Vício M(eu) escrita por Menina Sem Tabu


Capítulo 6
Capítulo 5 – Devido a nossa intimidade, pode me chamar de Emi.


Notas iniciais do capítulo

Honestamente, não faço ideia de como será a reação de vocês com esse capítulo. Espero que gostem, tô com receio em relação a ele. Um muito obrigada para a Spectrum of Darkness! Ah, peço desculpas antecipadas, eu queria muito ter colocado Zack, mas o capítulo ia ficar enormeeee, então preferi deixá-lo para o próximo! É isso, boa leitura, se não gostarem desse capítulo não abandonem a fic, apenas digam "ficou uma merda, apaga isso e faz outro" que eu farei! u.u



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Capítulo 5 – Devido a nossa intimidade, pode me chamar de Emi.

Na quinta-feira a noite da primeira semana de aula, eu sentia a água do chuveiro caindo em mim. Havia um pedaço de melão picado, sobrevivente da salada de frutas, no chão do box. O Melão se sentia humilhado por estar aos pés de uma menina nua.

“Sou feito para estar dentro de ti.” –– gritava ele lá de baixo, seguido por milhões de xingamentos a mim.

Eu não iria permitir ser insultada por um pedaço minúsculo de Melão. Grosseiramente o pego, abro a porta de correr de vidro do box e o arremesso com força no cesto do lixo, ao lado da parede do vaso sanitário. Erro o alvo, Melão vai parar perto da porta. Aguardo para ouvir mais xingamentos, mas ele se cala, acho que com o impacto da batida, faleceu. Sou uma assassina.

Melão não mais me xingava, mas do plano astral me enfeitiçava. Ele me levou várias e várias vezes de volta a cena do refeitório. Meus olhos lacrimejavam, parte pela raiva, parte pelo cloro que continha na água do banho que já se estendia mais do que o necessário.

A cada vez que voltava novas lágrimas brotavam em meus olhos, da beirada de minha linha d’água, se jogavam, rolavam pelo meu rosto, se misturando com as gotas do chuveiro. Elas fizeram amizades e amores alguns segundos antes de morrer de fato. Até minhas lágrimas e água de uma empresa tiveram uma vida mais animada que a minha.

–– Por que diabos você está chorando? –– ouço minha voz externamente, por um momento penso que estou tão afundada que acabo falando sozinha e não percebo, mas eu não tinha nem a mais remota lembrança de ter sequer mexido a boca.

–– Eu adoro quando você faz essa cara de idiota. Ingenuidade é uma das coisas que mais me excita. –– escuto minha voz novamente e dessa vez tenho certeza de que não fui eu que falei.

Olho na direção da porta do banheiro. Fecho os olhos fortemente, me estapeio, jogo água na minha cara e abro os olhos de novo.

Ela ainda estava lá.

Sua voz é igual a minha, seu rosto é igual ao meu, seu corpo é igual ao meu. Mas ela não é eu.

–– Oh, Deus. Tenho uma irmã gêmea que me foi escondida esse tempo todo. –– murmuro apavorada.

Da porta, minha irmã gargalha e faz com que seu corpo nu venha em minha direção. Ela anda com um rebolado insinuante e com um sorriso malicioso pregado nos lábios pintados de escarlate. Seus olhos azuis destacados pelo delineador preto e pelos cílios enormes carregam uma águia caçadora e pelo que me parecia, sua caça era eu.

Ela encostou suas mãos com unhas gigantes pintadas de preto na porta de vidro e gentilmente a empurrou para o lado, fazendo com que se abrisse. Sinto uma brisa fria adentrar o box morno, o que me causa arrepios.

Sensualmente ela coloca um pé e depois o outro para dentro do box, acompanho o movimentar do seu corpo com meu olhar apavorado e percebo que ela se depila.

A cada passo seu para frente, dou um passo para trás. Estou apavorada e não consigo dizer uma palavra sequer. Já estou encostada na parede, depois do chuveiro. Minha irmã cruza a água e agora seu cabelo loiro cacheado está ondulado e grudado ao seu corpo, tapando metade do seu pequeno seio direito. Ela gruda seu corpo no meu e apoia suas mãos na parede, de modo que minha cabeça fica no meio delas e assim sendo, me prendendo.

Sua cabeça se movimenta em direção ao meu ouvido esquerdo.

–– Eu não sou sua irmã –– sinto seus lábios carnudos roçarem em minha orelha, logo após sinto uma mordida na mesma.

–– Fi-fizeram um clone meu? –– pergunto gaguejando, parte pelo medo, parte pelo arrepio que senti devido à mordida.

–– Também não. –– ela fala fazendo biquinho.

–– O que faz aqui? –– cochicho.

–– Eu? –– ela fala voltando com a sua cabeça para frente e me olhando fixamente nos olhos, seu delineador estava intacto. –– Só vim lhe ajudar a tomar banho. –– ela dá de ombros e logo surge um sorriso malicioso.

–– Eu não preciso de ajuda para tomar banho. –– falo como uma criança mimada.

–– É verdade, –– ela fala enrugando levemente a testa –– mas é muito mais divertido comigo junto. –– a menina dá uma leve risada.

Delicadamente tira os braços da parede e os desce para os meus ombros. Deles, gentilmente desce um pouco mais, até percorrer todos os meus dois braços e chegar as minhas mãos.

–– Vem. –– ela diz me puxando lentamente para de baixo do chuveiro. Eu vou sem hesitar, não que eu não estivesse com medo, mas por algum motivo eu confiava nela.

Sem tirar os olhos de mim, ela tateia o ar com a mão direita, a procura da saboneteira, pega o meu sabonete e o leva até o seu nariz.

–– Ameixa? É uma furta afrodisíaca para mim. –– sorri maliciosamente.

O afasta de seu olfato e começa a passá-lo em meu corpo. Seu toque é delicado, intenso e extenso. Ela faz do sabonete um carro e do meu corpo ruas. A garota idêntica a mim dirigia o automóvel até pelos lugares mais escuros.

–– Vire-se. –– ela pediu gentilmente e eu me virei.

A menina ensaboou as minhas costas e depois a enxaguou enquanto massageava minha coluna.

Senti um liquido e suas mãos alcançando minha cabeça, depois água e logo após o condicionador. Ela tratava meus fios enrolados como se fosse ouro nas suas pequenas mãos. Depois de um tempo mais água, para tirar o creme.

O banho havia acabado, mas ela não tinha desligado o chuveiro. Ainda de costas ergui meu braço fazendo menção de que iria desligá-lo, mas ela segurou meu braço e o encaminhou para frente de meu corpo, onde meu outro braço, também encaminhado por ela, o aguardava. Minhas mãos se entrelaçaram automaticamente e eu as deixei onde ela havia as colocado.

A menina passou seus braços por de baixo dos meus, me abraçando por trás e logo após repousou sua cabeça no meu ombro direito. Agora estávamos nós duas em baixo d’água morna e ela movimentava seu quadril para lá e para cá, o que me fazia fazer o mesmo. O embalo me trazia um sentimento acolhedor. Era bom estar ali com ela, se eu pudesse ficaria para sempre naquela cena.

–– Acho que já chega de banho. –– Ouço-a sussurrar.

Ela desenrola seus braços do meu tronco e me guia para fora do box, desligo o chuveiro e a deixo me conduzir. Me enrolo numa toalha branca e felpuda e ofereço uma a ela, mas a menina recusa.Ela sai do banheiro deixando uma trila de poças d’água por onde passa.

Vou atrás dela e a encontro parada na frente de minha cama. Gotas passeiam alegremente pelo seu que é idêntico ao meu, mas seu olhar sacana me dá ilusão de ver belas curvas ali.

–– Porque não se deita? –– ela sugere fazendo gestos em direção à cama.

–– Na verdade, prefiro pegar uma roupa e me vestir. –– digo fitando meu roupeiro grande e brando que está do outro lado do quarto. Ela está entre nós.

–– Nós não vamos precisar das suas roupas. Aliás, não sei nem pra quê, você pegou essa toalha. –– ela fala apontando para o tecido que cobre uma parte de meu corpo.

–– Eu prefiro também que você vá embora! –– digo com convicção e aponto bruscamente para a porta de meu quarto.

–– Ora, ora Emily... Pessoas ingênuas não mentem.

–– Eu quero que você vá embora! –– falo entre os dentes e bato o pé no chão, minha toalha cai. Ela sorri.

–– Acho que você é a exceção a regra. –– ela diz caminhando em minha direção.

Dou um passo para trás, minhas panturrilhas batem na cama e caio sentada no colchão. Com os meus braços faço meu corpo ir até a cabeceira e lá me recosto, sinto os ferros contra minhas costas nuas.

Ela se ajoelha na cama e engatinha até mim.

–– A mais linda de todas as exceções. –– a menina fala olhando em meus olhos, se direciona como se fosse me beijar, mas eu a paro quando consigo sentir seu hálito de hortelã.

–– Quem é você? –– me escapa um cochicho, aquela era a frase que estava permanentemente na minha cabeça desde que a vi. Sua boca escarlate se expande num sorriso, não de malicia, mas de encantamento.

–– Não é óbvio? Sou Emily, mas devido a nossa intimidade, pode me chamar de Emi.

–– Com as... –– ela me cala com um beijo.

Seu beijo é intenso num primeiro momento, depois se suaviza e quando estou começando a raciocinar que estou sendo beijada sinto sua língua batendo palmas na ponta de meus lábios.

“Não tem pão velho.” –– minha Língua grita, enquanto relaxadamente lê um romance e toma chá de camomila.

“Eu não quero pão velho, eu quero você.” –– a língua de Emi argumenta.

Seu argumento se transforma em chave e ela própria abre a porta, toma a tomadora de chá nos braços e a acaricia completamente.

Arrepios sobem o meu corpo, sendo perseguidos por uma onda de calor.

Eu sou o arrepio e ela é o calor.

Emi liberta meus lábios e sai distribuindo beijos pelos meus ombros. Suas mãos escalam meu tronco e ela massageia meus dois seios enquanto seus beijos traçam uma trilha até em baixo.

–– Hmmm... Pelos, Emily? Que selvagem! –– ela diz numa voz sexy e depois dá um rugido com o batom borrado.

Emi desce suas mãos e gentilmente abre minhas pernas, depois se segura com um pouco de força em meu quadril, se deixando de quatro em cima da cama. Ela direcionava sua cabeça para o meu meio.

–– Só vamos rezar para que nenhum de seus amiguinhos saia grudado na minha boca. –– ela dá uma risada e logo em seguida sinto uma lambida forte.

Sua lambida se metamorfoseia numa grande mão que liga o interruptor novamente. O natal chegou e minha lâmpada pisca-pisca estava lá outra vez. Sentia meu sexo pulsar de forma enlouquecida, enquanto simultaneamente sentia meus mamilos enrijecerem. Sinto a ponta de sua língua entrar e dançar um pouco dentro de mim, depois foi mais um pedaço, e depois outro e mais outro. Cada pouquinho que entrava tinha como rito de passagem valsear.

“Olá, sou o entregador de pizza, foi a senhora que pediu 3 pizzas tamanho família sabor prazer?” –– eles perguntavam com um sorriso estampado.

“Não, agora vão embora!” –– eu dizia e me sacudia em protesto, o que só fazia a excitação aumentar e o liquido gosmento ser fabricado. Eu o sentia descer constantemente.

–– Opa, esse não é o rebolado de alguém que está gostando. –– Emi resmunga.

–– Deve ser porque talvez eu não esteja gostando. –– minha Língua estava ressentida com a traição da Língua de Emi com a minha Vagina de longos cabelos negros, portanto ela estava afiada.

–– É mesmo? –– ela pergunta com ar de ironia e depois passa seu dedo indicador na minha abertura –– Não é o que essa melequinha está me dizendo. –– Emi mostra seu dedo com o liquido e depois o lambe.

Seu gesto me excita mais e sinto mais um pouco da “melequinha” indo até Emi. Ela ri maliciosamente.

–– Opa tem mais aqui. –– ela fala e dá uma última lambida.

Em seguida, Emi introduz o seu dedo indicador em mim. Penso que vai doer, devido as suas garras no lugar das unhas, mas ao invés de dor, sinto-me umedecer mais. Ela não espera e coloca mais um dedo, os dois avançam mais um pouco e depois saem completamente, um segundo após repete o mesmo feito, mas avançam um pouco a mais. Assim ela faz, a cada entrada seus dedos exploram um pedaço maior de mim. A cada entrada mais liquido desce, um novo arrepio me sobe, mais prazer me toma. Quando consegue colocar os dedos por inteiro, espera alguns segundos até que eu me acostume com eles lá dentro, seu olhar me lança um sorriso sacana e ela arranca os dois bruscamente.

Uma bolha de prazer me envolve e eu gemo como se estivesse procurando ar puro, mas a única coisa que tem dentro da bolha é prazer e ele é a única coisa que consigo para respirar.

Uma sirene soa dentro de mim. Eu quero os seus dedos de volta, eu preciso deles. Ela ri de mim como se fosse divertido me torturar, e para ela parecia que de fato fosse.

Como se conseguisse ler meus pensamentos, Emi os introduz novamente e nessa vez, quando ameaçava retirá-los, ganhava meu semblante de pedido de misericórdia e voltava de novo com eles, causando um movimento de vai e vem, começando de forma lenta, e aumentando a velocidade a cada estocada. A cada estocada me roubando um gemido, um arrepio, um pedido mudo para que não finasse logo.

Perto do meu ápice, Emi foi diminuindo as estocadas, para então num único ato, ela dar carga máxima e fazer seus dedos atingirem o meu clitóris com toda a intensidade, para depois retirá-los lentamente.

A bolha foi estourada por bombas de prazer, todas sendo miradas em mim, todas me atingindo. Minha luz natalina brilhava mais que uma estrela, minha sirene estava em pânico e o meu corpo era um amontoado de espasmos, arrepios, suor e gemidos.


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Notas finais do capítulo

Odiaram muito? Gostaram pelo menos um pouquinho? Ai, comentem, preciso saber a opinião de vocês, mds vou enlouquecer! E se conter muitos erros, me avisem, é que agora estou sem tempo para revisar.