Rise of the Guardians 2 - Spirits of Halloween escrita por Black
Notas iniciais do capítulo
Aqui está o capítulo e espero que gostem!
As gêmeas reaparecem num lugar completamente diferente da Oficina do Papai Noel. Ao olhar em volta, Jacky percebe que ambas estão num lugar muito conhecido e que nenhuma delas gostaria de ver novamente.
Era uma clareira rodeada de árvores destruídas e queimadas. A terra continuava negra e coberta de cinzas. Ao redor era possível ver quatro lampiões que estavam acesos desde a última vez em que as duas estiveram ali, há pouco mais de quatrocentos anos.
– Então é aqui que tudo acaba? – Jennete pergunta, olhando em volta, assustada.
– Parece que sim. – Jacky repete o gesto dela, trazendo em si as mesmas emoções que a gêmea sentia.
Depois de fitarem conhecido lugar por algum tempo, as duas começam a se encarar. Todo o medo esquecido e substituído por um ódio profundo ao olharem nos olhos uma da outra.
Em segundos as duas avançam uma para a outra e começam a se atacar incansavelmente. Jennete levava vantagem devido ao fato de que ela possuía a Abóbora de Halloween.
Jenn derruba Jacky no chão e esta última rapidamente se levanta, partindo novamente para cima da irmã. Jennete desvia do ataque de Jackeline, mas esta última consegue segurá-la pelo braço e derruba-a junto consigo.
Jennete se levanta e se afasta a passos rápidos e largos. Jacky também se levanta e olha para a irmã de maneira ameaçadora e um tanto quanto assustadora.
– Isso deveria me assustar? – Jenn pergunta sarcasticamente. – Você não me assusta!
Em segundos Jacky se transporta para frente de Jennete, olhando a gêmea nos olhos.
– Você vai se arrepender dessas palavras. – Jacky fala. Seus olhos escurecem levemente. – PORQUE EU SEI O QUE MAIS TE ASSUSTA! – Grita.
Jennete vê Jacky sumir diante de seus olhos e em segundos todo o cenário ao seu redor muda. Os quatro lampiões se apagam e um vento frio se espalha pelo lugar. Até mesmo a própria lua fica oculta pelas nuvens, deixando o lugar completamente escuro.
– Jacky? – Jennete chama nervosa.
A garota não obtém nenhuma resposta. Apenas um silêncio desconfortável e assustador paira pelo lugar, contribuindo para o nervosismo e temor do espírito do Halloween.
– Você parece nervosa. – Ela ouve uma conhecida e nem um pouco agradável voz.
Jennete se vira e encontra a última pessoa que gostaria de ver em sua eternidade. A figura que via a sua frente era alta e musculosa. Trajava uma roupa antiga de cavaleiro medieval completamente preta e montava num assustador cavalo também preto. Mas o detalhe mais importante era outro. Não havia cabeça.
– V-Você. – Jennete gagueja e recua alguns passos.
O Cavaleiro se aproxima em seu cavalo lentamente, rodeando um completamente aterrorizado Espírito de Halloween.
– Com medo, queridinha? – O Cavaleiro pergunta e o som saía do buraco entre os ombros onde deveria estar o pescoço e depois a cabeça. – Pensei que havia dito que eu estava morto e não havia motivos para ter medo de mim.
O cavalo rincha e levanta-se sobre duas patas, caindo em quatro novamente logo depois. Jennete se assusta com o movimento e cai no chão, largando a abóbora de Halloween no ato. Desse modo, O Cavaleiro pega a abóbora e a coloca no lugar onde sua cabeça deveria estar. As feições assustadoras esculpidas na superfície alaranjada parecem ficar mais nítidas e se mexiam como se realmente fossem vivas.
– Gosta mais de mim agora? – Questiona, descendo do enorme cavalo preto.
O cavaleiro anda a passos largos e lentos até a garota que ainda estava no chão, mas que se arrastava procurando ficar longe dele.
O cavaleiro fica de joelhos e com a mão livre segura o pescoço de Jennete, levantando-a em seguida, ficando de pé segurando a garota. Depois de alguns segundos daquele modo, algo estranho acontece. A imagem começa a oscilar e mudar entre o cavaleiro com cabeça de abóbora e o espírito do Halloween segurando a mesma.
Quando finalmente para, Jacky é quem fica no lugar onde o cavaleiro estivera e agora segurava sua abóbora.
– Você deveria ter medo de mim. – Diz. Os olhos novamente negros assumindo um brilho maníaco.
– Jacky, o que aconteceu com você? – Jennete pergunta sufocada pelo aperto firme de Jacky em seu pescoço.
– VOCÊ ACONTECEU COMIGO! – Jacky grita, largando a irmã no chão e andando em círculos em torno da mesma.
Jennete permanece no chão, encolhida, mas sem tirar os olhos da gêmea.
– Está feliz agora?! – Era visível o quanto Jacky estava alterada. – Você queria um monstro. Conseguiu um! Mas parece que não saiu do jeito que você esperava. – Jacky para em frente à irmã. – PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTROLA MAIS!
Jacky começa novamente a oscilar entre sua própria imagem e a do cavaleiro com cabeça de abóbora, mas desta vez não para.
– Você me destruiu. – Fala baixinho. Sua voz também alternava sem parar entre a voz do Espírito do Halloween e a voz do Cavaleiro. – ESTÁ SATISFEITA?!
Da abóbora que, hora estava na mão de Jacky, hora estava servindo com cabeça para o Cavaleiro, sai uma luz laranja escura que arremessa Jennete para uma das árvores destruídas que cercavam o local e a prende ali.
Jacky se aproxima, ainda mudando de forma sem parar, e segura o queixo da irmã gêmea.
– Você está fora de si! – Jennete grita, apesar do aperto forte que Jacky mantinha em seu rosto. – Você sabe as consequências de se transformar nele!
Jacky solta uma gargalhada sinistra e ruidosa que ecoa pela clareira onde estavam. De repente, a imagem da garota para de mudar, deixando a imagem do cavaleiro ali.
– Você realmente acha que depois de tudo que você me fez, eu ainda tenho alguma coisa a perder? – Ele pergunta sarcasticamente. – Você acabou com tudo o que eu era. Com a pessoa que eu sempre fui e gostei de ser. – Continua.
– O que está dizendo? – Jennete pergunta absolutamente aterrorizada.
– Depois da traição da minha própria irmã, - Ele começa. – Não há muito mais coisa que possa ser feita para eu volte ser aquela pessoa ingênua e idiota. – Dá leves batidas com a mão livre na superfície alaranjada da abóbora que lhe servia como cabeça. – Mas acho que essa parte minha sempre esteve aqui. E que foi você quem a mostrou. VOCÊ ME TRANSFORMOU NISSO!
– Não. – Jennete o interrompe.
– Sim. – Ele contradiz.
– Não.
– SIM! – Ele grita.
Jennete permanece calada fitando as feições de abóbora a sua frente.
– Sabe, - Ele começa. – Você me fez coisas bem ruins. Tudo por causa da inveja que tinha de mim. Mas realmente acha que eu merecia isso? – Aponta para si mesmo. – Você causou isso. Criou duas personalidades na minha cabeça. Isso agora faz parte de mim. A parte maligna e impiedosa que você criou. Sempre você me olhar nos olhos, você verá o ponto escuro que para sempre ficará presente aqui. – Continua. – Você realmente acha que aquilo foi sofrimento para mim? Ficar a sua mercê e fazendo as coisas que mais odeio? – Pergunta sarcasticamente. – Agora essa dor na minha cabeça não para. Eu sinto duas partes minhas lutando para saber quem comanda.
– Como isso pode acontecer? – Jennete pergunta mesmo ainda estando assustada e um pouco culpada com aquelas palavras.
– Você fez isso. Diga-me você. – Responde. – Mas essa marca irá permanecer pela eternidade. Você verá o que toda sua inveja e rancor causaram.
Ao dizer isso, a imagem à frente de Jennete volta a ser a de Jacky. Assim que volta ao normal, Jennete pode ver as mudanças na aparência da irmã. Um dos olhos estava laranja-vibrante como sempre estivera e o outro estava preto como havia sido nos últimos dias. As roupas também não eram mais totalmente pretas, traziam também alguns detalhes laranja-escuro. Os cabelos mais longos e as pontas pareciam ainda mais rebeldes e apontavam para todos os lados.
Jennete se aproxima de Jacky e como se para confirmar que a pessoa com a face amargurada a sua frente era real e sem nenhum impedimento por parte dela, toca o rosto da outra.
– Agora já não somos tão parecidas. – Jennete diz e vira de costas. – Mesmo que eu te odiasse e sempre desejasse me vingar de você e vê-la sofrer... Não era isso que eu queria.
– Se você diz... – Jacky responde também se virando de costas para a outra.
– Pensei que você iria me matar. – Jennete fala.
– Vá embora. – Jacky pede.
Jennete continua parada em seu lugar, ainda de costas para a irmã.
– VÁ! – Jacky grita.
Assim, Jenn desaparece, deixando a irmã que agora olhava para o nada, completamente inexpressiva.
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Eu adoraria que vocês comentassem.