The Pomegrante escrita por LadyLerman


Capítulo 1
Capítulo 1 - Sou atacada


Notas iniciais do capítulo

Hey, é minha primeira fanfic, então sejam legais comigo!
Apesar de nenhum personagem de Percy Jackson ser o principal, a historia envolve alguns por isso coloquei nesta categoria.

Boa leitura!



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Havia um homem e uma mulher de aparência jovem segurando um pequeno bebê. Eles pareciam cansados e com medo. A mulher chorava e soluçava.

-Nós não podemos deixa-la. Ela é apenas um bebê. - a mulher disse chorando. O homem apenas a olhou triste - Ela irá crescer e não se lembrará de nós. E se ela tiver outros pais?

-Um dia ela se lembrara. - ele disse acariciando o pequeno rosto do bebê que sorria sem saber do que eles estavam falando.

-Eu não quero deixa-la. - resmungou a mulher.

-Mas nós precisamos. É para o bem dela.

Ainda chorando, ela pegou o bebê e o colocou em uma pequena cesta. Tirou um colar de prata com um pequeno pingente de um apanhador de sonhos.

-Irá afastar os pesadelos dela. - ela explicou ao marido que deu um pequeno sorriso - Será um presente meu.

-Esse será meu. - ele tirou um anel de seu bolso e prendeu junto ao colar. Era um anel preto com uma pedra negra e pequena. A mulher o repreendeu com o olhar - Ela irá precisar se defender.

Passado alguns minutos o jovem casal aparecerá em uma das milhares de ruas de New York. Pegaram a pequena cesta e a deixaram em frente a uma porta. Havia um bilhete junto ao pequeno bebê.

-Até logo minha μικρό ρόδι. - os dois beijaram as bochechas e a cabeça da criança e foram embora. Olharam uma última vez para trás e desapareceram na escuridão da noite.

Eu acordei sorrindo como sempre sorria quando sonhava ou lembrava desse sonho. Eu não sabia quem era o bebê, mas tenho uma forte sensação de que sou eu. Afinal, temos o mesmo colar e o mesmo anel. Talvez aqueles sejam meus pais e isso apenas uma lembrança distante.

-Romã! Desça aqui, agora! - Sra. Rosewood gritou do primeiro andar. Provavelmente da cozinha.

Desci as escadas em direção a cozinha de pijama mesmo. A maioria das crianças ainda dormia e não receberíamos visitas de pais adotivos hoje. Quando cheguei a cozinha, Sra. Rosewood preparava alguns sanduíches.

-Queria falar comigo? - perguntei bocejando. Não costumo acordar cedo.

-Você irá embora. - ela disse direta. Primeiro fiquei assustada, mas logo sorri. Finalmente fui adotada - Tire esse sorriso da cara garota. Você não foi adotada.

-Mas se eu não fui adotada, para onde eu vou? - perguntei confusa.

-Irá embora. O orfanato decidiu que você está velha demais para ser adotada e é um peso em nossas vidas. - ela colocou os sanduíches e uma garrafa de água em uma sacola e meu deu - Você precisa ir agora.

-Mas para onde eu irei? Eu nem conheço New York! - gritei assustada. Porque tudo isso agora?

-As pessoas que te deixaram aqui a dezoito anos atrás deixaram isso. - ela me entregou um saquinho com várias moedas antigas - Isso deve valer alguma coisa em uma loja de penhores.

-Mas vocês não podem me expulsar assim! Eu ainda sou menor de idade. - eu não queria chorar na frente dela, mas meus olhos já estavam ardendo.

-Você irá fazer dezoito anos daqui a dois meses, pode muito bem se virar sozinha. - ela disse autoritária, rindo - Agora ande logo e pegue as suas coisas e saia daqui.

Sai correndo da cozinha. Eu não queria ir embora. Eu não tenho para onde ir.

...

Eu estava vagando por New York já fazia umas cinco horas. Eu não sabia para onde ir. As moedas que eu havia ganho não valiam nada. Para que meus pais me deixaram isso se não valem nada? Pessoas passavam por mim e me encaravam. Sim, eu sei que sou estranha, mas não precisa ficar me encarando. Bufei e continuei andando.

Quando a noite chegou as pessoas foram sumindo aos poucos das ruas. Logo eu estava sozinha. Estava um pouco frio, mas eu não tinha nenhum casaco ou algo quente para me aquecer. Me sentei em um banco que havia em um parque. Provavelmente o Central Park ou algo assim. Estava tão distraída que não percebi quando uma senhora de meia idade se aproximou. Ela ficou me encarando por alguns segundos e depois começou a sorrir e a rir. Então algo estranho aconteceu. Ela foi se transformando em algo esquisito com asas. Parecia um morcego ou algo assim.

Levantei assustada e me pus a correr, mas ela foi mais rápida e me alcançou. Desferiu um golpe nas minhas costas e eu cai no chão. Meu pé doía e eu não conseguia levantar. Minha calça estava rasgada e havia vários arranhões ali. Gritei de dor ao colocar uma mão no meu pé. Com certeza havia quebrado.

A coisa voltou a me atacar. Eu tentava me defender com as mãos, mas ela era mais forte. Eu estava começando a pensar que iria morrer quando alguém desferiu um golpe no monstro e ele virou pó. Olhei o homem que havia me salvado assustada e logo depois apaguei.

...

Acordei em um lugar totalmente estranho. Minha cabeça latejava e eu sentia muita dor. Algumas pessoas conversavam ao meu redor.

-Sabemos que ela é uma semideusa, mas filha de quem? - semideusa? O que é isso?

-Ainda não sei porque Hefesto a trouxe pra cá. - alguém resmungou. Mas quem é Hefesto? O cara que me salvou?

-Ei, calem a boca! Ela acordou. - todos viraram e olharam para mim. Corei confusa.

-Hum... Er... Onde eu estou? Quem são vocês? - tentei levantar, mas senti uma forte dor nas minhas costas.

-A questão é quem é você? - uma mulher aparentemente jovem perguntou me encarando.

-Eu sou Romã e vocês? - uma das mulheres fez uma careta ao ouvir meu nome.

-Romã do que?

-Eu não tenho sobrenome. Vivia em um orfanato até algumas horas atrás. - eu respondi quase chorando. Chorando de dor e de medo - Mas o que significa ser uma semideusa?

Eles bufaram e me contaram tudo sobre mitologia, semideuses e sobre um acampamento. Eu já estava confusa antes e agora estou mais ainda.

-Mas quem são meus pais?

-Não sabemos. Todos os deuses, incluindo os deuses menores, alegaram que você não é filha deles. - o cara que disse que é Poseidon o deus dos mares respondeu.

-Então eu terei que ir até esse acampamento e esperar que ele ou ela me reclame? - perguntei confusa.

-Como você foi trazida até aqui por um de nós, achamos melhor que você continue aqui até melhorar e ser reclamada. - suspirei em concordância.

-Atena, leve ela até Hefesto e diga a ele que terá que mostrar o Olimpo a ela. - Zeus disse. Atena sorriu e me ajudou a levantar da maca. Fomos caminhando em silencio até uma enorme biblioteca.

-Isso é enorme. - eu disse boquiaberta. Eu amo ler, então bibliotecas são como o paraíso pra mim. Atena viu minha alegria em entrar ali e riu.

-Essa é a minha biblioteca. Você pode vir aqui quando quiser.

Eu sorri animada.

-Eu posso?

-Claro. - ela me guiou até uma parte afastada da biblioteca. Havia algumas mesas e cadeiras. Ema uma delas um homem se encontrava sentada lendo um livro. Deveria ser Hefesto. Atena sorriu e me deixou sozinha ali. Suspirei e me sentei na cadeira ao lado.

-Olá. - eu disse nervosa. Ele tirou os olhos do livro e me olhou - Eu sou Romã. Você me salvou, lembra?

-Ah, sim eu lembro. - ele disse serio. Isso me deu um pouco de medo - Já reclamaram você?

-Não. Eles disseram que eu terei que ficar aqui até ser reclamada. - bufei - Mas isso é melhor do que ficar na rua.

-Afinal, o que você estava fazendo sozinha em uma rua deserta aquela hora da noite?

-Eu fui expulsa do orfanato onde eu morava. É uma longa historia.

-Tenho a eternidade toda para ouvi-la.

Suspirei novamente e me pus a contar o porque de eu ter sido expulsa. Essa seria uma longa tarde.


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Notas finais do capítulo

Criticas e sugestões são bens vindas!
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Até o próximo!



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