Give In To Me escrita por DanyellaRomanoff


Capítulo 7
React.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus doces! Aqui vai mais um capítulo, espero realmente que gostem porque como eu havia feito o rascunho há muito tempo, eu sofri pra revisá-lo e ainda sim estou apreensiva, como sempre rs Let's devour!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478376/chapter/7

À medida que adentravam a parte mais escura do bosque, Elsa começava a deixar rastros de gelo por baixo das patas de Sitron, que resfolegou incomodado. Aquela respiração pesada daquele homem a enlouquecia. Queria congelar o nariz dele, a boca dele, a garganta e os pulmões, quem sabe assim pararia de proporcionar aquela sensação que tanto a confundia. Ele estava fazendo de propósito, pois vez ou outra o som do respirar se agitava revelando um riso silencioso. A rainha tentou ao máximo não encostar-se ao rapaz, apenas o necessário, o que a princípio o divertiu. Aquela dureza, o nervosismo explícito dela... Elsa estava saindo de sua neutralidade, o que era raro, provavelmente porque nunca ficaram tanto tempo a sós e muito menos...

Tão próximos.

Era demais para ela, pensou. Contato demais, informação demais. Hans pensou em manter aquele silêncio, até que as palavras de Pabbie lhe trouxeram a situação à tona. É uma emergência! O tempo é tão inimigo dessa mulher quanto o medo, agora. Bom, isso tudo a assustou, é possível que ela precise de você muito em breve. Tive de aterrorizá-la, não suavizei a situação para que ela se dê conta do quanto é necessário que ela ceda. O que Pabbie quis, exatamente, dizer com isso? Estaria ela precisando dele agora? O que se passa dentro desse livro fechado?

– Majest... – Começou.

– NÃO fale comigo. – Cortou-o entre dentes.

Certo, sem colaboração não iriam a lugar algum. O príncipe respirou fundo, reunindo uma paciência que não tinha. Aquilo não só feria, mas estraçalhava seu orgulho. Falaria com ela, estava decidido, tentou novamente:

Elsa! – Talvez a informalidade somada à dureza em seu tom de voz a despertasse para o fato de que deveriam ter uma conversa séria. – Nós vamos conversar, precisamos. Eu entendo que deva querer um tempo para si, mas preciso saber o que acha disso tudo. Preciso saber o que faremos. – Falou rapidamente e em bom som, deixando-a sem escapatória para fingir não estar ouvindo. Inclinou-se em sua direção, mas sentiu-a se afastar em resposta.

Oh, esse tom autoritário, esse homem falando próximo à sua nuca exposta, expirando, dando-lhe ordens. Estava brotando no interior de Elsa uma vontade desesperada de que ele continuasse, e essa parte doentia de sua mente a atarracava. Não dava para compreender porque algo que deveria fazê-la sentir ódio deixava-a dependente, afinal, não gostava que a importunassem quando quisesse ficar só com seus pensamentos. Ele a estava perturbando. E provocando. Então, sem deixar que o rapaz olhasse seu rosto moldando-se em tensão pelo que estava sentindo, encolheu-se e nada disse.

A rainha pôde ter alguns segundos de paz, tempo em que a paciência invisível do príncipe converteu-se em raiva. Ser ignorado era a sensação mais odiosa para ele.

– Espere... Está com raiva de mim, alteza? – Sua voz entoou em um rosnado crescente. Elsa estremeceu quando suas mãos se movimentaram bruscamente fazendo as rédeas ricochetearem no cavalo, aumentando a velocidade.

Nenhuma resposta. Hans bufou, e sem aviso, açoitou novamente fazendo o equino disparar em velocidade absurda. Desprevenida, Elsa perdeu o equilíbrio e suas costas encontraram o homem. Em um ato de exclamação, tratou de segurar-se em Sitron, puxando-se para longe novamente.

– Não... Está com medo de mim, estou certo? Depois de tudo o que acabou de acontecer vossa majestade está com medo. Não de perder a vida, não de definhar sem sentimentos, tomada pelo seu... Gelo. Não! Está. Com medo. De um homem! – Ele já não falava, longe disso, a amargura da ironia do rapaz gritava em seus tímpanos. – Isso, porque não importa se eu subi até a janela de seu quarto e a trouxe para que a examinassem, não é mesmo?

Elsa sentiu sua respiração acelerar, aquilo estava voltando pra ela de novo. Sentiu o gelo agitar-se, e o seu velho companheiro, o medo, já se encontrava ali, entre os dois. Enquanto Hans aumentava a velocidade e gritava ora seu nome, ora pedidos impacientes de que ela falasse alguma coisa, Elsa se sentiu pressionada cada vez mais. As mãos trêmulas procuraram institivamente os ouvidos e os olhos se apertaram. Sua fina silhueta contorceu-se, ela estava lutando. Os indícios de neve deram lugar a afiadas lascas, o que, inicialmente não chamou a atenção de Hans, até Sitron se sentir incomodado e começar a guinar e a galopar desordenadamente.

– Pare... – suplicou com certo esforço, e por conta deste último, sua voz soou grosseira.

– PARAR? Eu não vou parar até que me dirija à palavra para dizer mais do que duas sílabas miseráveis! – Respondeu o rapaz parecendo ofendido, com os olhos cerrados, olhando fixamente para frente, sem notar o caos ao seu redor. – Eu estou farto de todos me julgando pelo que fui. Sim, eu tive planos, altamente destrutivos, se concretizados. Mas não se concretizaram! Vossa majestade ainda tem a sua irmã, e seu reino, e sua soberania. Já não é o suficiente saber que eu não tenho nada? Que eu nunca tive? Você é uma completa sadista! Todos neste reino são! Quem é o obcecado por ter sempre mais? Sou eu alteza? Ou seria você? Decerto que para a senhorita ainda sou um perigo, ainda mereço castigo! E sou tão desprezível, que lhe desperto nojo, que mal podemos conversar civilizadamente! Acertei? Diga-me. DIGA-ME!

Esta havia sido a segunda vez que o Príncipe Hans das Ilhas do Sul foi dispensado por uma mulher. Pois ao que ele mesmo havia concluído, ela não pretendia vê-lo, nem falar com ele, e claramente não seguiria o conselho do Troll. Ele a beijou. Ele a aqueceu quando ela precisou. Não haveria outro, porque ele foi indicado pelos especialistas para preencher as experiências dela. Por mais infantil que soasse tal pensamento, era isso que ele acreditava ser o sentido que as coisas deviam tomar. Elsa estaria se condenando caso o negasse, e ele a achou egoísta por isso. Um homem cego em exaltação, e uma aparente indefesa rainha, contorcendo-se pela luta violenta em seu interior. Ele, o gelo e ela. Dois contra uma não é justo.

– BASTA! – Bradou a rainha de forma tão dolorosa que o rapaz sentiu instantaneamente o peso da angustia em seu peito. – Já chega... – Foram suas últimas palavras. Um sussurro que lhe perpassou tanto cansaço que, ao cair em si, Hans teve certeza de que ela estava se rendendo ao gelo novamente.

O homem olhou em volta e se deu conta do que estava provocando, o vulto escuro da floresta voando ao lado de ambos foi substituído por um branco, era uma nevasca que os cercava. Olhou para Elsa, ela estava como antes, porém seus dedos estavam cravados em seus cabelos loiros, e suas mãos se fechavam cada vez mais em torno dos mesmos, puxando seus fios. O remorso tombou-lhe a cabeça diante daquela visão. Francamente, como ele pôde? Passou tanto tempo convencendo-se de que não era mais o moleque de antes, que era um novo homem, equilibrado, mas ali estava sua essência negra novamente, agravando o medo daquele anjo. Com um movimento das mãos, o rapaz fez o cavalo parar, arrancando um guincho de reprovação do mesmo.

Shhh, tudo bem, tudo bem. – Disse envolvendo-a por trás, tentando refrear a tremedeira forte da mulher. – Minha rainha? – Chamou enquanto a virava para si. – Ei! – Ela parecia uma estátua com a face rígida e imóvel.

Pequenos cristais de gelo, devido ao turbilhão da tempestade, batiam contra seu rosto e começavam a machucar. Enquanto perguntava-se onde estava com a cabeça por tê-la feito chegar a esse ponto, ele a carregou e saltou do equino. Tentou colocá-la de pé no chão, mas os joelhos da moça não se firmavam. Hans a segurou pelos antebraços, encostando-a contra a árvore mais próxima, encaixou sua perna direita entre as pernas dela e em seguida prensou-a contra o local para que não caísse. Tirou calmamente as mãos da jovem que ainda jaziam entranhadas nos fios loiros, e encostou ambas as frontes, para evitar que a cabeça dela não pendesse para frente. Hans nunca havia cuidado de alguém daquele jeito, ninguém nunca havia tido necessidade dele. E de bom grado ele queria poder estar sempre ali para ampará-la, e jamais seria o responsável por fazê-la entrar em colapso outra vez. A solução crepitava em seu coração, e sentir aquela respiração, embora fraca, completamente atrativa, lhe despertava a urgência em acabar logo com a mínima distância que os separava.

– Elsa! Rainha Elsa! – O homem sabia que ela, no fundo, o estava ouvindo, só não tinha condições de responder – Eu farei novamente.

Elsa sabia das pretensões do rapaz assim que o sentiu carregá-la para descer do alazão. A pressão da perna rígida de Hans entre suas coxas fez com que seu coração acelerasse por outro motivo e sua respiração ofegasse por outra razão. Quando ele a prensou, quando sentiu seu hálito quente perto demais, um ardor agradável percorreu suas veias com intensidade, o calor que começava a sentir dava-lhe a entender que a tempestade em volta estava se acalmando. Rezou para que Hans não percebesse nenhuma mudança na situação dela e de sua nevasca. Continuaria do jeito que estava: rígida, para que ele pensasse que não estava conseguindo nada e a deixasse só. Ora, mas ele tinha uma agressividade dentro de si, que embora quisesse esconder para limpar sua imagem deformada, acabava se manifestando. E seria com tal agressividade que a tomaria para ele de novo, e ela sabia que iria gostar, porque algo nela, uma certa ânsia, apenas foi suprida quando ela o sentiu.

Sentiu a leve pressão da testa áspera do rapaz na sua, fazendo com que sua cabeça inclinasse para cima, e sua boca se chocasse contra a dele. E o gosto um do outro, os preencheu novamente. Hans entrelaçou seus dedos nos dela, levantando seus braços lentamente e Elsa sentiu sua mão ser comprimida contra a madeira da árvore, acima de sua cabeça, oferecendo a seus corpos um contato mais intenso, assim como inédito para a até então intocável.

– Quero que me sinta, quero que reaja. – Sussurrou contra os lábios da rainha, e seus lábios apenas pararam contra os dela, sem movimentos, sem saliva. Não seria uma necessidade, ele estava determinado a fazê-la querer. Seus dedos se desprenderam das mãos dela, e deslizaram sobre toda a extensão de seus braços ainda estendidos. Elsa contorceu-se saboreando as cócegas e trincou os dentes reprimindo um gemido quando as mãos de Hans caminharam pela lateral de seus seios até a envolverem pela cintura.

A rainha sentiu a próxima investida, ele a acariciava nas costas, o tecido fino de suas vestes de repouso a massageavam junto com os indicadores e anelares dele. Àquela altura, não havia mais nevasca, apenas alguns fractais pendiam acima dos dois. Ela o sentiu sugar seu lábio inferior, dessa vez com mais intensidade do que a primeira vez em que a beijou.

– Reaja – podia senti-lo sorrir contra sua boca, ele sabia que estava vencendo.

Apertou-a mais do que o impossível, e rasgou os limites de resistência da mulher quando seu joelho afundou mais forte na carne da coxa.

– Reaja – Ele pediu uma última vez antes de sentir os braços de Elsa finalmente o enlaçarem pela nuca. Os lábios dela finalmente se moveram e ela suspirava sem parar, como se cada suspiro tivesse sido acumulado nesse meio tempo. As bocas se sugavam com urgência, como se estivessem querendo extrair o néctar um do outro. A fim de explorar o que mais a deliciava, ele trabalhou novamente entre as pernas, deslizando circular e fortemente a patela contra a região abaixo do material de cetim, levando-a a desviar seus lábios dos dele para choramingar em êxtase. Sem esperar que ela se calasse, ele procurou seus lábios novamente com desespero. Uma nova tempestade fundiu-se ali, entre línguas, dentes e pernas que se esfregavam. Demorou um curto tempo até Hans sentir a dor lancinante de seus cabelos sendo puxados, instigando-o a incendiá-la mais. Ambos já ofegavam e sentiam a coação de seus peitos uns contra os outros, mas a rainha, por falta de experiência, se rendeu primeiro e buscou o ar. Hans a assistiu virar o rosto para o lado, inspirando profundamente e inclinando sua cabeça para baixo, deixando o torpor daquele momento esvair-se, até se dar conta do que acabara de acontecer.

O ardor entre as coxas, os lábios dormentes, o tecido amassado, Elsa olhou por cima do ombro do rapaz, apenas o negro da floresta. A consciência caiu dos céus com um baque direto em sua mente: Hans era necessário, droga. Quando sua respiração finalmente normalizou, ela se virou para ele lentamente, e tomada por um choque de realidade, o empurrou de leve para que se desgrudassem.

– Estou cansada, leve-me de volta. – Ordenou friamente.

A tempestade havia passado, restou apenas uma cobertura de algo semelhante a orvalho. Poderia até ser, já que os primeiros raios de sol estavam perto de surgir, mas não, era apenas o gelo derretido de Elsa. Era muita coisa para absorver, ele queria pedir desculpas por tê-la feito se descontrolar, queria ter dito que gostou e que queria mais daquilo, mas sabia que a rainha precisava de um tempo. E dessa vez manteria esse respeito ao espaço dela, não a sufocaria de novo.

Montaram a galope. Elsa mantinha seus olhos fixados em um ponto desconhecido, processando tudo o que viveu desde que aquele homem cruzou seu caminho. Chegaram ao castelo, e a jovem sentiu alívio por ainda não ter nenhum aldeão acordado. Já no jardim, ela agilmente construiu uma escadinha de gelo até a janela de seu quarto e sem perder tempo, começou a subir, na tentativa de que Hans não tivesse tempo de falar. No entanto, ainda nos primeiros degraus, ouviu aquela voz rouca que fazia seus pelos eriçarem, fechou os olhos esperando o que fosse.

– Desculpe-me se... – Ele tentou falar alguma coisa do que vinha treinando durante todo o trajeto da volta, mas desistiu.

– Tudo bem – Ela interrompeu os pensamentos de Hans enquanto ele ainda escolhia palavras – Você só fez o que deveria ser feito, não precisamos mais remoer este assunto. – Disse voltando a subir.

Hans achou melhor não prolongar aquela conversa. Virou-se e deu a volta para entrar no castelo na ala dos hóspedes onde estava seus aposentos. Ela era difícil, além de ser quase impossível de se alcançar, era linda além do normal, e precisava dele embora não admitisse, precisava porque no fundo o queria, e porque ele era a única saída para que seus poderes voltassem a serem ‘domesticados’. Por esses e outros motivos que Hans decidiu que não iria deixá-la escapar, havia encontrado o ponto fraco da rainha, que coincidentemente era o que a faria melhorar. Mas ainda sim, seria difícil convencê-la, pois por ser uma fraqueza, Elsa faria de tudo para resistir. Mas tudo era questão de tempo, o príncipe estava disposto a vencer qualquer desafio que a jovem impusesse entre os dois, desde que ela fosse o prêmio no fim das contas. Iria vencer sim, Hans sorriu consigo mesmo. Iria vencê-la pelo cansaço, era essa sua arma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Start!

Ah, provavelmente a rotina na faculdade já vai começar a apertar, então estou me programando pra postar somente nos fins de semana. É claro, eu conseguindo postar mais do que uma vez na semana, eu farei, mas por enquanto, deixo aqui o aviso :)