The Vampire Queen escrita por BlindBandit


Capítulo 9
Vampira.




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Marceline decidiu permanecer morando na caverna por algum tempo, como nos velhos tempos, onde ela e Simon montavam a própria casa... era temporário, até Marceline achar um lugar melhor.

Ela costumava ficar na entrada da caverna, sem se aventurar para a profundeza escura atrás dela.

Marceline costumava sair nos finais da tarde e vagar de uma vila a outra,a procura de fogueiras nas quais ela pudesse tocar seu baixo, cantar alguma musica e arrancar alguns sorrisos e talvez conseguir alguns trocados. Todos pareciam gostar a presença da garota meio demônio, e sempre a convidavam para um jantar ou algo do tipo. De vez em quando ela pensava em mandar uma carta para seu pai, avisando que ela estava bem, mas toda vez que ela tocava uma folha de papel para escrevê-lo, o orgulho era mais forte, e ela amassava suas poucas palavras e começava a dedilhar seu baixo.

Marceline agora estava sentada em sua cama improvisada, olhando a chuva cair do lado de fora. Ninguém faria fogueira aquela noite, então Marceline teria que se contentar em passar a noite dentro da caverna úmida que ela chamava de lar. Ela olhou para o fundo da caverna, um lugar tão escuro quando o céu da noite. Marceline sorriu, pegou uma tocha e adentrou a caverna como nunca antes.

O lugar ficava mais frio a medida que Marceline avançava por entre as paredes de pedra. Morcegos passaram voando por entre ela enquanto ela caminhava. o lugar era muito maior do que Marcie havia imaginado.

Ela caminhou por tempo indeterminado até afundar seus pés em uma água barrenta.

– Uhhhhg! – Marceline disse recuando alguns passos com seus tênis encharcados. – Mas o que é isso? Que lugar é esse?

Marceline ouviu algo silvar atrás dela. Ela virou a tocha e uma criatura branca como leite colocou as mãos em frente dos olhos, se protegendo as luz. A criatura tinha o corpo de um humano, se não fosse pelo cabelo branco ralo e a pele acinzentada. Ele tinha dois dentes afiados e quando ele finalmente olhou para ela, revelou um par de olhos vermelho vivo.

– O..Oque é você ?– Marceline gaguejou dando um passo para trás. Assustada.

– Veja só Jorg – Disse uma outra deles, saindo das sombras, ela tinha o cabelo negro na altura das orelhas e a mesma pele e dentes que o outro. – Parece que temos carne nova no pedaço.

– Parece que sim Brit – disse um outro vindo de trás de Marceline, ele era gordo e alto, careca. A criatura cheirou o ar. – Meio demônio, meio humano. Nosso sabor preferido – ele lambeu os lábios com sua língua bifurcada.

– Nós somos vampiros – o primeiro que se chamava Jorg respondeu. – E nós vamos devorar você.

– Vocês não podem me devorar – Marceline disse com a voz falha. Se ao menos ela tivesse trazido seu machado consigo... mas ela estava impotente, uma contra três. – Meu pai vai matar vocês!

– E quem é seu pai queridinha? – perguntou a outra mulher.

– Hunsou Abadeer – ela disse confiante, essa era sua única carta para não ser devorada.

– Ah, o velho Hunson.... eu me lembro, ele nos expulsou da noitosfera! – o gordo disse.

– Sera um prazer devorar a filhinha dele... aposto que será uma doce vingança. – disse Jorg -Marceline não é mesmo? Eu me lembro de você algumas centenas de anos atrás. Um bebe fofo, sua mãe te erguia orgulhosamente pela sacada, e todos te aplaudiam... até mesmo nós... antes de sermos banidos. – ele segurou o rosto de Marcie com a mão. Suas unhas eram compridas e pontudas, arranhando-a. – Você se tornou uma linda garota, pena que irei devora-lá.

Depois disso Marceline sentiu algo perfurar seu pescoço, dentes afiados, e depois, sentiu todo seu sangue ser drenado de seu corpo, enquanto tudo a sua volta começava a escurecer. As vozes ficavam indistintas e confusas, sua visão estava embaçada e ela não conseguia mais mover nenhum de seus membros. Ela estava entregue ao vampiro que sugava seu sangue, enquanto sua vida ia embora....

Ela conseguiu abrir os olhos um pouco, o suficiente para ver os três vampiros saírem por onde Marcie havia entrado.

– Tem certeza que acabou com ela Jorg? – Brit perguntou. – Não quero outra vampira por ai... e se essa garota se transformar, ela vai ser muito poderosa.

– Fica tranquila Brit – disse Jorg – Eu suguei até a ultima gota, essa pirralha não vai mais nos incomodar.

Quando Marceline sentiu-se arder, ela desejou que aquilo fosse verdade, desejou que estivesse morta, moribunda no final de uma caverna qualquer, pelo menos assim ela encontraria sua mãe...

Mas não foi isso que aconteceu. Ao que parece Jorg não havia acabado com ela, ele deixou um pouco de sangue... mas era o suficiente para que a transformação tivesse inicio. Marceline começou a sentir um formigamento engraçado em seu corpo, como se formigas andassem sobre ela, mas as formigas pareceram se irritar, e agora a mordiam por toda a parte. Marceline não pode se conter e gritou. Lágrimas escorriam de seus olhos. Ela não se mechia voluntariamente, mesmo que se contorcesse no chão de terra. Seus membros eram como chumbo, pendentes como braços de bonecos, se movendo contra sua vontade, como um marionete, enquanto as picadas de formigas evoluíam para algo mais doloroso e cada vez mais doloroso. Marceline gritou até perder a voz, seus braços e pernas estava arranhados e doloridos de se contorcer.

Ela implorava. Em sua mente ela implorava para que sua mãe a tirasse dali, a levando para morte, ela implorava para que seu pai a levasse dali, de volta para a noitosfera. Ela implorou a tudo e a todos que conhecia, mas ninguém veio a ajudar... nem mesmo Simon, que a ajudara quando ela mais precisou. “ Simon não existe mais “ ela pensou “ Simon agora é rei gelado. Eu ouvi historias sobre ele, ele vive em um lugar frio, sozinho com um monte de pinguins enquanto ri histericamente e tenta raptar princesas”

Podia ter se passado um ano, um mês ou somente alguns minutos des de que Jorg a mordera, Marceline não conseguia saber, mas quando passou ela se sentia mais viva do que nunca. O fundo da caverna era escuridão total, mas mesmo assim Marcie podia ver tudo com clareza. Ela sentia milhões de cheiros, de todas as coisas, vindas de todos os lugares... ela só não sentia o chão sobre seus pés.

– Estou... Flutuando? – ela disse dando uma cambalhota no ar. – Isso é muito maneiro!

Marceline flutuou para fora da caverna, onde suas coisas permaneciam intocadas. Ela subiu alto, vendo vários vilarejos e sentindo o vento gelado em seu rosto, balançando seus compridos cabelos negros, que pareciam flutuar com ela ao invés de caírem como costumavam fazer. Marceline sentiu uma infinidade de cheiros, mas um chamou sua atenção. Ela de repente estava faminta e sua barriga roncava, e o cheiro era de alguma coisa deliciosa, então Marceline decidiu segui-lo.

O que ela encontrou foi um homem sentado sozinho em um barco, com sua vara de pescar, ele parecia muito velho. Marceline foi até ele sem mesmo perceber, e segurou-o. Ela rasgou a garganta dele e sugou seu doce e viscoso sangue, até se sentir saciada. Ela largou o velho acinzentado no barco, sem vida nenhuma, e voltou até o píer, onde ela sentou-se e viu seu reflexo na água. Ela tinha o rosto e as mãos sujas de sangue.

– Oh céus – ela disse encarando a imagem na água- O que eu fiz? Eu sou um monstro!

Ela lavou as mãos e o rosto na água, e viu as duas feridas vermelhas em seu pescoço. Ela os tocou com a ponta dos dedos e repetiu – Eu sou um monstro.

Ela flutuou para longe, e parou debaixo de uma macieira. O sol nasceria em algumas horas e Marceline teria que voltar logo para sua caverna. Ela havia lido que vampiros eram intolerantes a luz do sol assim como a alho e outras coisas.

Ela encostou na arvore e um dos galhos superiores tremeu, uma maça vermelha caiu no chão ao lado de Marceline. Ela gostava de maças antes de virar vampira... será que ela ainda gostava?

Marceline mordeu a maça. Era boa, mas parecia faltar algo, então ela rodou a fruta na mão.

– Será? – ela disse fitando a maça, então ela fincou seus novos dentes de aço na fruta, e sugou o que podia. Quando ela olhou a fruta outra vez, ela estava seca e cinza.

– Eu posso viver com isso – ela disse rodando pegando mais uma maça e se alimentando do vermelho, não era tão bom quanto o sangue, mas ela periferia viver sem machucar ninguém. Vampiros podem ser boas criaturas, não podem?


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Notas finais do capítulo

eu disse que seria grande? pegadinha do malandro! não fico como eu imaginava... mas ta ae, espero que gostem!



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