As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 4
03 – Encontro


Notas iniciais do capítulo

Uhuu!!! Capítulo revisado!!! Haha!

E como eu também queria acabar com essa história de Bruxa nesse capítulo, eu tive que fazer isso para deixar tudo certo com os protagonistas para o próximo.

Mas enfim, tenham uma Boa Leitura!



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– CUIDADO!!! - Todos falaram ao mesmo tempo, mas já era tarde demais.

– AAAH HAHAHA NÃO! POR FAVOR, PARA!!! – Gargalhava Eryk caído no chão com o cachorro no seu colo, recebendo varias lambidas do animal que mostrava felicidade como forma de agradecimento.

Todos viram a reação do cachorro e ficaram surpresos. Não esperavam por essa. Acharam que o cão ia enchê-lo de mordidas em vez de lambidas.

Enquanto ao homem encapuzado, ele viu que a “diversão” acabou e logo se preparando para partir, fala:

– Ah, ficou chato. Tá na minha hora.

Depois que as coisas se acalmaram um pouco, Eryk e os outros estavam conversando sobre o ocorrido.

– E ai Eryk, superou o seu medo? – Jessy pergunta.

– Eu acho que sim, não só o superei como também fiquei amigo de um Pitbull. – Respondeu alegre enquanto ia abraçar o animal.

–Não, perai... – Começou Junior – Como foi que esse Pitbull ficou “daquele jeito” ?

– Eu acho que sei como... – Pronunciou Eryk os encarando um pouco chateado enquanto fazia cafuné no queixo do cão.

– Sabe? – Pergunta Jessy surpresa. – Como?

– Eu vi algo quando eu toque nele antes de voltar ao normal.

– Como uma visão? – Jessy pergunta agora curiosa.

– Eu acho que sim.

– Ora, por favor! – Agora era Luane que interrompera. – E você é vidente por acaso?

– E Pitbull gigante é possível “por acaso”? – Rebateu Jeová.

– Bom, err...

– Gente! – Jessy chamou a atenção de todos. – Deixem o Eryk continuar!

– Jessy, lembra daquela moça que nós esbarramos mais cedo?

– Lembro. – Jessy respondeu, sentindo calafrios.

– Então, eu a vi derramar uma água da cor verde nele enquanto dormia e depois ele ficou daquele jeito.

– Então ela é uma bruxa de verdade... – Refletia Jessy.

Eryk gostava muito de animais, e ainda gosta, mas vê um bicho passar pelo que passou, deixou Eryk tão bravo que ele tomou uma decisão.

Ele parou de fazer cafuné no cão, levantou e começou a andar. Mal deu dois passos até Jessy perceber e perguntar.

– Para aonde você vai?

– Eu quero me encontra com ela e saber por que ela fez isso. – Respondeu.

– TÁ MALUCO?! Ela é uma Bruxa e você vai até ela?

–MAS É CLARO QUE VOU!

– MAS ELA É UMA BRUXA E MESMO ASSIM VOCÊ VAI?!

–VOU!

– MAS POR QUE VOCÊ VAI?

– PORQUE NÃO SE FAZ ISSO COM UM ANIMAL!

–Mas... Eryk, você não tem medo? – Falou jessy meio triste segurando sua própria mão perto do pescoço. Não gostava da ideia do primo nem um pouco.

– Um pouco... – Eryk faz uma breve pausa e logo em seguida continua a falar. – Mas o que ela fez com o coitado é errado, e eu preciso pelo menos saber por quê.

– Mas mesmo assim... você não é de se meter em confusão. E se for perigoso, hein? Você lembra o jeito que ela nos tratou?

Todos os três estavam assistindo a discussão dos primos. Se não fosse por um Pitbull monstro, Jeová não ia acreditar nessa história de Bruxa, ao contrario de Junior e Luane que morriam de medo só de ouvir a palavra. E a discussão parecia não ter fim, até Jeová tomar a palavra.

– Não. Peraí! Deixa eu ver se eu entendi: Você vai até uma Bruxa, que tem o poder de transformar os outros, SÓ para saber por que ela fez isso?

– Vou... Por quê? – Eryk perguntou um pouco hesitante e nervoso.

– Posso ir com você?

Essa pergunta pegou todos de surpresa, principalmente Eryk. Mas quem falou depois foi Junior.

– Ir com... CÊ TÁ MALUCO CARA?

– Por que você quer ir? – Perguntou Eryk ignorando Junior.

– Se alguma coisa der errado, eu quero está lá. E também porque eu também acho que um animal não deveria passar por isso.

–ERYK! Se a sua mãe souber disso ela te mata! – Avisou Jessy.

– Eu me entendo com ela depois. – Eryk dar as costas enquanto dizia isso, ia começar a andar, mas depois ele pensa melhor. Ele dá meia-volta e pergunta.

– Vocês me ajudam?

– Eu já disse que topo. – Falou Jeová.

– Eu não sei não... – Falou Luane com a mão esquerda para cima perto do pescoço.

– Eu sou obrigado a ir? – Perguntou Junior sem vontade.

– Aff, se vamos fazer isso mesmo...- Falava Jessy enquanto pegava um estojo escolar prateado.

De onde ela tirou isso? – Todos presentes se perguntaram em pensamento.

– Pra quê isso? – Pergunta Eryk.

– Vocês logo vão ver. – Respondeu a morena.

Todos estavam curiosos e confusos. “Um estojo vai ajudar em quê?” Pensavam.

Jessy após abri o estojo, coloca seu braço inteiro lá dentro.

– EITA! – A reação de todos não pode ser evitada. “Um estojo normal, que cabe na mão, e ainda é pequeno, e ela ainda consegue enfiar o braço intero lá dentro? Como ela consegue?” Todos se perguntavam.

– Toma, pra você. É um mine-bumerangue que pode vir a calhar. – Jessy oferece para Jeová um bumerangue minúsculo, que cabe na palma da mão. – Joga! – Incentivou.

Jeová a obedeceu e joga o objeto para longe.

E depois de um pequeno tempinho, ele volta batendo na sua mão ainda estendida para pega o bumerangue de volta.

– Aiii!!! Quando foi que ele voltou?- Perguntou enquanto segura sua mão que estava enxada e quase rosada, latejando de dor.

– Ele é tão pequeno que se você não presta a atenção, você não vai consegui vê-lo chegando. – Jessy explicou e Jeová concordou acenando com a cabeça.

– Nossa. – Comentou Luane impressionada.

– Pra você eu tenho umas fitas que aumentam de tamanho quando entram em contato com o ar. - Explicava Jessy novamente enquanto entregava duas fitas rosadas para a loira.

– Como assim? – Luane pergunta enquanto faz movimentos com as fitas novas usando seus braços.

E logo se espanta quando vê que elas crescem e encolhem conforme se mexia.

– Que irado! – Falou Luane admirada.

– Opa e pra mim? – Perguntou Junior empolgado.

– Pra você eu tenho isso! – Jessy dá para Junior um pacote cheio de bolinas.

– Oba! Bolinha de gude! – Junior lança uma das bolinhas no chão como se estivesse brincando de peteca, só que acontece o que ele não esperava.

A bolinha explode como uma bombinha e logo em seguida solta uma fumaça de leve.

Junior fica besta com o que viu. Com sua boca bem aberta quase tocando o chão, inclina a cabeça, até seus olhos, que estavam bem abertos, se encontram com os de Jessy.

Ela observa o garoto soltando uma risadinha de leve, mas percebida. E como se adivinhasse, ela explica o que aconteceu.

– Essas bolinhas jogadas com certa força, podem se usadas como bombas de fumaça e ainda dói quando elas se espocam. Entendeu?

– Sim! Eu acho... – Assentiu Junior e depois demonstra um rosto confuso enquanto coçava sua cabeça. Jessy solta outra risadinha por causa do garoto.

– E eu ganho o quê? – Perguntou Eryk um pouco descontraído.

– Toma. - Jessy dá para Eryk um estilingue de madeira.

– Ei! Mas esse não é o meu estilingue?! – Eryk o reconheceu.

– É ele mesmo. Eu o guardei antes de você chegar em casa sabendo que a gente ia usá-lo para brincar.

– Ah tá.

– E só mais uma coisinha...

Jessy pega do seu estojo um secador elétrico.

– Se juntem. – Pediu.

Todos fizeram o dito. Jessy liga o aparelho e logo dele sai uma ventania bem forte fazendo todos se inclinarem para o lado, espantados, os secando da brincadeira de mais cedo. Apesar de não estarem muito molhados, devido a correria anterior.

– Prontinho! Agora vocês estão sequinhos.

– Beleza! – Agora era Eryk. Levantado o punho direito para o alto, fala empolgado e com um sorriso no rosto. – VAMOS NESSA!

Enquanto isso, a figura encapuzada estava se distanciando do local. Ele se encontrava numa área do Bairro deserta. Um campo, mas precisamente.

Ele estava sozinho, até outra figura o fazer parar.

– EI VOCÊ! – A voz era feminina e assim que escuta ele dar meia-volta para encara-la percebendo que era a Bruxa que causou o pânico de mais cedo.

– Você não perde tempo mesmo, hein? – Falou com tom de ironia na voz. – Mas mesmo assim, está perdendo tempo com a pessoa errada. – Concluiu.

– Mostre-me seu rosto e revele-se. – A Bruxa ordenou mesmo estando um pouco hesitante no tom de sua voz.

– Caalma. Que jeito de falar, hein... Eu não sou seu inimigo. Mas também não sou seu aliado.

– Então pelo menos me diga: o que você pretendia antes? – Perguntou se referindo a energia que a Bruxa tinha sentido na hora que o encapuzado usou seu poder para ajudar a Fera a sair de um latão de caminhão de lixo.

–Aquilo? Relaxa. Eu só estava “incentivando” o pobrezinho tadinho. – Falou como se estivesse com pena, o que não era o caso.

– Ninguém é poderoso o bastante para isso a não ser que você seja um bruxo também.

–Alto lá. Eu não sou um bruxo, eu sou um mago.

– Um mago? – Falou debochada. – E o que um mago faz por essa área do país?

–Talvez o mesmo que você, só de passagem.

– Eu não estou de passagem. Eu moro aqui, tá.

– É mesmo? – Falou debochado. E curioso pergunta. – O que fez você...

– Não é da sua conta, tá? – O cortou com um tom autoritário na voz.

– Tá boooom. Mas quero avisar que é melhor ter cuidado.

– Com o quê? – Falou ficando brava com o ser encapuzado que, até agora, não tirava o capuz.

– Você não percebeu nada de estranho no seu bichinho? – Falou se referindo ao Pitbull que avia voltado ao normal e como ela sente pela sua energia ele achou que ela saberia de algo.

– Não sei como, mas ele voltou ao normal. Mas se tivesse sido alguém eu saberia.

– A menos se fosse um ser de coração puro...? – Parou de falar esperando alguma resposta da moça.

– O que é IMPOSSIVEL. – Falou com toda a certeza do mundo. – Com o mundo de hoje em dia, um ser de coração puro é raro, ISSO para não dizer extinto.

– É mesmo? Você por um acaso não se esbarrou com duas crianças mais cedo?

– Como você...

– Só vou te dar uma dica: é um deles. Até... – E cantarolando a palavra “até”, sua capa se levantou o cobrindo e logo em seguida, sumindo.

– Há! Quem precisa dele. – Falou enquanto ia embora. – Está quase na hora... Eu queria usar esse feitiço em casa, mas não vai dar tempo.

Nesse momento ela para de prosseguir com seus passos e logo em seguida surge em sua mão um cajado de madeira. No topo do objeto segurava algo que parecia com uma esfera roxa de vidro, e o seu tamanho ia do chão até a cintura da moça.

– EI VOCE!!!

Uma voz de uma criança a chama atenção. Era Eryk acompanhado pela sua prima e seus três novos amigos.

– O QUÊ QUE VOCÊ QUER GAROTO?! – Falou com uma voz mais elevada aponto de deixar todos presentes com medo.

– É... que... é... – Eryk não conseguia falar. A Bruxa conseguiu deixar o garoto nervoso. Mas Jeová não tinha medo de uma moça que mais parecia estar usando uma fantasia do que se parecer com uma Bruxa de verdade.

– Você é uma Bruxa mesmo? – Jeová pergunta desconfiado.

Todos, menos a bruxa, ficam com seus olhos arregalados.

– NÃO PERCA MEU TEMPO VOCÊ TAMBÉM GAROTO!!!

– Nossa... Para uma tia, você é mais brava do que uma velha. – Confirmou Jeová fazendo todos rirem.

A Bruxa se sentiu humilhada, ficou irada com o comentário do garoto de camisa verde.

– Acho bom vocês todos irem embora agora SE NÃO eu irei TRANSFORMAR-LOS EM SAPOS!!!

– Sapos? É serio?? – Perguntou Eryk – Não tem mais nada original não?

– Ai CHEGA! EU NÃO VOU PERDER MAIS TEMPO! – Então a Bruxa eleva seu cajado para o alto, fazendo a esfera roxa brilhar.

Enquanto isso, em algumas casas, as pessoas que acabavam de tomar um frasco verde começavam a passar mal. Todos faziam o mesmo gesto de colocar a mão na barriga, e assim, uma aura verde e branca os encobriam, e depois, um rastro de todas as auras vindo de algumas casas se formavam, subindo e se unindo no céu. Mesmo se as pessoas olhassem para o alto, ninguém conseguiria ver por estar longe ou a luz do sol impedia.

O grande rastro de todas as auras formadas terminava no cajado da Bruxa. Eryk e os outros observavam para o fenômeno, surpresos.

– O que você tá fazendo? – Perguntou Eryk curioso e impressionado com o ritual da Bruxa.

– Se faz tanta questão de saber moleque, eu vou falar... – Falou a Bruxa continuando com o ritual. – Ao invés de me alimentar com comida, eu vendo frascos que contem minha essência e outros ingredientes que me permite roubar a vitalidade de uma pessoa mesmo a distancia. Não só não passo fome como também ganho poder para outros feitiços úteis que se fosse explicar agora, não adiantaria de nada.

– A vitalidade? – Pergunta Jessy. – Mas isso não é arriscado?

– Para a pessoa que bebeu meu frasco, é.

– Eryk, se qualquer pessoa beber um desses frascos, eles ficaram pior que uma pele enrugada depois do banho! – Jessy tentou simplificar para seu primo e qualquer outro que não tinha entendido a explicação da bruxa (no caso Junior e Luane).

– Pior? – Pergunta Eryk. – Ei tia da fantasia! Não faça isso!

E sem ninguém perceber, enquanto Eryk a distraia, Jeová joga seu mine-bumerangue na mão da Bruxa, fazendo deixar cair seu cajado.

– Mas o q... – Falava a Bruxa pegando seu objeto do chão.

– É...! Né que esse treco pega? – Falou Jeová impressionado com a invenção da Jessy.

– NÃO ME ATRAPALHEM SEU PIVETES!!! – Gritou furiosa jogando vários raios de energia saindo do cajado.

Todos corriam para lá e para cá, tentando se desviar dos raios.

Jessy então liga seu secador fazendo uma ventania absurda. Fazendo a Bruxa se cobrir com um braço e logo em seguida soltando um raio, quebrando a invenção da garota-gênio

– Minha invenção... NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!! – Chorava Jessy dramaticamente, exagerada.

– JESSY, CUIDADO! – Eryk puxa sua prima, se desviando de mais de um dos raios da Bruxa.

– MENINA, NÃO É HORA DE SURTAR!!! – Gritava Luane apavorada.

– Você está surtando mais do que eu, tá? – Rebateu Jessy.

– É serio que vocês duas querem discutir? – Falava Junior enquanto se aproximava de costas para as duas.

Eryk pega algumas pedras do chão e as usam carregando o seu estilingue. Eryk então começa a atirar na Bruxa enquanto corria para o lado na tentativa de se desviar de seus raios que lançava. Ele corria até ficar do outro lado da área, deixando a Bruxa ficar de costas para os outros quatro.

– Essa é a nossa chance! – Falou Jeová. – Junior, Joga aquelas bombinhas nela. – Ordenou.

E Junior fez. Atingindo a cabeça da mulher. Ela coloca sua mão atrás da cabeça e logo em seguida se vira para encará-los com um olhar zangado.

– Seus... VÃO SE ARENPENDEREM DE TEREM SE METIDO COMIGO! – E no ato de fúria, a Bruxa carrega o poder no olho do cajado, saindo um brilho fortíssimo. Dava para sentir o poder que aquilo emanava e logo em seguida lançando nos quatro.

Eryk, num impulso, se joga na frente do grande raio, na tentativa de salva-los.

Ele recebe o poder no lugar dos seus colegas. Ele grita de dor, até parar caindo no chão.

– ERYK!!! – Gritava Jessy preocupada, correndo para socorrer o garoto.

– POR QUE VOCÊ FEZ ISSO SEU DOIDO? – Perguntava Junior.

– Porque eu não queria que vocês se machucasse-AI! – Respondia Eryk, com dificuldade de falar por causa da dor.

– A gente nem se conhece... E mesmo assim... Por que você fez isso? – Falava Jeová cerrando os punhos, encarando Eryk, com os seus olhos lagrimejando. Eryk parecia uma boa pessoa para Jeová e mesmo assim, não gostava de ver o menino naquele estado.

– Porque vocês são meus amigos e... – Eryk fala com dificuldade de se levantar. – E... – Solta um pequeno risinho acompanhado de um sorriso – que eu também era grande o suficiente para “tampar” o raio dela hehe.

– E você ainda faz piadinha numa hora dessas... – Falava Jessy com a mão no coração.

Luane estava com suas mãos na boca, com suas lagrimas quase caído de seus olhos. Junior ficou impressionado com o menino. Nunca tinha conhecido um garoto que se ariscaria assim com desconhecidos. E Jeová se virou encarando a Bruxa com raiva.

– Amigos? – Perguntou a Bruxa com deboche – Se arriscar pelos outros é tolice! Ninguém se importa com você gordinho, e mesmo assim você vai arriscar sua vida para proteger esses trastes que são?

– NÃO IMPORTA O QUAL MAU OU RUIM A PESSOA SEJA! NINGUÉM MERECE SER CONSIDERADO UM TRASTE! – Respondeu Eryk num tom de voz elevado.

– Mas é um tolo me... – nesse momento a bruxa avia se lembrado das palavras do encapuzado, sobre o garoto de coração puro e de ter se esbarrada com ele mais cedo. – Então é ele... – Pensou em voz alta – Agora entendo o do por que ele continuar de pé. – Pensava.

– Eu não vou deixa você falar mal dos outros e continuar a roubar o que quer que seja! – E num impulso, Eryk corre na direção da Bruxa, se agarrando em seu cajado.

Começa uma luta para saber quem vai ficar com o objeto. Eryk, mesmo estando um pouco dolorido, era mais forte que ela, e assim que percebeu isso, ela solta uma pequena corrente elétrica saindo do cajado no garoto. Dava até para ver pequenas faíscas formadas do objeto.

Eryk tinha dificuldades, mas mesmo assim, ele não soltava. Jessy então, chama o garoto moreno e a loira para traçar um plano.

Jessy amarra uma das bolinhas explosivas de Junior na fita de Luane, de uma maneira que possa se soltar após o lançamento, tudo bem calculado por Jessy. E assim que tudo está feito, ela manda Luane jogar entre a Bruxa e o Eryk.

E assim faz. Ela lança o objeto, caindo bem entre eles. Uma explosão é formada e a Bruxa se atrapalha toda e foi obrigada a soltar o objeto, que se amarra na fita de Luane e logo em seguida, passando para a mão de Eryk.

– PARADA! Eu tenho um para-raio e não tenho medo de usá-lo! – Eryk falava enquanto apontava o cajado para ela.

– NYAHAHAHAHAHAHA!!! – A Bruxa dá uma risada medonha para o garoto. – Esse cajado só funciona com alguém que saiba pelo menos um pouco de feitiçaria. E você meu garoto? Não tem o poder...

De repente, Eryk atira um raio que vai parar no chão, próximo aos pés da Bruxa, a interrompendo de falar.

Todos ficam de queixos caídos, menos Eryk que, com um sorriso se formando faz o seguinte:

– TOMA ISSO! – Eryk lança um raio na Bruxa, fazendo devolver toda a energia e poder que avia roubado desde se sabe quando.

As pessoas que passavam mal na hora ou que estavam com a pele bem enrugada há algum tempo mesmo que não fosse normal para a idade deles, e os que estavam deitados na cama á algum tempo, ou estavam sozinhos, ou estavam acompanhados com seus filhos (adultos ou crianças), começavam á receber energia e a sua vitalidade de volta. Melhorando das dores, a pele voltando ao normal, tirando o cansaço e etc... Enquanto tudo isso acontecia, os frascos dessas casas se explodiam com o liquido verde virando fumaça e logo em seguida, sumindo no ar.

A Bruxa se deita no chão depois de receber o ataque do garoto. Uma aura roxa se forma nela e antes de qualquer coisa, ela joga um de seus frascos no chão, formando uma fumaça que a cobre até não consegui vê-la.

E assim que a fumaça some a Bruxa não se encontra mais onde estava.

– Ela sumiu. – Confirmava Jessy.

– O que você vai fazer com isso ai? – Perguntava Jeová para Eryk. Se referindo ao cajado da Bruxa que ainda estava com ele.

– Ih, é mesmo... – Eryk levanta o objeto. Coloca sua mão no queixo, dando uma olhada. Como se estivesse analisando.

Eryk da outra analisada, inclinando sua cabeça para o lado.

– Já sei! – Eryk pega na ponta do objeto, o levanta para bem alto e logo em seguida, o quebra no chão.

– HÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ!?!?!?!?!?!? - Todos ficaram com a boca aberta de tão surpresos.

– Prontinho! Agora ninguém vai inventar de atirar raio nos outros ou fazer macumba de novo! – Falava Eryk enquanto batia nas próprias mãos às limpando de sujeira.

De repente, um silencio toma conta do local. Eryk ficou incomodado com isso. Até que criou coragem o bastante para dizer alguma coisa.

– É... Bom, e agora? – Perguntava Eryk um pouco sem jeito com a pergunta que acabava de fazer.

– Como assim? – Perguntava Luane confusa. Deixando Eryk sem reação ou resposta.

– Agora nós vamos para nossas casas. – Respondeu Jeová.

– Mas... É... Que... – Eryk não conseguia falar, por estar com vergonha.

– O que rapá? – Perguntava Junior ficando frente a frente de Eryk.

Eryk então se vira, ficando de costas para todos. Jessy tinha uma idéia do porque do seu primo estar assim. Ele não tinha feito amigos desde que chegou de mudança. E ela sabe disso porque tinha perguntado para sua tia como estava o seu primo quando ela chegou, antes de Eryk chegar da escola depois. Ela sabia que Eryk estava solitário. E a solidão é uma dor pior que física, era uma dor que apertava o coração. E após saber que Eryk não tinha amigos de verdade, foi mais um motivo de ficar para não deixá-lo sozinho.

Mas Jessy tinha que se segura para deixá-lo resolver seu problema.

Eryk então fica de joelhos. Ainda de costas. Como se não agüentasse o peso da solidão.

– Eu só queria ter amigos... – Falava o garoto em um pequeno sussurro, mas audível para todos. Eryk, ainda de joelhos, abaixa sua cabeça, com vergonha de estar assim.

Todos ficam com pena do garoto. Os três se olham por um tempo. E logo em seguida, Jeová se aproxima de Eryk, coloca sua mão no ombro do garoto, o fazendo se virar e encarar o outro. E logo a seguir, Jeová pergunta sério:

– Você deixa a gente ser seus amigos?

Eryk não acreditava do que acabava de ouvir. Ele só queria ter amigos, mais deixar? Se depender-se de Eryk, já teria deixado faz tempo.

E com um sorriso se formando em seu rosto, pergunta todo empolgado e com seu olhos brilhando de esperança:

– É sério?

– Claro! – Falava Junior. – Você parece um cara legal e é muito corajoso.

– Você acha? – Perguntava Eryk. Ninguém até agora tinha chamado Eryk de corajoso e desde que avia chegado de mudança, nunca disseram que Eryk era legal e tal.

– Sim! – Agora quem falava era Luane. – E alem do mais, você até que é fofinho!

Tá, depois essa Eryk foi obrigado a corar. Todas as garotas da sua escola só olhavam para Eryk com desprezo ou como se estivessem com nojo dele. Luane era uma garota bonita e toda vez que ele fica perto de uma, fica sem jeito. E dessa vez, não foi diferente.

A felicidade é tanta que Eryk se joga abraçando a todos. E como consequência, acabam caindo no chão. “É, vamos ter que se acostumar com esse garoto!” Pensavam.

– Eryk, sai de cima deles! – Jessy repreendia o primo, mas entendia a felicidade do mesmo.

– Foi mal Jessy, mas... Eu to tão feliz! – Falava enquanto colocava seu braço na frente de seus olhos, tentando esconder algumas lagrimas que teimavam sair.

Até que Eryk se dar conta de algo...

– Peraí... Agora que me toquei, eu não sei o nome de vocês.

– É verdade, até agora vocês não falaram os seus nomes. – Falava Jessy.

– É mesmo... Bom, meu nome é Jeová!

– Meu nome é Luane! Muito prazer. – Dizia enquanto estendia sua mão para Eryk.

– O-o-oi, muito p-pr-prazer... – Corado, tenta apertar a mão da garota até conseguir.

– Por que você tá vermelho? – Ela pergunta reparando no garoto que estava até saindo fumaça de tão sem jeito que tava.

– H-Hã? É por nad-da não, Hehe... – Eryk tenta disfarçar mais é notável o seu nervosismo.

– Vem cá que eu te digo... – Falava Jessy enquanto puxava Luane para um canto mais afastado.

– EI JESSY! VOCÊ TÁ FAZENDO ISSO DE NOVO!!! OLHA LÁ O QUE VOCÊ VAI FALAR PRA ELA, HEIM?! – Berrava Eryk autoritário. Eryk odiava quando sua prima chamava qualquer garota que ele estava conversando e logo em seguida ficavam de risinhos enquanto olhavam para o garoto.

– Ele é tímido? Que fofo! – Dizia Luane após Jessy falar no seu ouvido.

–JESSY!!! – Falou Eryk que ficou mais vermelho do que a cor da própria camisa. Não só de raiva como também de vergonha.

– E agora só falto eu... – Falava Junior. – SE APRESENTANDO PARA O SERVISO, SENHOR! SARGENTO CARLOS JUNIOR, SENHOR! MAS PODE ME CHAMAR DE JUNIOR, SENHOR! – Falava colocando sua mão direita na testa imitando um soldado, fazendo Eryk ri com a palhaçada do novo amigo.

– BEM VINDO A TROPA, SARGENTO JUNIOR! SE PREPARE PARA MUITA ZOEIRA! – E Eryk também imitando um soldado, faz com que todos se acabem em risadas. Jessy tentando pegar fôlego fala:

– Bom, para quem não sabe, o meu nome é Jéssica. Mas pode me chamar de Jessy.

– E Eu sou Antônio Eryk, mas podem me chamar de Eryk!

E com isso, sem que eles percebam, uma grande amizade é formada. E juntos, passarão por momentos que nunca sonhavam em passar.

.

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.

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.

Enquanto isso, o encapuzado assistia tudo de longe.

– Eu bem que avisei a ela... – E enquanto andava, um vento de poeira passou, fazendo o ser sinistro desaparecer.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Não sei se o próximo cap vai sair no Domingo que vem... Quase não posto o da semana passada por causa de um negocio que me fez ficar quase o dia inteiro sem computador e nesse porque eu vou sair para um churrasco e anda tinha que dar uns toques finais e tal.

Se tiver algum erro de ortografia, não hesitem em me corrigir nos comentários e falar o que achou do capítulo. eu vou tentar responder assim que possível.

Bom, fiquem com Deus e até a próxima!