Monster or not escrita por Sophie Valdez


Capítulo 5
Tinkerbell


Notas iniciais do capítulo

OIIII! Demorei muito?? Sorry, sorry, sorry!!!

Queria dar as boas vindas as novas leitoras! Fique mega feliz! *-*

Bom, espero que gostem, boa leitura!



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Peter não falou mais comigo por um bom tempo, mas eu sabia que ele ia até onde eu estava algumas vezes, eu sentia sua presença. A minha rotina de cativa não mudou muito, tirando o fato que eu chorava de vez em quando com saudade de minha família, saber que provavelmente nunca mais os veria, nem eles nem Bae, fazia meu coração se contrair e lágrimas surgirem nos meus olhos.

_ A segunda estrela a direita... segue reto até o amanhecer... – cantarolo desanimada olhando pro céu. – Para chegar a Neverland... O pior lug...

Porem não termino pois minha gaiola despenca do nada me fazendo gritar de susto, com um baque caio com tudo no chão e minha gaiola, destruída.

Olho ao redor e tudo parece normal, extremamente silencioso, então começo a entrar na floresta, primeiro com calma e cuidado, depois correndo, aflita para arrumar um jeito de sair dali...

_ Queria estar dormindo, mas não, temos que ficar de guarda daquela menina... ela está presa a metros do chão! Porque vigiá-la? – ouço alguém dizer a minha direita e me agacho atrás de uma arvore prendendo a respiração.

_ Por que ele mandou. – outro diz em resposta. – Agora ande logo, e lembre-se, Félix não pode chegar perto dela.

_ Como se nós fossemos páreo para ele. – o primeiro murmura. Eu dou um impulso para sair dali quando alguém tampa minha boca me assustando.

_ Calma, não vou te machucar. – a pessoa diz e me surpreendo por ser a voz de uma mulher. – Eu vou soltar sua boca, mas você tem que fazer silencio.

Eu afirmo com a cabeça e ela me solta. A mulher que eu vejo ao me virar é um pouco mais alta que eu, seus cabelos loiros estão presos em um coque meio desleixado, ela usava uma roupa meio escura que se camuflava na floresta e carregava uma bolsa a tiracolo.

_ Vem... – ela sussurra me puxando para a direita me levando a uma espécie de trilha, logo vi que ela conhecia muito bem tudo ali.

_ Quem é você? – pergunto baixo depois de um tempo caminhando em silencio.

_ Meu nome é Tinkerbell, mas pode me chamar de Tink. – ela diz sem se virar, damos a volta em uma grande pedra e então vejo o nosso destino. No topo de um alto salgueiro havia uma casa de madeira, como a de Peter. Tink foi até a escada e começou a subir e me pedindo para fazer o mesmo.

A casa não tinha muito. Uma cama em um canto, uma mesa, alguns utensílios e um espelho meio quebrado.

_ Essa é sua casa? – pergunta bobamente.

_ É um lugar que eu venho para dormir. – ela responde pegando uma cumbuca, enchendo de água e me entregando. – Tome, deve estar com sede.

_ Obrigada. – eu digo bebendo a água. – Então... meu nome é...

_ Wendy Darling. – ela completa me cortando. – Sei quem você é, já ouvi muito a seu respeito.

_ Quem falou de mim a você? – pergunto curiosa.

_ Ah, muitos meninos... – ela responde meio desconcertada. – Não é todo dia que uma menina vem aqui a Neverland.

_ Ora, mas você está aqui! – digo sorrindo e ela balança a cabeça.

_ Eu quis dizer uma humana.

_ Você não é humana? – pergunto surpresa arregalando os olhos. – Então é o que?

_ Eu já fui uma fada. – ela responde abaixando os olhos. – Agora não sou nada.

_ Uma fada! Que legal! – exclamo fazendo ela levantar os olhos. – Mas pensei que fadas fossem menores...

_ Nós... encolhemos... as vezes. – ela diz relaxando um pouco. – É melhor para voar.

_ Você sabe voar? – pergunto e logo me arrependo pela cara dela.

_ Não mais. Perdi minha asas não vê? – ela responde virando de costas.

_ Mas não precisa de asas! Eu voei ... com um pó, pó de fada. – digo me lembrando do meu encontro com Peter.

_ Ele não funciona comigo. – Tink diz baixinho. – Mas enfim, como fugiu? Pensei que tinham prendido você.

_ E prenderam, mas eu acho que a corda que prendia uma jaula cedeu porque eu cai com tudo, me vi livre e sai correndo. – explico me sentando na beira da cama.

_ Mas que sorte. – ela comenta se sentando ao meu lado.

_ A quando tempo está aqui em Neverland? – pergunto mudando de assunto, até porque eu estava muito curiosa sobre ela.

_ Não sei ao certo, mas é um bom tempo. – Tink responde com um sorriso triste.

_ Me desculpe, não sei o porque você veio para cá, mas escolheu muito mau... Aqui é horrível! – digo cansada.

_ Neverland não é horrível. – ela diz olhando ao redor. – São as pessoas que fazem o lugar, e Peter que fez a ilha ser tão assustadora... Mas Neverland em si é um lugar especial, onde toda a sua imaginação se torna real, se você acreditar é claro!

_ Sério? Então se eu acreditar que eu posso sair daqui, eu consigo? – digo cética.

_ Acho que isso não, mas é sempre bom ter esperança. – Tink diz meio aérea.

_ Bom, então... – murmuro fechando os olhos rindo do que eu ia fazer, sinto meu estomago roncar e penso em um pedaço de torta de framboesa. – Eu acredito. Eu acredito, eu acredito...

Sinto algo frio tocar minha mão fazendo uma leve pressão sobre ela, abro os olhos meio hesitante e prendo o ar. Ali na minha mão está um lindo pedaço de torta, com a massa corada e um recheio vermelho vibrante.

_ C-Como é que... – gaguejo olhando assustada para a torta.

_ Você acreditou. – Tink diz meio indiferente, mas ainda sim um pouco impressionada.

_ Então qualquer um na ilha consegue fazer isso? – pergunto observando mais atentamente o doce e sentindo seu aroma delicioso e fresco.

_ Não... – Tink responde em um suspiro. – Infelizmente, o ato de acreditar em algo não é tão simples...

_ Porque eu consegui afinal? – indago mordendo a ponta do pedaço e sentindo seu gosto doce na minha boca me fazendo soltar um sorriso.

_ Porque ao que aparece você é um tipo raro de pessoa, que tem um coração crente. – ela diz com um sorriso torto. – Um coração puro, que pode acreditar em tudo. E nessa ilha, isso é muito poderoso.

_ Se eu posso conseguir tudo que imagino, talvez eu consiga derrotar Peter! – digo animada. – Eu o prendo e o obrigo a me levar de volta para casa.

_ Não conte ao Peter sobre isso Wendy, sobre nada entendeu? – Tink diz séria me deixando confusa.

_ P-Porque?

_ Isso, como eu disse, é muito poderoso. Um coração crente é uma coisa que Peter iria gostar muito de ter para si. – ela explica esfregando as mãos nervosa.

_ E o que ele vai fazer? Arrancar meu coração? – digo irônica.

_ Exatamente. – ela afirma que fazendo engolir em seco. Peter conseguiria arrancar meu coração? Isso é horrível!

_ VocÊ... você já viu por aqui... já conheceu... um menino chamado Bae? – pergunto depois de um momento de silencio.

_ Sim. – Tink responde sorrindo novamente, mas como todos seus outros sorrisos este também tinha um ar triste. – Ele me falou muito de você.

_ Me conte mais, sabe o que aconteceu com ele? – pergunto meio afobada.

_ Eu me esbarrei com ele em uma noite a um bom tempo, ele estava tentando sair daqui, tinha achado uma maneira... uma espécie de mapa, mas não sei muito porque logo ele se escondeu na caverna...

_ Caverna? – digo curiosa.

_ Sim, ele morava em uma não muito longe daqui. – A fada responde desanimada.

_ Pode me levar lá? Depois... amanhã talvez? – digo animada.

_ Posso te dizer como ir até lá, mas amanhã tenho outras coisas a fazer. – ela responde. – Não vai comer sua torta?

_ Sim. – digo suspirando, me levanto, pego um galho seco no chão e fecho os outros me concentrando e logo vejo um garfo brilhante na minha mão.

_ Impresionante. – Tink diz arrumando a cama.

_ Tome. – digo cortando o doce ao meio e lhe oferecendo uma metade.

_ Não, pode comer. Você deve estar com fome e eu não tenho muita comida para lhe oferecei. – ela diz sorrindo e eu me aproximo colocando o pedaço na sua mão.

_ De que adianta ter um pedaço da melhor torta de Neverland, se não posso dividir? – digo sorrindo e pela primeira vez vejo alegria no rosto da ex-fada.

_ Você é tão gentil e generosa quanto Bae me disse. – ela fala mordendo a torta.

_ Ele que é muito gentil, e corajoso.... veio para cá só para salvar meus irmãos... John e Michael... – digo abaixando o rosto ao lembrar dos meus irmãos.

_ Mas foi uma grande aventura a dele não? – Tink diz tentando me animar. – Ele conhecer piratas por exemplo, não que Hook seja uma pessoa boa para se conhecer, mas é, digamos, interessante...

_ Hook? É um pirata? Bae conheceu piratas? – pergunto curiosa terminando minha torta que é realmente muito boa.

_ Sim, Hook tem um navio que navega perto da ilha. – Tink diz também terminando sua torta. – Bae me contou que se livrou da Sombra enquanto sobrevoavam a água e ele foi resgatado pela tribulação de Kill... Hook.

_ Então eles são bons piratas? – indago e ela solta uma risada seca.

_ Piratas nunca são “bons”. – ela responde. – Hook acabou entregando Bae a Peter... Parece que o pirata tinha uma rixa com o pai dele.

_ Que horror... – murmuro pensando o quão pouco eu sabia sobre o passado de Bae. – O pai dele está morto.

_ Você sabe quem é o pai dele? – a fada pergunta um tanto séria.

_ Não, quem? – indago curiosa.

_ Rumpelstiltskin. – Tink diz tremendo um pouco e eu murmuro um “nunca ouvi falar”. – É melhor não saber, ele não é uma pessoa muito boa.

_ Espero que Bae esteja bem. – murmuro bochechando. – Eu realmente gosto muito dele.

_ Vocês vão se ver ainda, um dia.

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POV Peter

Andar em silencio pela floresta era uma das minhas qualidades, me agachei atrás de um arbusto e observei a gaiola que balançava no ar. Não me sentia bem em prender Wendy ali, ela era delicada, não combinava com aquilo, e era gentil e doce demais para sofrer tanto.

Porque eu sentia pena dela? Nunca senti isso por ninguém, nunca me importei realmente com ninguém alem de mim mesmo, Porque me incomodar com Wendy?

O beijo, ou melhor, os beijos que tínhamos trocados também não saiam da minha mente, afinal eles tinham sido diferentes, como se o beijo dela me deixasse melhor, mais forte... Seus lábios pareciam uma droga, viciante.

E ainda tinha Féliz, aquele que eu tinha mais confiança e que agora me controlo para não matar. Ele tinha a machucado, ele a tinha tocado, ele queria... se divertir com ela... e isso me dava muita raiva! Mas ele era influente entre os meninos, eu não podia demonstrar franqueza ou algo do tipo com ele, não podia.

_ _ A segunda estrela a direita... segue reto até o amanhecer... – escuto Wendy cantar lá no alto com uma voz rouca e desanimada que me deixa chateado, não dá para deixá-la ali.– Para chegar a Neverland... – puxo minha faca e corto sem pensar a corda que sustenta a gaiola e escuto Wendy gritar e logo o baque no chão, me escondo atrás das arvores e a observo se levantar entre os restos da gaiola com os olhos arregalados.

Fuja Wendy... – penso me xingando mentalmente por pensar nisso, o que eu queria afinal? Me viro e vou o mais rápido possível até a parte leste da ilha, não demoro a encontrar quem eu procurava. Ela estava checando uma armadilha, seus cabelos loiros presos frouxamente, a deixando com um ar desleixado que ela adquiriu na ilha.

_ Lady Bell... – a chamo fazendo-a sobressaltar e se virar para mim.

_ Peter, o que você quer? – ela pergunta ríspida.

_ Quero que conheça e ajude uma pessoa. – digo direto e Tink levanta a sobrancelha curiosa.

_ Quem?

_ Seu nome é Wendy Darling. – digo ansioso. – E quero que a ajude.


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Notas finais do capítulo

E então Oncers? Gostaram?

COMEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEEM

Beijooos