Girls Basketball escrita por Master


Capítulo 3
Rumo


Notas iniciais do capítulo

Como estou empolgada, estou postando logo, haha.

FIZ UMA CAPA TEMPORÁRIA!

Agora, primeiramente, devo pedir desculpas para vocês, na verdade por um erro meu. Na sinopse e no capítulo anterior eu coloque 6 fichas, sendo que na verdade eram 5, ou seja, tive que diminuir uma vaga, sinto muito mesmo.



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Naoko suspirou irritada enquanto arrancava algumas gramas ao redor da árvore na qual ela se apoiava enquanto esperava Luna voltar com os lanches que ela ia comprar. Desde o fundamental, as duas, ou melhor, as três, contanto com Mayumi, tinham o costume de revezar quem ia comprar os lanches e quem ficava descansando.

Mas isso já fazia uns 10 minutos.

A bela garota de cabelos compridos acabou encostando-se à árvore deixando sua expressão facial mudar um pouco, para algo mais sereno, como sempre deveria ser, mas infelizmente Ikeda Naoko tinha adquirido o hábito de ser seca antes de sociável.

– CUIDADO! – O grito soou desesperado dando tempo somente de Naoko abrir os olhos e ver algo voando em direção a sua cara em velocidades absurdas.

3 centímetros, 2 centímetros..

Perto de mais para se fazer alguma coisa, exceto se ela não fosse Ikeda Naoko.

Então a garota agarra a bola com as duas mãos faltando somente um centímetro para causar um estrago.

– Tsc.. – Murmurou.

– Você está bem? – O garoto perguntou ofegante e suando quando finalmente alcançou a árvore.

– Você... – Naoko perguntou se levantando mal percebendo que o garoto tinha quase o dobro do seu tamanho. – TA QUERENDO ME MATAR??

O garoto deu um passo pra trás assustado.

– Se quiser me matar, avisa antes, ai Kami-sama, as pessoas não podem mais descansar em paz em nenhum lugar neste mundo, o mundo está impregnado por pessoas com instintos assassinos... – Naoko parou subitamente. – Você está... rindo?

O garoto não conseguiu mais segurar e soltou uma gargalhada alta.

Naoko acabou caindo na risada também, era contagiante e inédito ao mesmo tempo.

– Are, viu? Você fica muito melhor sorrindo! – Ele disse e Naoko corou por um instante. – Kiyoshi Teppei, muito prazer.

Naoko virou o rosto e não disse nada.

– Bem, desculpe sobre isso, eu e um amigo estávamos treinando uns passes e a bola acabou vindo para cá. – Kiyoshi disse e deu um breve sorriso. – Nos vemos por ai, senhorita sem nome.

E virou-se para ir embora.

– Ei. – Naoko chamou um pouco sem jeito e ele se virou. – Não se esqueça da bola, cabeça de vento.

E então Naoko jogou a bola de basquete em um passe perfeito com um belo sorriso nos lábios e saiu à procura de suas amigas.

~~~~

– Por que eu fui a única a cair em uma sala diferente? – Mayumi resmungou enquanto sentia o braço esquerdo da amiga passar por sua nuca em um meio abraço relaxado.

– Maa, peça transferência de sala. – Luna respondeu sem muita animação.

– Como se fosse tão fácil. – Resmungou a ruiva novamente.

Mayumi Katsumik era de certo modo encantadora. Ruiva com longos cabelos cacheados com algumas mechas chamativas de laranja e com uma franjinha que dava contraste aos seus belos olhos verde com salpicados azuis e amarelos.

– Nós não estamos esquecendo alguma coisa? – Luna perguntou pensativa fazendo uma careta.

– Provavelmente seja o meu lanche! – Naoko apareceu de repente com sua expressão assassina para as duas que recuaram um passo.

– Maa.. – Luna disse relaxada.

– Vai ver o maa na sua cara. – Naoko disse, mas caiu na risada.

Mayumi sentiu seu celular vibrar no bolso da camisa branca do colégio e o pegou rapidamente.

“Final da aula. MC Donald’s. Monosuke.

Emi.”

– Então, alguém traduz isso aqui, sinto minha mente regressando para o primário. – Mayumi disse sarcástica.

– Emi sendo Emi. – Luna comentou rindo soprado.

O celular vibrou novamente.

“Como vocês provavelmente estão juntas e obviamente não entenderam, no final da aula vamos ao MC Donald’s – Nada saudável – discutir algo sério, convocação do Monosuke.

Akime.”

– Akime sendo Akime. – Todas disseram em uníssono.

~~~~

Akime olhava pela janela do fast food sem muito interesse na conversa e nem mesmo nas pessoas que passavam na rua, seu olhar distante demonstrava óbvio interesse em estar caminhando pelo jardim de sua casa, sentindo a brisa de primavera contra o rosto.

– E então Monosuke, diga logo. – Akime disse o encarando intimidante.

– Você deveria ao menos ser mais educada com o seu treinador, Violet. – O loiro disse divertido.

– Tsc. – Murmurou a mesma somente.

– De todo modo. – O loiro um ano mais velho continuou. – Acabei descobrindo que amanhã depois das aulas terá um jogo de inauguração aberto para todas as escolas, disseram que será um jogo entre veteranos e os novatos que acabaram de entrar no time, mas, não creio que para isso eles abririam o colégio somente para um jogo bobo.

Emi franziu o cenho.

– O diretor quer promover a escola, estou certa? - A loira com duas mechas rosa no cabelo perguntou.

– Provável. – Monosuke respondeu.

Mayumi suspirou.

– E qual a nossa relação com isso? – Mayumi perguntou séria. – Você conseguiu abrir o clube de basquete feminino?

Dessa vez todas o encararam.

Monosuke suspirou e não fraquejou. Olhou para cada uma delas. Emi, a Capitã e pivô, que começou a jogar desde a terceira série por pura admiração e amor ao esporte, que mesmo na derrota ou vitória levantava o time com um sorriso no rosto.

Ela era os braços, que ergueu e erguerá o time todas às vezes necessárias. Que defenderá todas as investidas contra a cesta, contra elas.

Akime, a vice-capitã e Ala maior, que apesar de falar pouco e contra a vontade, confiou no sonho de uma pessoa desconhecida e demonstrou um amor pelo esporte e mesmo com poucas palavras foi a corrente que juntou a todas.

Ela era a mente, que com suas estratégias e habilidade, entendeu a todas antes mesmo de todas se entenderem, a Ala, que joga dentro do garrafão com toda a sua força, com todo o seu sentimento silencioso.

Naoko, a armadora, possivelmente a pessoa com o melhor coração que ele já conheceu. Mesmo com uma personalidade amarga, ela foi aquela que demonstrou o controle sobre as situações mais extremas, que carregou e confortou as derrotas. O elo.

O controle extremo com a bola dentro da quadra e com os sentimentos fora dela, a armadora que corre a quadra manejando não somente a bola, mas sim os ideais do time.

Luna, a Ala menor, sempre com um sorriso arrogante e relaxado, mas demonstrou que na verdade os mais relaxados são os mais esforçados. Mostrou que sempre devemos manter o foço. A agilidade.

A agilidade de uma Ala Menor para marcar, sempre mostrando que por ela, ninguém passará e atingirá o time.

E por fim, Mayumi, a ruiva flamejante e explosiva, ótima em dribles e enganações, aquela que com seus gritos agita a tudo e a todos. A voz.

A voz que sempre levanta a todos do desanimo e os guia através do som, através do espírito.

E ao olhar para todas elas lembrou-se de como era bom ser treinador de um time como aquele, que sabe o valor da vitória e da derrota, mesmo que tivesse que brigar para ser o único menino em uma escola feminina.

E então respondeu.

– Sim e Não.

– Como assim sim e não? – Luna perguntou abismada.

– Como Emi disse o diretor quer promover a escola e ele disse que se quisermos abrir o clube temos que demonstrar nossas habilidades, só não disse como. – Monosuke respondeu.

Todas sorriram sinistramente.

– Você já pensou nisso, não é mesmo treinador? – Akime perguntou sarcástica.

– Mas é claro que já, amanhã teremos um jogo inesquecível. – Respondeu o mais velho. – Quero uma corrida até a casa de cada uma.

– O QUE? – Gritaram todas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a Veela Chan pela personagem Mayumi.

Próximo capítulo, as coisas começam!