Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 13
Preparação II


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpa a demora, semana cheia.
esperto que gostem..



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Malfoy, Scorpius.

Fazia dois dias que Rose havia ido a Londres, fazia dois dias que eu não havia ou tinha qualquer noticia dela. Ainda estava pensando no que Roy havia me dito. As palavras dele ainda ressoavam em minha cabeça.

...

–Scorpius- Disse ele ao fim de uma de nossas conversas.

–Sim?

–Eu pude perceber o clima que rola entre você e Rose.

–Como?

Pergunto sem entender já que o mesmo nunca tinha visto ela e eu juntos.

–Da para perceber pelo jeito que seus brilham quando fala dela e vice-versa.

Ele suspira.

–Scorpius, Rose é uma pessoa muito importante para mim, embora nossa relação seja profissional, me preocupo com ela.

–Eu também.

–Da para perceber. Por isso vou te dar um conselho: Se afaste. Não tente nada com ela. Por mais que ela pareça ser uma pessoa muito forte, e ela é o coração dela é frágil. E cai entre nós ela já foi muito abandonada por toda vida dela.

–Eu não abandona-la...

–Você está em uma missão. Após esse julgamento nós vamos para a Bulgária, e aí? Se caso der certo entre vocês até o julgamento o que acontece depois?

–Eu sempre posso vim visita-la.

–Scorpius. Você se lembra com quem estamos nos metendo? Se eles por um acaso descobrirem que você gosta de uma Weasley, ela vai esta em perigo.

–Se eu for cuidado isso nunca vai acontecer.

–Se... Não gosto da incerteza que o “Se” traz consigo.

–Roy –Digo seu nome pela primeira vez há tempos- eu gosto dela, no inicio eu pensava que queria só conquista-la, mas eu realmente gosto dela. Não vou desistir dela agora.

–Não estou mandando, só estou dando um conselho. É para o bem dela. Merlim sabe que a ultima coisa que quero é vê-la sofrer.

–Se isso é tão verdade porque a deixou ir para Londres?

Digo e não posso esconder minha raiva. Porque não gosto de saber que ela pode encontrar alguém de seu passado lá, e sinto que se alguém podia segura-la aqui essa pessoa seria Roy.

–Porque acredito que uma hora ou outra devemos enfrentar nossos demônios, pois só assim poderemos deixa-los para trás e seguir em frente. Se Rose acha que consegue aguentar, vou confiar nela.

–E se ela não aguentar...

–Como já disse não gosto das incertezas do “se”, mas se ela decidiu a única coisa que posso fazer é ter fé nela.

...

Beberico um pouco de café, estou sentado na cafeteria do shop, gosto de ficar aqui analisando os trouxas e como eles vivem a vida. Não são tão diferentes de nós bruxos, a única coisa que nos difere é o modo como vemos a vida. Eles são algo que chamam de realista não acreditam em magia (a maior parte), mas não percebe que a tecnologia que eles têm é a forma de magia deles. Eles como duendes e elfos não necessitam da varinha para fazer magia, de certa eles são mais mágicos que nós.

–Loirinho?

Alguém me chama me tirando de meus devaneios. Quando me viro deparo-me com Melanie e Sophie amigas de Rose.

–Oi.

Cumprimento-as com um beijo na bochecha.

–Sentem-se.

Aponto as cadeiras vazias na minha mesa.

–E aí como vocês estão?

–Tem certeza que é de nós que você quer saber?

Sophie pergunta maliciosamente.

–Bom, foi a você que perguntei não? Mas se por um acaso quiserem compartilhar comigo como Rose está não ficarei bravo.

–Nós estamos muito bem, obrigada pela preocupação –Melanie diz piscando para mim- E nós também não temos noticias de Rose.

–Isso não é ruim?

–Na verdade não. Rose sempre se fecha do mundo quando um julgamento está próximo, às vezes nem mesmo nós conseguimos tira-la da caverna em pra qual ela vai nesses momentos.

–Hm... O que vocês fazem por aqui?

–Compras, coisas para o meu casamento.

–Ah sim, você está noiva. Parabéns a proposito. Quando será o grande dia.

–Algum dia daqui a seis meses Vitor e eu ainda estamos tentando achar um dia razoável a todos. E você?

–Vim tomar um café. Sou completamente apaixonado por cafeína.

–Rose também.

Mel diz.

–Então meninas já que foi vocês que tocaram o nome dela preciso perguntar se desse vez podem me dar alguma dica para conquistar a amiga de vocês?

As duas se entreolharam e depois deram um sorriso cumplice.

–Perdi alguma piada?

Pergunto um pouco confuso.

–Como diabos tu sempre acerta?

Sophie pergunta passando vinte euros para Mel.

–Porque uma hora ou outra todos os pretendes dela vem até nós e quando negamos desistem, mas o loirinho não parece ser do tipo que desisti por isso sabia que ele tentaria mais uma vez?

Melanie responde a ela piscando para mim.

–Não vamos dizer nada, mas saiba que esta fazendo um belo trabalho.

Sophie fala.

–Tem certeza? Não é bem o que parece.

–Acredite. Mesmo que nós duas falássemos que sim ela não deixaria um cliente entrar no apartamento.

Sophie diz.

–Se bem que nunca tentaram isso.

Melanie argumenta.

–Tentaram sim. Aquele Joseph.

–Sim, mas ele levou flores, e a ruiva odeia flores, já pizza...

Melanie explica.

–Mas sério, nem uma dica sequer?

Pergunto cortando a discursão das duas.

–Depende. Quais suas intenções com ela?

Melanie pergunta.

–Bom no momento minha intenção é fazê-la se entregar a atração que obviamente sentimos um pelo outro.

–Vou te contar uma historia bem interessante Scorpios. Quando Rose veio passar um tempo na escola de Magia e Bruxaria daqui ela ficou no mesmo quarto que Melanie e eu, e nesse quarto toda manhã, exatamente às cinco horas um pássaro ia até a janela e começava a cantar nos acordando. Rose odiava o pássaro, ao menos é o que lá dizia, porém quando Sebastian que era um garoto que estava muito afim dela matou o maldito pássaro, como prova do que sentia por ele, Rose o odiou mais do que o pássaro e mais mesmo depois da morte do coitado do pássaro ela acordava as cinco da manha e ficava na janela como se esperasse que ele voltasse para cantar para ela. Entendeu?

–Não.

Digo confuso, muito confuso.

–Só podia ser loiro mesmo.

Sophie diz bufando.

–Bom já fizemos, mas que o suficiente, já demos só hoje quatro dicas sobre Rose.

Mel diz.

–Quatro?

–Ela ama café, odeia flores, ama pizza e a historia pense sobre ela sim... Agora nós já vamos.

Sophie explica.

–Então nos vemos por aí.

Digo apertando as mãos delas.

–Na verdade eu pensava que você já estava em Londres atentando a Rose, acho que nesse momento ela está sentindo tanto a sua falta quanto sentiu do pássaro.

Mel diz saindo e mais uma vez pisca para mim.

Demorou um pouco, mas sentado ali compreendia a historia. Eu era o passado, ou o novo pássaro, por mais que Rose diga odiar o quanto tento conquista-la ela gosta...

E quando percebo isso não posso evitar o sorriso bobo que surge em meus lábios.

...

Decidi seguir o conselho de Melanie fui para Londres atrás de Rose, o problema não tinha ideia de onde ela estava. Por isso tive que passar no apartamento dela antes, Mel estava sozinha e me deu o endereço com um aviso: “Cuida dela, ela vai dizer que está tudo bem, mas acredite quando digo que não vai estar, por mais que ela negue ir para Londres traz lembranças...”

“Entendo se fosse por mim eu também queria que ela não fosse, mas um conhecido uma vez me disse que temos que enfrentar nossos demônios para encontrar a paz”.

...

–Scorpios?

Rose exclama surpresa.

–Boa noite. Foi aqui que pediram pizza?

–Não. Acho que você cometeu um engano.

Ela responde me fazendo rir.

–Que pena, mas como vim até aqui carregando essa pizza vou deixar aqui mesmo.

Digo entrando em seu apartamento.

–Sua mãe não lhe de educação Malfoy?

Pergunta irritada. E eu tenho que segurar o riso porque ela fica linda brava.

–Um pouco, mas não gosto muito de usar. É chato ser o educado. Além disso, você nem pode reclamar já que não me convidou para entrar.

–Talvez porque eu não quisesse que você entrasse.

–É pode até ser, mas eu trouxe pizza.

–E o que isso tem haver?

–Tudo, eu estou com fome.

–E é preciso você vim até meu apartamento comer uma pizza porque esta com fome?

–Não, mas eu gostei de comer pizza com você da ultima vez e agora não tem mais graça comer sozinho.

–Me poupe de suas cantadas ridículas, Malfoy.

–Se você me poupar de suas cortadas ridículas Weasley. Você queria falar comigo, eu estou aqui. Eu queria te vê e você esta aqui. Eu estava com fome e trouxe pizza. Relaxa, coma e me diga o que você tinha para me dizer.

Rose revira os olhos diante da minha explicação.

–Como conseguiu meu endereço de Londres?

Pergunta

–Tenho meus contatos, ruiva.

Ela revira os olhos

–Você está sozinha?

Pergunto tentando não demostrar toda a malicia que estou sentido.

–Não. Estou com você.

–Interessante.

Digo já me dirigindo a cozinha.

–Quer pizza?

Pergunto procurando pratos no armário.

–E eu por acaso tenho escolha?

Rose pergunta com ironia.

–Claro. Suas opções são. 1-Claro que quero pizza Scorpios lindo. 2-Claro que sim Scorpios delicioso e 3- Claro que sim Scorpios gostoso.

–Você tem um belo de um ego, não?

–Nada haver, só sou um cara bem realista. Até porque ambos sabemos que é exatamente isso que você acha de mim que sou gostoso, delicioso e lindo.

–Sonhar não mata ninguém.

–Negue o quanto quiser, mas eu sei disse e você sabe disso.

–Sonhe o quanto quiser.

–Porque ainda não me expulsou da sua casa?

Pergunto curioso, porque achei que ela me expulsaria na base de feitiço assim que pus os pés dentro so seu apartamento.

–Porque eu amo pizza.

Ela responde me fazendo rir.

–Mais uma coisa que irá para minha lista "COISAS QUE TENHO EM COMUM COM ROSE WEASLEY"

–Você uma lista?

–Não, mas acho que eu vou fazer assim que chegar em casa.

–Eu diria que você tem muito tempo livre.

–Verdade, bem que você poderia me ajudar a gastar esse tempo.

–Pensei que se eu parasse de te dar cortada você pararia com as cantadas.

–Desculpe, é meio que irresistível de dar uma cantada. Porque você fica com uma cara muito linda.

–Você não perde uma chance né Malfoy?

–Apenas aproveito toda e qualquer oportunidade que a vida me dar.

–Cala a boca e come sua pizza.

–Eu conheço maneiras mais interessantes de calar minha boca do que comendo a pizza.

–Pode até ser, mas hoje você vai cala-la comendo a pizza.

Retruca sorrindo.

–Bom à esperança é a ultima que morre.

...

–Vai ficar em Londres por muito tempo?

–Até o julgamento.

–Não foi o que eu quis dizer... Pensei que vocês só viriam sexta.

–Eu não vim a negócios ou por causa do julgamento Rose. Roy está sei lá onde e não tem ideia de que estou aqui.

–Então porque veio?

–Não é obvio?

Digo lhe encarando, ela abaixa o olhar e se concentra na pizza.

–Você traz o meu pior lado Malfoy.

Declaro quebrando o silêncio (estranhamente confortável) que se instalara entre a gente.

–Serio? Achei que você era uma pessoa careta com todo mundo e não somente comigo.

–Deveríamos esta falando sobre o seu julgamento e não comendo pizza e falando de coisas fúteis.

–Pode até ser, mas admita que ficar jogando conversar fora é muito melhor que ficar falando de bobagens burocráticas.

–Essas bobagens burocráticas podem te colocar em Azkaban. As leis ficaram muito rígidas quando se trata de trouxas depois da guerra.

–Eu não tenho medo. Consegui uma ótima advogada.

–Não adianta você ter uma advogada incrível e agir como um babaca na frente do júri.

–É só garantir mulheres entre os jurados e pronto já ganhei. Sabe mulheres não resistem a mim.

–Você realmente não leva nada a serio não é mesmo?

–Claro que levo Rose. Mas não é comigo que estou preocupado agora, é contigo?

–Comigo?

–Sim. Olha se você quiser pular desse barco agora eu vou entender. Você passou tempo de mais se escondendo da sua família para aparecer agora em Londres para defender um Malfoy. Você não precisa fazer isso.

–Eu sei. E tecnicamente não vou chegar lá defendendo você. Somente vou estar em Londres enquanto tiver rolando seu julgamento trocando ideias com um amigo sobre caso, amigo esse que por pura coincidência do destino será seu defensor legal.

–Só estou dizendo que se for demais você pode parar.

–Agradeço a sua preocupação Malfoy, mas ela é desnecessária.

–Não acho que seja desnecessária. Eu me preocupo com você e saiba que não sou o único que não concorda com sua vinda para cá.

–Falou com a Melanie?

–Por quê?

–Porque nós brigamos quando eu disse que viria para cá.

–Hm...

–Você encontrou com ela?

–Eu a vi e Sophie no shopping um dia desses. Mas não é isso que eu quero falar, eu quero dizer mais que se por um acaso as coisas pesarem muito você do barco.

–Já disse que não vou fazer isso.

–Então façamos o seguinte se as coisas pesarem eu estarei aqui.

–Eu nunca pensei que diria isso, mas prefiro o Malfoy brincalhão que esse sério que você se tornou.

–É porque escutar as verdades em forma de brincadeira é mais fácil.

–Aonde você vai dormir hoje?

Ela pergunta mudando de assunto.

–Isso foi um convite?

–Não, foi...

–Tudo eu entendi. Vou ficar no meu apartamento, creio que meu pai não me quer na casa dele.

–Ainda brigados.

–Minha mãe o obrigou almoçar comigo, mas ele agiu de forma muito indiferente, o que é pior.

–Sinto muito por isso.

–Não se desculpe você não tem nada haver com isso. Eu não tenho que aprender a lidar com as consequências das minhas atitudes.

–Mas eu te devo desculpas por aquele no meu apartamento, eu me comportei de uma forma...

–Não se preocupe, eu confesso que posso ser irritante às vezes.

–Mas naquele dia você não foi, mas eu fui...

–Você foi uma Weasley. Irritada. Brava sem motivo, embora eu tenha uma ideia do que pode ter sido. E se for o que eu penso saiba que a única garota que anda mexendo comigo é você.

–Scorpius eu acho que está na hora de você ir.

–Porque sempre que eu falo algo relacionado a isso você me corta?

–Porque sou sua advogada e deveríamos está conversando sobre como manter você como um bruxo livre e não sobre coisas irrelevantes.

–Não acho que o amor seja algo irrelevante.

–Scorpius!

Ela exclama.

E sorrindo eu saio de seu apartamento, não sem antes dar um singelo beijo perto da sua boca.


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Notas finais do capítulo

E ai? o que dizem?
Bjo e até mais