Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 31
Bonnie Bitch


Notas iniciais do capítulo

Atualizando a fic ás 2 da madrugada em consideração á vocês (e graças a insônia.) Dormir é para os fracos! Cafeína na veia!
Atendendo a pedidos da Misakinha, eu resolvi colocar mais uma personagem á fic (o título já sugere quem é) pra também dar uma pitada de discórdia para a trama.
Prontos pra saber o que vai acontecer com o Mertens?



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POV Cake

Estava terminando de tomar meu café quando Fionna me ligou. Ela pediu pra que eu fosse ficar com ela no hospital, pois meu pai... o pai dela tinha piorado. Só espero que não seja nada de muito grave... Quer saber? Quero sim, quero que ele se exploda.

Chegando lá, Fionna estava sentada na sala de espera, aguardando resultados.

– E ai? O que houve com ele? – Eu me sentei do lado dela

– Eu ainda não sei, os médicos não falaram nada, só pediram pra eu esperar

– Como sempre – Comentei – Quer um café ou chá? Você nem terminou de comer e saiu voada.

– Não, valeu – Ela respondeu – Estou sem fome.

– Você sabe que não vale a pena arriscar sua saúde por causa desse cretino né?

– É eu sei – Ela olhou pra baixo – Mas ainda assim ele é meu pai, não tem como eu não me preocupar com ele, nem que seja um tiquinho.

– Você é boazinha demais, fi – Eu pus minha mão em seu ombro, a puxando pra mim.

– Você acha que ele vai ficar bem?

– Não sei – Eu respondi após um silêncio – Acho que sim, vaso ruim não quebra fácil.

– É verdade – Ela tentou esboçar um sorriso.

Depois de um tempo um doutor veio fala conosco.

– Vocês são o que do paciente?

– Somos filhas – Fionna levantou e apertou sua mão

– Ela é filha dele, eu não – Eu me levantei também e cumprimentei o médico.

– Você é o que da filha do paciente? – Ele disse com os olhos na prancheta

– Irmã

– Mas... – Ele nos olhou com olhar confuso – Você é filha dele ou não?

– É uma história comprida, doutor. Ele vai ficar bem ou não? – Fionna perguntou

– É isso que estamos vendo. Não se sabe ao certo qual o problema, ele ainda tem que passar por uma série de exames e vai ter que ficar em observação.

– Ele vai passar a noite aqui? – Ela perguntou

– Isso. Vocês podem visitar o quarto dele, ele está no 34B, consciente e acordado.

– Você vai lá comigo? – Ela se virou pra mim com olhar pidão.

– Vou né – Respondi

– Certo, sejam rápidas – Ele disse – Daqui a pouco começa a bateria de exames.

– Claro, não vamos demorar.

O médico nos mostrou onde era o quarto e nós fomos até lá, abrimos a porta bem devagar. Ele estava inclinado na cama, nem deitado, nem sentado.

– Olha só quem veio – Ele deu meio sorriso – Se não é a universitária independente!

– Cala a boca, vai – Eu revirei os olhos. Como esse imbecil ainda consegue olhar na minha cara?

– Sentiu dó do seu velho pai? Ou quem sabe remorso?

– Eu vim aqui pela Fionna, não por você, seu velho imundo.

– É assim que se fala seu pobre pai com câncer?

– O que? Câncer? Como assim? – Fionna disse assustada

– Brincadeira – Ele riu – Deve ser coisa boba, coisa de quarenta anos – Ele tossiu.

– Como você consegue brincar com uma doença? – Fionna franziu o cenho – Você é mesmo inacreditável.

– Cadê a mãe de vocês, hein? – Ele procurou por ela na sala.

– Deve estar no salão, sei lá, no shopping – Ela respondeu

– É uma perua mesmo – Ele tossiu

– Porque você ainda está com ela? Vocês nem se falam! Eu sei que você acha ela burra e fútil, pode falar – Eu disse

– Tem razão, acho mesmo.

– Então porque continua com ela?

– Status, minha filha, status.

– Não sou sua filha.

– Querendo ou não, você sempre vai ser.

– Ta, mais uma coisa: aonde você escondeu meu celular? – Fionna perguntou

– Na segunda gaveta do armário do meu quarto. Mas eu não te dei autorização pra pegar.

– Você sabe que eu vou mesmo assim, né?

– Aí já é por sua conta.

– Com sua licença – Um outro médico bateu na porta – Eu preciso começar os exames, vocês tem que sair.

– Nós já estávamos de saída mesmo – Eu peguei minha bolsa – Vamos, fi?

– Vamos – Ela se despediu – Desculpa se meu namorado não é o que você esperava, se sua vida é cinza e infeliz. Só não tente estragar a vida dos outros, falou? Se cuida.

– Minha vida é infeliz por culpa de vocês.

– Bem, eu não pedi pra nascer.

– Eu também não pedi você.

– Mas eu estou aqui, e ainda me importo com você.

– Ah, dane-se. Você é um desgosto pra mim. Você e sua irmã.

– Vamos logo, Fionna! – Eu a apressei

– Eu devia ter te deixado passando mal. Você devia me agradecer.

– Pff! Quer um troféu? Não fez mais do que sua obrigação.

– Ta certo, então que morra! – Ela deu as costas

– Desgosto! – Ele gritou rouco e tossiu – Você e sua irmã ainda me matam de desgosto!

POV Fionna

Nós duas deixamos o hospital e eu liguei pra minha mãe-perua pra dar as notícias.

– Fala Cake, to ocupada – Ela atendeu

– É a Fionna, mãe

– O que você quer, garota? To ocupada!

– Só to ligando pra avisar que o seu marido tá internado no hospital, caso você se importe.

– Como assim honey? Ele estava em casa hoje cedo.

– Não sei se você percebeu, mas a senhora ficou o dia todo fora! Muita coisa pode acontecer em um dia.

– Tá, tá, que hospital é esse?

– O de sempre dele, do convênio.

– Ok, amanhã eu dou uma passadinha ai, agora eu estou fazendo a unha, Darling! Vai borrar!

– Você tá mais preocupada com a unh...? Ah, esquece. O recado tá dado.

– É só isso?

– Você não se importa?

– Ai flor, seu pai é velho, é normal ele ter essas coisas.

– Não, ele tem 40 anos, não é normal isso.

– Aff tá, não me enche não! Mais alguma coisa?

– Você sabia que o pai tem um filho fora do casamento?

– Quê? – Ela indagou com voz de sonsa

– Não se faz de boba, sabia ou não?

– Adianta eu dizer que não?

– Não.

– Então sim, sabia. Finn é o nome do garoto né?

– E você não se importa? Porque nunca me contou que eu tinha um irmão?

– Olha, no começo eu fiquei meio assim, mas depois eu vi que eu não posso cobrar nada do seu pai. Ele me banca né? Além do mais o garoto é um bastardo, filho de gente pobre. O que você queria? Que teu pai criasse?

– Meu Deus do céu, qual é o seu problema?

– Nenhum, minha filha, nenhum. Mais alguma coisa?

– Não, era só isso.

– Então tá, beijos Cake.

– É Fionna mãe

– Ai, tanto faz.

– Eu não vou dormir em casa hoje não, tá?

– Vai dormir aonde? Com quem?

– Vou dormir na casa da Marceline

– Quem é essa?

– Uma amiga

– Cadê a Cake, hein?

– Ela saiu de casa, mãe.

– Quando isso? Como eu não soube? É assim agora, é?

– Se a senhora passasse mais tempo em casa saberia.

– Essa família tá de cabeça pra baixo mesmo!

– Sempre esteve, mãe.

– Tá, já deu o recado, agora tchau.

– Também te am... – Ela desligou na minha cara.

Encerrei a chamada e entreguei o celular pra Cake

– Avisou tudo direitinho? – Ela perguntou

– Sim, mas ela não tá nem aí

– Já era de se esperar. Vai dormir lá na Marcy hoje?

– Vou, né. Não quero ficar sozinha naquela casa

– Falou a menininha de 5 anos.

– Ah, não enche tu também – Eu ri – Vamos passar lá em casa pra eu pegar meu celular?

– Uhum, também preciso pegar algumas coisas minhas.

Fomos de carro até em casa, eu peguei meu celular, uma mochila com roupas e algumas coisas pra passar a noite na casa do Marshall e Cake colocou numa caixa o pouquinho de coisas que eram dela que ela tinha deixado lá. Guardou no porta-malas, eu tranquei a casa e fomos.

Chegando lá Marcy estava assistindo uma série qualquer na sala.

– Vocês sabem que horas são? – Ela falou sem tirar os olhos da tela

– Hora de aventura? – Eu perguntei

– Não, idiota – Ela riu – Hora de você ir dormir, mocinha. 1:30 da manhã!

– Perdi a noção do tempo – Cake a deu um selinho e sentou ao seu lado – Friends?

– Sim – Ela encostou-se nela – Amo essa série

– Cadê o Marshall? – Eu perguntei

– No quarto, deve estar deitado – Ela respondeu

– É hora de criança ir pra cama – Cake disse

– Falou as idosas – Eu falei já me retirando

– Tchau fi, vai dormir

– Ta, tá, já saquei – Eu ri com olhar malicioso

Entrei no quarto de Marshall e fechei a porta atrás de mim, deixando as duas na sala. Marshall estava deitado com as mãos na nuca encarando o teto.

– Como foi lá? – Ele me perguntou

– Péssimo – Eu subi na cama e me sentei ao seu lado – Meu pai é um ingrato, cara.

– Você só notou isso agora?

– E minha mãe não tá nem ai pra nada.

– E ai? O que ele tem?

– Eu não sei ainda, os médicos ainda tem que fazer uns exames.

– Quer que eu vá com você amanhã?

– Não precisa, não pretendo voltar lá.

– Ainda vai ajudar a Cake?

– Vou, depois quero ver o Finn. Tem como você ir comigo?

– Sei lá, eu não gosto de presídios. Além do mais o Gumball tá lá...

– Ah qual é? Vai me deixar ir sozinha?

– Ta bom, eu vou. Mas é rápido.

– Tudo bem, talvez eu chame a Cake e a Marcy pra ir junto.

– Tá. Agora fica quietinha que eu quero dormir – Ele se virou pro outro lado.

– Boa noite – Eu dei um beijo em sua cabeça e ele sorriu, me virei pro outro lado e peguei no sono.

No dia seguinte acordamos, nos arrumamos e fomos pra escola juntos. Com um irmão na cadeia, pai no hospital, namorado com nome na polícia e irmã se mudando é obvio que eu não consegui prestar atenção na aula. Marshall não fez nada como sempre, de quem eu vou pegar matéria depois? Da Caroço? Capaz. To vendo que eu vou me foder bonito na prova final.

Depois da escola pegamos um metrô e fomos para a casa da Cake. Ela e Marcy já estavam lá assinando as entregas dos móveis.

– Finalmente! – Cake me saudou já me entregando uma caixa de quinhentos quilos – Leva lá pro terceiro andar, porta B19.

– O que é? – Eu perguntei.

– Uma luminária, faz o favor de não quebrar. Marshall, leva isso aqui pra mim? – Ela disse já entregando outra caixa maior ainda.

– O que tem nessa? – Ele perguntou quase morrendo

– Sei lá, acho que são dois puffs.

– Você encheu isso com chumbo?

– Deixa de moleza e leva logo! – Marceline o empurrou logo pra escada

– Não sei se meus braços de macarrão aguentam levar esse troço até o terceiro andar – Ele comentou comigo.

– Ah, deixa de frescura – Eu disse

– Quer trocar então? Isso deve ter uns sessenta quilos! Só eu peso setenta!

– Deixa de ser exagerado e vem logo – Eu disse já á uns 7 degraus na frente dele

– Hunf – Ele bufou – Não levo mais nada também.

– Boa tarde – Uma garota de cabelos cor-de-rosa sorriu pra ele, descendo as escadas

– Boa... muito boa... – Ele deu meio sorriso mostrando os caninos afiados, bancando o sedutor, ela deu uma risadinha.

– Quer parar de babar e vir logo? – Eu resmunguei lá de cima

Chegando lá em cima nós abrimos o B19 e deixamos as caixas na sala vazia, descemos pra pegar mais coisas e a cabelos cor-de-rosa estava lá falando com a MINHA irmã e MINHA cunhada! Não fui com a cara dela.

– Vem aqui, fi! – Cake me chamou – Essa aqui é a Bonnibel.

– Olá muito prazer – Ela acenou toda fofinha com sua voz doce de mocinha boazinha.

– Oi – Eu respondi seca – Tem mais caixas pra eu levar lá pra cima?

– Tem, pega essa aqui, mas presta atenção que tem cerâmica e... – Cake começou a me explicar uns negócios importantes sobre a caixa, mas eu só conseguia prestar atenção na tal de Bonnibel e de como ela se insinuava pro Marshall, e de como ele aproveitava a situação. Isso me dava nos nervos.

– Diferente seu nome, gostei – Ele ria que nem um abestalhado – Nunca conheci nenhuma Bonnibel.

– Pode me chamar de Bonnie – Ela deu um soquinho em seu ombro, como se fosse super-íntima dele.

– Tudo bem, Bonnie – Ele deu outro meio sorriso – Você mora aqui?

– Sim, eu sou vizinha da Cate.

– É Cake – Eu disse esbarrando nela e subindo rapidamente as escadas pra não voar na cara daquela nojenta.

– Queira desculpar a Fionna, ele deve estar com ciúmes – Ele pôs a mão no ombro dela.

– Ok, não tem problema – Ela deu outro sorrisinho – Sinto que seremos boas amigas – Não, não seremos.

– Você é tão doce! Vou te chamar de Jujuba! Posso? – Ele pôs as mãos dentro do bolso do jeans.

– Claro, vampirinho! – Eeei! Que porra é essa agora de vampirinho?

– Ei Bonnie, você pode me ajudar aqui com isso? – Marceline a chamou ao ver que eu estava me roendo de raiva parada na escada.

– Sim, Marcinha – Ela foi até ela (Marcinha?!?)

– Marshall!!! – Eu o chamei

– Que foi? – Ele foi em minha direção, rindo.

– Não sei do que tá rindo – Eu resmunguei

– Do seu ciuminho bobo por causa da gatinha ali

– Pateta.

– Own, que fofinha ela fica quando tá nervosa!

– Ah, vai á merda

– Tá toda vermelha de raiva!

– Sabe o que mais vai ficar vermelho, idiota?

– O quê?

– Tua cara, quando eu meter minha mão nela.

– Deixa de ser boba, coelhinha – Ele piscou – “cê” sabe que eu te amo

– Depois leva uma mãozada e não sabe por quê.

– Tá bom amor, me ajuda aqui com essa caixa

– Pede ajuda pra Bonnie – Eu dei as costas – Ou melhor, pra “Jujuba”.

– Qual é Fionna, deixa de ser boba! Fionna!

Continuei subindo os degraus e deixei outra caixa no B19, e mais duas e mais três. Depois que todas estavam lá, todo mundo subiu (inclusive a biscate da Bonnie) pra ajudar a decorar e por tudo em ordem. Terminamos lá pelas três da tarde. A “Jujuba” fez um chá doce pra cassete, que todo mundo adorou, menos eu.

Depois que tudo estava arrumado, eu pedi pra alguém me levar pra ver o Finn como eles tinha me prometido, mas todo mundo estava cansado de mais e decidiram ficar no apartamento da Cake, depois ir ao cinema pra assistir filme, engordar e rir das coisas toscas que a Sra. Mariquinha-Super-Fofa dizia.

– Vocês não vão me levar mesmo? – Eu retruquei.

– Ah Fionna, tá todo mundo muito cansado – Marshall disse – Vamos sair com a Bonnie!

– Pra ir no cinema você não estão cansados, pra cumprir o que me prometeram vocês estão? E a lógica onde fica?

– Para com isso fi, tá parecendo uma criança mimada - Cake disse

– Não é isso gente, só que eu preciso muito ver meu irmão, vocês não veem como isso é muito mais importante?

– Cara, ninguém quer ir pra um presídio – A vaca da Bonnie disse, mesmo sem ninguém ter chamado ela na conversa.

– Vocês vão me trocar por ela, é isso mesmo?

– Deixa de drama, fi! – Marcy suplicou – Nós estamos te chamando, não estamos?

– Eu não quero ir pra porcaria de cinema nenhum! Eu vou ver meu irmão com ou sem a ajuda de vocês – Eu peguei minha bolsa e bati a porta.

– Shii, ela ficou mordida – Eu podia ouvir Marceline comentando.

– Ah, esquece ela – A puta cor-de-rosa falou – Vamos nos divertir!

– Sei lá cara, ela parecia bolada com a gente – Marshall disse

– Nós devíamos ir atrás dela, ela vai fazer besteira, eu conheço ela – Cake falou.

– Ir atrás dela não vai adiantar de nada. Quando ela parar com esse chilique ela volta – A Bonnie disse – Vambora, gente! Nós vamos perder a sessão!

Ouvi eles levantando e o barulho de chaves, então desci rapidamente pra que eles não desconfiassem que eu estava ouvindo tudo, peguei um ônibus pro presídio e fui embora. Dava pra ver eles entrando no carro da Cake e indo na direção contrária. Eles tinham me trocado mesmo por uma vadia que eles acabaram de conhecer.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, vocês concordam com a Fionna e acham que a Jujuba é uma vaca ou será que isso é neura da cabeça dela? O ciúmes tá a mil hein? Sinto um leve cheiro de ódio no ar...



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