Algo passou pelo pescoço de InuYasha e lhe causou um leve incomodo. Não deu atenção. A mesma coisa voltou a roçar em sua orelha. Ele apenas trocou de lado na cama. A coisa voltou a roçar, dessa vez em seu nariz, fazendo espirrar.
    O Hanyou agarrou a coisa que o incomodava e sentou-se na cama, emburrado.
    Era uma pequena bolinha que parecia ser feita de.. de.. como era o nome daquelas coisas no quarto de Kagome? Ah sim! Pelúcias.
    Ele a jogou de lado para procurar quem estava lhe incomodando. Porém o quarto estava vazio.
    E era um quarto roxo em que ele nunca havia estado antes. Nada lhe era familiar, somente a espada que repousava ao lado de sua cama.
    Pegou-a e guardou, ainda olhando destraido e curioso em volta. Onde ele estava?
    -Bu.
    A bolinha preta havia subido em sua cabeça sem que ele percebe-se e agora o encava de cabeça para baixo e com os olhos muito abertos.
    -AAAAAH!
    InuYasha caiu na cama assustado e a bolinha pos-se a correr pelo quarto gritando.
    -Peguei você! Peguei você! Blééééééééeéé.
    A bolinha postou-se a frente dele lhe mostrando a língua.
    InuYasha agarrou o Mokona e ia começar a bate-lo no dossel da cama quando ouviu uma voz atrás de si.
    -Então nosso convidado já acordou.
    Uma mulher de cabelos negros e um vestido estranho e muito longo lhe observava sorrindo da porta.
    -Maru, Moro, tragam-no para a sala. Nami-chaaaan, prepare um chá para ele! E não se esqueça de meu sake!
    Uma outra voz gritou em resposta de muito longe, apenas definindo um nítido "Haaaaaaaaaai!".
    Duas crianças muito parecidas vieram e lhe pegaram pelas mãos, levando uma atordoado InuYasha para uma sala no fim do corredor.
    Convidado? Chá? Onde ele estava afinal?
    Elas lhe abriram a porta sincronizadamente, conduzindo-o para dentro do comodo onde Yuuko já estava deitada em seu divã.
    Ela lhe olhou diretamente, sorrindo.
    -Então? Veio levar nossa Nami-chan?
    -Are? Nami-chan? Quem é essa? E o que eu estou fazendo aqui? Me responda!
    InuYasha mais desperto e consciente sacou a Tessaiga, porém havia esquecido que por alguma horas ela não iria atender seus chamados. Yuuko fez uma cara ofendida.
    -Yare Yare... seu pai era mais educado sabia? E ela não vai lhe ajudar aqui, nem mesmo se hoje não fosse noite de lua cheia. Os poderes que aqui controlo não permitiriam, InuYasha.
    O Youkai lhe olhou assustado. Ele não havia dito seu nome a ela. E como ela sabia sua fraqueza? Será que era alguma enviada de Naraku? Sem seus poderes de Youkai não tinha como saber como era o seu cheiro. Shikso!
    Yuuko ainda lhe observava calmamente.
    -Você tem um desejo. E eu tenho posse do que você deseja. Porém todos meus serviços tem um preço. Aproposito meu nome é Yuuko.
    -Desejo? Que desejo! Oe! Exijo que você me solte!!!
    -Você deseja ter Kagome de volta.
    Os olhos de InuYasha brilharam ao ouvir seu nome. Ele imediatamente abaixou a espada e lhe olhou esperançoso.
    -KAGOME?!?! Você sabe onde ela está?
    Yuuko suspirou, aquele cabeça dura estava lhe entediando. Ela lhe acenou cansada.
    -Haaaaaai... Ela está aqui.. Mas espere antes de destruir esta pobre mesa que ganhei de um certo senhor. Ela esta aqui comigo, porém não quer lhe ver. Nunca mais creio eu. Apenas poderá te-la de volta se me pagar o preço de seu desejo. Que pena... era uma linda mesa...
    InuYasha apoiou a Tessaiga nos ombros depois de destroçar a mesa com um golpe, e fitou Yuuko, curioso com o que ela dissera.
    -Oe? Como assim ela não quer me ver?
    -Yare Yare... você é um cego mesmo hein? Ela não quer mais lhe ver. Por isso veio até mim. Ela desejava esquece-lo, esquecer o amor dela por você.  Eu realizei seu desejo, e ela me deu algo em troca.
    Aquilo fez InuYasha corar. Ela lhe amava? Ele fez uma cara indiferente e orgulhosa, porém se sentindo estranhamente mais leve por dentro.
    -Feh. Não importa! Eu quero ela de volta e vou leva-la. Não quero saber de suas bruxarias. Onde ela está?
    -Yuuko-san! Eu trouxe o chá, e seu sake também!
    Nami-chan entrou pela porta, feliz com sua bandeja. Colocou-a em uma outra mesa e olhou para InuYasha.
    -Nii-chan! Que bom que você acordou! E me parece muito bem! Agora tome um pouco do chá que Nami-chan fez, vai ajuda-lo a se recuperar mais rápido!
    Namida virou sorridente para InuYasha, que lhe observava boquiaberto. Agora ele se lembrava de como havia chego lá. Kagome matara o youkai sangue suga e lhe trouxera para aquela casa. Era ela! Sua Kagome!  Mas seus olhos estavam pálidos, e não castanhos como ele lembrava vividamente. E Ela lhe sorria indiferente e suavemente, além de chamar a si mesma de Nami-chan.
    O Youkai virou furioso para Yuuko, que os observava divertidamente.
    -Oe! FAÇA ELA VOLTAR AO NORMAL! EU QUERO A MINHA KAGOME DE VOLTA!
    Yuuko tombou a cabeça para trás cansada.
    -Yeeeeeeeeeeeee, você não ouviu nada do que eu disse?
    InuYasha voltou-se para Kagome, e pegou a menina assustada em seus braços.
    -KAGOME! Olhe para mim Kagome!!! Tente se lembrar! Eu sou o InuYasha não lembra? InuYasha!
    Nami-chan tombou um pouco a cabeça para o lado e lhe observava curiosa agora. Ela conhecia aquele senhor escandaloso? Não era alguem muito fácil de se esquecer.
     Repentinamente, vindo das nuvens que se dispersavam, o primeiro raio de sol da manhã entrou pela janela de Yuuko como que tivesse sido chamado e iluminou o Hanyou. Lentamente seus cabelos voltaram a ficar prateados, suas orelhas de cachorro voltaram a aparecer, e seus olhos adquiriram a mesma cor do pálido sol.
    Namida lhe olhou incrédula.
    -I-Inu... Yasha?
    De repente ela se lembrou.
    Os fatos decorriam como uma avalanche em sua mente.
    O poço. Outra era. A Árvore. Os Youkais. A joia. Os fragmentos. Ser Sacerdotisa. Flechas. Viagens. Campos. Palácios. Cavernas. Tribos. Era Medieval. Doenças Falsas. Colegas de Escola. Escola. O Poço. Kirara. Shippou. Miroku. Sango. Kaede. Naraku. Kikyou... InuYasha.
    -AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!
    Kagome caiu sentada no chão com as mãos segurando firmemente a cabeça dentre os joelhos. Gritava. Sentia a dor de sua vida. A dor da esperança. Do amor. Da traição. Aquilo lhe corroía inteiramente por dentro.
    Seu coração pulsava freneticamente em seu peito, como se fosse sair pela boca. Cada musculo de seu corpo protestava contra a verdade inabalável, cada parte de sua exência gritava. A dor era infindável, desumana.
    Porém nenhuma lágrima marcou o seu rosto.
    Ela sacudia-se incessavelmente para frente e para trás, num ritmo inconsciente e desesperado.
    -NÃÃÃO!!! EU NÃO QUERO LEMBRAR!!!Eu quero que ESQUECER!! Esquecer... esquecer... esquecer... Não.. onegai não.. onegai... não.. não.. não.. Yuuko.. Onegai....
    Yuuko se levantou de seu divã e agachou-se no mesmo nível de Kagome.
    Ela tocou seus olhos fechados fazendo-a parar de gritar. Segurou o rosto de Kagome dentre as mãos.
    -Namida. Seu nome é Namida. Acalme-se Nami-chan.
    Kagome estava com um um ar desnorteado, porém repetiu obedientemente.
    -Namida...
    -Sim Namida. Você é Namida. Agora vá para seu quarto e durma. Um sono sem sonhos.
    Namida saiu da sala silenciosamente, como que hipnotizada. Enquanto InuYasha observava tudo paralisado.
    -K-K-Ka-go-m...
    -Shiiiiii... Não a chame por este nome. Quer vê-la daquele jeito de novo?
    InuYasha balançou a cabeça fitando os pés.
    -Você é e não é culpado por isto. Mas eu disse, posso ajuda-lo. Eu realizo desejos.
    InuYasha já em sua forma de youkai lhe olhou sem dizer uma palavra. Não era capaz de dizer nada.
    A surpresa que o paralisara começava lentamente a dissipar, deixando um remorso crescente tomar seu lugar.
    Yuuko voltou a se deitar em seu divã com uma expressão grave no rosto.
    -Kagome veio até mim porque teve a confirmação de que receava. Suas esperanças acabaram quando viu você e Kikyou juntos. Ela veio até mim apenas desejando esquecer seu amor por você.
    Ela pegou séria um copo de sake e bebeu de uma vez.
    -Eu realizei seu desejo, e em troca ela me cedeu sua alma. A única coisa preciosa que lhe restava.
    InuYasha se deixou cair no chão, escorregando lentamente pela parede.
    -E-E-Ela.. fez isso?
    Yuuko assentiu gravemente.
    -Sim. Por vontade própria sua alma foi retirada e depositada em um pingente que ela leva sempre consigo. Porém não consegui remove-la completamente, eu admito. Isso deixou algumas lembranças que voltam ocasionalmente. Como você pode perceber.
    InuYasha não se moveu.
    -Existe uma forma de trazer Kagome de volta. Porém o preço é caro.
    O Youkai lhe olhou finalmente. Um lágrima descia silenciosa por sua face.
    -Te dou qualquer coisa que você quiser.
    Yuuko lhe sorriu tristemente.
    -Não concorde antes de saber o preço meu caro rapaz. Eu quero ela. Aquela que voltou a partir da alma de Kagome e sub-existe usufruindo-se de almas mortais. Esse é meu preço. Eu quero a Kikyou.



    O sol ponente lançava seus ultimos raios rubros, fazendo quase impossivel notar um ponto branco que o riscava velozmente. Kikyou patrulhava os céus montada na relutante Kirara.
    O animal não queria consentir em leva-la para lugar nenhum, somente quando Sango lhe lembrou gravemente que era para procurar InuYasha ela assentiu a contra gosto.
    Kikyou estava preocupada.
    InuYasha havia desaparecido o dia inteiro, e justo no dia de lua cheia. Aquele idiota.
    Já vasculhara todos os arredores da cabana de Kaede e ainda não o havia achado. Estavam voltando a cabana quando avistou um brilho prateado no chão, andando contra o sol.
    Deu um tapa em Kirara, indicando que queria pousar. A Youkai rosnou feroz e desceu vertiginosamente, pousando ao lado de InuYasha e quase derrubando Kikyou.
    Kirara se destransformou e foi roçar no pé do hanyou, que lhe retribuiu o carinho destraidamente.
    Porém Kikyou não se ateve a esses detalhes.
    -Onde você esteve?
    InuYasha não lhe respondeu, apenas continuou a acariciar Kirara.
    Kikyou chegou perto dos dois e segurou a o rosto do hanyou com as mãos, fazendo Kirara sair de perto e voltar a rosnar baixinho.
    -Você sabe o quão preocupada fiquei com você? Você não pode sumir assim quando quiser. Ainda mais em dias de lua cheia InuYasha.
    Kikyou se aproximou mais do rosto dele, e fez a menção de beija-lo.
    InuYasha desviou o rosto e fitou o horizonte que reluzia com a luz do sol se pondo atrás dela.
    Kikyou lhe olhou gravemente.
    -O que aconteceu? Foi a menina não é? Ela voltou?
    InuYasha sinalizou que não com a cabeça.
    Kikyou postou-se a frente dele e o abraçou tentado persuadi-lo a falar, porém de seus braços não emanavam calor algum. Ela sussurrou-lhe ao ao ouvido.
    -Fale comigo InuYasha. O que aconteceu?
    InuYasha se desvencilhou dela e voltou a andar.
    -Eu preciso ficar sozinho.
    Kikyou lhe olhou com raiva, virou-se para Kirara que havia se retransformado e montou rapidamente. Dizendo-lhe secamente antes de partir.
    -Faça como quiser.
    Kirara levantou vôo e foi para a cabana rapidamente. InuYasha não virou-se para observa-las. Não conseguia encarar Kikyou. As palavras de Yuuko ecoavam em sua memória.
    Kikyou... o preço para ter Kagome de volta.
    Não era mais uma das armadilhas de Naraku, disso ele tinha certeza infelizmente. Quando voltou a sua forma de Youkai a estranha bruxa não tinha o mesmo cheiro daquele temme.
    Porque isto tinha de acontecer?
    Logo agora, que tudo estava indo tão bem... Seu verdadeiro amor voltara para ele, a caça aos fragmentos recomeçara, Sango e Miroku brigando normalmente, Naraku quase pego... Porque Kagome teve que fazer essa escolha tão estúpida?!?!?!
    "-Yare Yare... você é um cego mesmo hein? Ela não quer mais lhe ver. Por isso veio até mim. Ela desejava esquece-lo, esquecer o amor dela por você..."
    InuYasha sentou-se na grama fresca,  sentindo a brisa que agitava seus cabelos e a fitar o horizonte, com os olhos infinitamente mais tristes do que no dia anterior.
    Ela lhe amava...    
    E ele nunca percebeu.
    "-Você é e não é culpado por isto...."
    Um punho invisível voltou a apertar seu coração com garras de aço.
   " ...mas eu disse, posso ajuda-lo. Eu realizo desejos."
    Ele pegou uma pedra pensativo e começou a roda-la nos dedos. Yuuko era a única que poderia ajuda-lo.
     "-Eu quero ela[...] Esse é meu preço. Eu quero a Kikyou."
    InuYasha fechou a mão com raiva e quebrou a pedra com um estralo.
    Não.
    Nunca.
    Não iria concordar com isso. Não agora que Kikyou estava de volta.
    Que importava Kagome?
    Nada. Não lhe importava absolutamente nada. Ela estava lá, vivendo muito bem e feliz na montanha. Não precisaria mais protege-la, não precisaria mais agüentar seus irritantes "Osuwaris", e não precisava dela para achar os fragmentos da Jóia de Quatro almas. Que aliais foi ela que quebrou.
    Agora tinha Kikyou!
    Ela poderia ajuda-lo a achar os fragmentos, e fazia isso muito bem. Kikyou lhe amava de verdade, voltara do inferno só para te-lo de volta. Só para viver com ele. Estar com ele.
    E Kagome o que fez por ele? Nada.
    InuYasha destroçava os pedaços da pedrinha em sua mão não prestando atenção em mais nada, tomado por uma raiva insana.
    Kagome nunca lhe foi importante, era só sua detectora de fragmentos. Ela que escolheu esquecer. Ela que quis esquecer. O desejo foi dela, não dele.
    Porque ele teria que pagar o preço de algo que ele nem queria?
    -Sessshoumaru-sssama!!! Veja o que encontramosssss!!! O bassstardozinho!
    InuYasha pôs-se de pé num pulo e olhou incrédulo para o lado.
    Lá estava Sesshoumaru parado na grama esvoaçante acompanhado por Ah-Uhn, Jaken e Rin. Sesshoumaru lhe olhava com uma cara de desprezo habitual a InuYasha.
    -Você está no meu caminho.
    InuYasha riu com igual desprezo e sacou a Tessaiga. Afinal o que melhor para completar a perfeição em que se encontrava a sua vida do que vencer Sesshoumaru?
    -Feh. Tente passar se puder.
    Sesshoumaru sacou sua espada inexpressivo.
    -Se quer morrer o problema é seu.
    InuYasha correu velozmente na direção dele, vendo os vértices de vento formarem-se a sua frente.
    -KAZE NO KIZU!!!!
    Com um salto poderoso cortou o ar e se lançou em Sesshoumaru, que por sua vez parou o golpe apenas com uma mão, nem sequer saindo do lugar.
    -Isso é tudo de que é capaz? Sua miséria é deprimente.
    Sesshoumaru com um único movimento da espada lançou InuYasha em direção as pedras, onde ele caiu pesadamente.
    Shikso!!! A força desse Kaze no Kizu não chegou nem perto de seu poder habitual. E Sesshoumaru parecia ter melhorado consideravelmente desde a última vez que se enfrentaram.
    Porque será?
    Rin correu em direção a Sesshoumaru preocupada. Mas com um único olhar de seu mestre, paralisou-se onde estava e não ousou se mexer. InuYasha se apoiava na Tessaiga para levantar quando percebeu ela. Estava muito maior do que fora alguns anos atrás. Não parecia mais somente uma menininha.
    Sempre achara estranho o fato de Sesshoumaru levar uma humana consigo. Logo ele que considerava humanos piores que vermes. Mas Rin parecia ser diferente das outras pare ele. Parecia ser seu motivo pelo qual lutar.
    Mas é claro!!! Por isso que ele não conseguira acertar Sesshoumaru!
    InuYasha não tinha ninguém por quem lutar, afinal, Kagome não estava ali e ele não precisava protege-la. Mas ele tinha Kikyou! Porém ela não era mais humana... ou era? Não importa.
    InuYasha se levantou mais determinado ainda e voltou a correr para Sesshoumaru.
    -Feh! Não se engane! Não é só porque Kagome não está aqui que meu poder vai diminuir!!!
    InuYasha acertou Sesshoumaru, porém mais fraco ainda.
    -Quem disse que eu quero saber de seus problemas?
    Sesshoumaru investiu contra ele e novamente InuYasha foi ao chão.
    -Lute de verdade. Você precisa ter a humana por perto para conseguir me acertar?
    Sesshoumaru atacou-lhe com uma seqüência de golpes, segurando sua espada ainda com apenas uma mão.
    InuYasha muito irritado se defendia o melhor que podia porém era cada vez mais era acertado, a Tessaiga parecia não obedecer-lhe.
    -CALE A BOCA!!! EU NÃO PRECISO DA KAGOME PARA NADA!!! ELA PODE FICAR NAQUELA MONTANHA PARA SEMPRE QUE EU NÃO ME IMPORTO!!! KAAAZE NO KIZUUU!!!
    InuYasha não via mais o que estava fazendo ou quem estava atacando, sua raiva era descomunal, porém o poder da Tessaiga se extinguiu completamente e ela acertou Sesshoumaru apenas como um pedaço inútil de metal. Pela terceira vez Sesshoumaru impeliu-o para longe. O hanyou caiu de novo e tentou se levantar.
    -Você não merece mesmo esta espada. Não consegue a controlar do mesmo jeito que se engana. Você é patético.
    InuYasha abandonou todo o seu orgulho e deixou-se ficar no chão, olhando o céu, com lágrimas de raiva nos olhos.
    -Eu.. não estou.. me enganando... Eu não... preciso da Kagome...
    Sesshoumaru reembainhou sua espada e voltou a andar, agora com seu caminho livre.
    - Aho. Só você não percebeu isso ainda.
    Jaken mostrou a lingua para InuYasha e conduziu Ah-Uhn para perto de Sesshoumaru.
    -Essssspere por mim Ssssshoumaru-sssssama!!!!
    Rin voltou a se mover imediatamente e correu para segui-lo também, mas garota hesitou e voltou rapidamente ao Hanyou caído. Agachou-se no mesmo nível que ele e segredou-lhe no ouvido.
    -Ela é apenas barro agora... a outra.
    Rin voltou a correr para Sesshoumaru, recebendo olhares desconfiados de Jaken.
    InuYasha sentou-se devagar controlando toda sua raiva, pensando nas estranhas palavras de Rin.
    Lentamente fechou o punho sobre o chão úmido ao seu lado. Levou o punhado de terra até o rosto, fechou os olhos e sentiu sua fragrância.
    Cheiro de terra.
    Cheiro de Kikyou.
    Que importava Kagome? Agora tinha Kikyou! Porque teria que pagar o preço de algo que ele nem queria?