Por Ally

Mas vamos deixar de ser melancólicas, vai tomar banho, nós vamos juntas até a casa do Dez – diz Trish.

Tá bom – digo me levantando da cama.

...

Saio do banheiro já vestida com as roupas que estavam separadas para usar (um short Jens rasgado, uma blusa cigana cor preta com renda, e um coturno).

Você não acha que eu tenho que trocar a blusa porque pode fazer frio – digo.

Ok vá com essa blusa de manga longa aqui – fala Trish.

Ok – falo.

...

Você está linda – diz Trish.

Obrigada – respondo.

Vamos agora – diz Trish.

Saímos de casa há era 18:00 da noite, e chegamos à casa do Austin 18:10 depois de pegar um táxi até lá.

Tocamos a campainha, Dez atende.

Oi amor – diz Dez dando um selinho na Trish.

Oi ruivo – diz Trish.

Ally oi, olá- diz Dez.

Oi – digo.

Vamos entrar meninas – diz Dez.

Quem é? – diz Austin saindo do quarto.

A Trish e a Ally – diz Dez.

Uau, Ally você está muito gata, quer dizer... Bonita – diz Austin.

Obrigada Austin – agradeço.

Vamos Dez, temos que escolher suas roupas – diz Trish.

O quê? Não combinamos assim – diz Dez.

Vamos logo – Trish puxa o Dez para o quarto.

Então, para onde vamos? – pergunta Austin.

Sento-me no sofá.

Aonde quisermos – diz Austin sentando do meu lado.

Sério isso? – pergunto rindo.

Não, infelizmente não, vamos até o aeroporto buscar minha mãe e depois vamos sair – diz Austin.

Okay – respondo.

Vou falar para o Dez que já vamos – diz Austin.

...

Dez? – diz Austin.

O que foi? – pergunta Dez.

Eu e a Ally já vamos – diz Austin.

Tá bom nos falamos depois – diz Dez.

Tchau – diz Trish.

Tchau pombinhos – falo.

Vamos – digo rindo.

...

Táxi – chama Austin.

Ele estaciona e a gente entra e Austin diz o destino.

Aeroporto – diz Austin.

Depois de buscar sua mãe vamos aonde? – pergunto.

Não sei, talvez vamos jantar to com muita fome – diz Austin.

É, eu também – diz Ally.

Como vão as coisas em sua casa? – pergunta Austin.

Na verdade não vai muito bem, minha mãe está sempre arrumando uma desculpa para não me ver e nem conversar comigo e eu não culpo ela, quem gostaria de ser mãe de uma idiota triste? Mas, eu a culpo por tudo que já fez comigo, aliás, estou totalmente ser saber o que fazer na minha vida nesse exato momento, só sei que tudo está indo bem, ou pelo menos tenho que acreditar nisso, e fazer com que as pessoas acreditem que vai ficar tudo bem.

Vão bem – digo.

Ah – diz Austin.

Faz bastante tempo que você não vê sua mãe né? – pergunto.

É, sinto falta dela – diz Austin.

Sei como é – digo não tendo a mínima sabedoria nesse assunto.

Depois disso não conversamos mais nada até chegar ao aeroporto.

Austin parecia bem entusiasmado para reencontrar sua mãe, sentamos e esperamos sua mãe descer por aquelas escadas rolantes e minutos depois lá estavam Mimi, sorrindo e olhando para o Austin.

Oi mãe, que saudades – diz Austin.

Senti sua falta – diz Mimi.

Como foi a viagem? – pergunto.

Ótima! – diz Mimi.

E o seu namorado? – pergunta Austin.

Ficou – diz Mimi.

Ah, mãe essa é a Ally – fala Austin.

Olá Ally – diz Mimi.

Oi Sra.Moon – diz Ally.

Ajudamos Mimi com as malas e fomos de táxi novamente até a casa do Austin.

Filho pode ir se divertir, eu vou arrumar tudo e rever umas compras – diz Mimi quando chegamos a casa.

Ok mãe – diz Austin.

...

Andamos pelas ruas estava ventando, puxo meu moletom um pouco mais.

Está com frio? – pergunto.

Sim- digo.

Eu também, mas não vamos deixar que isso estrague nossa noite – diz Austin.

Sorrio quando penso em: ‘’nossa noite’’ e paro com o sorriso porque penso que é besteira.

Está tudo bem? – pergunta Austin.

Tá sim – respondo.

Eu realmente acredito que ainda podemos ter uma noite boa – diz Austin.

Eu também acredito – falo.

O que eu disse?

Vamos comprar um filme qualquer e assistir – diz Austin.

Meu deus, você bebeu? – pergunto.

Não – diz ele.

Ok, então vamos para o supermercado – digo.

Por quê? – pergunto.

Vamos comprar porcarias para assistir com esse filme qualquer – digo.

Isso – diz Austin.

Entramos no supermercado e fomos para as prateleiras de doces.

Vamos comprar chantilly, brigadeiro, doces, e você vai pegar a pipoca – diz Austin.

Ok – digo.

Pipoca, pipoca – digo procurando entre as prateleiras.

Pego a de manteiga, chega de doce. Vou até o Austin.

Qual sabor? – pergunta Austin.

Manteiga – digo.

Manteiga??? Ally é uma noite demais, e não uma noite normal – fala Austin.

Tááá - digo.

Pego a com cobertura de caramelo.

Pronto, agora sim, vamos – digo.

Ok, me dá, deixa pagar – diz Austin.

Aqui tá o meu dinheiro – digo.

Não moça, eu que vou pagar – diz Austin.

Ok então – falo.

Espero-o em frente o supermercado e vejo-o em meio de todas aquelas sacolas repleta de doces.

Vamos ficar diabéticos – digo.

Vamos ficar felizes – diz Austin.

‘’vamos ficar feliz’’ amanhã minha vida vai voltar à merda que ela é então... Vamos aproveitar.

Faço que sim com a cabeça e seguimos.

Vamos para onde? – pergunta Austin.

Para a minha casa – digo.

E sua mãe? – pergunto.

Não está lá, provavelmente deve ser bêbada em algum lugar – digo.

Hum, então tá né – diz Austin.

...

Entramos em casa e deixamos os doces no sofá.

Você esqueceu o refrigerante- digo.

Não, eu trouxe – diz Austin.

Ótimo – digo.

Vou pegar um filme qualquer – digo.

Ok – digo.

Meu celular vibra.

Oi?(eu)

Olá Ally, como está sendo o seu possível encontro?(Trish)

Trish oi, está indo bem e não é um encontro (eu).

Coloque no viva voz (Trish)

Ok. pronto(eu)

Não é um encontro?(Trish)

Não Trish (Austin)

Aff gente (Trish)

Meu deus Trish (eu)

O que vocês estão fazendo?(Trish)

Andando pelas ruas (Austin)

Risos

Hum que chato (Dez)

Meu deus, quanta gente tá ouvindo a gente?(eu)

Só eu e o Dez (Trish)

Tá, tchau (Austin).

Tchau, bom encontro (Dez).

Não é u. (Austin)

Bipe.

Céus – digo.

Vamos ver o filme – digo.

Qual? – pergunto colocando os doces em uma bacia.

Sei não – diz Austin.

Como assim? – pergunto dando risada.

Não sei o nome – diz Austin.

Ok, vamos assistir a esse filme sem nome – digo.

Eu não me divertia assim faz muito tempo, ele era tão engraçado e legal, além de ser muito bonito, enfim eu só tenho que agradecer a Trish por essa noite.

Vamos dar um brinde – digo.

Pegamos nossas latinhas e brindamos.

Saúde – diz Austin rindo.

Comida – digo.

Ele ri e continuamos a assistir o filme.

...

Depois que acabou o filme, os doces, as bebidas, as minhas forças para levantar do sofá...

Esse filme é ótimo, mesmo eu não sabendo o nome, obrigada pela noite maravilhosa, foi tudo incrível e principalmente você – diz Austin.

Sorrio de lado.

Obrigada Austin – digo.

Ele me dá um abraço demorado (o abraço mais demorado que eu já dei em alguém, isso me fez bem) sempre dizem que você não deve ir dormir sem ter feito alguém feliz ou ter feito aquele dia valer a pena o meu motivo se chamava Austin Mônica Moon.

Até Ally – diz Austin.

Até Austin – digo.

Ele sai e eu desligo a TV, observo que nem fizemos bagunça o que foi uma grande surpresa para mim, minutos depois vou até meu quarto, tomo um banho, coloco meu pijama olho eu celular marcando 00:32 e percebo que demorei no banho o que também era surpresa já que tava frio, talvez eu quisesse acordar e ver se era um sonho bom, mas era real, dou uma última checada no meu celular e vejo que tem três mensagens, aposto que é da Trish, mas vejo que é do Austin:

‘’Obrigada de novo Ally’’

‘’já estou sentindo sua falta’’

‘’boa noite, durma bem senhorita’’.

Respondo:

‘’:), também sinto sua falta, durma bem Austin’’.

Estou gostando dele? Não, deve ser o efeito do sono...

‘’Mas a verdade é que eu estava com medo, eu estava com medo de me entregar a ele, eu estava com medo que eu não fosse o bastante’’.