Give In To Me escrita por DanyellaRomanoff


Capítulo 3
Familiar Voice.


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo está pequeno, mas tem uma pequena surpresa. Let's devour ;)



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Por favor, digam à Anna que irei me retirar. – Foi a última coisa que disse antes de fazer um último esforço para se levantar, e em seguida cair no chão gelado, desacordada.

Elsa! Elsa! – Era Anna, pediu para que não contassem à Anna. Sentiu mãos a tomarem pelos ombros, seu corpo ser levemente chacoalhado. – O que está acontecendo ?

Tentou abrir os olhos, não conseguiu fazê-lo por completo mas o suficiente para olhar Anna enlouquecida sobre ela, e uma multidão em volta.

Hm, Anna ... Eu não sei – emitiu cremosamente, ainda tomada pela fraqueza repentina.

Todos deviam ir embora, não a deviam olhar nesse estado. Era um escândalo. As palavras do Duque de Weselton, ele a chamando de feiticeira, isso sempre martelava em sua cabeça em momentos assim. Logo muitos outros se juntariam a ele para julgá-la, tudo porque ela não teve a capacidade de se controlar.

– Por favor – Pediu, mas não conseguiu continuar, sua cabeça já atordoada girava em náuseas, seu pensamento apenas gritava na esperança de que Anna a ouvisse: Me leve daqui, não posso ficar aqui.

– Não fale nada, você está muito fraca! – Guinchou Anna na tentativa frustrada de esconder seu desespero.

Mas ela precisava falar, não queria e nem podia ficar ali. A rainha ofegava, ter medo era proibido, jurou que jamais sentiria isso desde a reviravolta com sua irmã anos atrás. Grande hipocrisia, pensar que todas as suas complicações sentimentais sumiriam de uma hora para outra. Ela simplesmente não conseguia, aquele sentimento a perseguia, ela era movida a medo, e isso não iria ajudá-la. Por um tempo chegou a passar, mas depois foi renascendo gradualmente até que a tomasse por completo fazendo seus poderes se manifestarem violentamente. Naquele momento, talvez fosse o medo de ter medo, ou o medo que já estava sentindo, junto ao estresse e a situação em que se encontrava, e mais um milhão de coisas que Elsa poderia citar como motivos, que seu coração começou a acelerar novamente. O tremor interno retornara, porém, não pôde esconder de sua irmã mais nova que estava tão grudada à ela naquele momento, podia sentir o olhar estupefato da ruiva, os céus sabem como ela não queria assustá-la com tudo isso. O poder de Elsa podia fazer dela um anjo, mas quando nada lhe restava senão o medo, ele se transformava em um animal arisco, que se sentia ameaçado e por conta disso, avançava em defesa. Mas ela não queria que isso acontecesse. A gota d’água foi quando a mulher se viu sem força alguma para reprimir aquilo como fizera antes. Aquilo a deixou sem saída e pressionada, começou a mudar o clima involuntariamente, e as pessoas comentando sobre o frio repentino, impressionadas, deixou a jovem mais alterada. A rainha apertou os olhos, Anna tentou abraça-la, acaricia-la e dizer para ela ter calma, na tentativa de fazer isso parar, mas não funcionou. Barulhos vindos do fiorde ecoaram por todo o lugar, ele estava congelando. Temor, era tudo o que aquele corpo esguio e extraordinariamente gelado respirava. Elsa estava gelada, mais do que nunca, e temia que não pudesse voltar a ficar boa e que não pudesse concertar o que havia feito.

Foi quando já estava se condenando, que de repente ouviu uma voz contrastante com as demais, ela não entendia porque aquele timbre se destacou para ela, e por mais inegável que fosse, se recusaria a admitir que era conhecido. Não entendia o que o dono da voz falava, e tampouco conseguia visualizá-lo em meio à visão embaçada. Ouviu Anna responder, a voz da irmã mais nova soava raivosa. E por mais que Anna gritasse e apertasse Elsa em seus braços, o vulto se aproximou dela, Anna a apertou mais e gritou, a mulher presumiu que estava dizendo para se afastar. Sentiu um som oco, parecia ter sido um soco.

– NÃO SE APROXIME DELA ! – Berrou a princesa, mas Elsa apenas ouvia palavras desconexas no fundo de sua cabeça.

O dono da voz e do vulto nada disse. A rainha sentiu-se ser arrancada dos braços de sua irmã. Seu rosto chocou-se levemente à uma superfície rígida, demorou pra processar que era um abdômen masculino. Braços quentes a envolveram. Anna gritava palavras de baixo calão, mas a mulher já não ouvia nada. Só não entendia por que não conseguia deixar de sentir. Então, quando já estava completamente confusa com tudo o que estava acontecendo, a rainha sentiu lábios molhados tocarem os seus. Se sentiu completamente diferente, além de surpresa, seu rosto corou. Conhecia aqueles lábios, mais do que à voz, mas continuaria negando a si mesma disso. E para tirar sua dúvida, a mão do desconhecido se entrelaçou na sua e o reconhecimento veio à força, como um tapa. Por mais que desejasse o contrário com todos os seus resquícios de força, era Hans.

Tentou afastá-lo, mas suas mãos não a obedeciam. Não sabia se era por conta da fraqueza eminente ou porque, mesmo tentando agir com indiferença, aquela sensação a atraía de uma forma absurda. Sentiu seu lábio inferior ser sugado lentamente. E quando ele se afastou ela tentou não protestar. Não tentaria abrir os olhos, já estava demasiadamente acanhada. Sua vergonha ultrapassou os limites ao sentir seu corpo inteiro eriçar em resposta ao carinho da respiração dos lábios dele próximos ao seu ouvido.

– Sentir, Elsa. Você tem que sentir. – Sussurrou o príncipe, e ela pôde entendê-lo com precisão.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que estão comentando, favoritando e acompanhando. E novamente venho fazer um contato com o além: fantasmas, manifestem-se! xD Autores têm gerenciador de histórias, e me entristece ver que tem mais gente lendo do que comentando. Vai me alegrar muito, e me incentivar mais ainda ver gente nova s2