–Erza! Gray! – Lucy disse, com um enorme sorriso no rosto. Já passava do meio-dia quando os dois haviam recebido a notícia de sua amiga, que tinha finalmente acordado.

–Ohayoo, Lucy! – Erza cumprimentou-a e, logo após abraçando-a – Ficamos preocupados com você!

–Nunca mais nos assuste desse jeito! – disse Gray num tom mandão e brincalhão ao mesmo tempo, sorrindo para ela.

–Não foi culpa minha! – retrucou Lucy num mesmo tom e retribuindo o sorriso. – A propósito, coloque suas roupas.

–O qu.... Kyaa! – ele gritou e saiu do quarto atrás de suas roupas.

Todos riram.

–Lucy – recomeçou Erza. – Eu falei com seu médico antes de vim pra cá, e ele me disse que, talvez, você receba alta hoje a noite!

–Que bom! – respondeu com um sorriso

–Cadê o Natsu, Lucy? – pergunta Erza percebendo a falta do garoto na sala.

–Acho que ele foi comer alguma coisa com o Happy

–Era de se esperar – Ambas riram

–Segunda-feira, 18:20 hs, Porta do hospital-

–Calma Lucy. Aqui tem uma escada. – falou Natsu, que ajudava Lucy a andar. Ela havia recebido alta e estavam saindo do hospital agora.

–Erza? – pergunta Lucy, quando uma dúvida repentina se forma em sua mente.

–Sim?

–O que aconteceu depois com Kayoo e Kensuke?

–Eu os levei para a prisão e agora ficaram por um bom tempo por lá. Kensuke talvez fique menos, pois, segundo ele, o pai lhe forçou a ajudar. Kayoo, não. Ele pagará por seus crimes quanto tempo for necessário.

–Ah...

–Mudando de assunto, ainda está de pé sua ideia, Erza? – fala Gray

–Que ideia? – perguntam Natsu e Lucy em uníssono.

–Falaram que você tem que descansar, Lucy. Não poderá fazer esforço por uma semana, até que seu machucado cicatrize por completo. Então imaginei que merecíamos um tempinho de férias depois de todo o ocorrido, logo tratei de alugar dois quartos de hotel em frente à praia, com varanda e tudo.

–Erza... Essa é uma ótima ideia!! – disse Lucy empolgada

–Eu tbm achei. – disse Gray

– Convidei a Juvia, a Levi e o Gajeel também, para passar esse tempo conosco. Eles tbm estavam em missões complicadas e mereciam descansar.

–Ei, isso você não tinha me contado! – falou Gray, invocado.

–Decide de última hora. Algum problema? – Erza lança um olhar mortal para ele.

–Na-Não – respondeu com uma gota na cabeça.

–Ótimo.

–Segunda-feira, 20:00 hs, varanda do hotel-

Lucy observava a praia naquela noite. Apoiada na grade da varanda do quarto das meninas, ela via Erza, Gray, Juvia, Levi e Gajeel estavam a jogar vôlei, aparentemente se divertindo muito. “Mesmo depois de tudo isso, meus amigos conseguiram me deixar feliz!” pensa ela, sorrindo.

*Toc Toc Toc*

–Pode entrar – Nesse momento, Natsu passa pela porta. “Eu preciso falar... Não! Não preciso!” ele pensava um tanto nervoso enquanto seguia ao encontro da loira.

–Natsu! – disse ela sorrindo. Ele retribuiu.

–Ohayoo Lucy! Está bem?

–Sim, não sinto muita dor agora. – Natsu chegou ao lado dela e ambos voltaram suas atenções para o jogo dos amigos. Naquele momento, Juvia admirava Gray, Gray ficava vermelho e “incomodado”. Gajeel provocava Levy, Levy ficava irritada. Erza ria da situação.

Natsu apoiou-se na grade da varanda, mas sem querer, sua mão se encontra com a de Lucy. Lucy, como um reflexo natural, tenta retirar sua mão, porém se surpreende com o que acontece em seguida. Natsu não permite que o fizesse. Ele segura sua mão antes que ela pudesse retirá-la.

Lucy olha confusa e, ao mesmo tempo surpresa para Natsu.

–Na-Natsu, o que foi?...

“Falo....ou não...” ele pensa. Ele normalmente era um garoto despachado, mas pra esses assuntos...

–Natsu..?

–Lucy...é...que...é que... eu....bom...eu...

–Você... - Lucy estava estranhando o comportamento dele.

–Bom... faz tempo que eu... quero te falar... bom.... – “É mais difícil do que eu pensei!”

– Natsu, você ‘tá me assustando... - ela disse encarando-o.

–Desde que nos conhecemos, alguma coisa não me permite ficar um minuto sequer afastado de você...sabe, tudo o que passamos junt...quer dizer, todas as missões, os trabalhos me fizeram ficar cada vez mais próximo de você, principalmente essa.... e...bom...eu percebi que...– Natsu se interrompeu e olhou para o chão.

Lucy podia ver seu nervosismo. Ele tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia. O quê será que o deixava tão aflito? Ela colocou sua mão no rosto do Dragon Slayer e o virou para ela, fitando-o.

–Natsu, fique calmo. Não sei o que você quer me falar, mas confie em mim. Agora, o que te aflige?

O garoto pousou sua mão na mão em que estava em seu rosto, tirando-o de lá.

–Lucy, sempre confiei em você e nunca vou deixar de confiar – disse com um sorriso tímido.

–Então me conte.

–Quero sempre estar ao seu lado, com você, pra te proteger, cuidar-te, ajudar-te, deixar-te feliz... – ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou num som quase inaudível - ... porque eu te amo, Lucy.

“Okay! Calma Lucy!” pensou ela. Aquelas palavras, aviam deixado-a sem ação. “Você não pode ter escutado certo. O Natsu... disse que me ama?” Esse pensamento fez seu coração acelerar violentamente.

“Pronto, falei”, pensava, agora Natsu, “’Aquilo’ que eu achava a coisa mais complicada possível de se dizer, foi resumida em três palavras que jorraram da minha boca: eu te amo”. Ele encostou sua testa na da loira, que ainda estava estática. Ele se aproximou cautelosamente seus corpos, passando uma de suas mãos em volta da cintura de Lucy e colocando a outra em seu rosto. Ambos podiam sentir o calor de cada um e as batidas aceleradas de seus corações. Calmamente, Natsu aproximou, agora, seus rostos e selou um beijo na garota. Ela não fez objeção.

Então assim, sob a luz do luar e o barulho calmo das ondas do mar, Natsu e Lucy se beijaram pela primeira vez.