Ooops! Bebê a Bordo! escrita por AllieC


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

N/A: Aproveitem o capítulo. Boa leitura.


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BELLA POV


Acordei com o sol batendo em meu rosto, olhei no meu despertador ao lado da cama. Nove horas da manhã, suspirei pesarosa, mais um domingo monótono e entediante. Revirei-me em minha cama, espreguiçando-me até que senti algo ou seria alguém? – em meio aos lençóis. Virei-me para o lado e não pude evitar de abrir um enorme sorriso ao constatar quem  estava ao meu lado... Edward.

Foi olhando-o que relembrei todos os acontecimentos da noite passada. A maneira como ele fora gentil e delicado comigo, as carícias, as palavras doces, tudo. Fiquei admirando-o por alguns momentos em minha cama. Ele parecia tão tranqüilo dormindo. Não lembrava em nada o promotor nervoso que era durante o dia e muito menos o mulherengo ninfomaníaco que era a noite. Eu já havia ouvido falar que Edward era incansável na cama, mas somente na noite passada tive a comprovação de tal fato.

Despertei de meus devaneios ao perceber que Edward começara a se mexer em minha cama, trocando de posição. Ao mover-se, o lençol, que antes estava na altura de sua cintura, movera-se, revelando cada traço do seu belíssimo corpo. Ele ainda estava nu sob as cobertas. Foi só então que reparei que o mesmo acontecera comigo. Creio que eu devia ter esperado por isso.

Talvez, depois dessa noite, ele perceba que nós dois fomos feitos um para o outro. Talvez ele agora perceba que não necessita de nenhuma outra mulher, assim como eu não necessito de nenhum outro homem, a não ser ele.

Travei uma rápida batalha interna, decidindo se deveria acordá-lo, eu se o melhor seria deixá-lo dormir por mais alguns minutos. Bom, ele certamente merecia um descanso depois da noite passada, mais dez minutos de sono não lhe fariam mal.

Talvez cinco.

Estava excitada demais, louca para acordá-lo. Queria que ele olhasse em meus olhos e dissesse que me amava tanto quanto eu o amava e que ele apreciara tanto a noite passada quanto eu.

Edward voltara a virar-se na cama. Resolvi levantar-me e ir para a cozinha, preparar algo para comermos. Afinal, depois da noite que tivemos, devíamos reabastecer as energias. E devido as doses alcoólicas ingeridas ontem a noite, minha cabeça parecia que ia explodir. Se eu estava assim, Edward certamente estaria muito pior...

Pé ante pé, tomando muito cuidado para não fazer barulho, fui caminhando lentamente até a cozinha relembrando os momentos da noite anterior. A maneira como as mãos dele tocavam o meu corpo, como se conhecesse todas as minhas curvas a muito tempo. Senti um calafrio na espinha ao constatar como a noite fora proveitosa.

Já na cozinha, busquei em meio a uma pequena pilha de roupas para passar, algo que eu pudesse vestir. Optei por uma camiseta branca, bem simples e um short preto curto. Nem ao menos coloquei um sutiã. Edward não veria nada que já não tivesse visto noite passada.

Eu sabia que Edward ainda estava abalado com o fim do seu relacionamento com Tanya, mas isso era coisa do passado. De agora em diante, as coisas seriam diferentes. Não havia como voltar no que havíamos feito.

Mas e se a nossa amizade terminasse por causa dessa noite? E se um relacionamento não desse certo? Não sei se aguentaria, acima de tudo, perder a amizade de Edward.

Mas porque tirar conclusões precipitadas? Nós dois podemos dar certo. Pouco me importa se somos uma combinação improvável. O amor supera tudo.

Para espantar as idéias estapafúrdias que agora invadiam minha mente, resolvi me ocupar em preparam um café da manhã decente para Edward. Preparei algumas torradas, panquecas com mel, um bule de café e um pouco de leite. Não era exatamente o que eu considerava uma refeição saudável, mas, como choveu ontem o dia inteiro e eu não tive a oportunidade de ir ao supermercado, era o que eu dispunha no momento. Coloque os alimentos em uma pequena bandeja e voltei para o meu quarto.

Estanquei a porta de meu quarto, vendo Edward deitado em minha cama, enquanto um calafrio percorria minha espinha. Mas que bobagem... Era apenas Edward. Deitado em minha cama. Nu. Pensando bem, não era tanta bobagem assim...

A luz do sol penetrava por entre as aberturas da veneziana da janela branca, iluminando as paredes azuis de meu quarto e produzindo reflexos dourados que incidiam sobre a silhueta do homem enrolado em meus lençóis. Diversas peças de roupas atiradas no chão traçavam um caminho até a grande cama de madeira que repousava no centro do grande cômodo. Incapaz de esperar por mais tempo, caminhei pé ante pé e pousei a bandeja com o café da manhã sobre o bidê ao lado da cama. Estava na hora de acordá-lo... e eu pretendia fazer aquilo da maneira mais agradável possível.

De repente, um miado melancólico vindo da porta do quarto chamara minha atenção, Heathcliff, o meu gato gorducho de pelos esbranquiçados adentrara o quarto, enroscando-se em minhas pernas e miando ainda mais alto que da primeira vez. Ele estava claramente incomodado por eu não lhe dar nesta manhã a atenção que costumava dar-lhe sempre. Mas, como dar atenção ao seu bichinho de estimação quando se tem um Deus grego lhe esperando em sua cama?

Hey! Me dê apenas a manhã de hoje para me dedicar a Edward e prometo que lhe recompensarei com um banquete enorme durante um mês inteiro Chamei-lhe a atenção, pegando-o no colo e levando-o, logo em seguida, para fora do cômodo, largando-o na escada.

Ao fechar a porta do cômodo, voltei para a minha cama e deslizei para baixo das cobertas, entrando em contado com o corpo de Edward.

Céus, o calor do corpo dele seria capaz de aquecer uma cidade inteira se soubesse como utilizá-lo. Sem conseguir me conter mais, rocei a palma de minha mão, suavemente, pelo tórax claro e musculoso dele, descendo até os músculos rijos de suas coxas grossas e bem torneadas. Uma tentação, uma tentação que estava deitada em minha cama. Ele se remexera um pouco ao sentir minhas mãos passeado por seu corpo, dando um gemido baixinho, incitando-me inconscientemente a continuar com as carícias, a minha vontade de beijar-lhe novamente era imensa.

Preguiçosamente, ele começara a abrir os olhos. Ele era tão lindo pela manhã... Os cabelos mais desalinhados do que o normal, a face levemente amassada, o rosto ainda zonzo de sono. Por alguns segundos, ele me olhou sério e me encarou. Seria possível ficar ainda mais apaixonada? Sim, era possível.

Edward? Bom dia querido Sussurrei, enquanto deslizava minha mão sobre o seu peito.

Bella? ele dissera, parecendo um pouco confuso.

Eu mesma querido. Dormiu bem? respondi-lhe sorrindo.

Santo Deus! Edward dissera, assustando-se com algo, batendo logo em seguida a cabeça na cabeceira da cama, o que acabou resultando em um estrondo alto.

Oh, cuidado querido. Vai acabar machucando-se desse jeito... Não ficou doendo?   disse-lhe enquanto acariciava o local da batida.

Antes que eu pudesse realmente olhar o local da batida, Edward desvencilhara-se de minhas mãos e fora para o canto oposto da cama, cobrindo-se com um travesseiro. Ele sempre acordava tão mal-humorado e confuso assim?

Ainda assim, saboreei a visão de seu tórax nu. Mal-humorado ou não, ele tinha um corpo belíssimo, que vivia escondido debaixo dos ternos que utilizava para trabalhar todos os dias. Mas ninguém podia negar que, mesmo cheio de roupas, Edward era um homem lindo. Certamente o promotor mais belo de toda a região.

Percebendo que eu o olhava, ele puxara o lençol que estava sob a cama, cobrindo-se. O que havia de errado com ele? Não havia nada ali que eu já não houvesse visto.

O que você esta fazendo aqui? ele perguntara, piscando logo em seguida.

O que eu estou fazendo aqui? Ora, meu bem, eu estou no meu quarto.

Então o que eu estou fazendo aqui? ele perguntara horrorizado. Ele remexera-se sobre a cama, esbarrando, sem querer em mim. O choque inesperado fez com minha pele arrepiasse-se e meus mamilos enrijecerem-se, fato que não passou despercebido por ele.

Envergonhada, puxei um travesseiro ao meu peito, cobrindo os seios e o abracei. Foi só então que Edward realmente olhara para o que estava trajando.

Maldição! Por favor, Bella, diga que isso não é o que parece. Eu e você nós não... não é?

Pelo tom áspero de sua voz e os sinais claros de ressaca, percebi que era realmente verdade aqui, que lá no fundo, eu temia que fosse verdade. Edward não se lembrava de nada.

Por favor, diga que eu não me aproveitei de você ontem à noite. Jamais me perdoaria por isso. Eu não suportaria saber que a magoei. Por favor, Bella, diga que isso não é o que parece - ele insistira.

Eu... bem... Bem nós... tentei falar, mas as palavras simplesmente não saiam de minha boca

Ele percebeu que eu relutava em contar-lhe algo. Aproximou-se mais de mim, levantando meu queixo e fazendo-me olha-lo, olhando-me com aquele típico olhar que ele utilizava nos tribunais.

Por favor, Bella.

Ainda não podia acreditar que ele não se lembrava de nada que ocorrera na noite anterior. Como esquecer os momentos mágicos pelos quais passamos? Como ele podia não lembrar-se das coisas que me disse? E como eu poderia esquecer de como o meu corpo reagira mediante o toque de suas mãos?

Ou mesmo que ele lembrasse do ocorrido, preferiria esquecê-lo. Fingir que nada acontecera. E tudo isso para quê? Para não magoar-me. Para que eu não me sentisse como Tanya, que fora largada porque o seu relógio biológico estava dizendo-lhe que não poderia esperar mais.

Mas, acima de tudo, Edward não queria compromisso. Como sujeitar isso a um homem que, claramente, foge de tal tipo de coisa?

Eu o amava demais para sujeita-lo a algo que ele não queria. Amava-o demais para revelar uma verdade que ele não queria ouvir.

Quem, eu e você? Ora, Edward, por favor, não tire conclusões precipitadas. falei-lhe, tentando parecer casual, enquanto tentava segurar as lágrimas que eu sabia que, em breve, viriam. Não aconteceu absolutamente nada entre nós dois ontem a noite, senhor gênio. Apenas bebemos muitas doses de Margaritas, depois de termos comemos o brigadeiro de panela que eu fiz, e, logo após isso, ofereci-lhe o meu ombro amigo para você desabafar. Nada mais que isso. pus-lhe a mão sobre a sua testa, no local da batida. Acho que a batida afetou-lhe o cérebro querido.

Mas... ele tentara argumentar. Céus, já estava sendo difícil demais - tanto física quanto emocionalmente - manter essa mentira e ele ainda queria ficar me questionando?

Sem mais, querido. Não precisa preocupar-se, não me aproveitei de você noite passada... falei, tentando aparentar, mais uma vez, casualidade. Sua virtude está a salvo comigo, mas seu corpo...

Meu corpo? ele indagara, sem entender a que eu me referia. Apontei com o dedo o seu corpo. Ele acompanhara o meu olhar, apenas para contatar o que já sabia. Ele encolhera-se mais ainda na cama, apertando o lençol firmemente a fim de esconder suas partes íntimas. Como isso aconteceu? Por que é que eu estou nu?

Você pegou muita chuva ontem à noite. Quando chegou até minha cama, estava completamente molhado. Você trocou de roupa, mas enquanto estávamos bebendo, molhou-se. menti a respeito da última parte. Como explicar a ele que fora eu quem retirara as suas roupas, ao passo que ele fazia o mesmo comigo, sem dar-lhe detalhes sobre o acontecido?

Eu poderia ter permanecido de cueca, pelo menos.

Você estava bêbado querido. Não tinha muita noção do que fazia. menti.

Oh bem, desculpe-me por isso... ele respondera, envergonhado, provavelmente pensando o que mais havia feito de embaraçoso na noite anterior.

Levantei-me, ficando de costas para ele, dando-lhe privacidade para vestir-se. Mantendo o rosto virado, não pude evitar o escorrer de algumas lágrimas.

Não devia ter lhe dado tanta bebida ontem à noite. Você deve estar sentindo os efeitos da ressaca agora... comecei a falar, em meio à lágrimas silenciosas, tentando parecer natural.

Não foi culpa sua ele respondera, enquanto ouvia-o remexer-se, vestindo-se, muito provavelmente. Fui eu que provoquei isso, ao vir até a sua casa num sábado à noite. Além do mais, não foi culpa sua que eu e Tanya terminamos. Nós simplesmente não estávamos sintonizados na mesma direção. Eu queria sexo selvagem e...

Céus, Edward, não quero ouvir os detalhes da sua vida sexual novamente. pedi-lhe. Ontem à noite já fora difícil ouvir tais relatos. Agora, depois de tudo o que aconteceu, acho que desmoronaria se tivesse que ouvir tudo de novo.

Eu contei-lhe isso noite passada?

Sim. Não se lembra de nada do que foi dito ontem à noite? perguntei, com os últimos resquícios de esperança que eu ainda tinha.

Não. Eu já havia bebido um pouco antes de vir até aqui e depois da terceira dose de Margarita, tudo virou um borrão.

Ao ouvir aquilo, tive a impressão que iria desmoronar. A noite mais maravilhosa da minha vida e ele não se lembrava de nada. Absolutamente nada.

Sobre o que eu estava falando mesmo? ele indagara, tentando retomar a conversação.

Sobre sexo selvagem respondi-lhe, tomando cuidado para que minha voz não me entregasse. Ouvi-o resmungar algo sobre sua roupa íntima.

Bom, eu queria sexo selvagem e ela queria envolvimento emocional, um casamento, quatro filhos, um cachorro e uma casa em New Hampshire. Eu sempre deixei claro, tanto para ela quanto para todas as outras, que não estava interessado nem em filhos, nem em nenhum tipo compromisso.

Talvez Edward já tivesse se acostumado com aquilo, todos os relacionamentos que ele tivera até hoje fracassaram pelo mesmo motivo: compromisso. Em algum momento dos relacionamentos, as suas ex-namoradas começavam a pensar em filhos e casamentos, coisas que ele não queria para si, e então, ele terminava tudo e depois vinha correndo para a minha casa, desabafar.

A maioria das mulheres, senão todas, em algum momento da vida, têm a intenção de casar-se. E Edward parecia não entender isso. Ele era dedicado demais a sua carreira. Os processos e apelações do tribunal vinham sempre em primeiro lugar. Infelizmente, a maioria das mulheres o olhava e se encantava com o seu sorriso charmoso, rosto, voz perfeitos e a sua inteligência, decididas a serem elas, aquelas capazes de mudá-lo.

Exatamente como eu fiz. Tolice da minha parte.

Ainda bem que eu tenho você para me ajudar a resolver essa minha vida amorosa tumultuada, Bella.

Para que servem os amigos, não é? falei, fazendo um gesto resignado com a mão.

Para beber cerveja, assistir futebol e falar sobre mulheres.

Mulheres? - como ele podia ser tão tolo de zombar dos sentimentos das mesmas, vangloriando-se para os amigos? Os homens também sabem como ser cruéis... Isso é bem do seu feitio Edward...

Ao ouvir o som agradável se sua risada, fui incapaz de conter a onde de calor que percorrera todo o meu corpo, da cabeça aos pés. Ninguém, além dele, era capaz de me proporcionar tais sensações... Pare Bella!, ralhei-me mentalmente. Isso já estava ficando complicado demais. Se eu continuasse a sonhar acordada com ele, tudo ficaria ainda pior, ainda mais depois da noite passada.

Lutando contra a minha vontade e os meus sentimentos, com muito pesar, decidi que não lhe contaria nada. Se ele não queria saber o que realmente acontecera na noite passada, eu seria a última pessoa a contar-lhe tal verdade. Eu sabia que Edward prezava a sua solteirisse. Não largaria por ninguém.

Eu sabia também que ele prezava a honestidade, mas neste caso, não creio que a verdade seja a melhor opção. Pelo menos não depois de tudo o que ele me dissera alguns momentos atrás. Por favor, diga que eu não me aproveitei de você ontem à noite! Jamais me perdoaria por isso. Eu não suportaria saber que a magoei. Por favor, Bella, diga que isso não é o que parece - ele insistira.” Nestes casos, era melhor ficar sem saber. Além do mais, ninguém sairia machucado. Exceto eu, mas com isso, eu posso lidar ou assim esperava.

Obrigada por ter me aturado noite passada ele dissera, aproximando-se de mim e colocando a mão sobre o meu ombro, já estando completamente vestido, faltando-lhe apenas os sapatos. - Você é uma excelente amiga.

Mediante tal comentário, senti-me a mais miserável das mulheres. Amiga. Era assim que ele me via e seria assim para sempre.

Eu sou a amiga que o deixou de ressaca, não se esqueça disso - falei, tentando fazer piada com a situação da noite passada. Novamente, senti-me a mais miserável das mulheres. Eu vou... ah... hum... buscar o jornal - falei, enquanto dirigia-me para fora do quarto, buscando alguma desculpa para poder ficar alguns momentos sozinha. O jornal foi a melhor desculpa que encontrei.

Caminhei alguns passos pelo corredor e parei antes de chegar à escada que dava acesso ao andar de baixo. Encostada na parede, pus-me a pensar em todos os acontecimentos da última noite. Como eu pude ser tão tola? Mesmo que Edward lembrasse-se do ocorrido, eu seria apenas mais uma na lista das conquistas dele. Apenas mais uma sonhadora, que se iludira, pensando que seria eu aquela que o colocaria nos eixos. Doce engano.

Fiquei olhando para a porta do quarto por alguns momentos, desejando internamente, mesmo sabendo que era inútil, que ele viesse atrás de mim. Isso não aconteceu, nem nunca aconteceria.

Pelo menos eu havia convencido-o que nada acontecera e a nossa amizade continuaria intacta. Edward não suspeitava que eu o amava. Ele não fugiria de mim, como fez com as outras, ao saber que eu queria mais do que apenas uma noite. Eu não seria colocada na lista das ex-namoradas.

Ele não pensaria em mim de outra forma que não fosse a velha camarada, suporte para corações partidos constatei com os olhos cheios d’água. Qualquer um que visse a situação em que eu me encontrava agora diria que eu fiz por merecer tudo o que estava acontecendo e provavelmente me chamaria de louca.

Será que eu realmente era louca? Louca por ter ficado três anos apaixonada pelo mesmo homem que, por acaso, é meu vizinho e melhor amigo? Louca porque aproveitei a única oportunidade que tive e me permiti ser feliz por uma noite? Não, eu não sou louca. Sou apenas uma mulher que decidiu preservar, acima de tudo, uma grande amizade.

Passos vindos do meu quarto me fizeram despertar de meus devaneios. Se Edward aparecesse no corredor e me visse encostada na parede, com olhos cheios d’água, o que pensaria? Saí em disparada até o andar inferior.

Quando já estava ao pé da escada, ouvi um miado alto de Heathcliff.

Bella? Será que você poderia chamar seu gato psicótico, por favor? Acho que está tentando se acasalar com meu sapato Edward gritara

Sorri ao imaginar a cena, mas o sorriso logo sumira e o pesar instalara-se no lugar. Subi as escadas novamente, apenas para confirmar o que Edward já havia dito. Heathcliff realmente estava tentando acasalar com o sapato dele, tirei meu gato de lá, colocando-o no chão no corredor.

Após por o sapato, Edward levantara-se rapidamente da cama.

Bom, tenho que ir. Tenho que ler muitos processos para amanhã. Tem certeza que ficara bem sem mim? Eu reparei que fizemos muita bagunça ontem a noite. Não quer ajuda para limpar tudo? ele dissera

Não, realmente isso não é necessário. Eu posso limpar tudo sozinha.

A bagunça realmente não havia sido tão grande e certamente eu conseguiria arrumar sozinha dentro de pouco tempo, mas, a verdadeira razão para não querer Edward em minha casa era outra. Eu não aguentaria nem mais um minuto ao seu lado sem desmoronar.

Tudo bem então. Até outra hora ele dissera, dando-me um beijo na bochecha saindo pela porta, que eu segurava aberta.

Fechei a porta assim que ele saiu e então chorei.

(Continua...)

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Notas finais do capítulo

N/A: Consegui postar esse capítulo bem antes do esperado, mas os próximos devem demorar mais "/
Espero que gostem do capítulo.
Em breve, tem mais
Beijos