Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 21
Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Enfim chegou a segunda parte com nova capa (gostaram?) e novos personagens! Olha eu estive pensando e queria saber a opinião de vocês a respeito de uma coisa: o que vocês acham inserir outros tipos de criaturas sobrenaturais? Respondam e se for no caso afirmativo diga qual criatura seria.
Boa Leitura!



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Fiquei paralisada. Estava dividida entre a ideia de sair dali rapidamente ou sustentar o olhar gelado daquele estranho. Finalmente optei pelo que achei mais sábio e me afastei da janela voltando para a minha cama e para o meu diário.

A tarde passou rapidamente e logo a noite chegou fria e melancólica. Depois do jantar eu me sentei no sofá e liguei a televisão. Não que eu estivesse prestando atenção no que quer que estava passando. Minha mente estava longe pensando em todas as coisas que aconteceram e pensando nas possíveis respostas para as minhas visitas.

Os gritos da minha mãe avisando que havia alguém na porta fizeram com que eu saísse do meu estado de torpor. Eu sequer havia ouvido o som da campainha. Esfreguei os olhos e fui até a porta surpreendendo-me ao ver quem era a visitante.

–Olá Susan – disse Louise com um largo sorriso – eu poderia falar com você um minuto?

Eu estava intrigada e ao mesmo tempo preocupada. O que Louise poderia querer comigo? Uma dúzia de coisas passaram pela minha cabeça e nenhuma delas eram boas para minha saúde física.

–Susan? – ela insistiu vendo que eu não tomava nenhuma decisão.

Droga, eu estava divagando de novo. Era por essas e outras que eu tive que visitar a psicodoida.

–Ah, me desculpe – respondi sem jeito – entre, por favor.

Eu esperava não me arrepender daquela decisão. Não que eu tivesse muita escolha já que provável mente ela também fazia parte do time dos dentuços.

Ela entrou e se sentou no sofá parecendo muito à vontade. Parece que ela e Vincent tinham mesmo muito em comum. Claro, devido ao fato de ela supostamente ser a mãe dele, o que a esta altura já era uma enorme dúvida para mim.

–E então? – indaguei – você quer falar comigo sobre o que?

Minha mãe que durante todo esse tempo estava na cozinha se aproximou enxugando as mãos num avental velho que usava.

–Oi Louise! – disse ela contente – que surpresa agradável!

–Olá Grace. Não se incomode em parar o que estava fazendo, eu só vim falar rapidamente com a Susan.

–Imagine – disse minha mãe agitando as mãos – não é nenhum incômodo. Você quer algo?

–Sim – respondeu ela calmamente os olhos brilhando de uma maneira anormal – que você volte para cozinha e fique lá até que eu diga que pode voltar.

Como se fosse um robô, minha mãe assentiu e voltou para a cozinha sem dizer uma palavra. Indignada eu protestei.

–Ei! Não pode fazer isso! Não tem esse direito!

Ela riu divertida.

–A parte boa de ser um vampiro querida é que você pode sempre fazer o que quiser, independente de ter ou não algum direito.

–O que você quer?! – perguntei entre dentes.

–Como eu disse antes eu quero conversar.

–Conversar sobre o que?

–Sobre você minha jovem – respondeu ela como se fosse a coisa mais óbvia – quero ajudar você.

–Me ajudar – indaguei descrente – como?

–Você está cheia de dúvidas não? O Vincent me contou, na verdade ele pediu para que eu ficasse de olho em você visto que ele terá que se ausentar por um tempo.

–E ele pediu para você me ajudar?

–Não, ele me mandou dar um recado – respondeu ela – a ajudinha extra é por minha conta.

–Qual é o recado? – perguntei sentando-me na poltrona.

–Que você se comportasse e tentasse não tomar nenhuma decisão estúpida até que ele voltasse.

Eu não entendi essa. Desde quando eu tomava alguma decisão estúpida?

–Agora que deu o seu recado – falei agitada - o que você tem para dizer?

–Sabe, Vincent é um rapaz muito metódico em vários aspectos – começou ela – ele gosta de fazer as coisas sozinho e do jeito dele e não gosta de mudanças. E isso deve ser muito incômodo para você.

–Não estou entendendo. Aonde você quer chegar com isso? – falei já um pouco irritada.

–Vou ser um pouco mais clara Susan – disse ela apoiando o seu queixo em suas pequenas e pálidas mãos – eu sei que Vincent não contou muitas coisas para você e acredite, eu não concordo com nada disso.

–Ah é? E você veio aqui para me dizer tudo o que ele não disse? Indaguei.

–Não – falou ela – eu não posso fazer isso e nem sou a pessoa certa.

–Pessoa certa?

–Susan, você é uma menina inteligente. Será que não vê que a resposta está bem debaixo do seu nariz?

Eu franzi o cenho sem responder a sua pergunta mais entendendo bem o recado.Notando a minha expressão ela deu um suspiro que me pareceu muito dramático.

–É difícil aceitar os erros de sua própria família. Eu mesma passei por isso. Fui enganada por meu pai e obrigada a casar com um homem sórdido que tinha idade para ser meu avô.

–Er... eu lamento – eu disse sem saber o que fazer. Por que ela estava me dizendo aquilo?

Ela balançou a cabeça.

–Mas isso foi há muito tempo. Enfim, eu só quis de alertar – disse ela se levantando – agora eu tenho que ir. Não é bom deixar as visitas sozinhas. Ainda mais uma visita tão importante.

Dito isso, ela foi até a cozinha e disse olhando fixamente para minha mãe.

– Pode sair agora. Quando eu for embora você vai esquecer que eu estive aqui – ela olhou para mim -vamos manter nossa conversa em segredo tá? Adeus Susan.

Eu nunca ia me acostumar com aquilo, pensei. Num instante ela estava bem aqui e no outro desaparecera deixando-me boquiaberta.

–Susan, a campainha não tocou? – perguntou minha mãe se aproximando.

Eu a olhei por uns instantes antes de responder sem muita convicção.

–Não, não tocou.

Ela colocou a mão na testa esfregando-a.

–Que estranho.

–Mãe eu vou até a casa da tia Nat ok? – disse mudando rapidamente de assunto.

–De novo? Você já não foi ontem?

–É. Mas eu não disse tudo que queria. – afirmei.

–Tudo bem, mas não cheque muito tarde – disse ela – eu acho que vou dormir mais cedo hoje. A minha cabeça está dolorida

Fiquei um pouco preocupada com a minha mãe. Parece que a hipnose a deixou bastante abalada. Fiquei com ela até que ela fosse dormir e depois dirigi direto até a casa da minha tia.

Não era possível que minha tia soubesse dos vampiros, das bruxas e sobretudo, do motivo de tentarem me sequestrar e não tenha me contado nada. Por um lado até que era bem possível. Isso explicaria o seu comportamento estranho.

Mas agora eu iria tirar tudo a limpo. Ela iria ter que me contar tudo o que sabia de qualquer jeito.

Estacionei o carro e passei direto pela floricultura em direção à casa da minha tia. Ao me aproximar eu notei que haviam várias pessoas no local. Arrisquei uma rápida espreitada e me surpreendi ao ver quem eram as pessoas que estavam na casa da Nat: Amanda, Roger, Danny, Mike e ninguém menos que Ansei Nomura, pai da minha amiga July.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Ah! uma coisinha: se vcs verem algum erro no capítulo me avisem por favor. É que raramente eu leio a fic depois que termino de digitar (não sei explicar porque) e as vezes digitando rapidamente saem coisas aqui e ali qeu com certeza não estão no script.
Beijos!



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