Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 9
E Um Novo Dia Chega...


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha! Voltei e com um capítulo novinho em folha para vocês.
Espero que vocês gostem!
Boa Leitura!



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–Tá brincando comigo! – berrou Kate do outro lado da linha.

Afastei um pouco o telefone do meu ouvido. Se Kate continuasse gritando desse jeito cada vez que eu lhe contasse mais um detalhe do meu trágico jantar, o que lhe diria a seguir faria com que ela estourasse os meus tímpanos já abalados.

–Você acha mesmo eu iria brincar com um troço desse? – retruquei – é sério! E tem mais.

–Mais!! – gritava ela entre risos eufóricos – tipo o que? Sua mãe pediu a mão dele em casamento para você?

–Claro que não! – disse – e não dê essa ideia para ela. Do jeito que ela é, não duvido que ela invente uma dessas também.

Kate ria tanto que eu achei que ela fosse passar mal. Eu, outro lado não via graça nenhuma naquela situação horrível.

–Tudo bem, chega – disse Kate, acho que mais para ela mesma do que para mim – você não me contou o resto. Qual é a bomba?

Suspirei resignada e falei:

–Bom, minha tia querida teve a “brilhante” ideia de sugerir que nós fossemos juntos para a escola. Acredita?

Silêncio do outro lado da linha. Por um momento achei que ela tivesse tido um treco por causa do choque e desmaiado. Preocupada chamei:

–Kitty, você está bem?

O grito que sucedeu a minha pergunta foi tão grande que quase deixei o telefone cair da minha mão. Dessa vez ela tinha se superado.

–Você enlouqueceu? – perguntei espantada.

–Se eu enlouqueci! – ela gritou em resposta – o que você queria? Joga a maior bomba do ano no meu colo sem o menor aviso como se não fosse nada!

–Menos Kate ok? E quer falar mais baixo? Até meus vizinhos vão te ouvir.

–Hum – disse Kate maliciosamente – seu vizinho você quer dizer.

–Ah não, você também? – resmunguei - devia ficar do meu lado. Que tipo de amiga você é?

–O tipo que sabe o que é melhor para você tomatinho – respondeu ela sem titubear.

–Olha eu vou ter que desligar tá? Senão eu vou me atrasar. De novo.

–Claro vai lá – respondeu ela – não deixa o garoto esperando. Mal posso esperar para contar para July. Ela vai surtar.

Revirei os olhos. Eu estava cercada de todos os lados.

–Até a escola Kate – despedi-me.

–Tchauzinho – eu pude sentir que ela estava rindo.

Depois de encerrar a ligação peguei a minha mochila e corri para escadas, encontrando a minha tia comendo uma torrada na cozinha.

–Bom Dia Tia – saudei sem muito entusiasmo – cadê a mamãe?

–Olá querida. Sua mãe foi mais cedo para o trabalho. Ela disse que tinha que resolver uns assuntos importantes acerca de um imóvel no centro da cidade.

–Ah – respondi sem acreditar nem um pouco naquela desculpa. Era óbvio que a minha mãe tinha e inventado essa história toda para não me dar escapatória e me obrigar a ir com o Vincent afinal, era ela quem me levava para a escola todos os dias.

–Vou indo tia tenho que entregar um trabalho para o senhor Miller hoje e não quero me atrasar.

Terence Miller era o meu professor de história ranzinza, que nunca admitia atrasos nem erros. Um homem baixinho e careca que parecia ter saído do conto da Branca de Neve (se fosse para ser um dos anões ele com certeza seria o Zangado). Minhas notas nele estavam mais para lá do que pra cá, até porque eu sou meio esquecida e sempre perdia os prazos de trabalho que ele estabelecia, mas dessa vez seria diferente.

–Verificou se o trabalho está na mochila? – disse a minha tia me dando um olhar questionador.

–Eu já o coloquei na mochila tia, com dias antecedência se quer realmente saber – retruquei correndo para a porta com uma torrada na boca. Não precisava me tratar feito criança também né? Afinal eu nem era tão esquecida assim. Eu acho.

Quando abri a porta não pude evitar que um “O” se formasse na minha boca. Estacionado na porta da minha casa estava o carro mais maneiro que eu já tinha visto em toda a minha vida. É claro que a figura que estava de pé encostado no carro também contribuía bastante para a “paisagem”.Vincent sorriu ao me ver:

–Bom dia Susan.

–Esse isso é seu? – nem respondi sua saudação de tão impressionada que estava.

–Isso? – ele disse franzindo o cenho.

–É... – gaguejei.

–Você sabe que “isso” serve com meio de transporte não é? – disse ele sarcasmo pingando na sua voz – então , eu sugiro que ao invés de ficar aí parada você entre, para que possamos ir para a... escola

Toda a minha admiração sumiu dando a minha irritação habitual. Quem esse idiota pensa que é?

Lancei-lhe um olhar furioso e entrei no carro sem dizer nada. Ele deu a volta e assumiu o lugar no volante. Da posição em que eu estava pude observá-lo. Ele usava uma camiseta preta gola V de manga curta, ajustada perfeitamente no seu corpo, o que me dava uma boa visão dos seus braços fortes Enquanto deslizávamos suavemente pelas ruas serenas da pequena cidade.

–Você está fazendo de novo – disse ele bruscamente.

–O que?! – perguntei.

–Me observando, é claro. Mas não fique acanhada – riu ele - Eu estou acostumado.

–Eu não estava te observando seu arrogante. Estava imersa nos meus pensamentos e se quer saber nem estava te vendo.

Ele balançou a cabeça e nada disse até chegarmos no estacionamento do colégio.

–Chegamos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Comentem de montão ok? Ouvi dizer que emagrece... rsrsrsrs



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