A Deusa Da Profecia escrita por kimsongju


Capítulo 5
Fruto do ódio.


Notas iniciais do capítulo

E esses leitores anonimos? Ruuum, podem comentar, eu não mordo não heuehue. Mais um cap :3

Me perdoem caso algum erro tenha passado despercebido.



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Um sinal tocou ao longe. Dj sentou-se na cama abrindo os olhos.

– Não foi um sonho... - Disse observando o chalé. As paredes internas eram feitas de madrepérolas. E uma fonte d'água com moedinhas de ouro dentro em uma das parades.

A garota olhou para o lado onde Percy dormia no outro beliche, o garoto estava... Babando? - Argh, que nojo.

Donna pega seu travesseiro e o joga em Percy.

– VOU MATAR TODOS VOCÊS – Percy grita enquanto pula da cama. – Calma, Dj?

– Você baba enquanto dorme, sabia?

Percy ri.

– Já me disseram isso. Dormiu bem... Maninha?

– Não me chame de “maninha’’, sou apenas um ano mais nova”. E sim, dormi. – Responde Donna.

– Vai ser uma beleza acordar todo dia com um travesseiro na cara.

– Imagina acordar com você gritando que vai matar todo mundo.

Ambos riram.

Ao chegarem ao pavilhão, todos ficaram em silencio. Dj se escondeu atrás de Percy.

– Não se preocupe. – Sussurrou Percy para a irmã. Puxando-a até a mesa de seus respectivos chalés.

– Quem é ele?- Dj perguntou no mesmo tom ao notar um garoto sozinho na décima terceira mesa.

– Nico Di Angelo, filho de Hades, ele não vem muito para o acampamento... –Responde Percy sentando-se.

– Hum. Interessante. – Dj sorri

A manhã estava calma, se é que podia ter uma manhã calma no acampamento. Donna Jo resolve ir para a praia, um lugar que nunca tinha ido antes, só vira por televisão.

Vestia uma calça curta, uma regata azul e uma rasteirinha. Ainda não tinha a camiseta do acampamento, mas Quíron lhe garantiu que logo estariam prontas. Tirou a rasteirinha que começou a andar pela areia, a mesma estava morna.

Sentou-se próximo a água. Se estivesse com sua câmera tiraria uma foto da paisagem que via. Dj era apaixonada por fotografia. Sua irmã às vezes reclamava de tanto que tirava foto. Objetos, pessoas, animais, paisagens... Tudo merecia um bom click.

Emily... Precisava desculpar-se com sua irmã. Tinha sido um pouco grossa com ela na noite passada. Mas não teve culpa, estava cansada, estressada, imagina descobri ser filha de um deus? Um dos mais poderosos ainda, todos a olhando como se fosse uma famosa ou coisa do tipo...

A água ia e vinha. Toda vez que tocava seus pés ganhava um leve brilho, agora não era mais tão assustador ficava até engraçado.

Donna fechou seus olhos para sentir a brisa, ficou tão distraída que não percebeu a presença de outra pessoa. Uma pessoa que não estava tão distante, que a garota só pode notar quando o garoto encostou na água... Como se estivesse tocando-a.

Encarou o garoto, era ele. Nico Di Ângelo, o garoto do refeitório. Não parecia tão assustador agora, vestia uma calça jeans e uma blusa de caveira, ambas pretas. Segurava um casaco de aviador em uma das mãos e o sapato em outra.

– Oi – A garota diz sorrindo.

– Não quis atrapalhar você.

–Não atrapalhou – Donna se levanta andando até o garoto. – Sou a Donna.

– Eu sei – O garoto sorriu de canto, um pouco irônico. Irmã do Percy, todos estão falando de você.

– Imagino... – Dj se encolhe, não seria fácil ser encarada e comparada com Percy a cada feito. – Nico, certo?

– Sim.

–Você não é muito de conversar né?

–Descobriu isso sozinha ou alguém te contou? – Nico olhava fixamente para o mar. Em momento algum retribuiu o olhar de Donna.

– Se eu estiver irritando é só falar, tipo, “Dj cala a boca?” eu vou entender. – Donna falou baixo, mais para si do que para Nico.

– Tudo bem, pode continuar. – E finalmente ele a encara. Pareceu surpreso, observou seu rosto por um período depois voltou a fitar o mar. – Você... Se parece com seu irmão.

– Os olhos... É.

– O jeito de irritante, digo, de querer ser amiga de todos também.

Ambos riram. Por um instante Donna sentiu seu coração acelerar ao ver o garoto rindo, seu sorriso era encantador, mas ao mesmo tempo parecia esconder algo. Misterioso, uma boa palavra para descrevê-lo.

Nico sentou-se apontando um lugar ao seu lado para que a garota sentasse também, foi o que ela fez.

Ficaram em um silencio mortal, apenas observando o mar.

– Você tem irmãos?

–Sim, uma irmã, romana.

– Hazel? Ouvi alguns campistas falarem sobre ela, uma dos sete... Deve ser legal ter lutado em uma guerra. Quer dizer, participar de uma guerra não é legal, mas o fato de ter ganhado e ser reconhecido por isso. Você entendeu?

– Entendi sim. – Ele sorriu. Participei de duas... Não foram as melhores experiências que tive na vida, mas vendo por esse lado, sim é legal.

– Eu me sinto inútil aqui, sei que acabei de chegar, mas não sei fazer nada, ontem, depois da fogueira fui para a Arena tentar treinar com a minha espada, foi um fracasso...

– Você é filha de um dos três grandes, não é inútil, muito menos fraca. Acredite, sei como se sente. – Nico disse, olhou novamente para a garota. Era impossível não ver o irmão em seus olhos. Olhos que já mexeram com os sentimentos do garoto. Tudo ficava confuso perto da garota, mas não conseguia agir com indiferença – Posso te ajudar.

– Ajudar? – Ela sorriu – Como?

– Treinando, oras. – Nico se levantou tirando sua espada da bainha. Uma espada negra de ferro estígio. – Vai aceitar ou não? Não são todos que tem esse privilégio. Lutar com o filho de Hades. – Seu tom era de um sério fingido.

Donna não evitou e riu, retirando seu colar que logo se transformou em uma espada de bronze celestial.

– Então, filho de Hades, vamos lutar.

Já era tarde, os dois semideuses não haviam parado nem para almoçar. Suados e um pouco sujos de areia e com alguns arranhões que surgiram sem querer. Só ouvia-se o som das duas espadas encostando uma na outra.

Alguns campistas estavam na praia observando o a luta. Donna procurou por Percy, mas não o achou, avistou sua irmã, que mesmo com um olhar triste, sorria a cada vez que ela acertava um golpe.

– Não vai desistir não? – Nico pergunta já exausto, mas não parecia disposto a ceder.

– Nunca. – Donna, ainda mais cansada, por falta de costume, sentia seus braços prestes a caírem.

Nico em um golpe sem querer acerta de leve o braço de DJ, fazendo-a gemer de dor.

– Desculpa, foi sem...

– Um corte pequeno não ira me fazer parar. – Donna se prepara para atacar, mas é impedida, sua espada foi lançada para longe e em segundos viu Nico segurar suas mãos para trás e por a espada negra em seu pescoço.

– Já estamos há horas aqui. – Nico sussurrou – Amanha, depois do almoço, treinamos mais, na arena, se quiser. – O garoto a soltou amarrando de leve um lenço de pano no braço ferido.

– Vou adorar... Para uma primeira luta, eu fui bem? – Donna perguntou assim que pegou sua espada e a fez voltar a sua outra forma.

– É, nada mal, mas podemos melhorar. – Ele sorriu em provocação. – Passe na enfermaria para cuidar dos arranhões.

– Certo.

Assim que começaram a andar, os campistas aplaudiram, elogiando pela luta e outras coisas. Donna se encolheu atrás de Nico, segurando seu braço. Não gostava de ser o centro das atenções.

Dj se sentia a maior das gladiadores, mas na verdade seus movimentos não se comparavam aos de Nico, ele sim, era um herói. Apesar de tudo, as pessoas do acampamento a achavam incrível e isso era... Horrível. Ela gostava de ser a garota invisível, a que ninguém reparava ou dava atenção.

Um caminho ia se abrindo, dando de frente com um homem, um homem não, seu pai. Todos se ajoelharam e reverenciaram Poseidon, incluindo DJ.

–Muito bem DJ, vejo que está se saindo muito bem- Ele tocou seu ombro a fazendo levantar.

–Obrigada- Ela não queria mais atenção, mas ver seu pai depois de tanto tempo era fantástico- É bom ver o senhor. - Ele ri pela cordialidade.

–Meus filhos são tão diferentes...

–Já ouvi muita gente falar que eu pareço com Percy.

–Não é isso o que eu quis dizer- Ele se voltou para trás, DJ seguiu seu olhar até Emily.

–Ela é minha irmã- DJ se remexeu- Você sabe quem é o pai dela? É o senhor?

–Isso eu não posso responder...

–Não pode responder? Você é Poseidon!- Emily gritou, era a primeira vez que DJ notou algo ruim nos olhos da irmã. Aquilo era raiva? Raiva por Poseidon?- Eu já tenho 15 anos! Eu sei os meus direitos! Alguma coisa já deveria ter aparecido na minha cabeça!

–Entendo... - Todos encaravam Emily e Poseidon boquiabertos, algumas cabeças giravam mais que no O exorcista.

–Entende? Não! Você não entende!

–Mesmo sendo você criança, seus direitos de falar comigo nesse tom é nulo.

–Eu sinto que eu posso falar assim com você, que você já me fez muito mal, quando eu te vejo...

–Você sente ódio- Ela assentiu. Ninguém ousava ao menos respirar - Não esperávamos que você já estivesse nesse estagio... Zeus tinha razão.

–Eu não quero saber quem tem razão, eu só quero saber quem eu sou, eu só quero saber quem é o meu pai.

Poseidon fechou o punho, ele segurava sua tristeza, ele tinha uma parcela de culpa, se não fosse pelos seus atos impulsivos... Emily parecia querer chorar, isso o fez se quebrar em mil pedaços, mas ela segurou, virou-se e foi embora. DJ não sabia onde se esconder, aquilo não era sua irmã.

–Desculpa, a Emily nunca fez isso...

–A garota não tem culpa, ela é apenas um fruto do ódio.


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Notas finais do capítulo

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