontrar com Ellie naquele momento, no lugar aonde eles se casariam naquele dia. Tinha uma coisa para contar e se ela não o quisesse depois disso, ele respeitaria.

Ellie chegou, correndo logo para seus braços, amando-o como sempre, mas Logan estava duro. Não queria se dar ao luxo de beijá-la, não agora.

– O que há, Logan? Aconteceu alguma coisa? Você está estranho - mas ela ainda sorria, porque sabia que nada os separaria.

– Kevin insistiu. Eu não queria ter ido para aquela boate, mas Kevin pediu e Jude foi fraco demais para dizer não. Eu devia ter dito... - Logan deitou sua cabeça na clavícula dela, depois beijou-a nesse mesmo lugar.

– O que aconteceu na boate? Você andou bebendo? Está com um cheiro estranho - Logan ignorou todas aquelas perguntas e foi direto ao assunto.

– Eu conheci uma garota daquele meu sonho no hospital, a Reagan, e...

– Eu também conheci. Conheci o rapaz que você disse que Davis encontrou. Foi tão estranho que... Ele é irmão adotivo da Channel, a garota no diário da Sawyer. Você tem que montar essa...

– Eu a beijei - disse finalmente. Ellie o encarou por um tempo, em silencio - Me odeia? Sabia que me odiaria. Eu não a culpo.

Mas Ellie fica calada por um longo tempo, até gargalhar e depois dar-lhe um tapa no rosto.

– Pronto! Me vinguei. Agora, vá para casa e descanse. Nos casaremos daqui a pouco, homem - disse ela, deixando-o surpreso - Foi só um beijo. É a mim que você ama, senão não estaria me contando isso. Ainda nos casaremos ao entardecer.

– Eu não sei...

– Bem, estarei naquele altar - ela apontou com o dedo indicador o altar no parque - Esperando por você. Espero que venha.

Ela o beijou no rosto e desapareceu de sua visão.


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Notas finais do capítulo

Ellie devia ter perdoado tão fácil? Acham que ele deve aparecer no casamento? Deem suas opiniões. Elas são muito importantes para o andamento da história.



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