Lays Cashien, a garota do sonho.

Danilo L.

Construções, muitas construções, feitas de mármore polido. Praças se estendiam no centro do acampamento, com uma fonte um tanto quanto amistosa com um cupido no centro, mas informaram que o nome romano era Eros. Danilo ficou maravilhado. Enormes planícies contornavam o acampamento. Os calçados eram de tijolos cinza, as ruas eram repletas de pessoas, não só campistas, mais idosos, adultos, crianças. Caminhavam pacificamente pelo acampamento, que era enorme. Alguns guardas marchavam de um lado para o outro, contornando o chafariz do centro e seguindo para a esquerda até um pequeno quartel no qual se encontravam armas. Lá campistas treinavam suas habilidades, eram um circulo rodeado de pequenas construções nos quais os campistas retiravam armas. Danilo olhou para a direita, e avistou casas, varias casas. Na entrada um arco semelhante da entrada escrito Sede diRoma.

–Lar de Roma. – Falou Dântes. – Aqui e onde semideuses que serviram a Roma vivem até sua morte, fazem faculdade, seguem suas vidas com suas familias.

Imaginar eu fazendo faculdade era dificil, muito mais vivendo uma vida tranquila.

Eram uma rua gigantesca que serpenteava. Pessoas atravessavam, e conversavam. Uma senhora caminhava com uma garota de cabelos loiros e olhos azuis como o céus. Ela ajudava a senhora a atravessar a rua e sorria chamando a senhora.

A frente do chafariz, pilares gigantescos de marmore seguiam em uma rua reta que subia até um circulo até a contrução gigantesca no ponto mais alto do acampamento. Devia ter vinte metros de altura. Era em um tom rosado claro, toda de marmore. Cravada no alto, “Venus”. Para Danilo quem construiu o acampamento se apegou bastante a detalhes.

Dântes levou os dois até a contrução.

–O que exatamente se encontra lá? – Falou Bruno.

–Lá e o centro do acampamento, onde os campistas e todos fazem reverencia e pedem a deusa Vênus.

Romanos e suas esquisitices, pensou Danilo.

Subiram uma pequena colina de pedras, o que era comum em todo acampamento, por que todo o chão era coberto de pedras polidas.

–Jovens, essa e Lays Cashien, filha de Vênus. Ela ira ajudar vocês em tudo que precisar. Agora ela ira mostrar o acampamento para vocês. Lays, vou dar uma olhada nos estabulos, cuide deles.

–Entendido Dântes. – Ela sorriu para o Centauro.

Ele se direcionou aos garotos.

–Sintam-se em casa... Por que ela será a sua agora, até mais garotos.

Danilo paralisou ao olhar a garota. Ela era a mesma da visão, mais agora estava incrivel. Estava com parte do cabelo amarrado em uma transa e o resto solto se enrolando nas pontas, o mesmo tom castanho escuro que agora a luz do sol forte parecia brilhar. Era o mesmo olhar doce, mais agora embagado de um sorriso suave. Estava com uma tunica rosada que prendiasse com um broche dourado. Por baixo camiseta azul do acampamento. Que Danilo pode ver como se fosse uma asa de uma pomba. Mesmo com toda aquela roupa, a garota vestia um all star vermelho de estilo bota. Cara, como ela era incrivel, pensou Danilo.

–Olá garotos, sou Lays Cashien, sou um tipo de anfritia do acampamento, mais em sinto mais como guia. – Riu a garota.- Vou mostrar a vocês todo o acampamento, oque e cansativo por que o acampamento e grande, se quiserem pular algumas partes vou agradecer. – Riu novamente, sua risada era contagiante, fazendo Bruno e Danilo rirem junto. – Vamos, primeiramente vou mostrar onde vocês iram ficar.

Ela estendeu a mão aos garotos e acompanhou os mesmos até um semi circulo enorme. Seis grandes construções formavam, no centro um grande circulo de marmore branco envolto de pedras iguais as outras que percorriam o acampamento. A mesma gigante construção de Vênus ficava no centro, a sua esquerda ficava duas contruções menores, mais eram de marmore branco. E a direita três contruções, com a ultima sendo ainda menor. Nela estava escrita “Gioveditaglio”.

–Esses são os chales das cortes do acampamento. Primeira corte residem os filhos dos grandes deuses, ou os pretores do acampamento, e assim segue até a quinta corte. Não que a quinta corte não seja importante, mais e coisa de hierarquia.

–Em qual corte você fica. – Falou Bruno.

A garota sorriu.

–Quinta corte.

Danilo franziu o cenho.

–Mais por que, você e filha de Vênus, a patrona do acampamento, você deveria ficar na primeira corte.

Eles foram interrompidos por um garoto baixo de cabelos encaracolados e pele morena, o mesmo do sonho. Que fez Danilo engolir em seco.

–Laláh, Laláh. – O garoto tropeçou.

Lays soltou um pequeno riso.

–E por ele que estou na Quinta corte, esse e Jake Iero, filho de Vulcano. Ele e como se fosse um irmão para mim. Quando eu vim para o acampamento, ele estava na mesma carruagem que eu... Então nós tornamos amigos, e meio que irmãos.

O garoto se envolveu nos braços dela e ficou com um sorriso enorme no rosto.

–Certo, agora tenho que ir Jake, se cuida, e por favor não se meta em confusão. – Disse ela olhando nos olhos do garoto.

–Não posso prometer isso. – Ele sorriu e saiu em disparada.

Danilo e Bruno se entreolaram e os dois tinham pensado o mesmo, “Ela e muito perfeita, e ele e doido”. Em seguida riram.

–Do que estão rindo? – Disse a garota.

–Nada.

–Certo. Vamos prosseguir, temos que ir para a Mansão de Vênus.

Bruno ergueu as mãos.

–Ufa! Até que enfim um nome em português, nada de italiano.

Todo riram.

–Vocês se encontraram com a Pretora Senior do acampamento, nossa lider.

Sou abandonada em frente ao lago.

Mislayne W.

Malditos romanos, maldito filho de Zeus, Júpiter, tanto faz. Pensou Mislayne. A garota havia chorado alguns minutos em seu chalé. Seus irmãos quiseram ajuda-la, mais não havia algo a fazer. Depois de ficar deitada, somente fintando a parede, ela decidiu sair um pouco.

Foi em direção à antiga Arvore de Danilo. Sentada lá, viu Davi, com uma mochila e uma espada em sua cintura, a garota correu em disparada ao seu encontro.

–Davi... Para onde você vai?

O garoto cerrou os punhos.

–Merda... Não era para ninguém me ver. – Ele olhou para trás, certificando se havia mais alguém.

–Por quê?

Ele olhou para a garota, ela ficou com um pouco de medo. Desde o ataque de Erlan, o Davi não era mais o mesmo.

–Vou partir, em busca de meu irmão, e também, tenho outra missão.

–Que missão?

O garoto pousou a mãos no ombro dela, e aliviou um pouco a tensão, a pose não era mais a mesma, o olhar ficou triste.

–Mys, você e uma das únicas pessoas que eu confio ultimamente. A outra era Danilo, mais enfim. Recebi uma carta de meu pai, ele disse muitas coisas, mais disse também sobre uma chave, uma chave que poderia ajudar a mudar o futuro, e deixar tudo bem.

Aquelas informações deixaram a garota confusa, Davi confiava nela, isso era boa. Mais essa chave, e ele partir sozinho?

–Me deixa ir com você... Talvez poça ajudar.

–Infelizmente não, tenho que partir sozinho... Essa parte também está na carta, Poseidon disse que terei que provar meu valor.

–Mas por que sempre sozinho ninguém e forte sozinho, Davi me deixe ir com você.

–Obrigado Mys... Mais desta vez estou sozinho.

O garoto a abraçou, e mergulhou no lago.

Ela ficou ali, parada a frente do lago.

A garota dos olhos vermelhos.

Danilo L.

–Meninos, essa e Isabella Elvergard, filha de Marte, líder do acampamento.

Uma garota de cabelos Negros como a noite mais escura e pele clara se levantou, olhou para nós com olhos vermelhos como puro sangue intimidava qualquer um, sua pose ríspida e ereta mostrava respeito, mais ao mesmo tempo entrar em uma briga não era boa ideia. Ela desceu alguns degraus com sua veste vermelha com detalhes pretos. A espada de meio metro intimidava Danilo.

–Vocês são os recém-chegados que Dântes me informou. – Sua voz era grave, como uma adulta de trinta anos, mais aparentava ter uns dezoito.

Pessoas passavam ao nosso redor, algumas carregavam caixas, outras simplesmente andavam, outras subiam escadas para ir até a estatua de Vênus que ficava no andar superior, nas laterais, portas gigantescas davam acesso aos outros chalés, o sol passava entre as janelas localizadas no alto. Pilastras ficavam localizadas entre o centro e as paredes, como vigas sustentando o teto.

–Sim, somos nós, eu Danilo filho de Z... – A voz dele falhou, segundo Dântes, ele não era mais filho de Zeus, e sim de Júpiter, essa ideia o incomodava. – Na verdade, filho de Júpiter.

–E eu sou Bruno, filho de Mercúrio. Acho que é isso... Mais você pode me chamar como quiser. – Ele piscou para a garota, que não esboçou nenhuma reação.

Lays mostrou nervosismo, e mordeu os lábios para não rir, Danilo cutucou Bruno, intervindo no garoto.

–Certo isso e bom, já sabem de quem são filhos, me poupa trabalho... Neste acampamento algumas regras básicas. Eu mando aqui, vocês obedecem a mim, mais também aos superiores. Lays vá chamar Justin.

–Certo. – A garota saiu pela porta lateral.

Ela voltou à atenção para nós.

–Nada de vandalismo, nada de quebrar algo, nada de sair depois do toque de recolher.

–Pra que eu iria sair? – Interrompeu Bruno.

A garota respirou fundo, como se fosse um jeito de não tirar a cabeça de Bruno fora.

–Aqui está Justin.

Um garoto da minha altura, pele clara, cabelo preto bem cortado, usava uma jaqueta preta e calça cinza. Olhos amarelos encaram a mim. Ele era seguido de uma mulher um pouco mais alta, parecia ter vinte anos ou mais, era loira, olhos pretos, bem pretos, usava camiseta azul do acampamento e short jeans, com uma adaga presa a cintura, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo.

–Chamou Lider?

–Sim, esse e Justin Malik, e essa Eleonor Addamanti. Justin e um dos Pretores do acampamento, além de mim, você segue ordem deles, existem outros pretores, mais depois vocês iram conhecer eles.

–Você nos chamou só pra isso? Não acredito Bella. – O garoto se virou não mostrando respeito algum, a outra garota, Eleonor, ficou sem reação, e se retirou seguindo Justin.

Soltamos um pequeno riso devido à situação, Isabella, não mostrou nenhuma reação.

–Continuando, vocês sabem que existem cinco cortes, que dividem os semideuses. Um sistema hierárquico de anos. Você, Danilo filho de Júpiter, deve ficar na primeira corte, a mais importante, heróis saíram de lá. Já você Bruno, ficara na Quinta corte.

Bruno encarou Isabella e se aproximou.

–Você está me subestimando?

–Nem um pouco.

A tensão pairou no ar, Danilo tomou a palavra.

–Eu escolho ficar na Quinta corte.

Isabella revirou os olhos.

–Já basta essa garota se revoltando agora mais um.

Lays baixou o olhar e juntou as mãos, Danilo não gostou do modo que falará com ela.

–A escolha e minha não é? Eu escolho a Quinta corte.

–Que seja. a Quinta corte será seu chalé. Agora podem ir.

A garota sentou em seu trono novamente, os três se retiraram sem dizer nada.

–Você ficou maluco, enfrentar a líder desta maneira. – Lays bateu no braço de Danilo.

–Você não fez o mesmo? – Questionou Danilo.

–Mais naquela ocasião foi diferente, ela tinha acabado de exercer sua função, após a morte de seu irmão mais velho, mais agora ela já esta no posto alguns anos, você não sabe do que ela e capaz.

Danilo sorriu.

–Não tenho medo dela.

Ele conseguiu ver um sorriso de canto da garota.

–Confesso que foi legal ver aquela cara novamente.

Os três atravessaram duas construções até chegar a menor que havia naquele local.

–Bem vindos, a Quinta corte.

Deusa do Amor.

Mislayne W.

A garota queria dizer a alguém que Davi havia partido. Mas ele confiou nela, confiou um segredo, mais oque fazer? Não poderia ficar ali parada. Victor estava na arena de luta, um local no qual o garoto adorava.

Lá estava limpando espadas e polindo machados.

–Belo passatempo.

–Ah! Você ai, sim amo isso. ARMAS! – Ele girou uma espada.

–Ei! Não sou uma harpia para me fatiar.

Os dois riram e se sentaram na arquibancada.

–O que fazer agora? Danilo foi embora. – Disse ele polindo a espada. Ela refletia seu rosto.

–Não sei, sinceramente não sei, acho que vamos continuar aqui, e esperar Chester tomar alguma decisão.

–Eu estava pensando em algo... Vamos atrás de Anna?

–Como assim Victor?

–Vamos, juntamos algumas coisas e vamos atrás dela.

–Mas nem sabemos onde ela está.

Os dois ficaram em silencio. Uma leve brisa cobriu toda a arena, e um perfume nunca sentido pelos dois. Eles ficaram relaxados, até que uma suave voz entrou na arena.

–Olá garotos.

Os dois saíram do transe e olharam bem para uma mulher. Victor pegou a adaga e prostrou em modo de batalha.

–Quem é você?

–Eu... Eu sou Afrodite.

Fim do Capitulo.

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Mayra Bellini.

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Rordan: Percy Jackson e os Olimpianos.