PODVED

(continuação...)

Eu nem sei ao certo como nós chegamos ali,mas assim que nos sentamos tentei me aproximar,afinal ela era minha vida agora e tudo que eu queria era matar a saudades que sentia depois de três longos dias longe dela.

Porém ela não me permitiu,então resolvi perguntar o que estava acontecendo.

Ed: Está tudo bem com você e o bebê?

Tânya: Comigo está tudo ótimo,talvez melhor impossível.

Eu realmente não entendi a frieza com que ela respondeu,mas então ela resolveu começar a colocar pra fora tudo que tinha vivido até aquele dia junto a mim.

Tânya: Sabe Edward quando cheguei em Seatle,tudo que eu queria era ser feliz,queria deixar de lado o meu gênio ruim,realmente pensei que fosse conseguir,mas então no meu primeiro dia de colégio você apareceu,seria como negar droga a um dependente ficar longe de você.E foi tão fácil que não precisei me esforçar tanto assim,seu encanto pela menina doce que estava a sua frente na mesa do refeitório me fez ver que seria a próxima vitima,era tudo um plano me fingir de boa menina a mais doce impossível,conquistar você o que digamos que nem foi preciso por você ser esse grande idiota..ela disse com um sorriso maquiavélico..,seria a namorada perfeita e ao poucos iria tirar todo o dinheiro da sua família e pronto,mais uma família e um idiota derrotados por Tânya Denali,mas você tinha que me engravidar.

Nesse momento eu prestei um pouco mais de atenção já que minha cabeça estava explodindo a essa altura.

Eu tirei aquele nojentinho de mim,eu achei que seria até legal,depois que ele nascesse eu o abandonaria e estaria livre ,mas ele estava acabando com meu corpo e tudo que fiz foi marcar com um colega meu e tirá-lo,simples e ah claro eu realmente nunca fui sua,eu nunca sou só de um entende,eu preciso de muito mais que uma pessoa só possa me oferecer.Eu tirei seu filho,e não quero mais saber de você,sua família e aqueles seus amigos ridículos.

Assim que ela disse que tinha tirado meu filho meu mundo desabou,eu fiquei ali no banco sem prestar atenção em nada,nem percebi que ela se foi e eu fiquei com meu peito apertado,era como se alguém estivesse arrancando meu coração.Eu o amava muito,meu filho foi tirado de mim sem ao menos saber o quanto eu o amava,e então pensei que se ele não existisse não tinha por que eu existir também.

Isabella estremeceu assim que eu disse as ultimas palavras,mas continuei...

Naquele dia eu sai andando sem rumo pela cidade,até encontrar um bar cheio de bêbados e foi ali que eu parei,bebi diferentes doses e acabei passando mal por não estar acostumado com álcool no organismo,o dono do bar só me carregou até um beco e me deixou ali,foi lá que conheci o pior de todos os vícios: as drogas.

Eu sumi por mais de dois meses sem voltar em casa e minha família também não consegui me achar,nesse tempo eu tinha tornado um dependente,não conseguia ficar um segundo sem ela no meu meu sangue,foi difícil,eu emagreci muito,quase morri em brigas e confusões de drogados,a cada dia estava em um beco diferente,era uma maneira de não ser encontrado,as drogas me faziam mal,mas já não sentia a dor que meu peito tinha quando a usei pela primeira vez.

Foi em um dia que passei muito mal a ponto de não conseguir ir atrás de droga que ele apareceu,eu realmente não sei como ele me encontrou,mas meu irmão estava lá quando abri meus olhos e pedi socorro,não sei como estava,mas ele me carregou como se carregasse uma pena e depois de tudo eu acordei em um hospital,não abri meus olhos,mas escutei o choro da minha mãe,e foi ouvindo ela conversar com meu pai que eu tomei a decisão que mudou tudo.

Esme:Oh Carl nosso filho,por que ele está assim,ele não merecia isso.

Carlisle: Eu sei meu amor,mas nós vamos ajudá-lo a sair dessa,nosso filho é forte e sempre foi um bom garoto.

Esme:Mas e se ele não conseguir ?Ele se tornou um viciado..seu choro se intensificou e ouvi meu pai dizendo.

Carlisle: Calma meu bem eu sei que ele vai conseguir,eu confio nele.

Talvez meu pai soubesse que eu estava acordado ouvindo tudo,mas esse foi o impulso que tomei para contar minha decisão,e quando eles saíram e eu abri meus olhos e minhas lágrimas se fizeram presentes,eu não tinha chorado desde aquele dia,talvez tenha sido as lágrimas que me libertou e me deu mais força para enfrentar a vida.

Naquele mesmo dia com meus amigos e meus pais eu comuniquei que queria me internar e assim fiz quando sai do hospital.

Tempo presente...

Foram os dois anos mais difíceis que passei naquela clinica,mas tive o apoio da minha família.

Eu daria tudo para voltar no tempo e não ter me apaixonado,talvez eu não teria cometido todos esses erros,mas ao mesmo tempo eu me tornei uma pessoa forte.Aprendi com meus erros,devo tudo ao meu irmão por ter me achado se ele não tivesse insistido com meus pais em sair de casa a noite e vagar pela cidade a minha procura talvez eu não estaria aqui.

Assim que terminei eu olhei pra Isabella que tinha o rosto marcado pelas lágrimas,eu sabia que estava do mesmo jeito que ela,mas ela me abraçou no momento eu fiquei paralisado,não sabia o que fazer,pensei que ela simplesmente diria que não dava mais,que ela não queria ser amiga de um ex-dependente químico. Retribui o abraço escondendo meu rosto em seu pescoço.

Eu queira ficar ali pra sempre sentindo aquela paz que ela me trazia,seu cheiro doce e suas mãos suaves me acariciando as costas num gesto de carinho,era esse meu sonho.

Mas eu sabia que as lágrimas que ela derramará não era só por minha causa,de alguma forma eu sabia que nossas historias se pareciam,eu queria tirar esse sofrimento dela.

Eu faria tudo para ver Isabella vivendo de novo....