She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro


Capítulo 9
I think I wanna marry you


Notas iniciais do capítulo

Ooi! FELIZ PÁSCOA, BABYS! Boa leitura.



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– Você tá tenso. - Alice falou passando a mão nos meus cabelos. Estávamos na casa dela, deitados na cama, assistindo televisão. Na verdade, só estava ligada, porque ninguém prestava atenção.

– Alice... Quando um apartamento vai pra hipoteca, quanto tempo demora pra pessoa perder? - Ela parou o carinho.

– Que merda você fez?

– Nenhuma. Eu levei um golpe. - Ela me olhou. - Sabe que meu pai queria que eu casasse, né?

– Sei...

– O pai da tal mulher contratou buffet, banda e o caralho a quatro no meu nome. Deixou meu apartamento e parte da empresa de hipoteca.

– Vai dar tudo certo. Foi sem seu consentimento. - Ela beijou meu pescoço.

– Espero... - Olhei pra ela. - E a gente?

– O que tem a gente? - Ela perguntou risonha.

– Você é minha?

– Sempre fui sua. Você sabe disso, Andy. - Ela fez carinho no meu rosto.

– Eu sei que eu deveria fazer uma coisa mais bonitinha, mas posso fazer uma pergunta? - Ela arqueou uma sobrancelha e depois deu de ombros.

– Pode. Eu acho.

– Olha, eu sei que você merecia algo tipo do topo da Torre Eiffel, com flores e o Green Day cantando pra você, mas além de eu ser apressado, não vou ter grana pra tudo isso. Mas eu quero casar com você.

– Andy, eu...

– Calma que eu não acabei. Quero casar com você. Quero que, daqui a alguns anos, sejamos eu, você, oito gêmeos e um cachorro chamado Brian. - Ela gargalhou.

– Oito gêmeos? Quer que eu vire parideira?

– Quero um time de basquete, se começar a reclamar. - Ela fez biquinho.

– Claro que eu aceito casar com você e até teria oito gêmeos. - Sorri. - Mas com uma condição. - Meu sorriso sumiu. - Além do Brian, teremos uma coelha chamada Valentina. - Ri e a abracei. - Eu te amo.

– Eu também te amo. - A beijei e a abracei de novo. - O que acha do dia 31?

– Dia 31 de que?

– Do mês que vem. - Ela deu de ombros.

– Sei lá. Por quê?

– Vai ser o dia do nosso casamento.

– Tá bom. - Alice falou sorrindo e pareceu não levar fé nisso.

– To falando sério.

– Eu sei. Eu também to falando sério. - Ela ainda sorria. - O que acha de uma pizza pra comemorar?

– Seria uma boa. Mas eu pensei em outra coisa.

– Podemos ter duas coisas em noite só.

– Então, liga pra pizzaria enquanto eu preparo uma rapidinha.

– Rapidinha? Eu pensei que seria depois.

– Sabe de nada. Inocente. - Alice revirou os olhos.

– Qual a graça em rapidinhas? Você sempre gosta de rapidinhas.

– Quer a noite toda, então? Não vejo problema nenhum.

– Melhor do que em meia hora. - Ela resmungou. Ri.

(...)

Observava a Alice dormir. Sorri. Comecei a imaginá-la vestida de noiva. Ela era perfeita. Olhei no relógio. Oito da manhã. Tá cedo demais. Quem acorda essa horário em pleno domingo? Me aconcheguei mais pra perto dela, beijei o topo da sua cabeça e voltei a dormi.

(...)

Estacionei na frente da casa do pai da Alice. Ele já me conhecia, eu já havia conversado com ele, mas nunca tinha pedido a mão dela em casamento.

– Eu não acredito que você tá suando frio, Andrew. - Alice falou quando eu peguei na sua mão. Ela tocou a campainha.

– Não to suando frio. - Resmunguei.

– Tá sim! - Revirei os olhos. A porta abriu e um senhor Mendler idoso, com cara de rabugento e com uma bengala na mão atendeu a gente. - Oi, pai! - Alice disse e o abraçou.

– Oi, senhor Mendler. - Falei e, por incrível que pareça, ele sorriu.

– Oi, Andrew. - Ele abriu passagem e entramos. Fomos pra sala e nos sentamos. - Sabia que algum dia vocês iriam acabar voltando. - Sorri.

– Pensei em pedirmos uma pizza. O que acha? - Alice perguntou.

– Só se for de bacon. - Ele falou. Os dois olharam pra mim.

– O que vocês decidirem, pra mim tá bom. - Alice pegou o telefone e foi até a cozinha pegar a folha com o número. - Senhor Mendler, eu tenho que falar algo com o senhor. - Ele olhou pra mim.

– E o que seria?

– Eu quero casar com a sua filha.

– Novidade... - Ele falou irônico. - Já pediu?

– Já.

– E as alianças?

– Então... Eu ainda não pude comprar. Mas acho que amanhã compro.

– Já pensaram em alguma data?

– Dia 31 do mês que vem. Mas não sei se a igreja vai estar disponível.

– Não precisa ser em uma igreja grande. - Alice falou.

– Achei que você quisesse. - Disse pra ela.

– Na minha opinião, casamentos em igrejas pequenas é mais bonito. - O pai dela opinou.

– Fica algo mais pessoal. - Ela disse e concordamos. Alice se aconchegou nos meus braços. Começamos a conversar sobre o casamento e ela falava tudo o que queria que tivesse.

(...)

– A empresa não tá mais em hipoteca! - Claire falou antes mesmo de me dizer "bom dia". Sorri.

– Ótima notícia! - Ela sorriu. - E eu vou casar. - Ela arqueou uma sobrancelha.

– Parabéns!

– Obrigado. - Respondi ainda sorrindo. - O que tem pra hoje?

– Mesmas coisas de sempre. E uma empresa arábica entrou em contato por e-mail. - Arqueei as duas sobrancelhas.

– E diziam que eu estava na pior. - Entrei na minha sala. Comecei a arrumar alguns papéis enquanto esperava o computador ligar. Meu celular começou a tocar. Atendi.

– Noivo? E eu fico sabendo pela April?! - Peter berrou no meu ouvido.

– Como as notícias correm rápido. Alice mudou o status de relacionamento?

– Não. Ela surtou agora a pouco no telefone. Cara, eu achei que eu fosse seu melhor amigo.

– Eu não iria ligar desesperado e te contar que vou casar. Eu ia falar quando chegasse em casa.

– Feriu meus sentimentos.

– Cala a boca, Peter. Mas é sério que ela surtou?

– "AHHHHH! ELE ME PEDIU EM CASAMENTO!". Eu ouvi isso nitidamente sem o telefone estar no viva voz! - Sorri.

– Minha noiva é animada. Você quer que eu faça o que?

– Imagino quando estão só vocês dois.

– Você imagina isso?!

– Foi modo de falar. Não sou maníaco.

– Já achei que eu tava dormindo com o inimigo.

– Cala a boca! Deixa eu falar... Eu e a April estamos procurando apartamento.

– Não precisa. Eu vou casar. A Alice mora sozinha. Posso ir pra lá.

– Ah, é! - Ficamos em silêncio.

– Você tem noção de que a gente tá amarrado pra sempre depois dessa, Peter? - Falei depois de um tempo.

– Na verdade, isso aconteceu faz tempo.

– Mas estamos indo morar com elas!

– Sex all day, all night. - Revirei os olhos.

– Eu to falando sério.

– Mas eu também to falando sério.

– Tá, Peter. Preciso trabalhar. - Nos despedimos e eu desliguei. Lembrei de quando vi a Alice vestida de noiva. Ela estava mais linda do que já é. Perfeita.

(...)

– Mãe, para de chorar. - Eu dizia enquanto almoçava e falava com ela no telefone.

– Meu filho vai virar um homem de família. - Sorri. - Eu to ficando velha.

– Para com isso. Você não é velha. - Ela não falou nada. - Mãe?

– To aqui.

– Eu te amo.

– Também te amo, querido. Quando vocês vem aqui em casa?

– Quando a senhora quiser. Mãe... Você se importaria se o jantar de noivado fosse na sua casa?

– É óbvio que não, menino! - Ri baixo.

– Eu pensei em chamar meu pai. Tudo bem pra você?

– Eu sei que você vai chamá-lo. E como ele tá?

– Acho que bem. Sei lá. Já sabe da novidade? - Perguntei, mas tenho quase certeza de que ela não faz ideia.

– Que novidade? Tem mais outra?

– Da April e do Peter.

– Que eles vão morar juntos? April comentou sobre... - Eles não falaram do neném. Dois safados.

– E como tá o Paul?

– Quase teve um troço. - Ri.

– Perguntei se ele tá bem.

– Tá bem, tá bem... Posso marcar o jantar pra essa quinta?

– Claro. Mãe, meu horário de almoço tá acabando. Depois falo com você.

– Tudo bem.

– Te amo.

– Também te amo. - Sorri e desliguei, logo depois colocando o celular no bolso. Paguei a conta e fui comprar alianças pra mim e pra Alice.


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Notas finais do capítulo

Bom, o "oito gêmeos" eu devo a uma leitora do spirit. E eu realmente quero um cachorro chamado Brian e uma coelhinha chamada Valentina. Meu sonho, gente. Sério. Bom, espero que vocês tenham gostado do cap! E eu sei que ele tá pequeno, mas pretendo fazer o prox maior.
VEJAM DIVERGENTE! Acho que vou de novo amanhã. O filme tá perfeito! Theo pegando a Shai. Tudo bem que é no filme, mas achei que eles interpretaram bem até demais ou é meu coração de Sheo shipper me enganando rçrçr
Beijos!