Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 33
Especial - V de Vincent


Notas iniciais do capítulo

Hey hey!!!Voltei com um capítulo muito importante. Sabem porque? rsrsr sim, nosso loirinho favorito é o narrador da vez! E tem personagem nova! Espero que gostem. O capítulo está mais curto que o normal, pois é um especial. O próximo terá o tamanho normal.
Que tal essa imgem? Achei na net e pensei: até que me lembra o Vince. E vcs o que acham?



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“E você? Também era algum príncipe?”

Aquela devia será piada mais sórdida que eu já ouvira em anos, Porém, sendo AQUELA ruiva, eu não ficava nem um pouco surpreso. Ela devia ter algo especialmente feito para causar as mais estranhas sensações em mim. Sempre com perguntas bobas e descabidas, que conseguiam deixar-me profundamente surpreso de um jeito bem irritante. Uma típica adolescente americana... e ao mesmo tempo era cercada de mistérios. Era...intrigante.

Humpf, eu conhecera pessoas que me divertiam, entediavam ou que me deixavam furioso como aquele maldito bruxo pulguento, mas poucas pessoas conseguiam me intrigar como ela o fazia. Talvez por causa de sua natureza híbrida. É, devia ser isso.

Podia sentir que me observava. Ela sempre o fazia quando achava que eu não estava notando. Quando resolvi olhar de volta não consegui ler nada em sua expressão. Seria curiosidade? Medo? Talvez mais...

Como era de se esperar, assim que me viu, Christine correu e se pendurou no meu pescoço. Eu já estava mais do que acostumado com o seu jeito escandaloso e não me importei com aquilo.

Christine Sullivan. Ela não era uma vampira, mas como uma boa lupina, os anos foram muito generosos com ela. Mudara muito pouco, os cabelos escuros ainda longos e soltos emoldurando seu corpo esguio; a bochechas rosadas que faziam covinhas quando sorria, o que lembrava muito a Susan; os olhos pequenos e castanhos que brilhavam cheios de malícia e inteligência...em suma, uma mulher muito atraente. Eu me recordava bem do relacionamento que tivemos no passado. Intenso, em todos os sentidos.

Quando nos separamos eu já estava quase sem ar, o que era impossível para um vampiro.

–Vincent querido! Que saudade! Pensei que não ligava mais para mim!

Tentei conter um revirar de olhos perante o drama da mulher na minha frente.

–Também senti saudade- respondi sem muita empolgação.

Ouvi Ciprian se mexer desconfortável atrás de mim e me virei. Os três estavam me encarando com expressões estranhas no rosto. Ciprian parecia estar se divertindo enquanto Kate analisava a situação com certa curiosidade. Susan, por outro lado, tinha os braços cruzados e encarava –me com um olhar de reprovação.

–Estas são Susan e Kate. O Ciprian você já conhece - falei sem deixar de observar Susan pelo canto do olho.

–Oh sim, eu lembro bem de você Voivode . Está ainda mais bonito do que eu me lembrava.

Ciprian sorriu. Já conhecia bem Christine sabia que ela tinha um apetite voraz. Ele estendeu sua mão buscando a dela para beijar formalmente como ele sempre insistia em fazer por mais que eu dissesse que ninguém mais no planeta fizesse aquilo.

–Vaca.

Aquela palavra foi dita bem baixo, mas minha audição sobrenatural não teve problemas para entender. Ciprian arqueou uma sobrancelha e olhou para quem tinha falado. Ninguém menos do que a senhorita Richards língua solta. Aquela criatura conseguia ser dez vezes mais irritante que a Susan, mas ainda sim eu concordara em trazê-la conosco. Talvez, pelo fato de ser ela a pessoa que consegue tirar o “principezinho” do sério. Não, talvez não. Foi exatamente por isso que eu a trouxe.

Christine provavelmente ouviu o insulto, mas não se importou em responder. Apenas nos convidou para entrar e comer algo.

A velha cabana parecia muito melhor de dentro. Havia uma pequena sala com algumas cadeiras e varias pinturas espelhadas. Christine sempre adorou pintar, uma de suas diversas estratégias para se manter calma e também sua loba interior.

Eu nunca estivera aqui realmente, e tampouco me sentia a vontade num lugar cercado por mato. Sendo um inglês, mais especificamente um londrino, estava acostumado a grandes cidades. Natureza não me agradava.

–Acomodem-se, por favor – disse ela – eu vou buscar algo para comerem. E atravessou uma cortina para um aposento mais ao fundo.

–Vejo que ainda mantém seu velho hobby – disse pegando uma das pinturas onde havia uma lua de sangue. Seu evento favorito.

Ela voltou com uma bandeja na mão.

–Sim, é claro. Eu guardo tudo, inclusive aquele que eu pintei de você enquanto dormia – disse enquanto piscava com malícia.

–Bom, isso é tudo muito interessante – disse Susan sem disfarçar o sarcasmo – mas dá para irmos ao que interessa?

Aquilo foi surpreendente. Eu fiquei sem reação por alguns instantes observando as bochechas dela ficarem tão vermelhas quanto seu cabelo. Eu já a vira irritada antes, mas agora ela perecia realmente ter saído do sério. Isso não devia acontecer com frequência já que, até mesmo sua amiga a encarava perplexa.

Não pude evitar achar tudo aquilo muito divertido. Eu poderia estar enganado, mas Susan Armstrong parecia com ciúmes.

–Quer mandar essa fedelha ficar quieta? – disse Christine aborrecida – ela não vê que isso é assunto de adultos?

Foi a gota d’água. Susan levantou-se e eu vi seus olhos ficarem cor de prata. Christine rosnou, e deixou seus olhos mudarem também demonstrando que, estava pronta para o combate.

–Susan! – gritou Kate, só agora percebendo a transformação – seus olhos , mudaram!

Ela ainda não tinha notado, mas quando entendeu o que a amiga quis dizer deu dois passos para trás confusa. Eu não podia dizer nada porque estava tão confuso quanto ela. Como era possível? Um meio-vampiro não devia poder se transformar a menos que bebesse sangue humano.

Ela saiu da cabana correndo desorientada. Sem dizer nada eu fiz a única coisa que passou pela minha cabeça: fui atrás dela.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Comentem muitooo!!!!!



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