She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro


Capítulo 3
Adore You


Notas iniciais do capítulo

Achei que o cap tinha a ver com a música. Não julguem a Miley nos comentários, eu sei das idiotices que ela tá fazendo, mas a fic não se trata disso, né. É só uma música. "All about the music" .-. Ahn... BOA LEITURA!



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— Oi, Isaac. - Alice falou. Então esse é o cara que a Alice diz que vai casar? Pelo amor de Jesus Cristo, ela já teve gostos melhores. Eu, por exemplo. Ele é só um engomadinho filhinho de papai. E olha pra ela! Alice é demais pra ele.

— Quem é ele? - O idiota perguntou. Eu sou o futuro namorado da Alice quando ela resolver te dar um pé na bunda.

— É um amigo meu. Andy, esse é o Isaac. - Ele me mediu de cima a baixo. E eu fiz o mesmo com ele.

— E aí? - Falamos um pro outro.

— Vou voltar pra empresa. Qualquer coisa sobre o caso do meu pai, qualquer coisa mesmo, você me avisa? - Perguntei pra ela.

— Claro. Eu vou dar um jeito. - Dei um beijo na bochecha dela e um sorrisinho pro idiota. Saí do escritório da Alice e resolvi ir até a tal cafeteria que a Alice tinha me dito. Sentei no balcão e pedi um capuccino.

Minha vida já estava uma merda. Mas depois que eu reencontrei a Alice parece que ficou pior! Por qual motivo? Ela não era minha.

— Quem é ela? - A mulher me entregou o capuccino e fez a pergunta.

— Desculpa?

— É uma mulher, não é? Ou você é gay? - Ri baixo.

— Não sou gay. E não sabia que tava tão na cara assim.

— Realmente, não tá. Mas eu vejo centenas de pessoas sentarem nesse balcão e pensarem nos problemas. Acabo descobrindo. - Fiz que sim com a cabeça.

— Ela vai casar daqui a um mês. - Falei.

— E você não vai fazer nada? Olha, se um cara aparecesse, quando eu estivesse prestes a me casar, e dissesse me me ama e aquele frufru todo, por mais que eu amasse meu noivo, eu pensaria mais uma vez se é aquilo que eu quero pra mim.

— Ela é amiga da minha irmã. Minha irmã disse que ela pergunta sobre sim.

— E eu te pergunto novamente: você não vai fazer nada? - Mordi o lábio. - Ah… Qual o nome dela?

— Alice. - Falei com a cabeça baixa.

— Mendler? A advogada? - Olhei pra moça.

— É.

— Ela vem aqui direto. E qual seu nome?

— Andrew.

— Ela ama você. Pelo amor de Deus, não deixa ela casar. - Sorri de canto.

— Como você sabe que ela me ama?

— Ela já me falou de você as vezes, quando ela vinha e a cafeteria não estava cheia. Tipo agora. Ela não falou diretamente, mas dá pra notar. - Sorri. - Eu preciso ir. - Ela disse depois de olhar pro seu lado direito. - Mas sério. Não desiste dela.

— Não vou.

(…)

— O senhor quer que eu cancele todos os compromissos? - Minha secretária perguntou.

— Minha cara tá tão ruim assim? - Perguntei e ela mordeu a parte de dentro da bochecha.

— Desculpa, senhor Davis, mas claramente o senhor não está nos melhores dias. - Respirei fundo.

— Não precisa cancelar nada. Qual o próximo item da agenda, Claire? - Ela folheou as páginas de um caderno.

— Reunião com o seu pai. Ahn… Peter pediu pra vim.

— Deixa… Deixa o Peter fazer o que ele quiser. Pelo menos quando eu chegar em casa ele não me enche o saco. Obrigado. - Ela sorriu e saiu da sala.

Fui pra sala de reunião algumas horas mais tarde. Encontrei meu pai e Peter lá. Nos cumprimentamos e eu sentei diante da mesa.

— Pai, que história é essa de jantar? - Perguntei.

— Eu não te falei, né? Devo ter esquecido. Vai ter um jantar em casa hoje com a família da Brianna. Talvez possamos até oficializar.

— Já falei que eu não vou casar com ela.

— Vai morrer solteiro?

— Ele encontrou a Alice de novo. - Peter falou e meu pai olhou pra mim com a sobrancelha arqueada.

— Vocês voltaram, então?

— Não, pai. Ainda não. - Ele fez que sim com a cabeça.

— Andrew, minha empresa tá falindo. Eu to quase entrando no vermelho. - Respirei fundo e botei as mãos no rosto.

— Eu não vou casar com a Brianna. Arranja outro filho. - Peter riu. Olhamos pra ele, que murmurou um “desculpa”.

— Tá. E o que o advogado disse sobre os papéis que eu te entreguei?

— Advogada. É a Alice. - Meu pai arqueou a sobrancelha. Pigarreei. - Ela disse que ainda falta o cara apresentar vários documentos e… Você tem chances de ganhar o processo.

— Marca uma reunião. Eu, você e ela.

— Tudo bem. - Murmurei. Liguei pro meu escritório. - Claire, preciso que ligue pra Alice.

— Desculpe, mas quem? - Revirei os olhos.

— A Mendler. Advogada.

— Ah… Tudo bem.

— Marque uma reunião para o mais próximo possível. Fala pra ela que meu pai vai comparecer também.

— Ok.

— Obrigado. - Desliguei.

— Pra que avisar que seu pai vai tá lá também? Vocês vão se pegar por um acaso?

— Ela tá noiva, Peter. - Respondi.

— Mas não tá morta.

— Que seja…

(…)

— Boa noite! - A senhora Klark falou. Forcei um sorriso. A família da Brianna tinha acabado de chegar.

— Oi. - Falei. Abri passagens pros três. Senhor e senhora Klark, e Brianna. Obviamente não to feliz com isso de ser quase forçado a casar, mas ela é bonita. E eu não posso negar.

— Depois diz que não quer casar com a moça. - Meu pai falou quando eles se afastaram, indo pra sala.

— Eu disse que não quero e não vou casar. Mas ela não é feia.

— Ela é uma boa candidata, Andrew.

— Virou eleição agora? - Meu pai bufou. Fomos pra sala acompanhar as visitas. Bia estava sentada no sofá mexendo no celular e a Emma do seu lado, espiando. Isso mesmo, Emma. Ajuda o irmão a cuidar da outra.

Meu pai e o pai da Brianna começaram a conversar sobre algo da empresa. A senhora Klark engatou em uma conversa com a Olivia, minha nova madrasta. Brianna estava sentada ao meu lado no sofá. Ela me olhou, mas fingi que não vi. Vai que ela me mande flores de novo.

"Dá atenção pra sua noiva"

Chegou no meu celular. Li quem tinha enviado. “Bia”.

"Ela me mandou flores. FLORES. F-L-O-R-E-S"

"Isso quer dizer que ela tá interessada. Não tenho irmão cafajeste, que eu saiba"

Revirei os olhos. Pra que tanto drama? Olhei pra Brianna. Ela deu um sorrisinho tímido. Fiz o mesmo.

— Quer ir lá pra fora até o jantar ficar pronto? - Ela concordou e levantamos. Eu não tinha assunto com a Brianna. Eu nem sequer sabia sobre os gostos dela. Eu não sabia nada sobre a mulher que meu pai quer que eu case. - Você que escolheu as flores? - Perguntei. Não sabia o que falar.

— Que flores?

— As que eu recebi no escritório hoje mais cedo.

— Coisa da minha mãe. Eu nunca mandaria flores pra um homem. - Ela falou rindo. E ali o assunto morreu. Continuamos andando pelo jardim. - O que acha da ideia do meu pai e do seu? - Como eu iria dispensa-la?

— Olha… Não é nada pessoal, tá?

— Imaginei.

— Desculpa, Brianna. Não posso casar com alguém que eu não goste.

— Eu sei. Também não gosto de você. - Arqueei uma sobrancelha olhando pra ela. - Digo, não sou apaixonada.

— Ah…

— Pelo menos meu pai escolheu alguém bonito pra mim. - Ela disse rindo baixo. Ri também.

— Pelo menos meu pai também tem bom gosto. - Ela sorriu.

— Mas eu não casaria com você.

— Entendo…

— Você não me ama. - Olhei pra ela de novo. Não falei nada. Ela também não. Olhei pro céu e me lembrei de algo:

— Posso dar uma flor pra sua namorada? - Um palhaço perguntou parando nós dois. Ela corou quase se escondendo atrás do urso gigante e eu devia estar mais vermelho que o Papai Noel.

— A gente não… Não namoramos. - Falei. O palhaço sorriu mais ainda olhando pra nós dois. Ele estendeu a mão com a flor pra mim e indicou que era pra eu entregar pra ela. Sorri. Peguei a flor. Alice ainda se escondia atrás do urso. O palhaço continuava olhando pra mim, como se me incentivasse. - Ahn… Pra você, então… É… Isso aí… - Ela pegou a flor da minha mão.

— Obrigada. - O palhaço saiu, mas deixou nós dois constrangidos.

Sorri. Eu lembrava disso como se fosse ontem. Lembrava do nosso primeiro beijo como se fosse hoje… Eu sei que nunca vou deixar de amá-la. Eu vou fazer o possível pra ela voltar pra mim, voltar a ser minha.

(…)

O jantar foi a mesma coisa de sempre. Meu pai, madrasta e os senhores Klark conversando, Bia e Emma quase dormindo em cima da mesa e eu e a Brianna em silêncio.

Nesse momento, eu me encontrava na casa da minha mãe. April quase me matou por te-la acordado.

— Eu não to te pedindo nenhum milagre. - Falei e ela suspirou.

— O problema, Andrew, é que ela não tá sozinha. E eu não quero ver você sofrendo mais do que já tá.

— Eu preciso falar com ela. April, por favor! Qualquer coisa, pode jogar na minha cara que você me aconselhou a não ir atrás dela.

— Tudo bem. Ela mora perto da sua casa. - Sorri. - E sozinha, antes que você me pergunte! - Sorri de novo. Ela me explicou o caminho. Entrei no carro e fui até lá.

Cheguei. Era um prédio. Pedi pro porteiro perguntar se eu poderia subir. Falei que houve um problema com o meu pai. Certeza que ela liberaria minha passagem. E assim aconteceu.

— O que houve? A coisa piorou? - Ela perguntou assim que abriu a porta.

— Eu menti pra você deixar eu subir. - Alice ficou olhando pra mim. Depois de um tempo, ela fechou a porta e fomos pra sala.

— Não precisava disso. - Não respondi.

— Alice, eu precisava conversar com você. Sobre tudo. - Ela já sabia do que se tratava, mas fingiu que não. - Eu sinto sua falta. Você não faz ideia. Durante esses anos, não teve um dia que eu não pensei em você, que eu não desejei você, que eu não quisesse você ao meu lado…

— Andrew…

— Deixa eu terminar. Eu preciso de você. Ainda mais agora que eu te tenho por perto. Eu mudei. E sei que você também mudou. Mas eu continuo te amando. Isso nunca vai mudar. Eu sei que não. Eu eu temo que você não sinta mais o mesmo por mim. Eu sei que as coisas não são simples. Mas… Você aceitou se casar com um cara que não sou eu.

— Eu não pensei que eu iria te encontrar de novo.

— Você terminaria com ele?

— Andy…

— Sim ou não?

— Como você disse, as coisas não são simples. - A voz dela tava trêmula. - Mas eu não sou apaixonada por ele como eu amava você. Eu achava que não, mas depois daquele dia no restaurante… Eu ainda sou apaixonada por você.

— Então!

— Eu não posso pensar só em mim, Andrew.

— Resolveu virar altruísta bem agora?

— Eu não quero magoar alguém que eu sei que me ama.

— E aí você resolve me magoar? Eu quero que aquele cara se dane. Eu amo você. Eu preciso de você.

— Eu não sei o que fazer. - Pela primeira vez desde que sentamos, ela olhou pra mim. Peguei na mão dela.

— Eu falhei, Alice. - Ela me olhou confusa. - Eu falhei com nós dois. Eu deixei que você se afastasse. Eu não fiz nada pra impedir que eu perdesse você. - Levei minha outra mão até o rosto dela, que fechou os olhos. Me aproximei do seu rosto. - Eu amo você. - Eu já sentia a respiração dela na minha pele. Também fechei os olhos. - Eu sempre vou amar você. - Grudei meus lábios no dela.

*AVISO: Peço que não odeiam o Isaac que nem o Andrew. Ele é legal, apesar de ser noivo da Alice .-.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, eu vou começar a responder os comentários a medida que eles forem chegando pra vcs não esperarem tanto a resposta. Bom... Eu sei que ficou muito meloso esse final aí, PORÉM ficou bonitinho vai... Quero um desses pra mim ): Impossível, né, pq são tudo uns vadios. Beijos!