Sophia Narrando:

Ele me trouxe pra algum lugar bem longe da cidade, parece uma cabana no meio de uma estrada de terra. Me amarrou e me olhava fixamente. Eu tava com medo, medo do que ele podia fazer, da ultima vez ele me bateu eu fiquei muito machucada, mais dessa vez ele pode fazer muito pior. Eu perguntei o que ele ia fazer comigo e ele só sorria. Se aproximou de mim e me jogou no chão, tirou a bermuda e a cueca e o meu short e o biquíni. Eu gritava, ele me batia e me xingava, dizia que isso era só o começo, eu gritava por socorro, pedia pra parar, tava doendo de mais, ele me deu socos e pontapés. Depois de tudo ele vestiu a roupa e pegou uma faca em cima da mesa. Eu pedia pra ele não fazer mais nada, aquela faca tava enferrujada, eu já não conseguia mais gritar, minha voz estava fraca e a minha vista embaçada, minha boca sangrava, meu olho estava inchado, minha cabeça estava latejando de tantas batidas que ele deu do chão. Eu já perdi as esperanças até que ouvir a sirene do carro de polícia vi ele me puxar e colocar uma arma na minha cabeça, ele saiu da cabana me segurando, eu podia ver a minha mãe desesperada chorando junto da Gabriela e o Diego chorando também, os policiais tentavam fazer com que ele se entregasse, todos pediam. Ele fingiu que iria se entregar e me soltou e saiu correndo, eu cai no chão quase desmaiando, ainda consegui ouvir alguns sons de tiros e a minha mãe me chamando, depois disso não vi mais nada. Algumas horas depois acordei em um quarto branco, a minha cabeça ainda doía, abri os olhos devagar e percebi que era um quarto de hospital. Meus cortes ardiam e o bip daquela maquina no quarto só fazia minha dor de cabeça piorar.

Sophia: o que aconteceu? – vi meus pais e a Gabbs

Sandra: filha, você ta bem?

Marcelo: ta com alguma dor?

Sophia: fala baixo pai, to com dor de cabeça e os cortes estão ardendo.

Sandra: vou chamar o médico

Sophia: o que aconteceu?

Gabbs: que bom que você esta bem, você foi seqüestrada pelo Thiago, ele te levou pra uma cabana no meio do nada, mais um senhor que passava por perto ouviu seus gritos e ligou pra policia, o Thiago tentou fugir mais teve um tiroteio e ele morreu

Sophia: hum

Medico: oi moça, está sentindo dores?

Sophia: dor de cabeça e os cortes estão ardendo

Medico: os cortes vão passar, vou pedir pra enfermeira trazer um remédio pra dor de cabeça, não faça muito esforço pra melhora logo

Sophia: ta certo

Gabbs: vou chamar algumas pessoas que estão lá fora desesperados

Sophia: ta

Os meus pais saíram e a Gabbs foi chamar o Léo e o Diego.

Diego: oi meu amor – sussurrou e alisou meu rosto com cuidado

Léo: oi flor

Sophia: oi anjos

Léo: você ta bem? Não vou poder ficar muito

Sophia: to melhorando, tudo bem

Léo: se cuida – beijo na testa

A Gabbs saiu junto do Léo, acho que eles queriam mesmo é deixar nós dois a sós. Ficamos só eu e o Diego, ele me olhava fixamente, acariciava meu rosto e seus olhos foram se enchendo de lágrimas.

Diego: desculpe não ter feito nada