Towers escrita por Sofia


Capítulo 2
No.


Notas iniciais do capítulo

Hey



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Emily.

Eu ligava pela centésima vez para Callie e a garota não me atendia. Sério, já era para ela ter saído da prova e ela não larga seu celular! E bem nessas horas ela não me atende, wow...

Eu não sei o que pode ter acontecido com Amber. Pode ter acontecido de tudo, e não me contaram.

Eu apertava minhas mãos sobre os volantes enquanto eu ficava nervosa com minha filha. Olhei para a rua, as pessoas, as lojas... era engraçado. Qualquer coisa ou pessoa, tem uma história sabe? Aquela garota que sempre está sorrindo pode ter passado por um momento horrível em sua vida. Aquela loja que hoje é um sucesso pode ter passado por muita coisa até chegar aqui. Até essa palavra tem uma história.

Meu celular me despertou dos meus pensamentos filosóficos sobre a vida e o retrovisor começou a piscar sem parar. Peguei-o rapidamente.

"Toby".

Fala.

– Ui, que grossa. Aconteceu alguma coisa?

– Amber se machucou e vou ter que ir no hospital... - suspirei.

– Ah, é por isso que ela está aqui...

– ELA ESTÁ AÍ? TOBY, SEU VIADO, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AÍ? ERA PARA VOCÊ ESTAR EM CASA! NÃO ESTAVA DOENTE? POR ISSO FALTOU AO TRABALHO NÉ?

– Primeiro, sim ela está aqui. Eu sou viado mesmo então não tem jeito me xingar. Terceiro, é uma longa história.

– Aposto que não é tão longa assim.

– Ok, eu só vim ver alguns médicos, bater um papo com os enfermeiros...

– Seu puto.

– Descobriu agora?

– Cala boca, idiota. Eu estou indo aí.

Desliguei.

Toby é um filho da puta, mas eu amo ele. Ele é o meu melhor amigo. O melhor dele é o fato de ele ser gay. Toda garota sonha em ter um melhor amigo gay, e eu realizei esse sonho.

Ainda não sei o que diabos Callie está fazendo.

xxx

– A margarida chegou! - e o sorriso sarcástico de Toby apareceu em minha visão.

– Filho da puta. - bati em seu braço e ele soltou um "outch".

– Eu não tenho culpa de nada.

– Não foge assim não. Eu descobri seus segredinhos, e agora você tá na palma da minha mão, Toby.

– Ui! A fera se soltou.

– Cala a boca.

Toby. 24 anos. Cabelos negros, e curtos. Parecia um boneco, se conhecer ele você nota que ele é um monstro que vai acabar com sua vida. Não vivo sem esse guri.

Fui até a recepcionista e informei sobre a Amber, ela nos levou até o quarto de Amber (sim, nos levou. Toby quis ir junto.) e entramos. Ver minha pequininha naquele estado é de partir o coração.

– Amber? - perguntei, e a pequena se virou.

– Mamãe! - ela esticou seus braços e fui abraça-lá.

– Meu amor... - acariciei seu cabelo - como você tá?

– Eu tô... eu "quelo" ir "pá" casa, mamãe!

– Eu também, mas logo vamos voltar, ok? - assentiu - Ótimo. Agora me conta o que aconteceu.

– Eu tava lá no "paquinho", e um "galoto" falou que eu não "tenhu" papai - gelei nessa hora, encarei Toby - e eu bati nele... - Toby começou a gargalhar atrás de mim, o fusilei e pedi para que Amber continuasse - "daí" ele me empurrou do balanço.

– Ah, meu amor... - a abracei forte - Quando alguém faz isso com você, é para contar para professora, não bater nele.

– Desculpa, mamãe...

– Tá tudo bem. - sorri aliviada.

– Mamãe...

– Sim?

– Eu tenho um papai?

– É-é claro que tem.

– "Espelo" que um dia eu veja o papai, e vai ser igual o conto de fadas...

A abracei forte e uma maldita lágrima caiu. Fiquei ali até Amber cair no sono. Era horrível isso. Amber cresceu sem um pai e ela mal sabe que nem vai conhecê-lo.

Tive que acordá-la e o médico colocou um gesso em seu braço torcido, disse que ela teria que usar por uns dias e logo estaria melhor. A peguei no colo, e coloquei no carro, adormecida.

– Você vai lá em casa ou vai dar em cima de alguns médicos? - arqueei uma sobrancelha.

– Eu vou com você. Eu sou muito areia para o caminhãozinho deles. - rimos.

Eu estava preocupada com o que Amber havia dito. Eu fico triste por ela por não crescer com um pai. Me recuso saber que um dia Amber vai querer conhecê-lo.

Chegamos no apartamento e pedi para que Toby abrisse a porta. Entrei e me dei de cara com Callie no computador.

– Então, você estava aqui o tempo todo. - bufei.

Fui até o quarto com Amber, coloquei-a em cima da cama, separei um pijama, e peguei uma sacola, cobrindo seu gesso. Coloquei a água para esquentar, e fui ver Callie.

Toby estava com uma luz em cima de Callie, perguntando onde ela estava. Ri da situação, e cheguei perto dos dois.

– Onde você estava?

– Na faculdade, dã.

Ridículo.

– Interessante... e pelo o que eu sei, Callie, você não tem carro e o seu skate quebrou. A faculdade fica longe daqui... como você veio aqui?

– Isso é uma pergunta pessoal, Toby.

Toby e Callie são como cão e gato. Toby é o fogo, Callie é a água. Toby é cachorro, Callie é o gato. Eu até shipparia esses dois, se não fosse pelo fato que ela é minha irmã e ele é meu melhor amigo.

– Responde minha pergunta, Callie.

– Eu não quero dizer.

– Você conheceu um garoto, não foi?

– Talvez...

Epa. Então, ela não atendeu minhas ligações por causa de um garoto?!

– Por que não atendeu o celular?

– Porque ele está... - assustou-se - Ai meu Deus, cadê meu celular?! Eu perdi...

– Deve estar lá na faculdade. Calma.

– CALA A BOCA, TOBY! - gritou - Eu acho que está com ele...

– Ele quem?

– O garoto que eu conheci.

– Então você admite que conheceu alguém.

– Vai à merda, Toby.

– Com prazer.

Respirei fundo, e fui dar banho em Amber, vesti seu pijama, penteei seus cabelos, a coloquei em minha cama e deitei com ela, cantando uma canção de ninar que minha mãe costumava a cantar para mim e Callie.

– Vai ficar tudo bem com a gente, amor... - beijei sua testa enquanto acariciava seus cabelos - Vai ficar tudo bem...

Kendall.

Baguncei meus cabelos desesperadamente. Meu curso queria que eu tirasse fotos sobre algum tema, todos os temas que eu queria já foram usados, o professor havia deixado bem claro que não poderia repetir o tema.

Por que eu fui escolher fotografia mesmo? Bem, eu a adoro... gosto de recordar os momentos, todos esses momentos ficam guardados nas fotografias, nossa melhor fonte de lembrança.

Me levantei, e caminhei até a cozinha. Preparei um café e logo tomei o líquido quente. Observei as fotos que haviam em minha casa. Havia milhares delas. Recordei que minha mãe sempre brigava comigo porque eu colava fotos pela casa toda. Uma das fotografias, havia me chamado a atenção.

Uma garota de cabelos compridos e castanhos, olhos castanhos, que aparentava ter uns 17 anos. Ainda estava em minha cabeça. Sempre fui um idiota e me arrependo disso, o meu maior erro foi deixá-la.

Um estrondo veio da minha porta. Coloquei o copo na pia e me direcionei até a sala.

James, Carlos, Logan e Danny estavam tirando seus casacos, enquanto ligavam a tv.

– E aí, cara? - perguntou Carlos.

Carlos era o latino que todas sonham. Casado, e com 24 anos. Trabalha em cinematografia. Olhos castanhos e cabelos castanhos escuros.

James era o garanhão. Trabalha como professor de artes dramáticas em uma faculdade. Tem 23 anos, e está super solteiro. É alto, e tem um rosto de deus-grego como as garotas dizem.

Logan é idiota e esperto. 24 anos e trabalha como médico. Bem, irá trabalhar. Está super solteiro, mas claro, com esse peso ninguém o quer. Minha opinião.

Danny é o sobrinho de Logan, e está morando com ele. Está tentando procurar uma faculdade aqui em Los Angeles, até agora nada. Cabelos encaracolados e olhos verdes, toda garota quer ele. Até uma mulher de 60 anos quer ele. Tem 20 anos.

– E aí. - sorri - O que faz vocês invadirem minha casa?

– Não podemos mais falar com você? Hm? - insinuou Logan.

– Claro que podem, mas sem invadir, seus viados. - bufei.

– Viemos na hora errada. - riu James.

– Vieram mesmo. Eu tenho um trabalho para o meu curso.

– E aquela entrevista de emprego?

– Adiaram, vão marcar para outro dia.

– Que merda hein. - disse Logan.

– Eu sei... - suspirei - O que querem fazer?

– Qualquer coisa. - Danny deu ombros.

xxx

Definitivamente, meus amigos são uns idiotas.

– Danny, vai lá pegar o cd. Está no seu carro. - riu Logan.

– Ok. - Danny pegou suas chaves e saiu do flat.

– Caras, vocês estão muito bêbados. - ri.

– Você também, idiota. - foi a vez de Carlos rir.

Do nada, Logan começou a gargalhar, e todos o acompanhamos. Danny entrou no flat novamente e sentou no puff.

– Achou? - perguntou James.

– Não estava lá. - rolou os olhos, e ficou encarando um objeto em suas mãos. Um celular.

– Seu filho da puta, comprou outro celular? - xingou Logan.

– Seu sobrinho está dando muitos gastos. - Carlos insinuou.

– Não, eu não comprei. - bufou - É de uma garota que conheci.

– E ela te deu o celular dela? - arqueei uma sobrancelha.

– Não.

– Você a roubou?

– Não, James.

– Meu pai é policial.

– Cala boca, Carlos.

– Fala logo, garoto.

– Eu conheci uma garota hoje e eu dei uma carona para ela. Deve ter esquecido o celular no meu carro.

James pegou o celular das mãos de Danny e começou a mexer. Fui até o seu lado e observei. Ela não tinha senha. Ok, né. Ele clicou em fotos.

– Ela é bem bonita. - comentou Logan.

– Eu lembro ela de algum lugar... - comentei.

– Até parece. - Danny deu ombros novamente.

– É sério. Qual é o nome dela? E sobrenome?

– Sobrenome eu não sei, mas o nome dela é Callie.

Callie. Não podia ser ela.

– Não... não pode ser ela.

– Ela quem?

É um engano. Não pode ser Callie Joey. Callie Joey, irmã de Emily Joey...

O amor da minha vida está bem na minha frente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? haha
Bem, o garoto mistério era o Kendall, dã.
Por favor, gente, comenta, favorita e recomenda, vocês já sabem. CFR! (Comenta Favorita Recomenda!). Dêem uma divulgada na fic, qualquer coisa.
Eu não respondi os reviews, sorry. Eu não tenho tempo, mas qualquer dia vejo se dá.
xxxxxxxxx, Sofia



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