Protect me with your life escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 9
Capítulo VIII - I'm a mess


Notas iniciais do capítulo

Olá Terráqueos!
Voltei :D
Leiam as notas finais, por favor!
xx da Effy
PS: se os parágrafos ficarem juntinhos, é culpa do espaçamento que não entrou



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I’m a mess – Ed Sheeran

Ramona esperou o retorno do irmão. Após vinte minutos, chegou a conclusão que ele não retornaria tão cedo. Começou a questionar-se se o irmão estaria a enganando mais uma vez. Não seria possível. Certo? James parecia tão mudado e tão cheio de amor para dar e receber. Como poderia ele tramar outra? Não, ele não tramaria.

Já vestida, tomou a não tão prudente decisão de deixar a mansão sem o irmão. Ela queria ir para onde o coração a mandava, certamente a mansão de Andrew, mas seu cérebro sabia que seria muito arriscado.

James a tem onde ele quer, sabe cada passo que ela dá Mona não podia colocar em risco a segurança de Andy só porque queria tanto vê-lo. Irônico, não?

Passou pelos portões desapercebida, era um tanto quanto um talento sair sem ser notada. Fazer acontecer à surdina da noite. Pegou o primeiro carro na garagem e deu partida. Então a batalha recomeçou: para onde seguir, coração ou razão?

Ele era seu caminho para o lar, mas ela não passa de uma mentirosa. Criando teias e mais teias de mentiras que se entrelaçam tudo para ter o que quer. Ela só queria amá-lo, simples e direto. Ou não.

— Deixei oito seguranças com Eve no segundo andar, estamos prontos? — Andy pergunta ao pegar a chave do carro.

— Eve está apavorada — Collins encara a escada que dá acesso ao segundo piso.

— Não se preocupe, vamos achar o bebê — Foi seco, mas o que dizer ao melhor amigo quando a prima sequestra seu único filho? — Vamos em carros separados, vá para o norte enquanto eu vou para leste. Nos encontramos em duas horas.

— Certeza que é uma boa ideia nos separar? — Collins estava inseguro, sua voz rouca estava receosa.

— É a nossa melhor chance, Collins. — Andrew correu a mão pelos cabelos em sinal de nervosismo. Ele colocava-se diversas vezes no lugar do amigo antes de tomar qualquer decisão. A resposta era sempre clara, se seu filho com Mona fosse sequestrado por Alessia ele caçaria a prima até os quintos dos infernos, custe o que custar. E, claro, manter Ramona ocupada o suficiente para não matar todos no caminho. — Sei que é ridículo eu te pedir para ter calma, mas apenas confie em mim. Vamos achá-lo. — Olhou no fundo dos olhos do amigo. — Eu te prometo.



Collins engoliu a seco, mas acreditou nas palavras do amigo. Andrew jamais quebrou uma promessa.

Andy dirigiu a frente dos capangas e a todo instante seu foco esteve na estrada. Como a mansão era relativamente distante do centro da cidade, por dez minutos sua vista foi o campo esverdeado e cercas de madeira. Quando pegou a entrada para leste, viu o prédio onde um dia ele foi Mark, um jovem empresário casado com a linda Angel. Só de olhar para o edifício, todas as lembranças sobre Ramona voltaram à tona.

Tudo o que eles passaram e todo o sofrimento. Lembrou-se até mesmo do dia em que a sequestrou, parece que isso aconteceu em outra vida. Talvez fosse isso que o mafioso procurava: uma nova vida. Uma outra chance de fazer tudo de novo, uma outra jornada onde dessa vez ele corrigiria todos os erros, concertaria as portas derrubadas, quebraria os muros que os separam, mas principalmente: acorrentaria Mona à seu pulso para que a ardilosa amada jamais saísse de sua vista.

Com os devaneios, Andrew perdeu tanto a atenção quanto o controle do carro. Um outro carro vinha no cruzamento com a rua ao lado. Tal outro carro que vinha a, pelo menos, 110km/h. A colisão foi inevitável e rápida. Num segundo Andrew estava a lembrar da vida, no outro desviava o carro para o viaduto. Por mais que seu reflexo fosse incrivelmente rápido, não foi perfeito o suficiente para evitar a batida.

O outro carro o acertou pela lateral do banco do passageiro. O jovem mafioso olhou de relance para o automóvel prateado e pode ver que era uma mulher ao volante.

Ótimo, uma louca que não sabe dirigir acaba de me atrasar! Pensou consigo.

Ele estava bem, apesar de bater com a cabeça no vidro e do pequeno corte no topo esquerdo da testa e um arranhão no supercílio. Desceu do carro para ver a mulher, que evidentemente machucou-se gravemente. Ainda um tanto quanto tonto, cambaleou para o carro prateado e tentou abrir a porta do motorista, mas estava amassada demais e pela posição da batida, seria melhor socorrer a mulher pela porta do passageiro. Contornou o carro, mas ainda não conseguia ver a mulher com clareza, os vidros eram escuros e sua tonteira não ajudava.

Ao abrir a porta do passageiro, não sabia se o que via era apenas uma miragem causada pelo subconsciente ainda desnorteado. A jovem, claramente, usava um lindo vestido de festa, os cabelos castanhos, caídos pela face da moça, bagunçados por causa da batida e seu rosto descansava, inconscientemente, no vidro. Sangue escorrendo pelo nariz e pelos cortes na testa.

Ele conseguiria reconhecer esse rosto mesmo que fosse cego e tivesse de percorrer sua face com a ponta dos dedos. Claro que era ela. Claro que não é o fim. Claro que o destino daria seus pulos para ela voltar em seus braços. Claro que seus caminhos são os mesmos. Retirou os cabelos bagunçados e jogados em seu rosto apenas para correr o dedo indicador por seu rosto perfeito.

Andrew a observou por alguns poucos segundos. Vê-la era agridoce. Tão doce quanto mel pela saudade e por tudo o que ele sente, não existe um caminho de superá-la, nem nessa vida, nem em quantas outras que hão de vir. Mas, ao mesmo tempo, tão amargo por vê-la e não poder tocá-la, não poder levá-la para casa, não poder dizer tudo o que tem de ser dito sem represálias, não poder simplesmente viver com ela.

Não sabia se ligava para ambulância e a deixava ali, ou a tomava em seus braços e a levava para casa. Decidiu ligar para Collins e contar o ocorrido, até porque os dois estavam em meio da busca pelo bebê. Retirou o celular do bolso e discou os números rapidamente.

— A-andy? — Mona sussurrou com o resto de força que lhe restou. Ela reconheceu o toque dele, o perfume, a presença.


A morena mal conseguia abrir os olhos, mas nem era preciso a visão para reconhecer o mafioso. Quão importuno é o destino. Ela, nem ao menos, iria encontrá-lo, mas como se fosse uma mensagem vinda diretamente do karma ela bate no carro que ele estava dirigindo. Como um sinal: não brinque comigo que eu não brinco contigo, vá para onde eu quero que você vá.


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Notas finais do capítulo

Então galerinha, seguinte
muitas coisas me aconteceram, de roubarem meu apartamento - levaram meu modem :( -, mil e um trabalhos na faculdade, apendicite e a bateria suicida do meu note, sobrevivi!
Estaremos voltando com todo o gás agora, preparem-se!
Então, sei que é pedir demais, mas não desistam. Tiveram muitas pedras no meio do caminho, mas destruímos todas elas.
Espero que vocês comentem e mandem todo o amor e apoio, até porque fazemos isso por causa do suporte que vocês nos mandam.
Até a próxima, terráqueos!
xx, Effy



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