'' Sam ficou assustado quando percebeu que a garota, era a mesma que estava na maioria de seus sonhos.''

– Com licença, pode me dizer se tem alguma Ellen Harvelle hospedada aqui? – Alexia perguntou ao rapaz que estava na recepção.

– Hum, não posso, desculpe. – Alexia estendeu uma nota de 50 dólares e o rapaz abriu um livro velho.

– Ellen Harvelle, terceiro andar, quarto número 107. – Ele disse e tomou a nota de Alexia, que bufou. – Mais alguma coisa?

– Ah, um quarto, até amanhã.

– O.k, são 60 dólares. – Ele sorriu cinicamente. Alexia entregou mais 60 dólares. – terceiro andar, quarto 108. – O rapaz, Mathew, pelo o que dizia o crachá, largou a chave no balcão e voltou para uma salinha atrás da recepção.

– Ah, que ótimo. – Alexia bufou novamente, pegou as chaves e foi até seu quarto.

Alexia largou a mochila em um canto do pequeno quarto e sentou-se na cama.

– Tudo bem, eu vou até Millburn, faço o que tenho que fazer e depois volto. É, simples, não é? – Alexia parecia uma louca falando com si mesma.

– Tem que parar de falar sozinha, vão pensar que você tem algum problema! – Ian apareceu do nada do lado da garota.

– IAN?! – Alexia deu um pulo e se levantou.

– Esse é o nome dele? Ah, tanto faz.

– E o seu nome? – Alexia perguntou se aproximando.

– Samael, mas me chame de Sammy se quiser. – Ele disse irônico. – Isso foi uma ironia, o.k? Não quero você me chamando de Sammy. – Alexia revirou os olhos.

– Então o que o marido da nossa querida Lilith está fazendo aqui? – Alexia cruzou os braços na frente do peito, não podia negar que era filha de Ruby.

– Na terra?

– Não, no meu quarto. - Alexia disse, como se fosse obvio.

– Você realmente achou que Lúcifer ia simplesmente trazer você de volta, com tarefas e sem ninguém para te supervisionar?

– No inicio sim, mas olha só você ai... Agora por favor, da o fora daqui. - Alexia foi até a porta, abriu e ficou com o braço estendido, indicando a porta.

– Qual parte do supervisionar você não entendeu?

– Vai me supervisionar quando eu for fazer as tarefas, sua presença não é necessária agora. - Ela balançou o braço, mas ele não demonstrou reação. Alexia fechou a porta e abaixou o braço, que já estava doendo.

– Ai, feriu meus sentimentos. – Ian se levantou e sumiu.

– Idiota. – Alexia falou.

– Eu ouvi isso, viu! – Ian apareceu rapidamente e depois sumiu novamente.

Alexia sabia que se não tivesse sido mandado supervisiona-la , Samael a mataria em dois segundos, por isso não caia no papinho dele.

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– Bobby, você acha que sonhos podem se tornar realidade? – Sam perguntou a Bobby, que dirigia de volta para casa.

– Você era quem tinha sonhos premonitórios, garoto. Não eu, quem me diz isso é você.

– Não estou falando de sonhos relacionados a morte, um simples sonho sem importância.

– Eu não sei. – Bobby disse e o assunto morreu.

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– Então, como foi com Ellen e aquela loirinha? – Lisa perguntou, largando as compras no balcão da cozinha.

– Elas ficaram tristes por perder o Roadhouse, mas vão sobreviver... Ah e é Jo, a propósito. – Dean disse severo.

– O.k. – Lisa disse olhando para baixo. Sabia que Dean sempre acabava cedendo com seu drama.

– Hoje não, Lisa. – Dean disse e beijou o topo da cabeça da moça, que riu.

– Pela primeira vez você resiste ao meu drama.

– Eu vou. – Dean pigarreou, pensando em uma desculpa.- Checar o carro.

– Uhum. – Lisa disse desconfiada. – Pergunta se o Ben quer ir também, ele gosta de carros.

– Vai ser coisa rápida, quando eu for passar mais tempo no carro eu o chamo. – Dean disse e saiu rápido.

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– Alô? – Sam atendeu o telefone, era Dean.

– Oi Sammy, pode me responder uma coisa?

– Ahn, claro. O que foi?

– Por acaso viu uma garota, morena, olhos escuros e baixinha no hotel onde Ellen e Jo estão ficando?

– Vi sim, porque? – Sam estava curioso sobre a garota e Dean parecia conhece-la.

– Por nada não, só queria saber se você tinha a visto. – Dean desconversou. – Então, até amanhã?

– Claro, até. – Sam desligou.

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Dean ficou feliz por não estar ficando louco, Sam havia visto a garota e provavelmente Bobby também.

Dean havia sonhado com ela noites antes, mas como seus sonhos sempre eram strippers e um mundo inteiramente feito de torta, ele se assustou com o quão real foi o sonho que havia tido com a garota.

– Dean? - Ben apareceu na porta, assustando Dean.

– Ben, oi... O que foi?

– Só queria saber, tem como me levar pro treino hoje? Mamãe ta atolada com o trabalho.

– Claro. - Dean guardou o celular no bolso e saiu com Ben.

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– Vamos? - Sam perguntou para Ellen.

– O mais rápido possível. - Ellen disse rindo. - Ow, cuidado. - Ellen reclamou quando uma pessoa baixinha esbarrou nela no corredor.

– Me desculpe, não estou prestando atenção em nada. - Era Alexia, obviamente nem Ellen, Jo ou Sam sabiam.

– Não foi nada, não é Ellen? - Sam disse.

– Garoto você acha que ta falando com quem? Não foi nada, querida. - Ellen disse para Alexia, que se enfiou dentro do quarto. - E se eu decidisse que foi algo, ein? - Ellen estava puxando briga com Sam, brincando, é claro.

– Ta bom, vamos logo. - Sam não conseguia parar de pensar na garota, sabia que ela significava algo.

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– Então, vamos? - Alexia perguntou a Ian/Samael.

– Vamos, vai ir a pé? - Ele perguntou rindo.

– Achei que você fosse aparatar até lá, ou sei la o nome que vocês usam para o teletransporte. - Alexia disse, confusa com as próprias palavras.

– Aé, claro, vamos aparatar até Hogwarts, acorda garota! Não chamamos de nada, simplesmente vamos. - Ian disse e segurou Alexia pela cintura, logo os dois desapareceram do quarto.

– Aqui estamos, Cemitério West Rock. - Ian disse assim que pararam na frente dos portões do cemitério.

Alexia e Ian andaram até a administração do cemitério.

– Desculpe, pode me dizer onde William Quinn e Jess Hamilton estão enterrados? - Alexia perguntou, o homem checou no computador e logo os informou.

– Tudo bem, então, voltamos daqui algumas horas?

– É o melhor a fazer, eu só... - Alexia parou de falar, ao perceber uma figura alta perto da lápide de Jess. Alexia se aproximou e teve uma surpresa.

– Rick? - Alexia perguntou, segurando no braço da pessoa.

– Te conheço? - Só agora Alexia havia se lembrado que não era mais ela.

– Ah, não, mas... Conheceu minha prima, é, Alexia.

– Você é prima da Alexia? Como ela está? Onde ela está? - Alexia odiava mentir para Rick, mas foi obrigada.

– Infelizmente, Alexia desapareceu, ninguém sabe onde ela está, eu vim visitar o meu tio, William e queria saber, onde está Zoe? - Alexia sentiu muito a falta de sua cadela nos últimos meses.

– Ah, ela ficou comigo, aquele bicho da muito trabalho... Quem sabe, alguém da familia não possa ficar com ela?

– Ah, eu posso, claro.

– Bom, então vamos busca-la? - Rick estava com Zoe porque seus pais o obrigaram a fica com a cadela, não via a hora de se livrar dela, nunca gostou de cachorros.

– Vamos. Só deixa eu chamar meu... irmão. - Alexia foi até Ian, e logo os três estavam na casa de Rick.

– Vou busca-la.

– O.k.

– Argh, que amiguinhos ein, Alexia! - Ian falou com nojo.

– Cala a boca. - Rick voltou, com Zoe na coleira, que correu até Alexia no momento que a viu.

– Ah, que saudades. - Alexia falava enquanto fazia carinho em Zoe, Ian rolava os olhos várias vezes pela atitude carinhosa. - Bom, obrigada por cuidar dela, nós já vamos.

– Bom, até mais. - Rick acompanhou os dois até a porta.

– Até. - Alexia disse, ela, Ian e Zoe foram até um prédio abandonado. - Zoe, fica aqui, a mãe já volta, ta ?

– Eu sempre suspeitei que você fosse uma cadela. - Ian disse rindo e Alexia lhe deu um soco no rosto.

– Ai... Doeu. Vamos logo, já devem estar fechando o cemitério.

– O.k.

Os dois foram até o cemitério, como Ian havia dito, o cemitério estava fechado. Eles deram um jeito de entrar e foram até os túmulos de Jess e de William.

– Eu quero só saber onde você vai colocar aquele bicho.

– Da pra parar de falar na Zoe? Meu Deus, quanto amor por ela.

– Mimimi. - Ian disse. - O que estamos fazendo aqui, exatamente?

– O que Lúcifer me pediu.

– Ah, ele pediu o coração dos Winchester's, não o de qualquer um!

– Errado. Ele foi bem específico, ele disse 'Dois corações, de pessoas que você ama.', por mais que William fosse um demônio, eu não deixei de ama-lo, afinal, ele morreu por não querer me matar. Seu mestre errou feio dessa vez, eu não amo apenas os Winchester's. - Alexia riu e Ian apenas revirou os olhos, não ligava nem um pouquinho para Lúcifer, só queria que o mesmo o liberasse do trabalho de babá.