Memories escrita por misstsuki


Capítulo 3
Cap 3: Encontros---parte 1


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san!!!
Eu sei, eu sei. Era para eu ter postado esse capitulo semanas atrás, mas por causa do inicio do meu cursinho eu estava sem tempo para terminar o capitulo!>.
Espero que gostem!^^



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Os orbes azuis fitaram o lado de fora do avião. Tudo o que ele podia ver era a imensidão azul do céu e as nuvens que rodeavam o meio de transporte.

Quando sua mãe lhe dissera que ele estaria voltando para o Japão no próximo voo, ela não estava brincando, pois caso contrário ele não estaria dentro do avião voltando para o país que ele achou que nunca mais visitaria depois de dois anos com Lin ao seu lado.

Naru suspirou levemente, como se estivesse frustrado, mas em algum lugar de sua mente e coração, ele agradecia Luella por ter tomado a iniciativa, pois graças a isso ele poderia dar a simples desculpa para Madoka e para o outros integrantes da SPR, de que ele só havia voltando ao Japão pois estava sendo obrigado.

–Sempre arranjando desculpas para esconder o que você realmente sente, não é mesmo Noll?

Oliver fechou os olhos em irritação, lá estava Gene lhe incomodando em seus pensamentos...novamente.

Pouco tempo depois do funeral do irmão mais velho, Naru começou a escutar uma voz nas profundezas de sua mente. No início ele achou que fosse por causa do cansaço da viagem e do trabalho, mas alguns dias depois ele passou a ouvir a voz claramente. Era a voz de Gene, e primeiramente ele lhe pediu que Noll fosse em frente à um espelho.

Quando Oliver ficou de frente ao espelho do banheiro de seu escritório, ele pode ver seu reflexo, nada impressionante, mas logo em seguida uma única frase escapou dos lábios de seu reflexo:

“Olá Oliver.”

Foram poucas as vezes que Oliver Davis ficou surpreso em sua vida. A primeira foi quando ele e seu irmão foram adotados por Martim e Luella, a segunda quando descobriu que seu irmão havia morrido, a terceira foi quando Mai se declarou a ele.

Agora ele podia agregar mais uma surpresa a sua vida. O espirito de seu irmão gêmeo mais velho e idiota ainda estava entre os vivos, já que ele alegava que antes de partir ele precisava ver algo acontecer.

–O que quer Gene?–indagou Naru em seus pensamentos, a última coisa que queria agora era parecer algum louco falando sozinho dentro do avião-Já não se divertiu o bastante às minhas custas vendo nossa mãe tentar planejar um casamento com uma garota que não vejo a mais de dois anos?

–Com certeza aquilo me divertiu muito Noll!-riu Gene–Mas acho que ver você realmente dentro do avião depois de ter sido expulso de casa pela Luella é muito mais hilário.

O gêmeo mais novo cerrou os dentes. Se seu irmão já não estivesse morto, ele mesmo o mataria.

–Eu não precisaria estar voltando se você conseguisse falar com Mai. Você conversou com ela nos sonhos durante o tempo que estávamos no Japão, então porque não faz isso de novo? Estaria me poupando de pegar um avião.-disse Naru friamente.

Gene suspirou, como seu irmão podia ser tão frio? Se eles não tivessem o mesmo rosto, ele duvidaria que fossem irmãos.

–Eu já te disse que não consigo falar com Mai há dois meses Noll...–disse Eugene com a voz mais séria-O que é muito estranho já que pelo menos uma vez por semana ela acabava aparecendo no plano espiritual.

Naru abriu seus olhos, e os orbes azuis brilharam perigosamente. Sobre a parte que seu irmão e Mai se encontravam “pelo menos uma vez por semana” ele não sabia, ele acreditava que o encontro deles acontecia apenas em casos que a SPR aceitava, mas como ele sabia que a SPR não pegava casos sempre, Gene e Mai se encontravam no plano espiritual sem haver um motivo profissional.

Percebendo o súbito silêncio de Noll, Gene sorriu maldosamente. Aparentemente, a revelação de que ele se encontrava com a ex-secretária do irmão, havia o deixado irritado, e com toda certeza, Eugene Davis não perderia essa oportunidade de irritar o gêmeo.

–Não precisa ficar com ciúmes Noll.-comentou Gene tentando não rir.

–E por qual razão eu sentiria ciúmes?–perguntou Naru.

–O fato de eu poder ver e falar com Mai não te incomoda?

Incomoda

Não.-disse o gêmeo mais novo-Não é da minha conta com quem Mai se encontra ou deixa de encontrar.

–Você realmente não é nenhum pouco sincero Noll...-reclamou Eugene.

Naru pode imaginar seu irmão cruzando os braços e batendo o pé impaciente no chão.

–Se sou ou não sincero, isso não lhe diz respeito Gene.-falou Oliver com sua voz monótona-Agora, por que não vai fazer algo mais prestativo como tentar contatar a Mai?

Gene suspirou derrotado, seu irmão mais novo era definitivamente um caso perdido.

–Ok, estou indo.-murmurou Gene antes de cortar a conexão.

Naru finalmente pode soltar um suspiro leve e aliviado. Quando seu irmão aparecia era sempre para falar a respeito de Mai, e esse tópico não era um dos quais ele mais gostava de conversar a respeito.

–Gene finalmente parou de falar?-perguntou Lin sem tirar os olhos do livro que estava lendo.

Apenas o chinês tinha consciência de que os gêmeos continuavam se comunicando, quando Noll contou sobre Gene estar se comunicando com ele mesmo depois do funeral, foi um choque, mesmo para o inexpressível assistente. Entretanto depois de descobrir que o mais velho dos gêmeos não havia partido por querer ver algo acontecer, imediatamente Lin perceberá esse “algo”, mas o chinês fingiu não saber de nada para deixar que o brilhante Doutor Oliver Davis descobrir por conta própria.

–Sim.-respondeu Oliver voltado seu olhar para a janela.

–Bem...foi uma longa conversa, pois nós estamos apenas à alguns minutos de chegar no Japão.

...

Naru não se impressionou ao ver que no Japão ainda era dia, afinal a diferença de horário era de mais ou menos 12 horas, e considerando que ele havia sido posto em um avião às onze horas da noite, com toda certeza ele chegaria ao país oriental enquanto o sol ainda estivesse no céu.

O rapaz estava na entrada do aeroporto esperando pelo carro que Luella havia contratado para levar ele e Lin ao hotel em que ficariam hospedados por algum tempo, enquanto isso, seu assistente estava pegando as malas que eles haviam trazido.

–O carro já chegou?-indagou Lin se aproximando do jovem inglês com duas bolsas de viagem grandes.

O tom de voz usado pelo mais velho não surpreendeu Naru, Lin definitivamente queria sair logo daquele aeroporto lotado de pessoas rindo, conversando e chorando por estarem se despedido de parentes ou amigos, não que Oliver culpasse o chinês por estar irritado, afinal, ele próprio não gostava de estar no meio de multidões.

Foi nesse exato momento que um Honda city preto parou em frente aos dois visitantes estrangeiros. Aquele devia ser o carro da pessoa que sua mãe contratará, mas por alguma razão, o carro parecia levemente familiar.

E então, de repente as portas do carro se abriram. Do lado do passageiro desceu uma mulher de longos cabelos lisos e vermelhos, enquanto que da porta do motorista desceu um homem loiro com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo baixo.

–Yo Naru-bou! Lin-san!

–A quanto tempo Naru, Lin.

...

Já se passavam da meia noite, mas Luella Davis não conseguia dormir e isso se aplicava a Martim Davis, que graças a animação da esposa também não conseguia cair no sono.

Luella querida...-murmurou Martim-...será que você não pode me deixar dormir? Daqui algumas horas eu preciso ir trabalhar.

A loira virou-se na cama para encarar o marido, os cabelos negros de Martim estavam bagunçados e cobrindo parcialmente seus olhos castanhos que demostravam cansaço, mas Luella não conseguia deixar de ficar animada.

Desculpe querido.–desculpou-se Luella acariciando a face do homem que relaxou ao sentir o toque-Mas não consigo deixar de ficar animada com a possibilidade do nosso filho voltar para casa junto com a Mai-chan!

Sabe Luella...-iniciou o moreno escolhendo bem as palavras-...você me disse que os e-mails da Taniyama pararam a dois meses...quem sabe você não esteja certa ao dizer que essa garota já tem um namorado que pediu a ela para que ela parasse de mandar e-mails ao Noll?

–Martim!!!-exclamou a loira levantando-se da cama abruptamente, a fraca luz do abajur iluminou o rosto da mulher que agora tinha uma expressão irritada-Eu só disse aquilo para que nosso filho resolvesse tomar alguma atitude!

–Mas no final não foi você que o chutou pra fora de casa...

A face irritadiça de Luella se transformou em uma levemente constrangida, aquilo era verdade, como Oliver não havia feito menção alguma de que voltaria mesmo depois do que ela dissera, ela mesma havia resolvido que mandaria seu filho ao encontro da garota japonesa.

–Eu sei Martim...e eu acho que fui bem extrema fazendo isso...mas...–ela parou por alguns instantes e um sorriso gentil surgiu em seus lábios-...quando fomos ao Japão identificar...Gene...por alguns minutos eu conversei com Mai-chan.

O homem sentou-se na cama, agora interessado no que sua mulher teria conversado com uma garota que na época possuía 15 ou 16 anos.

–Eu estava chorando tanto com a confirmação que aquele era realmente Gene, e então ela apareceu junto de Matsuzaki-san e Hara-san, elas duas não sabiam direito o que dizer, e eu não as culpo por isso, afinal elas não haviam chegado a conhecer Gene, mas a Mai-chan se aproximou de mim também chorando.-falou Luella-Ela me contou que ela conheceu Gene em seus sonhos, mas que mesmo em seus sonhos ele estava sempre sorrindo mesmo ele sabendo em que tipo de condições ele se encontrava.

Martim sorriu e abraçou a esposa.

–Se alguém como ela puder amar Oliver, eu realmente não vou precisar me preocupar tanto.

Ficaram assim, abraçados por alguns minutos até que o Davis recomeçou a conversa.

–Por falar em preocupação querida...quem você contratou para levar Noll e Lin para o hotel e para a SPR?

A mulher se afastou um pouco para fitar o marido, um sorriso travesso surgiu nos lábios da mulher.

–Eu não contratei ninguém...-iniciou Luella, o que chocou o homem.

–E...então...?

–Eu apenas contatei alguns amigos.

Ela sorriu e deitou-se na cama fechando seus olhos verdes. Ela daria de tudo para ver a cara de seu filho no instante em que ele visse seus “guias”.

...

–Matsuzaki-san? Takigawa-san?-indagou Lin confuso com a aparição dos dois ali no aeroporto.

Mas ao contrário de Lin, Naru já havia descoberto o que acontecerá. Ele colocou sua mão esquerda na testa e fechou os olhos. Sua mãe não havia contratado ninguém. Ela havia contatado Madoka, e está havia mandado a sacerdotisa e o monge com quem havia trabalhado para buscar ele e a Lin.

–Eu não disse que eles ficariam surpresos?!-exclamou o loiro tentando conter suas risadas.

–Cale a boca seu monge imbecil! Está chamando atenção!-repreendeu-o Ayako, antes de voltar sua atenção para os dois recém chegados-Madoka nos mandou vir buscá-los.-disse a ruiva sorrindo gentilmente.

–Entendo.-falou Lin.

–Bem!-disse Takigawa-Que tal nós irmos andando? Podemos conversar no caminho para ao hotel!

–Não.-disse Naru se manifestando pela primeira vez desde que virá o casal-Vamos direto para a SPR.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então???
O que acharam dese capitulo???
Eu estava planejando fazer o capitulo "Encontros" uma única parte, mas acabou que eu dividi ele em dois.^^rsrs
A segunda parte do capitulo "Encontros" será postando o mais rapido que eu puder!^^
Mereço comentários???

Kissus



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