Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Rápido né?! Kkkkkkk presentinho por ter demorado muito com o capítulo anterior... Brigadaaaa por todo o carinho!



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STSV - Capítulo 22:

Vendo sua namorada dormindo profundamente no banco do carona, Fabinho se sentiu culpado. Talvez se não tivesse desaparecido na festa, nada disso estaria acontecendo. Mas, como ficar ali, vendo a mulher de sua vida dançando com outro cara? Deveria tê-la impedido, entretanto, sabia que se tivesse feito isso, ela jogaria em sua cara que o namoro deles era fake, como diversas vezes estava fazendo.

Com o trânsito parado em um engarrafamento, lembranças daquela noite lhe vieram à mente. Especificamente, o momento em que Giane aceitara dançar com Kléber. Estava tão absorto em seus pensamentos que era como se estivesse sentindo aquela mesma raiva que sentiu no instante em que viu o rapaz enlaçando a cintura de SUA maloqueira. Sim. Porque Giane era dele e de mais ninguém. Era a SUA maloqueira. A SUA garota.

Então, antes de cometer alguma besteira, resolveu sair para o jardim. A lua estava cheia e muito branca naquela noite. Ela sempre foi a grande testemunha do seu amor por Giane. Ali, sozinho no meio do jardim, com as mãos enfiadas nos bolsos, Fabinho se recordou das inúmeras vezes que chorou ao pé da janela do quarto dele, com saudade de sua namorada. Uma lágrima escorreu em seu rosto, e ele teve que limpá-la rapidamente porque alguém se aproximou por trás dele, chamando-o para um conversa. Era o dono de uma das maiores redes de perfumarias da cidade. Fabinho queria ir embora. Queria arrancar Giane das garras daquele "imbecil", mas, aquela pessoa alugou seu ouvido por algumas horas, contratando-o para organizar um comercial de perfumes. Infelizmente ou felizmente aquele era o seu trabalho. Seu ciúme teria que esperar...

Acordou de seus devaneios quando o trânsito voltou a andar. Olhou mais uma vez para Giane, e percebeu que ela continuava na mesma posição, os olhos cerrados, e a respiração profunda. Sorriu apaixonado, e passou a marcha, acelerando o carro.

Em um dos sinais fechados, ligou para Seu Silvério avisando que Giane dormiria em sua casa. Isso era o certo a fazer. Jamais levaria Giane naquele estado pra casa. Tudo que menos precisava naquele momento era um sogro que não confiasse mais nele.

Alguns minutinhos depois, Fabinho estacionou o carro na garagem de seu Prédio. Desceu e foi até o banco do carona. Abriu a porta, e colocou Giane em seus braços. Trancou o carro com alarme, e entrou no elevador. Durante a subida, Giane deu um leve gemido, se aconchegando ainda mais em seus braços. Fabinho sorriu, olhando pra ela, fascinado.

Em silêncio, Fabinho entrou em seu quarto, e colocou Giane, com cuidado, em sua cama. Sentou na beiradinha e retirou seus sapatos, depois puxou o cobertor para cobrí-la. Pronto. Missão cumprida. Agora era sua vez. Retirou a jaqueta, e já ia começar a desabotoar a camisa se não tivesse escutado o seu nome sendo murmurado por Giane.

Chegou perto dela de maneira a escutá-la. Nada. Nenhum som. Sentou ao seu lado e lhe fez um carinho de leve no rosto, depois, inclinou a cabeça e beijou-lhe, delicadamente os lábios.

– Huuum, Fabinho... - murmurou Giane em meio ao beijo.

E antes que Fabinho pudesse se dar conta do que acontecia, Giane segurou sua nuca, puxando-o para si, e aprofundando o beijo.

Ciente de que Giane poderia ainda estar sob efeito do álcool, Fabinho parou de beijá-la, e foi afastando os lábios dos dela, seus olhares fixos um no outro. Ambos expressando o mesmo desejo que haviam partilhado em sua primeira noite de amor.

– Maloqueira, faz isso comigo não, que eu não sou de ferro. - sussurrou Fabinho.

Mas, como se não tivesse dado a mínima importância para o que Fabinho acabara de dizer, Giane levou seus dedos até os botões da camisa de Fabinho, e com destreza, começou a desabotoá-los.

O coração de Fabinho acelerou. Ainda mais, quando sentiu as mãos de Giane deslizando em seu peito, e retirando sua camisa. Depois disso, ela segurou de novo a sua nuca, e levou seus lábios aos dele, mordiscando seu lábio inferior, com sensualidade.

O corpo todo de Fabinho ficou em brazas. A partir dali, ele não conseguia mais raciocinar sobre as consequências daquele ato. E o ponto ápice foi quando Giane encostou seus lábios em sua orelha, e sussurou:

– Te amo, Fraldinha. Muito.

Foi aí que Fabinho se apossou dos lábios dela, quase que violentamente, suas línguas se procurando de maneira frenética dentro de suas bocas.

As mãos de Giane, subindo e descendo pelas costas nuas de Fabinho, com vigor. Enquanto os lábios de Fabinho, desciam por seu pescoço, provocando Giane, de maneira que, ela sorria tomada pela paixão e amor que sentia por aquele homem. O rapaz também não continha a felicidade de tê-la outra vez em seus braços e também sorria em meio aos beijos trocados e dados.

Ela arqueou as costas, em um convite implícito para que ele descesse o zíper de seu vestido. Entendendo o recado, ele baixou primeiramente as alças de seu vestido, sem parar de beijá-la nem por um segundo. Se aquela fosse a única noite que passaria juntos, aproveitaria cada milímetro de seu corpo, e cada milésimo de segundos daquela noite. Desceu o zíper, esticou os braços dela em direção a cabeça, e segurando a barra do vestido, devagar o retirou. Segurou sua cintura, apertando-a com vigor, e beijou seu ventre, roçando seus lábios desde aquele ponto até se deparar com a renda da pequena peça que escondia seus seios.

– Giane, assim você me deixa louco. - sussurrou, e engoliu a seco quando se deu conta de que sua namorada usava a mesma peça íntima que usara em sua primeira noite. Teria sido de propósito ou acaso do destino? Deixaria isso pra depois. Tinha coisa bem mais importante para fazer.

Voltou a beijá-la e a acariciar cada parte de seu corpo. Giane permitia cada investida, e sorria de prazer, sentindo seu corpo, que agora estava nu, se entrelaçando ao dele. Cravou as unhas nas costas dele ao sentir que ele a fazia, finalmente, sua. O suor tomando conta de suas peles, ao mesmo tempo em que a dança do prazer se iniciava, culminando em um grito agudo por parte da garota, que foi sufocado pelo beijo de seu namorado...

Algum tempo depois, quando o ato finalmente cessou, o sono "bateu" em ambos que se abraçaram em posição "conchinha". E Giane ainda fez questão de puxar os braços de Fabinho pra que ele pudesse colar mesmo o seu corpo ao dela. Uma das mãos tinhas os desos entrelaçados aos dele. Por obra do destino, era a mesma que ostentava o anel que ele lhe dera.

Antes de fechar os olhos, se entregando, Fabinho aspirou todo perfume do pescoço de sua namorada, dando várias fungadas. Depois, aproximou seus lábios da orelha dela, e sussurrou:

– Te amo, pivete. - deu um suspiro profundo - Muito.

E dormiu, feliz como havia muito tempo, não se sentia.

***
No dia seguinte, a luz do sol passando pelas frestas da persiana da janela do quarto, despertaram Giane que, com dificuldade, tentava abrir os olhos. Movimentando o corpo, como que se espreguiçando, ela sentiu o calor que emanava do corpo másculo de seu namorado. Sorriu e era como se nunca os dois houvessem se separado... Separado?!?!?! - gritou em pensamento, retirando o braço de Fabinho e se levantando de supetão.

Arregalou os olhos, quando viu Fabinho dormindo profundamente, o cobertor cobrindo-o até a altura da cintura, expondo apenas o seu peito nu. E só aí se deu conta de que também estava sem roupas. Segurou a cabeça, sentindo uma pontada, e apertou os olhos. Então, sua mente clareou, e ela se lembrou de cada detalhe da noite anterior, alguns poucos detalhes esquecidos.

Furiosa, Giane pegou um travesseiro e bateu com ele no namorado, assutando-o. Fabinho levantou rapidamente, piscando o olho rapidamente, sem entender em absoluto, o que estava acontecendo.

– Hey, maloqueira, tá maluca?! - perguntou ele, se desviando de outra travesseirada. - Para pow!

Giane franziu a testa, fulminando-o com o olhar - Eu não devia te dar travesseiradas! Eu devia era te matar por ter se aproveitado de mim!

Fabinho arregalou os olhos - Nossa! Bom dia pra você também! E para de frescura que eu não me aproveitei de você não! VOCÊ foi quem se aproveitou de mim!

– QUÊ?! Eu num escutei isso.

– É, foi isso mesmo. Você me seduziu, me agarrou, praticamente rasgou a minha roupa, e me levou pra cama. Pra depois ficar aí, cheia de gritos, dando uma de virgenzinha que eu sei muito bem que você não é! - Fabinho disse em um tom jocoso.

Giane bufou de raiva - Seu imbecil, idiota, cretino, você não podia... - Parou de falar, quando Fabinho segurou seu rosto entre as mãos e se apoderou de seus lábios, em um beijo de tirar o fôlego, calando-a.

No início, ela se debateu contra ele, tentando se soltar, mas Fabinho era mais forte, e conseguiu, com bastante dificuldade, "domar" a fera, que ficou molinha, molinha em seus braços.

– Huuuum, agora sim. - falou Fabinho, com voz de sono - Bom dia, pivete! - deu um sorriso de derreter até um coração de pedra.

E quando seus olhares se encontraram, Giane, com o coração acelerado, "baixou as armas".

– Bom dia! - percorreu o quarto com o olhar - Cadê meu vestido?!

– Pergunta difícil essa. - respondeu Fabinho, se espreguiçando - Próxima!

– Por que você me trouxe pra cá?!

– Porque a senhora passou um pouco da conta ontem, mas relaxa que eu liguei pra seu pai, e avisei.

Giane se sentiu agradecida por isso. Sorriu, e saiu da cama, segurando o cobertor na altura dos seios, com pudor, arrancando de Fabinho, um olhar de desejo.

– Que foi, heim?! - quis saber Giane.

Ele levantou, e esticando o braço, segurou sua cintura, e num solavanco, puxou-a para si - Sabia que você fica ainda mais tentadora quando tenta se esconder com o cobertor?!

Giane franziu a testa, e colocou as mãos abertas no peito dele, tentando se soltar - Me larga, Fabinho! Num é porque ontem a gente quebrou as regras, que a gente vai reatar. Entenda essa noite como um deslize... Melhor. Como um acidente de percusso. Não vai acontecer de novo.

E quando ela achou que ele ia ficar furioso, um sorriso de lado se formou em seu rosto - Tá bom. Foi um acidente sim. - deu um beijo singelo em seus lábios - Um acidente delicioso. - sorriu e soltou-a como se nada tivesse acontecido, deixando Giante totalmente desconcertada.

De cueca box mesmo, ele abriu a porta do quarto, mas antes de sair, disse: - Sua escova de dente tá no mesmo lugar de sempre. Vou tomar café, se quiser me acompanhar, tô lá na cozinha. - piscou o olho - Tchau! - saiu e fechou a porta atrás de si.

Giane franziu a testa, indignada - Quem esse fraldinha pensa que é, heim?! Droga! Tá se achando, ainda mais agora, que conseguiu o que queria. - Falou para si mesma, o olhar percorrendo todo o quarto - Cadê a porcaria do meu vestido?!

Sem remédio, Giane pegou a camisa de Fabinho e vestiu-a, fechando todos os botões. Foi para o banheiro, e escovou os dentes. Depois saiu do quarto, indo em direção à cozinha.

Ao chegar lá, arregalou os olhos e corou ao se deparar com os olhares curiosos de Plínio, Irene e Malu.

– Bom dia pra vocês - Giane cumprimentou, tentando ser o mais natural possível. Sem sucesso.

Olhou para Fabinho, que tentava a todo custo segurar o riso. Fuzilou-o.

A primeira a responder foi Irene sorrindo de orelha a orelha, sendo seguida por Plínio e Malu.

– Senta aqui, minha querida, e toma café com a gente. - convidou Irene.

Plínio se levantou - Eu vou pegar uma cadeira lá na sala pra você.

– Não, pai. Relaxa, que a maloqueira senta aqui comigo. - todos franziram a testa, sem entender o que ele estava querendo dizer até virem Fabinho puxando sua namorada para seu colo. Se Giane estava constrangida, com aquele gesto, Fabinho conseguiu deixá-la ainda mais.

Querendo quebrar o clima que se formou ali, Malu falou: - Fiquei tão feliz por saber que vocês voltaram.

– É que a gente num consegue fica muito tempo separado, né, amor?! - Fabinho disse, e roçou a barba no braço da namorada, ficando com a cabeça apoiada nele, todo dengoso.

Plínio, que sabia exatamente o que estava acontecendo ali, resolveu deixar Giane mais a vontade - Pode se servir, Giane! - pegou a jarra, passando pra ela - Quer suco?!

– É de quê?! - perguntou Giane.

– Morango com laranja, o preferido do Fabinho. - Respondeu Malu.

– Experimenta, amor. Esse suco é que nem a gente, diferentes por fora, azedinhos por dentro, mas toda vez que mistura, fica uma delícia.

Giane sorriu com ternura, pois, por mais que quisesse matar Fabinho, tinha de admitir que aquela declaração foi linda. Deu um beijo nos lábios de Fabinho, pegando-o totalmente de surpresa. Depois despejou um pouco de suco em um copo e saboreou todo o conteúdo. Era realmente delicioso.

Malu que terminara seu café, levantou da mesa, mas antes de ir embora, se lembrou de algo - Ah, Giane, tenho uma proposta pra você. - Giane a olhou com curiosidade - Os meninos da toca formaram um time de futebol, mas não estão querendo aceitar meninas, então, eu pensei... O que você acha de treinar um time feminino?!

– Eu?! Tá doida Malu?! Eu jogo futebol por hobby, cara. O que eu ia ensinar pra essas meninas?!

– Ih, modesta agora?! - debochou Fabinho - Giane, eu odeio admitir, mas você sabe sim jogar futebol. Essas meninas só têm a ganhar se você aceitar dar essas aulas. E o que você tem a perder?!

Giane ficou pensativa, refletindo. Enquanto, Malu e Fabinho aguardavam ansiosos sua resposta. - Tá booooom! Eu topo, mas não garanto nada. - disse Giane, recebendo um beijo bem estalado na bochecha, de Malu.

– Brigada, brigada, brigada - Agradeceu Malu, entusiasmada - As meninas vão vibrar quando souberem. Agora eu vou correndo pra toca pra contar. Beijo todo mundo! Tchau! - saiu.

– Bom, eu também tenho que ir trabalhar. - Disse Plínio levantando e ajudando sua esposa também a se levantar - Vem comigo, Irene?!

Irene assentiu, se levantou, e deu um beijo na face de Fabinho, e depois na de Giane. - Tchau, meus amores! - despediu-se Irene que amaparada pelo marido, saiu.

– Posso saber por que você não me avisou que seus pais estavam tomando café?! - quis saber, Giane, irritada.

– Ué, eu moro com meus pais. Achei que você soubesse. - disse Fabinho, todo cheio de dengo.

– Tá adorando essa situação, né?!

Fabinho sorriu - Eu tô, mas você também tá.

– Eu?! Larga mão de ser metido! Por que você tem tanta certeza assim?!

– Ah, porque... Os meus pais já saíram faz um tempo, e você ainda não saiu do meu colo.

Giane abriu a boca pra responder a altura, mas a droga, é que ele tinha razão. Fechou a boca, e levantou.

Ele deu uma risada bem gostosa, e também levantou - Termina de tomar café, e veste seu vestido que eu vou te deixar em casa. - Giane o encarou a fim de dizer que não fazia a menor idéia de onde estava seu vestido, mas ele foi mais rápido em responder - Ele tá embaixo do travesseiro.

Giane franziu a testa - Eu não tô acreditando que você sabia o tempo todo aonde estava meu vestido e... Você fez de propósito só pra eu pagar esse mico, né?!

Fabinho sorriu maroto, soltou um beijo, e saiu antes que um pão jogado, com toda força por Giane, o acertasse em cheio.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo não terminou com mistério, maaaaasss... Kkkkkkk O que vcs acharam?!