Natsu estava super envergonhado com o que fizera. Em vez de deixar Lucy cair na piscina, pulara em cima dela, agarrando sua cintura, e o pior: caíra em cima da própria! “Droga, droga, droga!”, pensou ele, “O que ela deve estar pensando ao meu respeito depois disso? Por que eu não simplesmente a deixei cair? Era só uma piscina!!!!!”. Ele estava extremamente corado.

Lucy e Natsu abriram o quarto. Erza e Gray já estavam dormindo, Erza na ponta esquerda e Gray na direita. “Ótimo.”, pensa Natsu, “Como se não bastasse o ocorrido. Vou ter que dormir ao lado dela. Daqui a pouco ela vai descobrir sobre ‘aquilo’”. Pois é, Gray e Erza haviam ocupado as pontas das camas e Natsu e Lucy teriam de dormir no meio, ou seja, no encontro entre as duas camas e um do lado do outro.

Assim, ela deitou-se ao lado de Erza e ele ao de Gray {A sequência da direita para a esquerda: Gray, Natsu, Lucy e Erza}

–Sábado, 1:30am, quarto do hotel-

Natsu não conseguia dormir, por mais que tentasse. Estava pensando o que tinha acontecido no jardim. “Aqueles olhos... como são lindos. Ela estava olhando pra mim de uma forma... Peraí, o que eu estou pensando?”, “refletia” Natsu.

– Natsuuuu – sussurrou Happy, que estava deitado em seu tórax – Por que está acordado?

– Eu acordei agora – mentiu – Vamos voltar a dormir – Então o gato se ajeitou novamente de adormeceu.

Após uns três minutos, Natsu sente algo macio se apoiar em seu ombro. Era Lucy. Porém ela estava dormindo. Ele já estava da cor de um pimentão. “Acho bom eu dormir, antes que qualquer outra coisa aconteça...”. E dormiu.

Lucy desperta e olha o relógio: 4h15min. Estava tendo um pesadelo no qual ela estava sendo perseguida. Então percebe: estava deitada no ombro de Natsu. Rapidamente se desencosta. “O que eu estava fazendo?”, se pergunta, confusa. Involuntariamente, a cena do jardim volta a sua mente: Seus rostos estavam a um palmo de distância um do outro...Ele estava corado! Lucy nunca imaginou que veria um dia Natsu corado, ainda mais com tanta intensidade como vira.

Não sabia o que avia seido mais estranho naquela noite: Natsu corado, ele a “salvando” de cair na PISCINA ou a distância dos dois durante aqueles poucos segundos, onde ambos podiam sentir o colar de seus corpos e que fizeram o coração de Lucy disparar momentaneamente. “Mas por quê? Vergonha, talvez?”, pensava ela enquanto se levantava para ir ao banheiro. “Que estranho... Conheço o Natsu faz tempo, mas nunca me senti envergonhada perto dele”

Ela havia perdido o sono, pois seus pensamentos haviam invadindo sua mente como um turbilhão. Saiu do banheiro e foi em direção a janela: o céu estava sem nenhuma nuvem e cheio de estrelas. Seus olhos se desviaram para a rua e encontraram com os de outra pessoa. Um cara, não muito alto, a olhava com seus intensos olhos vermelhos, meio ofuscados perante a luz da rua, mas que ainda davam calafrios só de olhar. O homem lembrava o que lhe perseguia em seu pesadelo. Olhou para as camas e pensou e acordar Natsu, mas depois do que havia acontecido... tentou então acordar Erza, mas antes de prosseguir, olhou novamente pela janela. O homem havia sumido. Lucy passou o resto da madrugada em claro.