Variável escrita por Ai


Capítulo 1
Talvez...




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EI, Natsu... Você está feliz?

… Que pergunta boba de minha parte, não? É claro que está! Afinal... Está se casando com a mulher de seus sonhos.

Lucy Heartfilia.

Não posso negar que, entre a alegria e carinho que sinto no momento, há um misto de tristeza e mágoa em meu coração. E principalmente dúvida. Sim, dúvida.

Não posso deixar de pensar que... talvez fosse eu ali, no lugar dela.

Eu sei! É egoísta pensar assim, mas... Se alguns anos atrás houvesse permanecido na Terra, ao invés de ser transportada para Edolas, poderia, dois anos depois, ter saído em missão com você e assim tê-lo impedido de conhecê-la. Ou apenas ter mantido em seu coração o espaço que custei a conquistar.

Que patética sou eu, pensando nisso. Você é meu melhor amigo, uma das pessoas que mais me importam! Não merece sentimentos tão amargos vindos de mim em um dia tão especial. Principalmente quando escolheu-me como madrinha de casamento.

É assombroso como esses pensamentos andaram pairando sobre minha cabeça nos últimos dias, desde que essa data ficou tão próxima.

Se tudo há mais de dez anos houvesse sido diferente, tenho certeza que estaria ali.

Entretanto, não foram.

O destino é bem volúvel em suas escolhas.

Pergunto-me como funciona isso... Destino.

Patético! Ali estão você e Lucy, acenando animados para mim, enquanto estou presa a esse “dilema”. Vamos lá, Lisanna Strauss! Você não é mais criança!

Seguro a pata de Happy, o padrinho que pairava ao meu lado, e caminho até os dois.

— Finalmente casado! — Exclamo ao me aproximar. — Como se sente?

— Como se estivesse usando uma coleira em meu dedo.

Lucy o estapeia, arrancando um riso meu.

— Parabéns, Lucy — digo. — Cuide bem desse garoto.

— Não vai ser fácil — soltou um suspiro —, no entanto prometo tentar meu melhor.

Sorrimos uma para a outra.

— Tenho certeza que conseguirá!

— Obrigada!

Seria incrível se fosse eu ao segurar a mão dele e lançar um olhar carinhoso daqueles em sua direção.

Bem... Nunca saberemos, não é mesmo?

Apenas espero que sejam felizes. E se tiver que entregá-lo para alguém, que seja ela.

Não há nada de talvez. É infantil pensar assim. O seu coração comandou toda essa trajetória, por que deveria me tornar um obstáculo?

Acho que, como o destino, sou um pouco inconstante — posso sentir alegria, tristeza, orgulho e mágoa ao mesmo tempo.

No fundo ainda sou sim uma criança. Só espero que meu coração ache alguém digno, como foi com o seu.

Mesmo que com isso venham todas as variáveis e invariáveis possíveis.

Obstante, desejo que esses pensamentos assombrosos que começam junto às palavras “talvez” e “e se” não atinjam minha mente.

Suspiro profundamente. Um jovem atraente pede-me o direito de uma dança.

É. Acho que vou me sair bem.


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Notas finais do capítulo

Essa ideia me apareceu hoje do nada, quando vi a imagem da capa.
Estou meio receosa a respeito do que acharam pois não tenho muita confiança em escrever em tempo real. e.e

Espero que tenham gostado! Deixem um review e façam uma autora feliz!