Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 27
Redenção?


Notas iniciais do capítulo

Hello! Voltei, e agora de férias, ou seja nao vao esperar mais um mês ou mais pela atualização (eu acho pelo menos kkk)



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Ronald estava com a varinha apontada para Roy Forchhammer, auror chefe da Alemanha. Tanto Scorpius quanto estavam assustados. O ruivo havia surpreendido os dois, e jogado as varinhas dele no chão.

–Você está do lado dele? Roy, você e aqueles comensais?

–Calma, Ronald, não é o que você está pensando.

Roy deu um passo á frente.

–Scorpius trabalha para o ministério. Ele está infiltrado.

Tentou explicar.

–Até parece. Ex-comensais são um caso da Grã-Bethânia, todos sabem.

Retrucou o ruivo com desdém.

–Não mais. O Ministério inglês desistiu da sua prioridade em 2000. Você sabe bem disso.

–E porquê não consultou a mim? Ou ao Harry?

–Porque é confidencial. Somente poucas pessoas sabem dessa informação.

–Além disso, se você e o Harry começassem a seguir as pistas, eles iriam desconfiar.

Completou Scorpius.

–Cale a boca seu filho de comensal. Você usou a minha filha.

–Quem é você para falar da Rose? Foi você que a expulsou da família e, depois tentou mata-la.

–Estupefaça!

Gritou Ronald lançando Scorpius para trás que caiu já desmaiado.

–Ronald!

Ralhou Roy.

–Não se mexa Roy.

Ameaçou Ronald apontando a varinha para o colega de profissão.

–Ronald, Scorpius trabalha para mim. Ele está infiltrado. Rose sabia, eu a conheço. Ela sabia que ele era uma agente.

–Você conhece minha filha? Ela trabalha para você.

–Conheço. Ela trabalha ás vezes. Rose é uma advogada, e as vezes peço que ela cuide de uns casos para mim.

Ronald Weasley olhou para Roy e ponderou as coisas,

–Qual o plano deles?

–Não sabemos ainda. Scorpius deu sua cartada hoje, estamos esperando alguma resposta.

Ronald sentou na cama.

–Isso é insano. Eu sempre soube que eles estão planejando um ataque, mas ninguém nunca acreditou em mim.

Disse ele passando as mãos pelo rosto.

–Também custei a acreditar. Vários casos meus que pareciam tão simples pareciam ter algo a mais, depois de várias noites em claro, encontrei inúmeras coincidências. Coincidências demais para serem somente coincidências.

–E em vez de pedir minha ajuda, ou a de Harry, pediu de um Malfoy?

–Eu ia dizer o quê? Vocês já tinham desistido, não iam acreditar. Então eu conheci o Scorpius. O sobrenome dele vale muita coisa no submundo. Eu precisava de alguém infiltrado.

–Ele é um Malfoy? Como você pode ter certeza que ele não está traindo você?

Roy riu.

–Um nome não diz quem uma pessoa é. Você por exemplo, é Ronald Weasley, um herói, salvou o mundo bruxo, e mesmo assim tentou matar a própria filha.

Ronald o olhou com fúria.

–Já estuporei um, quer que eu faça o mesmo contigo?

–É só a verdade. Ter o nome Weasley não significa que você vai ser alguém bom. Da mesma forma, ocorre com o nome Malfoy. Rose confia nele. Eu não queria que ele fosse para Londres, sabia que ir lá abriria algumas feridas, mas ela acreditou no Scorpius e enfrentou seus medos para defendê-lo. Ela não faria isso se não acreditasse piamente na inocência dele.

–E o que a Rose sabe sobre o mundo?

Perguntou Ronald com desdém.

–Muito mais do que você pode imaginar. Você a abandonou e obrigou toda sua família a abandoná-la. Ela ficou jogada no mundo, sozinha...

–Não diga o que não sabe.

Interrompeu Ronald.

–E não é verdade? Diga-me Ronald, não é verdade.

–Cala a boca.

–Você odeia ouvir a verdade, não é. No fundo você não é tão diferente do Draco Malfoy que pinta.

–Roy...

–Tudo bem, eu vou me parar. Não porque você quer isso, e sim porque, falar disso me faz ter vontade de bater em você, e não creio que seja o momento certo para isso. Estamos em um momento de negociação.

–Negociação?

–Sim. Largue essa varinha e vamos conversar. Se você quer mesmo destruir os comensais que sobraram e novos que surgiram, Scorpius é nossa melhor chance.

–E se eu não fizer isso?

–Então se prepare. O plano deles seja lá qual for já está quase pronto, e logo vai ser posto em prática.

–Você acha mesmo que vou colocar minhas esperanças em um filho de doninha.

–Acho. No fundo, você sabe que não temos chances sem ele. Scorpius é chance da sua redenção. Acho que sua família não ficou muito feliz com sua tentativa de assassinato...

Redenção. Harry havia falado a mesma coisa. Ronald fechou os olhos.

Flashback

Ronald estava na casa dos gritos, Harry o levara para lá. Fazia duas semanas desde que tinha tido a briga definitiva com sua filha Rose.

–Harry o que eu fiz?

Perguntou Ronald desesperado para o amigo. Harry ficou ao lado do cunhado em silêncio.

–Não é isso. Eu sou um covarde. Eu a deixei escapar. Tudo porque sou um belo estupido. Hermione nunca vai me perdoar.

Harry olhou para o amigo na sua frente. Ele estava com uma aparência horrível, a barba por fazer, as roupas amassadas, o cabelo parecia não ter sido penteado há dias, os olhos inchados.

Harry queria amenizar a dor do amigo. Dizer, talvez, que Hermione iria perdoá-lo, mas a verdade não era bem essa. Ele tinha ido visitar a amiga no dia anterior, ela estava tão mal quanto Ronald.

–Eu a vi, Harry.

Confessou Ronald.

–Você a viu? Quando?

–Perto da casa da vó tem um parque... Eu sou tão covarde.

–Onde você a viu, Ronald?

Insistiu Harry.

–Eu adorava levar ela naquele parquinho. Ela estava lá, me esperando, por uma semana ela estava lá. E eu fiquei observando de longe, observando ela me esperar. Eu tentei... Eu quis... Ir até ela, falar com ela. Falar que eu tinha agido como um estupido, mas eu não consegui. Então ontem eu pensei que se dane eu vou falar com ela. Dane-se meu orgulho, ela é minha filha. No entanto, ela não estava mais lá. Ela não foi. Nem ontem, nem hoje.

–Ronald...

Harry tentou pela segunda vez naquele dia acalmar o amigo, mas não conseguiu completar uma frase.

–Hermione nunca vai perdoar se souber. Ela não pode saber Harry. Ela não pode saber o quão covarde eu sou. Nunca.

DEPOIS DO PEDIDO DE DIVORCIO

...

–Expelliarmus!

Harry disse fazendo a varinha voar da mão de Ronald. O ruivo olhou o amigo surpreso.

–Como você me achou?

–Ronald, você acha que tentar se matar vai resolver alguma coisa?

Harry gritou furioso.

–Eu tentei mata-la.

–E agora está tentando se matar também?

–Ela é minha filha. E eu tentei mata-la.

–Você é ir para casa tentar recuperar seu casamento e depois ir atrás de Rose e implorar pelo perdão dela. Vamos.

–Vamos para onde? Eu não tenho casa. Não tenho esposa. Meus filhos me odeiam.

–Ronald, você pode desistir assim. Procure o jeito de reconquistar as pessoas que ama. Procure de se redimir. Hermione só quer que você se preocupe com ela, que você demostre que se importa. Hugo também. Rose é mais complicado, mas não há nada perdido.

–Me redimir?

–Isso.

–Como vou fazer isso Harry.

–Não sei, mas posso te ajudar a pensar...

–Já sei!

Exclamou Ronald.

–Já?

Harry perguntou curioso.

–Vou provar que estava certo sobre o Scorpius. Então Hermione vai me perdoar.

–Ronald, foi justamente essa coisa com os Malfoy’s que afastaram ela para começo de conversa. Quando falei em retenção estava pensando em algo como, pedir de desculpas para inicio de conversa. Admitir que estivesse errado. Não ir atrás do Malfoy.

–Você não entende. Ela vai me perdoar. E Rose também, porque ela foi enganada por ele. Esse é um belíssimo plano. Obrigado Harry. Você é um ótimo amigo, sempre me ajudando. Vou encontrar aquele filho de doninho não importa onde ele estava escondido.

Ronald falou aparatando, mas ainda escutou Harry falando.

–Eu tento de ajudar, mas você...

FIM DO FLASHBACK.

Ronald tinha ido ali atrás de redenção, e era justamente isso que Roy lhe propunha, mas para isso deveria trabalhar com Scorpius Malfoy.

–Enervate.

Falou Ron apontando a varinha para o loiro desmaiado.

–Você me atacou.

Perguntou Scorpius ainda atordoado.

–Eu aceito sua proposta Roy. Vamos trabalhar juntos.

Ronald disse abaixando a varinha.

–O quê?

Scorpius perguntou.

–Ronald vai trabalhar conosco.

–Em que ele pode ser útil?

–Vamos achar uma utilidade para ele.

...

4 HORAS DEPOIS.

–Como posso trabalhar com ele. Não consigo nem olhar no rosto dele sem querer dá um soco nele. Por Merlim!

–Te entendo Scorpius. Não me sinto bem com ele também, mas era isso ou ele ia estragar tudo.

–Mesmo assim.

–Aprenda Scorpius, nesse ramo, temos que nos juntar algumas vezes com pessoas que odiamos, em prol do bem maior.

–Pelo bem maior se pode fazer tudo não é?

–Quase tudo.

–Rose não vai perdoar se souber que estou trabalhando com ele.

–Ela vai entender. Rose é uma garota esperta. Sabe que as vezes temos que abrir mão das nossas vontades, da nossa moral...

–Não sei se estou pronto para isso.

–Você já faz isso. Sua vontade era está aqui ou com a Rose. Você por acaso gosta de ser o idiota, o galinha que tem quer ser? Quantas vezes, você teve contra as coisas que achava ser certo ou contra aquilo que acredita para ser o que essa missão espera de você? Existe dois tipos de aurores Scorpius. Os que ficam no escritório fazendo relatórios e de as vezes precisam fazer um viagem. E o seu tipo, o auror agente. Você nunca vai ficar por mais tempo do que sua missão necessitar em um lugar.

–Eu não posso ser um auror que lê os relatórios?

Roy riu.

–Não é pra isso que estou te treinando. Agentes nunca ficam com a garota. Esqueça-a enquanto pode.

...

SCORPIUS MALFOY.

Assim que Roy saiu. Jogo-me na cama exausto. Quando desejei ser auror, nunca pensei nas consequências que isso iria trazer. Lembrei-me do que minha mãe havia me dito “as mascaras que usamos nos puxam”. Eu nunca havia pensando no quanto eu tive que abdicar de quem eu era para que eu pudesse me tornar o Malfoy para essa missão. Será que eu realmente ainda era o mesmo? Será eu ainda tinha aquela essência que me tornava eu? Será que um dia eu perderia essa essência.

Senti um desejo insano de vê Rose. Ela sempre trazia a tona um lado meu que eu esquecia que existia. Com ela minha ironia não era debochada como a do Malfoy devia ser. Era só uma ironia. Meu riso não era forçado, ele era sincero. Minhas preocupações não eram fingidas.

Mas eu não podia ir até ela. Não porque isso a colocaria em perigo, e sim porque não era justo. Não era justo com ela que aparecesse e depois sumisse, porque eu tinha que sumir.

Pela primeira vez na vida eu não queria ser um auror, eu queria ter a garota. Eu queria poder ter a garota.

...

Na manhã seguinte quando acordei, não estava sozinho no meu quarto, mas dessa vez não era Roy, ou Ronald. Era Brandon Yaxley.

–Você tem razão, está pronto para saber com o que realmente estamos planejando.

Disse ele sem cumprimentos.

–Bom dia para você também.

–No dia que Voldemort foi morto, suas ideias não morreram, e nunca irão morrer. Elas vivem em nós, e sempre viverão. Você vê o mundo que o Trio de Ouro criou? Esse não é um mundo digno de ser vivido. Qualquer coisa que se faça contra os trouxas se torna grande, simplesmente por eles serem trouxas. Sem contar a superproteção para trasgos, gigantes, duendes, elfos, todas essas criaturas estão assumindo papeis que não são delas, que não cabem a elas. Os bruxos, nunca devem ficar, em segundo plano, nem para elfos, duendes, muito menos para trouxas.

–Seu plano é matar todas as criaturas mágicas?

–Meu plano é trazer o mundo trouxa para o mundo bruxo, da pior forma possível.

Scorpius o encarou sem entender.

–Para sobreviver tive que morar no mundo trouxa, rezando todos os dias para que Merlim não permitisse que me encontrassem. Sabe uma das coisas que sempre me chamou atenção aos trouxas? A capacidade deles se autodestruírem. É claro que também temos guerras, e mortes, mas eles são mais criativos na hora de matar. Eles criam tecnologias só para matar. Há trouxas que trabalham a vida toda dentro de um consultório só para encontrar um forma revolucionaria de matar. Nós, ficamos só no avada aqui, avada ali. A mesma chatice de sempre.

–Não estou entendo onde quer chegar.

Brandon sorriu.

–Ficaria muito surpreso, e especialmente orgulhoso, se fosse soubesse. Os trouxas já mataram com armas de fogo, bombas, mas hoje a graça da coisa está em armas biológicas. É incrível, uma coisa simples, e natural.

–O plano é usar armas biológicas?

–Mais que isso, armas biológicas melhoradas com mágicas. O aperfeiçoamento do que os trouxas fazem, mas uma prova de que somos melhores que ele.

–Essas as armas serão usadas para destruir os trouxas ou os bruxos?

–Quem sabe?

–Isso é... Sensacional. A ideia foi sua?

–Não só minha. Não fui o primeiro bruxo a perceber isso, mas fui primeiro a querer colocar em prática.

–E como iremos fazer?

–Paciência. Não se trata só de armas químicas. Você vai saber logo. Por enquanto pode voltar à Albânia. Aguarde o chamado, logo irei te mostrar nosso laboratório, o principal é claro. Aquele que você invadiu era só para guardar as cobaias.

–Cobaias?

–Até mais, Scorpius.

...


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?