9 meses escrita por Luangel


Capítulo 9
O vidro & os Uchiha's


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Tudo bem com vocês meus amorecos? ^-^ Gente, a titia aqui sabe que demorou, mas to estudando dms e espero q entendam. Agradeço a todos por terem vindo e comentado, deixado recomendação ou só ter lido, o que já significa muito para mim! o/ apesar do titulo ruim, espero q gostem do cap.



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“Em resposta a tagarelice da menina, a mais velha sorriu e afagou-lhe a cabeça, bagunçando o seu cabelo, dizendo-lhe a seguir, com a voz cansada:
—Vou tomar banho, depois jantaremos.
A garotinha se calou, notando que sua mãe não estava bem, se voltando para sua sorridente e fiel bonequinha. Enquanto Miku voltara a brincar, no banheiro, Sakura se despia como se corpo estivesse entorpecido enquanto orava para que aquele banho fizesse que aquele mal estar fosse embora junto da água quente, mas pareceu o contrário, sua cabeça rodava e latejava como se alguém a tivesse colocado em uma montanha russa enquanto martelava a sua cabeça, viu a água que a lavava se tingir de sangue, e antes que pudesse fazer raciocinar o que estava acontecendo, ela desabou num estrondo assustador para Miku, no andar debaixo.”

Sasuke andava a passos lentos, cansado e sem pressa. Acabava de voltar de uma missão e estava caminhando, aproveitando a preguiça da tarde o contagiar até chegar tranqüilamente em casa. O moreno suspirou, aliviado, ao ver os portões de madeira de Konoha se tornarem imponentes em meio á grandiosa floresta. Os ninjas que faziam guarda o cumprimentaram com um aceno cordial. O Uchiha massageou a nuca, tentando afastar a preguiça do corpo, já que a missão fora fácil demais para exigir mais que o seu sharingan, nem estava cansado para toda aquela moleza.
A caminho do distrito, algumas pessoas conhecidas o cumprimentavam e foi então que uma vizinha acabou destruindo a tranqüilidade quase religiosa do homem:
—Sasuke, a Sakura está melhor?
Notavelmente, o ninja estranhou a pergunta, e o cenho franzido de seu ouvinte, acabou estimulando a grisalha a dar mais detalhes sobre o que falava:
—É que essa tarde eu a vi indo ás pressas ao hospital, fiquei preocupada.
Sasuke não ficou ali por muito tempo para ouvir o que a senhora dizia, e nem se importou de soar mal educado por sair subitamente dali.
Naquele momento, todo aquele cansaço e preguiça de antes pareceram evaporar e agora o moreno corria por Konoha, sentindo o desespero devorando o seu estomago. A ansiedade pareceu aumentar quando Sasuke avistou o prédio do hospital se revelar em meio a cidade. Sasuke entrou como um furacão, deslocado com a tranqüilidade e paz aquele local transmitia.
O moreno praticamente se jogou contra o balcão principal, sem se importar em pegar senhas ou filas para ser atendido, sem nem se dar conta dos olhares feios que recebia por isso. O julgavam como bêbado ou drogado, o vendo com suas pernas e mãos trêmulas e olhos arregalados, assustando assim a pobre atendente enquanto balbuciava palavras soltas e sem fôlego, tentando formular alguma frase em meio ao nervoso que sentia.
Felizmente, a mulher que o ouvia, conseguiu pescar algumas palavras conhecidas em meio aquela dialética alienígena e disse por fim:
—Sakura não é? O nome da sua esposa é Sakura Uchiha?—Um aceno frenético de cabeça acompanhado de um som gutural meio rosnado foi a resposta positiva que ela ouviu.—Ela deu entrada aqui no hospital essa tarde e agora está na sala número 14...
Ouvir aquilo foi o suficiente e o Uchiha logo se pôs a correr pelos corredores, deixando para trás a atendente que berrava, esperando, inutilmente, que o ninja escutasse o resto de sua fala. Em meio a passos apressados e a respiração pesada, o seu coração palpitou em um misto de dor e esperança ao ver o número quatorze pintado de maneira apática e quase neutra sobre a porta mortalmente branca.
Abriu a porta com força, quase a arrombando na verdade, e a sua agitação foi de encontro com a fragilidade que tomava o oxigênio do cômodo. Era como se o homem tivesse entrado numa casa de vidro, trincada e fina, e ele sentia como se tudo ali dentro pudesse desmoronar com um passo em falso. Assim, Sasuke sentiu a necessidade de desacelerar, até para não perturbar Sakura, que estava sentada na cama, recostada, quase desaparecendo em meio aos inúmeros travesseiros que estavam ao seu redor, dando a impressão de que o seu corpo era bem menor do que realmente é.
A rosada virou a cabeça para olhar quem havia entrado no seu recanto de vidro em um gesto lento, como se a mulher poupasse as suas energias, quase que serenamente, ousaria dizer o moreno, mas antes que o mesmo pudesse concluir tal pensamento completamente errôneo, o Uchiha notou os olhos da esposa e sentiu um frio percorrer a sua espinha. Os olhos, ah, aqueles olhos verdes profundos como o mar agora estavam secos e opacos como uma poça de água morta e suja.
Havia em seu olhar desesperança, e os seus olhos pareciam duas fendas em seu rosto pálido e cadavérico. Mesmo que nenhuma palavra tenha sido dita, aqueles olhos áridos se encheram de lágrimas, mas que nada serviram para devolver-lhes a vida de outrora, serviram apenas para fazer o seu sofrimento faiscar em seus olhos, como um reflexo de sua alma partida.
Seus lábios rachados se abriram, mas nenhum som se fez presente, então, ela pousou a mão carinhosamente em seu ventre, esperando que seu marido entendesse a o que ela queria dizer com aquilo, mas o mesmo parecia confuso ou temeroso demais para entender. Então Miku se levantou da cadeira do canto onde estava sentada, invisível como uma fantasma e foi ao lado do pai, segurando a mão dele, tentando assim lhe dar forças para o que estava por vir.
O ninja a encarou, vendo naquele rosto infantil, uma expressão de angustia que apertou ainda mais seu coração. O tormento que maltratava a sua família o dilacerava também e com um suspiro agonizante demais para uma criança daquela idade, a morena anunciou o padecimento que assolara a família como uma nuvem que cobria o Sol:
—Nós os perdemos.
A frase pareceu ecoar cada vez mais dentro daquele quarto, ganhando espaço e o direito de se alojar cruelmente na mente do homem. O choro da médica foi silencioso, mas igualmente berrante e histérico a sua maneira, como se cada lágrima que escorria lentamente curtisse seu protagonismo de dor, como um tsunami pelo lugar e como lâminas torturantes pelo rosto de quem as gerava. Miku voltou a sua cadeira no canto do quarto, voltando a sua invisibilidade, taciturna e alerta a qualquer coisa.
E Sasuke foi ali, sentindo que a armação de vidro, frágil e delicada, que sustentava aquele lugar, desabou, morta e completamente, se tornando em frangalhos do que um dia fora, e pior, arrastando tudo e a todos para a sua desgraça final.


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Notas finais do capítulo

E aí? :-) Mereço comentários :-D? Recomendações ;-)? Ou tomates T.T? Gente, infelizmente ñ vai dar p responder os reviews, mas saibam q li todos e vcs estão no meu coração, seus fofos! ;-D Enfim, o que você acham que vai rolar depois disso? Quero saber o q vcs acham xD
:*