Um Cupido Diferente. escrita por Soquinho


Capítulo 3
Segundo Capítulo.




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O fogo crepitava enquanto um campista tacava pedrinhas e atiçava as chamas. Eles estavam reunidos ao redor da mesma, e já haviam concluído suas refeições. Estavam ali pondo as conversas em dia, com piadas ditas por Leo e que zombava dos constantes desmaios de Jason – o mesmo estava a ponto de esfolar a cabeça do melhor amigo – e alguns que bufavam por estarem achando toda aquela conversa inteiramente tediosa (especificando, o chalé de Ares). Hazel e Frank sentavam-se na extremidade da roda, e a filha de Plutão ansiava para que o seu meio-irmão surgisse e se juntasse a eles. Piper e Jason fuzilavam Leo sentado ao lado do filho de Júpiter, que já ultrapassava os limites com as suas piadinhas desonrosas. Perseu e Annabeth tinham suas mãos entrelaçadas, sorriam animadamente. Aquele era um sorriso raro de se ver no rosto deles, na verdade, um sorriso raro de se ver no rosto de qualquer semideus que passara dias para conseguir pôr a Mãe-Terra para dormir, outra vez. Quíron os observava, com os braços cruzados sobre o peitoral, com um sorriso lateral, mas havia certa tristeza em seu olhar.

Kaede sumira, aquela semideusa que quase o atacara havia desaparecido. Ele já sabia que destino ela tinha escolhido; fugir daquele lugar, pois achava que jamais se encaixaria. Ele cogitou se ela seria uma possível filha de Hades, no entanto, havia algo nela que irradiava fúria e impulsividade. Percy rodou os olhos, estava à procura de algo que ele tinha a plena certeza que não iria encontrar. Então, pausou sua análise ao ver a expressão vazia de seu antigo instrutor. Moribundo até, podia descrever.

Naquele momento, interrompendo o olhar do filho de Poseidon sobre o centauro, uma voz raivosa, mas baixa fez todos se calarem. Era conhecida sim, até demais. Perseu deu um pulo e largou a mão de sua namorada, fazendo-a erguer uma sobrancelha em estranhamento. A voz fria, porém tempestuosa apenas ganhava mais volume e, depois foi interrompida por outro timbre, desconhecido e ainda mais revolto. Era uma voz feminina, rouca e que proferia alguns impropérios.

Não seja tão tolo, fantasminha camarada, eu não quero ficar aqui e não é você com essa sua lábia de rei dos fantasmas que me manterá neste lugar! – A voz retumbante declarou por fim e duas figuras irromperam do bosque. Uma menina de roupas largas e inteiramente sujas, tênis gastos, um cabelo negro cortado tão irregular que não havia uma definição correta para aquele corte, segurava uma faca branca e os dedos já estavam ficando brancos de tanto apertá-los com força. Seus olhos castanhos ardiam em fúria.

Ao lado dela, um casaco escuro e enlameado era reconhecível aos olhos de uma boa parte do acampamento. Suas olheiras pareciam piores e as mãos estavam enterradas nos bolsos do casaco, igualmente ao da menina, seu tênis estava recoberto da mistura de terra, argila e água. Sua coluna estava curvada para frente, uma expressão vazia e os olhos demonstravam um imenso cansaço daquela discussão. E talvez, de muitos outros pesos.

Quíron arregalou os olhos. Kaede estava parada ao lado de Nico Di Ângelo, batendo os pés ruidosamente na areia e contendo-se para não cravar a faca na têmpora do garoto. Como ele havia a encontrado? E como teria vontade de trazê-la de volta? O centauro estranhou, pois, se até mesmo o filho de Hades não se sentia ainda encaixado corretamente naquele acampamento, talvez quisesse induzir outro semideus àquilo. Mas ele não o fez. Simplesmente, trouxera a fugitiva de volta as redondezas, com apenas um arranhão no braço e as roupas imundas.

Percy não pode deixar de sorrir ao ver o seu amigo ali, por mais que não tivesse uma boa cara, estava aliviado por sua presença. Não o via desde que havia tido de levar a estátua de Atena Partenus para um local seguro. Hazel, sua meia-irmã não conseguiu sofrear a vontade de sair correndo e abraçar o menino. E assim o fez, abandonando Frank e correndo como nunca ao encontro do garoto.

Nico ergueu a sua cabeça e um sorriso fraco criou-se em seus lábios pálidos. Di Ângelo parecia sentir frio, mas não o incomodava aquilo. Nem um pouco. Deixou-se levar pelos braços quentes da irmã e a envolveu também, embora repelisse quem o tocasse, abria uma exceção para aquela garota que, de acordo com ele, era a sua única família depois de seu pai, Hades.

Hazel soergueu a cabeça dos ombros enrijecidos de Nico para encarar aquela menina irritadiça ao seu lado. Ela era menor uns quatro centímetros e chamava a atenção por ter os olhos puxados e uma faca de cozinha ameaçadora em sua mão. Ela não encarou a filha de Plutão nem um segundo, só continuava olhando com puro desdém o resto dos campistas que começavam a se levantar para vir falar com o Di Ângelo. Eles soltaram-se do abraço e Hazel entrelaçou seus dedos com os do irmão.

– Quem é ela, Nico? – Finalmente, perguntou. A mocinha raivosa girou os olhos e guardou a faca no bolso do moletom, para o alívio dos irmãos. O menino dos olhos escuros já tinha captado uma característica na personalidade de Kaede: uma impulsividade que poderia ser incontrolável.

– Essa pestinha não me disse o seu nome, só falou que estava fugindo de um centro para adolescentes alienados e que iria tentar voltar para o seu colégio. – Falou com indiferença.

– Em primeiro lugar, fantasminha camarada, peste não é uma boa colocação para a minha pessoa. Esperta, diga assim. E segundo, se isso daqui não é um hospício juvenil, então me diga que eu fui presenteada por uma colônia de férias depois de passar tanto tempo lutando contra criaturas amedrontadoras!

A voz daquela garota soava ainda colérica, mas tinha certo controle e deboche. Seus olhos tornaram a encarar aquele rapaz de expressão vazia. Ele enrugou o nariz e bufou.

– Adoraria que parasse de me chamar de fantasminha camarada – Fitou-a com uma frieza que a fez dar dois passos para trás. Kaede virou-se para frente cruzando os braços e Nico foi surpreendido por um abraço grupal. Arregalou os olhos e as suas bochechas ganharam um leve tom rosado. Todos os seus amigos o envolviam em um abraço cálido e amoroso, como se estivessem até mesmo sentindo saudades. Nico estranhou, é claro e teve uma enorme vontade de impeli-los com violência, mas algo o fez se sentir como uma manteiga derretida, por mais clichê que soasse.

Descolaram-se do garoto e Percy bagunçou-lhe os cabelos, rindo abobado. Di Ângelo evitou olhá-lo, porém o som daquela sua risada o fez estremecer por dentro. Corou e quase quis abrir um buraco no chão do acampamento e mergulhar lá dentro.

– Hey Nico, nós ficamos magoados com o seu sumiço. – disse o filho de Poseidon, agora com um leve sorriso naqueles lábios nacarados. O de olhos escuros teve a coragem de fitá-lo e forçou um sorriso.

– É cara, não faça mais isso, a Princesa Ariel só faltou ter um infarto quando não te viu para nos receber! – zombou Leo, logo recebendo um olhar de reprovação de Piper e Percy, enquanto o garoto mordeu o lábio inferior para não rir da piada do filho de Hefesto.

– É bom que tenha aparecido, Nico, você fez falta. – Annabeth olhava amorosamente para o moço de olheiras. Di Ângelo foi invadido por uma culpa repentina, fazendo-o desviar o olhar para Kaede ainda parada ali, observando com o mais puro desdém cada campista. Ele, momentaneamente, havia olvidado da presença daquela garotinha rabugenta que salvara de um escorpião gigante.

– Tão patéticos – murmurou ela, com menosprezo. – Aí, meio homem meio cavalo, será que já pode me enviar de volta ao mundo dos humanos com uma boa sanidade?

Perguntou Kaede, debochando e batendo os pés como se estivesse tocando o pedal de uma bateria. Quíron tentou disfarçar seu olhar de censura e fez o possível para dar um sorriso controlado e não irônico. Aquela era uma garota complicada, de personalidade tão forte e uma índole que deixava a desejar. Kaede parecia uma garota de rua com aquelas roupas ignóbil e uma expressão de indiferença. Atraiu a atenção de todos os semideuses para si e claramente, detestava ser observada. Aquilo a fazia ter a sensação de estar sendo exposta, como se o maior curioso do mundo estivesse a estudando com tanta minúcia que poderia desvendar o maior medo dela, e isso não era algo desejável.

– Que foi? – questionou com grosseria, encarando-os com o seu melhor olhar de desprezo. Concentrou-os no filho de Hades e deu um sorriso de escárnio. Nico deu um passo à frente e Kaede recuou, mas não deixava de sorrir. Ela não aparentava nem sonhar em quanto poder aquele semideus possuía.

– Minha jovem, eu sou um centauro, caso não tenha percebido – explicou Quíron, aproximando-se dela e pondo a mão em seu ombro como fizera mais cedo, antes de ela fugir e ser trazida de volta pelo garoto que mais detestava aquele ambiente.

– Eu sei, eu sei – suspirou entediada – Eu tinha aulas de mitologia grega na escola, senhor, e acredite, eu odiava!

Exprimiu como se realmente repelisse toda aquela história de deuses e seus mitos. Um trovão ribombou pelo acampamento, Piper conteve-se para não dar um pulo que entregasse o seu susto e Jason sorriu de lado.

– Você não agradou a Zeus com esse comentário. – debochou da nova campista, que olhava para o céu estrelado com a boca aberta e os olhos esbugalhados.

– Foi mal, tio, mas fique sabendo que o senhor é um dos meus deuses prediletos. – avisou a garota, abaixando a cabeça e fixando seus olhos castanhos no centauro.

– Quem é o seu preferido? – perguntou Quíron, apesar de que havia deduzido qual seria a resposta da menina, após ter tirado conclusões através de seu comportamento.

– Ares, oras! Sempre fui fascinada por uma guerra sangrenta. – desenhou um sorriso meio psicótico. Então, surgiu-se acima da cabeça de Kaede uma chama vermelha que lembrava muito a cor do sangue, com uma lança ensaguentada e um javali reluzindo depois que a lança desaparecia.

Kaede havia sido reclamada. Era filha do deus da guerra, Ares.

– Eu já presumia isso. – Quíron declarou alargando o seu sorriso de afirmação. A menina não entendia o que ela queria dizer, e com um gesto pedindo para ela erguer a cabeça, Kaede viu a lança sanguinolenta e o javali passando um pelo outro, manifestando a qual chalé ela passaria a viver. Isso, se não fugisse novamente.

– Que é isso? – interrogou confusa.

– A sua reclamação. Ares te reclamou. – disse-lhe Percy Jackson, agarrando a cintura de sua namorada. Di Ângelo rodou os olhos pelo que seria a décima vez naquele dia, as outras seis haviam sido feitas durante o discurso de Kaede de volta para o acampamento, no qual ela enunciava com tanta crença que iria tacar fogo em todo o lugar.

– Maneiro. Minha mãe teve relações com o deus da guerra e nunca me contou. Super legal da parte dela. – disse com certa admiração.

– Deixe-me apresentar seus colegas de acampamento. Três deles pertencem ao Acampamento Júpiter, mas acabaram de retornar de uma grande guerra e estão descansando. – Quíron apontou para o primeiro – Este é Leo Valdez, filho de Hefesto.

Apontou para um moço que era apenas três centímetros mais alto que ela, de cabelos pretos encaracolados e os olhos castanhos escuros parecidos com os dela, porém ele tinha uma expressão que não era muito usada por Kaede, um rosto infantil e um sorriso alegre.

– Botei Gaia pra dormir. – gabou-se a fim de receber um elogio maravilhado da nova campista.

– Isso não me interessa. – respondeu-lhe com desinteresse. O elfo deixou que o seu queixo caísse, encarando a moça com os orbes escancarados e uma feição de indignidade. Todos prenderam o riso de algum jeito.

– Este é Frank Zhang, filho de Marte, então é o seu meio-irmão. Pertence ao Acampamento Júpiter, dos romanos. – apresentou o garoto canadense com descendência asiática. Os olhos castanhos e os cabelos pretos lembravam Kaede, e tinha um corpo definido por baixo de uma blusa roxa com o nome Acampamento Júpiter e um gavião abaixo, de asas bem abertas.

Ela apenas assentiu e fez um cumprimento típico asiático e Zhang revidou. Hazel ficou impressionada, Frank parecia negar a sua prole sempre.

– Esta daqui é Piper Mclean, é filha de Afrodite. – Kaede a examinou de baixo para cima e fez uma careta. Percebeu que seus olhos não tinham uma cor definida, a íris sempre alterava a cor de azul, para marrom e ia para o verde. Era como um ciclo vicioso. Admirou-se. Piper tinha os cabelos marrom-chocolate trançados em fitas de ouro e mesmo com a análise reprovativa da nova colega, não deixou de sorrir.

– Este é Jason Grace, pertence ao Acampamento Júpiter também e é filho de Júpiter. – ela estudou sem discrição a beleza de Jason, que não poderia ser negável. Cabelos louros e curtos, pares de olhos azuis luminosos e um belo corpo atlético. Se não fosse por uma cicatriz no canto de seu lábio superior, Kaede poderia considerá-lo um rapaz muito bonito. Piper apertou a sua mão, evidenciando que não tivera gostado nada do olhar descarado da novata.

– O que é essa cicatriz no canto do seu lábio? – perguntou levando o dedo para indicar nela o local.

Jason mostrou-se ligeiramente incomodado com a interrogação. Todos engoliram as suas risadas, mas Percy não pode evitar deixar um riso baixo escapar.

O filho de Júpiter desgracioso coçou a nuca com as bochechas avermelhando-se a cada segundo. Kaede não entendia o porquê daquela timidez repentina e os risinhos sendo emitidos em falso.

– Foi... Um pequeno incidente – gaguejou e tossiu, implorando aos deuses que surgisse escapatória para ele. Suas preces fervorosas não foram atendidas. – Eu tentei comer um grampeador quando tinha só dois anos.

Falou por fim, ignorando a atenção estável que recebia da nova campista. As risadas misturavam-se. Para eles, jamais deixaria de ser uma história engraçada. Kaede balançava a cabeça com leveza, sua expressão totalmente analítica e atenção depositada no namorado de Piper.

– Você é demente. – concluiu a menina, posteriormente de uma reflexão que a fez se questionar o que levaria uma criança de dois anos a tentar comer um grampeador.

As risadas descontrolaram-se, até mesmo Nico deixou-se levar e deu um risinho de lado.

– Ei, eu tinha dois anos! – defendeu-se revoltado com a ofensa de uma menina de... Quantos anos aquela garota tinha?

– Isso não é desculpa. Com essa idade, eu forçava o meu colega de escola a comer a areia do gato que eu criava. – Jason espantou-se, assim como os demais. Super normal colocar o seu coleguinha de escola para comer areia do gato cheia de seus dejetos. Muito, muito normal.

– Bem – Quíron parecia recuperar-se de um choque súbito, suas sobrancelhas arqueadas ainda provavam isso. – Está é Hazel Levesque, filha de Plutão e consequentemente, meia-irmã de Nico di Ângelo.

Desta vez, o foco de Kaede era a semideusa ressuscitada por Di Ângelo. Ela era agradável, possuía cabelos grandes e volumosos, além de cacheados e de um tom de castanho canela. Ela era afro-americana, e os olhos impressionavam. Parecem feitos de ouro, pensou abismada a nova filha de Ares.

– Ouro de vinte e quatro quilates. – apontou orgulhosamente para o seu par de olhos dourados. Kaede pensou se ela também podia ler pensamentos. Olhou novamente para Nico e, o mesmo a encarava com uma expressão engraçada. Ela não sabia definir se aquilo era espanto ou aversão.

– Aí, Hazel, você afunda em sombras igualmente o seu maninho aqui? – gracejou Kaede. O de olhos escuros bufou e revirou os olhos, catando outro ponto para fixar a sua visão. O bosque lhe pareceu bem convidativo.

– Hm... Não.

– É uma pena. – Kaede tinha um sorriso satisfatório em seus lábios rubros.

– Você é uma legítima filha de Ares, não? Adora provocar. – ouviu-se uma voz firme, porém agradável que atraiu a atenção da moça. Annabeth Chase sustentava um sorriso zombeteiro e tinha os braços cruzados. Os olhos cinzentos da garota eram tempestuosos e nada amigáveis, os cabelos louros e enrolados e a camiseta do Acampamento Meio-Sangue mostrava-se gasta, agora era alaranjada.

– Você é ótima em deduções, sabidinha! – zombou. Annabeth assustou-se, aquele era o apelido pelo qual Percy a chamava. – Você é o que? Filha de Atena?

– Acertou. – disse Annabeth, contrariada e deixando o mau humor transparecer em seu semblante.

– E este é Percy Jackson, filho de Poseidon.

Derrotou Cronos, eu sei. Uma voz ecoou por sua cabeça e Kaede a sacudiu para fazê-la sumir. Finalmente deitou os olhos no grande herói daquele acampamento. Perseu não se sentiu acomodado com a expressão de Kaede, pois, não havia simplesmente um pingo de emoção ali. Inexpressiva, era algo incógnita. Os olhos castanhos irritados tinham perdido aquele brilho, a sobrancelha não estava arqueada de modo debochado e ela dava mais medo daquele jeito, fria e não revoltada. Explorava cada traço da face do filho de Poseidon, desde o lábio superior maior que o inferior, os olhos da cor do mar – um verde tão intenso que poderia causar um conflito em alguém – e a familiaridade que ele tinha. Kaede já o tinha visto em algum lugar? Pelo o que se relembrava, tinha ouvido o seu nome ser pronunciado diversas vezes naquela manhã quando chegara ao acampamento.

De qualquer maneira, os olhos inebriantes e verdosos despertavam um sentimento de intimidade em Kaede. Voltou a si, quebrando a troca de olhares tensa estabelecida entre ela e o príncipe dos mares.

– Já está na hora de irem dormir, crianças! Venha Kaede, quero lhe instalar em seu chalé.

Quíron tomou a mão da menina e a arrastou a contragosto para o chalé de Ares. Era de um vermelho mal pintado e o telhado forrado de arame farpado, isso causou estranheza à Kimiko. Ao se aproximar bem, pôde ver a cabeça de um javali empalhada acima da porta central. Deu um sorriso cruel e resumiu todo o seu dia em apenas uma frase. Fui trazida por um sátiro bobão até um acampamento de merda, depois tentei fugir, mas o fantasminha camarada me salvou de um escorpião e me forçou a voltar, conheci um bando de anormais e um cara que não me é estranho, e agora estou sendo enviado para o chalé do meu pai, o deus da guerra, Ares... Talvez isso daqui não seja de todo o ruim.

Kaede poderia encontrar divertimentos por ali, como torturar alguns semideuses – em sua mente já tinha um em específico – e tentar entender a sua vida e deixar de vê-la de um modo tão absurdo.


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