Capítulo 1 – O jantar da desgraça

Percy e eu estávamos juntos já haviam 5 anos. Nós já morávamos juntos.

Eu estava vendo meu seriado favorito, quando Percy sentou perto de mim e disse:

–Ei, que tal sairmos para jantar?

–É claro! Só deixa eu me arrumar, rapidinho.

Quando apareci, ofereceu sua mão e disse:

– Está pronta, princesa?

Minhas bochechas coraram, e eu disse:

– Eu já nasci pronta

Ele sorriu e fomos para o carro.

A brisa fria de Dezembro tomava conta do ambiente. Percy e eu, agora com 21 anos, podíamos sair do acampamento quando quiséssemos. Eu, particularmente sentia muitíssima falta de lá, mas cada mês, eu ficava 20 dias, ensinando novos semideuses e treinando mais. Nunca se sabe o que se pode encontrar nas ruas de Manhattan. Quando derrotamos Gaia, há três anos, os monstros diminuíram drasticamente, porém agora os mais selvagens se espreitam pelas sombras. Isso me dá calafrios.

Chegamos no restaurante, Percy pediu um refrigerante e eu uma limonada. Quebrei o silêncio com uma pergunta da qual me arrependi no mesmo segundo:

–Percy, você tem esperanças de que não tenha mais guerra?

Ele me olhou com seus olhos verde-mar... Um calafrio percorreu meu corpo

–Annie... –disse ele, com um tom de preocupação- Cansei de guerras, cansei de lutar... Mas... Sim, e acho que vai ter. Phobos e Deimos, irmãos imortais de Clarisse... Bem, eles voltaram. Campe... também conseguiu. Os mais ferozes monstros voltaram em vingança por Gaia e Cronos. Essa... Essa pode ser a maior, pior, a mais devastadora e a última guerra.

Eu segurei o medo e disse:

– Mas... última guerra... Isso é bom, não é?

–Não Annie, não é. É a ultima porque todos podem morrer. Como eu sei disso? –disse ele, parecendo ler meus pensamentos - Poseidon falou comigo em um sonho. Quíron também.

Eu não deixei de dar um sorriso, por mais que aquilo fosse muito sério.

– Mas Percy... Olha só, estamos morando juntos, nenhum monstro nos importunou faz três anos!

Ele segurou minha mão e me encarou

– Eles estão reunindo as forças, prontos para o fim.

Não discuti mais.

Comemos e depois, logo na hora de pagar, a balconista se transformou em uma fúria. Percy tentou golpeá-la, mas ela pegou seu pulso... Oh, meu deuses. Tentei separá-los, mas ela me empurrou tão forte que bati minha cabeça na parede do fim do restaurante e perdi a consciência. Só me lembro dos outros correndo, desesperados. O monstro ainda segurava Percy o qual sangrava e estava inconsciente também, enquanto dizia alguma coisa como “Esta é a última vez que tenta me matar, heroizinho, a guerra está vindo, e vocês não poderão nos deter...” as palavras ficaram mais distantes e Percy foi jogado do meu lado. Depois disso, não me lembrei de mais nada.