Story Of Evil: As Crônicas de Moonstone escrita por yin-yang


Capítulo 3
Reunião.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Desculpem-nos pela demora na publicação! Estamos tendo um problema de conciliar horários. Mas prometemos tentar postar com regularidade!

Atenciosamente,
yin-yang e Alexia.



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Ali, na câmara, estavam os lordes reunidos juntamente com a princesa e seu Chevalier. Sentados em círculo, os homens da nobreza discutiam.

– Trago informações sobre os Reinos de Emerald e Ruby. Parece que as negociações falharam. – Disse um.

– São terras preciosíssimas, de prestígio. Acredito que deixá-las de fora de nossos planos não seria de forma alguma conveniente. – Falou outro.

– Nossas pesquisas mostram que, com a aliança desfeita com eles, nossos índices sofrerão grandes declínios econômicos. - Proferiu um terceiro nobre, preocupado. – Com a nossa economia enfraquecida, nossa soberania será contestada! Será o caos!

Mediante tantas falas, a assembleia estava inquieta e bastante movimentada. Perder o posto que cada um ocupada era algo que realmente lhes tiravam o sono.

Neji observava a situação do local. De pé, ao lado do assento real onde Hinata estava, abaixou-se até o ouvido da princesa, de modo a colocar a mão frente à boca, para que os demais — se alguém realmente os observasse — não pudesse compreender:

— Hinata-sama... Acredito que seria oportuno tomar a palavra no momento, para acalmá-los. Talvez o Primeiro Ministro queira se pronunciar. – Sugeriu o Chevalier calmamente.

A garota assim o fitou por cima do ombro e assentiu, observando com um olhar entediado a discussão que acontecia à sua frente. Sorrindo de canto, ergueu o olhar e tamborilaram os dedos na mesa.

— Se não têm algo de útil a falar, calem a boca. – Não levantou a voz, murmurando friamente e num tom de escárnio.

Todos se calaram em instante.

– Primeiro Ministro... – Fechou os olhos a princesa e recostou-se no assento real. – Já que nos fez o favor de me arrastar até aqui... Pronuncie-se, por gentileza. – Irônica, fitou o Primeiro Ministro com um sorriso debochado e fez um gesto, indicando que ele poderia falar.

— Obrigado, Majestade, pela palavra. – Agradeceu-a ainda em pose robusta. Tossiu elegantemente, olhando para os demais companheiros. – Senhores, apesar dos problemas iminentes, não devemos ser tomados pelo pânico. Afinal, eu vejo a situação apenas como um... Contratempo. Até hoje, Moonstone tem sido conhecido como o temível Reino soberano e tirano. Nosso poder é conhecido e temido por todo o mundo. – Insinuou ele, agora olhando para a donzela. – Eu, como chefe de governo e Primeiro Ministro, Vossa Majestade... Sugiro que, bem, não há nada que nós tenhamos almejado e não conseguimos conquistar. Sendo assim, creio que se não conseguimos por meio diplomático, não vejo objeção alguma à anexação do território, mesmo que seja por meios bélicos. - Finalizou, por fim, seu discurso.

Ouviu todo o discurso dele com o rosto apoiado no queixo e os olhos fechados; tediosa, mas ouvia cada palavra com atenção. Conhecia muito bem as táticas de Guerra e como dominar um território. Assentiu abrindo os frios olhos perolados e analisou a todos os presentes na assembleia.

— Muito bem, Primeiro Ministro... – Ajeitou a coroa em sua cabeça, como se destacasse a sua soberania ali, e fez um gesto displicente. – Alguém contra? – Desafiou-os erguendo o queixo em um ângulo arrogante.

Ao notar que ninguém se oporia à sugestão dada pelo então Primeiro Ministro, este tossiu mais uma vez ao fazer menção de querer acrescer mais algumas palavras.

— Bom... Ao que me parece, Alteza, nenhum de nossos parlamentares têm objeção no que concerne ao objeto da discussão. – Comentou. – Gostaria de acrescer que... Bem, vosso Chevalier, embora oriundo de Moonstone, residiu anos em terras rubras. Creio que enviarmos à guerra seria um tanto quanto... Útil. – Disse o parlamentar, ao levar seu olhar ao jovem Hyuuga que, ao ser citado, o observava.

Endireitou-se ela no assento real diante da insinuação do Primeiro Ministro e fitou Neji com dúvida, mordendo o lábio inferior. Não queria, de forma alguma, perder o primo querido novamente.

“Logo agora que ficamos juntos de novo...”, pensou cerrando os punhos. Ficava em completo silêncio, a mente dando reviravoltas, dúvidas e incertezas atrapalhando seu raciocínio frio.

— N-Neji... – Murmurou tristemente, os olhos incertos e pesarosos fixos nos dele. – E-eu... – Engoliu em seco, achando um tanto injusto essa decisão ficar nos seus ombros. Naquele momento, ressentiu-se por ser a princesa, soberana daquele lugar.

Ao ver a reação da princesa, o acompanhante apenas a olhou com um sorriso em seu rosto.

— Não se preocupe, Hinata-sama. Independentemente de sua escolha, estou às suas ordens. Afinal, sou seu Chevalier pessoal. – Disse o rapaz gentilmente para a mesma. – Tudo ficará bem.

Diante da resposta do primo, suspirou resignada, assentindo fracamente.

— Então está feito. – Ficou com um olhar distante, os lábios finos. – Alguém se opõe ou tem algo a mais a acrescentar? – Perguntou sentindo-se cansada e mortificada por dentro.

— Acredito que mais nada, Majestade. - Disse o chefe de governo. Com a declaração do mesmo, todos assentiram.

— Bem... — Levantou-se um pouco abalada, e deu as costas aos presentes. Tocou a maçaneta da porta e hesitou. – A sessão está encerrada, então.

Olhou de relance para Neji e abriu a porta, saindo da reunião com mente e coração embaralhados por sentimentos conflitantes.

Assim que Hinata se levantava e fazia menção de retirada, o cavalheiro tratou de acompanhá-la, ao fazer uma rápida reverência aos lordes ali presentes.

— Pois bem... - Disse o Primeiro Ministro, a observar a donzela. - Não se esqueça do baile dessa noite, Vossa Majestade. Caso ainda não saiba, o Principe de Topaz se fará presente. – Revelou o mesmo. Sabia dos sentimentos da realeza para com o citado.

A chefe de Estado estacou no caminho e fitou surpresa o Primeiro Ministro.

— Q-quer dizer que o...? – Sorriu levando a mão ao peito, aparentemente esquecendo-se da reunião. – Ah, tenho que me arrumar, fazer os preparativos. – Murmurou ela, ansiosa com a novidade dada pelo outro. Afinal, seu príncipe viria a seu castelo.

Em seguida, olhava para o Chevalier que a acompanhava, sério.

—Nossas tropas partirão nesta madrugada, após o término do baile. De acordo, Chevalier? –Disse o parlamentar superior, em tom hierárquico para com o Hyuuga.

O jovem retribuiu o olhar, talvez um pouco irritado pelo modo como ele dirigia a palavra a si. Por mais que hierarquicamente fosse inferior ao outro, ainda possuía certo orgulho, mas nada faria, já que aquilo era de vontade de sua prima.

— De acordo, Primeiro Ministro. - Respondeu ele, ainda ao lado da princesa.

O jovem inferior olhava para sua prima. Notava como aquela notícia acerca do Príncipe de Topaz a alegrava. Por um momento, deixava uma estranha expressão tomar conta de seu semblante, porém, ao ver sua prima franzir o cenho com o olhar lançado pelo Primeiro Ministro, Neji sorriu para a mesma gentilmente.

— Não se preocupe, Hinata-sama. – Disse ele, evitando qualquer tipo de desavença naquele cenário, mesmo porque sua senhora tinha outros afazeres. Assim, estendia seu braço, oferecendo-o para que ela segurasse. – Deixe-me acompanhá-la. Hinata-sama deve ficar linda para receber seus convidados. – Disse ele o Chevalier a manter seu sorriso.

Talvez, somente talvez, aquela expressão não fosse tão verdadeira quanto queria que fosse. Talvez, tão somente talvez.

♦ ♦ ♦

Agora em seu novo aposento, Neji fechava a porta, calado. Ficava por um tempo parado, inerte, até que, por fim, virava-se para o quarto. Observava suas malas, ainda a serem desfeitas. Suspirou, um tanto quanto desanimado. Fora até a janela, onde a abriu ali passou a sentir a fresca brisa arejar o ambiente e sua mente. É claro que as coisas entre eles não seriam mais as mesmas, apenas ele era idiota o suficiente a pensar que os sentimentos daquela época poderiam estar intactos. Ele, agora, sendo seu Chevalier, isso cada vez menos deveria importar.

– Toc toc. - Bateu a porta uma das criadas do castelo.

Olhava para trás.

— Entre.

– C-Com licença, Neji-sama... - - Iniciou a criada, com medo. - A Princesa Hinata está lhe chamando no quarto dela...

O cavalheiro ouvia atentamente ao chamado. Ao término da fala da mesma, ele sorriu gentilmente, aproximando-se daquela que havia trazido o recado.

— Obrigado, senhorita. Por favor, Neji-san é o suficiente. - Disse ele, antes de se retirar do local e se direcionar ao quarto de sua prima.

Não sabia o que exatamente o que ela pudesse querer dele no momento, já que estaria a se arrumar para o grande baile para recepcionar o príncipe de Reino de Topázio, mas queria poder ser útil para ela na medida do possível, quando possível. Era tudo o que importava. Ao subir todas aquelas escadas, finalmente chegava frente ao quarto de Hinata, o qual ficava no último andar. Batia suavemente uma, duas,, três vezes, antes de entrar.

— Com licença, Hinata-sama. Mandou me chamar?

Ao ouvir o som de alguém batendo na porta, um sorriso empolgado desenhando os lábios da donzela. Caminhou até a porta quase saltitando de tanta felicidade e abriu-a com brusquidão segurando o braço do seu primo, os olhos brilhando de alegria e ansiedade.

— Neji nii-san! - Puxou-o de forma impaciente para dentro de seu quarto. – Eu te chamei pra comunicar que, a partir de hoje, você está encarregado de me ajudar em tudo, inclusive me arrumar. - Tombou a cabeça para o lado divertida, finalmente largando o braço do primo. — Portanto, criadas, o serviço de vocês não é mais necessário, sim? - Fitou-as de lado, inclinando a cabeça de modo respeitoso, em forma de agradecimento pelos serviços delas.

Com o comando da mestra, as serviçais trataram de sair do local com uma rápida reverência, deixando, apenas, os dois primos no local.

O Chevalier, contudo, ainda estava confuso. Parecia ainda não ter compreendido muito bem as palavras da princesa.

— Hinata-sama, eu... Não entendi muito bem. - Disse ele, um tanto quanto atordoado. – Tem certeza?

Ela entrelaçou os dedos e sorriu, fitando-o com um sorriso de canto.

— Haai. – Murmurou de forma arrastada, rindo da confusão do maior. – Achei que como Chevalier, e pessoa na qual mais confio e prezo, isso seria... – Encolheu um dos ombros, um pouco sem graça. – Bem... Seria algo legal, sabe? – Mordeu o lábio inferior, receosa em encará-lo. – Mas se quiser negar, tudo bem.

Com o pedido da prima, Neji sorriu, vencido. Levou a mão ao seu liso e macio rosto alvo, onde a acariciou.

— Diante de um pedido desse, o que eu seria se eu recusasse? - Disse ele, agora puxando-a para um breve e confortável abraço. Beijou a testa da donzela carinhosamente enquanto afagava seus longos e negros cabelos sedosos. – Às suas ordens, Hinata-sama.

Ela retribuiu o abraço, apertando-o carinhosamente entre os braços. Fechou os olhos, sentindo-se reconfortada com o carinho dele, e logo se afastou, sorrindo desafiadora para ele.

— Pronto para me deixar a donzela mais linda e perfeita desse reino? – Mordeu o lábio, abrindo o enorme guarda roupa, exibindo inúmeros vestidos, todos elegantes e finos. – Bem, pode escolher um. – Cruzou os braços fitando-o com sobrancelhas arqueadas.

Diante do grande guarda roupa aberto, ele analisava cada peça que a senhorita possuía com criticidade e bom gosto. Andou de um lado para outro, em busca da vestimenta perfeita para a ocasião, até que, bem ao canto esquerdo, encontrava o que procurava: o tecido era nobre, todo perolado, num decote ousado, porém solene. A manga era longa, estilo medieval. Aquele era perfeito. Tomava a peça em mãos e assim a colocava em frente à princesa enquanto a mesma se olhava no espelho.

— O que acha?

Olhou hipnotizada para o seu reflexo no espelho abraçando o vestido contra o corpo, atenta a forma como ele destacava os seus intensos olhos perolados.

— Ficou perfeito, Neji nii-san. – Virou-se, ficando de frente para ele, e ficou na ponta dos pés, pousando um cálido e delicado beijo na bochecha do primo. – Arigatou. — Afastou-se sorrindo em agradecimento.


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