Estávamos todos lá, nos bastidores do show, exceto Tomás, que se preparava para tal em seu camarim. As meninas estão sentadas no sofá em um canto enquanto os meninos se encontram em pé a nossa frente, mantemos uma conversa sobre tudo e nada, estamos todos suados e eufóricos por conta de termos acabado de sair do meu show, que foi de longe o melhor da minha vida, e agora estamos aqui, esperando o Tomás pra “festa” começar. Estava tudo as mil maravilhas até eu me levantar pra ir ao banheiro e quando voltei os dois casais estavam se agarrando no sofá

Carla: ah não, gente, podem parar – cruzo os braços na frente do corpo em tom de ironia, mas eles me ignoram e no lugar de se afastar se aproximam – tá bom, galerinha, já entendi, agora parem! – sorri, mas eles continuaram me ignorando, bufei frustrada e sair de lá, não iria ficar segurando vela. Foi então que decidi olhar se o Tomás já estava pronto, melhor do que ficar com aqueles quatro, fiz uma careta me lembrando da cena e fui em direção ao camarim

Carla: toque-toque – bati já abrindo a porta com cautela, não queria o pegar sem roupa, mas senti alguém puxando a porta e suspirei aliviada – ah, oi – sorri tímida

Tomás: oi – notei que seus ombros estavam tensos e franzi a testa me perguntando o motivo enquanto ele fechava a porta e se sentava em uma cadeira de frente para o espelho, pelas suas feições parecia que ele realmente estava nervoso...

Carla: então, atrapalho? – me encostei no balcão de frente pra ele, meus dedos brincavam com alguma coisa, ele olhou parar os meus dedos e segui seu olhar notando que a “coisa” era a blusa que ele estava usando antes, parei de mexer nela corando fortemente, ele rio pelo nariz

Tomás: nunca – sorrio de lado, o mesmo sorriso que dava quando estava pensando em aprontar alguma coisa, retribuir o sorriso – escuta, sobre ontem...

Carla: não foi nada de mais – o interrompi – vamos apenas esquecer, tá bom? Estamos aqui para nos divertir! – percebi que seus ombros relaxaram

Tomás: falou e disse – respondeu animado e se levantou pra me abraçar, nos afastamos um pouco depois de um tempo e foi então que notei o quanto estávamos próximos, senti seu coração acelerado próximo ao meu, e tudo indicava que o meu estava no mesmo estado. Olhei para a sua boca por impulso, ele mordia o lábio inferior de uma forma sexy, fiz um esforço e subi meu olhar até os seus olhos e notei que ele também olhava para a minha boca, agora foi minha vez de morder o lábio inferior, estava difícil me controlar, ele segurou firme a minha cintura com a mão esquerda enquanto a direita passava pelos meus braços, ele acompanhava cada movimento com o olhar, eu não conseguia desviar o meu daqueles olhos petrificantes, eu olhava dos seus olhos para sua boca e vice-versa, sua mão direita subiu até o meu rosto e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, finalmente olhando para os meus olhos e eu senti meu corpo se arrepiar, acho que ele notou pelo sorriso malicioso que se formou nos seus lábios, ele alisava a minha bochecha e eu fechei os olhos aproveitando cada momento, Tomás prendeu a mão nos meus cabelos e eu senti sua respiração no meu pescoço, parei de respirar na mesma hora que ele beijou meu ombro delicadamente e em seguida meu pescoço, um gemido baixo escapou da minha boca, quanto tempo tinha que eu não sentia aquela boca? Aquele toque? Ele sorrio e deu um leve chupão em cima do beijo, levei minha mão para a nuca dele e puxei seu cabelo colando mais nossos corpos, senti que seu “amiguinho” estava um pouco animado e foi minha vez de rir, ele franziu o cenho mas não parou o que estava fazendo, foi subindo fazendo uma trilha de beijos até que beijou o canto da minha boca, eu já sabia o que vinha agora, abri os olhos e os seus penetraram os meus de uma forma surpreendente, tivemos uma pequena “conversa” nessa troca de olhar e eu fechei os olhos indicando que eu também queria, abri um pouco a minha boca e senti seu hálito de menta, abri os olhos e o vi com os seus fechados enquanto se aproximava cauteloso, era tão lindo, passei minha mão pelo seu rosto enquanto a sua segurava o meu, a outra ainda segurava a minha cintura, só que agora apertava um pouco e me puxava pra ele, fechei os olhos e senti seu lábio encostar no meu, quando sua língua pediu passagem e eu ia ceder escutei um barulho na porta e nos separamos com a respiração ofegante, arrumei rápido meu cabelo bem na hora que uma morena entrou e pulou nos braços de Tomás

XxX: AMORRRR – ela o beijou e prendeu suas pernas ao redor da cintura dele, ele segurou suas pernas por instinto, gelei e senti um aperto no coração.